segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Angels & Demons (2009)

Anjos e Demónios de Ron Howard com Tom Hanks é um interessante filme de acção com um misto (grande) de intrigas e inigmas por resolver bem ao estilo do anterior filme com a mesma personagem de Hanks, O Código Da Vinci.
Nada como um bom filme de intrigas, especialmente as que se desenrolam no Vaticano, para aguçar o apetite... e ainda mais quando são baseadas em obras best-seller que deixaram toda a ente a falar sobre elas durante meses e meses a fio.
A história, apesar de diferente conteúdo, segue muito a linha d'O Código Da Vinci... Hanks a desvendar mistérios todos relacionados com o Vaticano e a fugir das inúmeras ameaças com que depara na companhia de uma cientista italiana (a israelita Ayelet Zurer).
Um argumento interessante e muitos momentos de acção acompanhados de uns efeitos especiais adequados para o género de filme que nos querem apresentar e temos quase duas horitas de bom entretenimento que passam quase sem darmos por isso.
Em termos dramáticos ou de ser uma obra-prima, quem o espera não o terá. No entanto também é certo que se olharmos para este filme como um filme de acção e que tem um enredo interessante e que aguça o apetite para muitos dos temas sobre a própria Igreja Católica e a história do Vaticano aliando a isso uma vontade enorme de pensarmos que existe quem a queira destruir... sim... se pensarmos assim temos de facto um grande e motivador filme que nos faz passar um bom bocado.
Assim sendo não o crítico negativamente porque gostei de facto de o ver e só tenho pena que não tenha sido mais longo ou que desenvolvesse determinados pontos ou situações para elevar ainda mais os momentos de acção. Além disso temos um passeio por Roma... não é nada de deitar fora.


8 / 10

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domingo, 29 de novembro de 2009

Sammy's Pills (2008)

Sammy's Pills de Chad Dossett e Jim Freivogel que podem visionar aqui é uma curta-metragem de produção norte-americana que se desenrola ao estilo do cinema mudo. A tentativa pode ter sido boa mas o resultado final não convence. Fraca e sem graça tenta sobreviver ao custo de algumas "piadolas" básicas e sem nexo.
Fica o desafio para aqueles que se acham resistentes ao ponto de aguentar os pouco mais de vinte minutos de duração.
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2 / 10
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Defiance (2008)

Resistentes de Edward Zwick com Daniel Craig e Liev Schreiber nos principais papéis é um fantástico e emocionante filme passado durante a Segunda Guerra Mundial.
Começando pela referência nacional, destaco um brilhante e bem executado trabalho cinematográfico de Eduardo Serra que consegue captar na perfeição o ambiente em que a acção decorre.
Ao contrário da muita tinta que correu à altura da estreia deste filme e da forma como ele era "pobre", afirmo que muito se fala sobre nada. Este é um filme BOM. Temos uma emocionante história verídica sobre os irmãos Bielski e como estes resistentes à ocupação nazi depois de terem perdido membros da sua família e sobre como salvaram inúmeras pessoas ao viverem escondidos na floresta.
Tanto Daniel Craig como Liev Schreiber ou Jamie Bell entregam-nos excelentes desempenhos no papel de três dos quatro irmãos secundados por muitos outros sólidos desempenhos. Não são interpretações ao nível de nomeações a Oscar mas são decerto interpretações bems eguras e confiantes.
Ao nível de Oscar esteve sim a banda-sonora de James Newton Howard justamente nomeada na cerimónia deste ano e pena é que tenha sido a única a ser destinguida com uma nomeação. Não é isso no entanto que fará deste filme algo menor. É apenas uma curiosidade.
Assim temos em Resistentes mais um triunfo de Edward Zwick com boas interpretações, um bom argumento, uma boa cinematografia e uma boa banda-sonora mas que no entanto passou algo despercebido no circuito cinematográfico.
Um muito bom filme repleto de boas sequências de tensão e de muita acção que merece francamente ser visto.

"Asael Bielski: Nothing is impossible, what we all have done is impossible!"

8 / 10

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Sleepwalking (2008)

Enfrentar o Passado de Bill Maher tem um interessante e apelativo trailer além de um extraordinário elenco que desperta o interesse a qualquer cinéfilo, onde se destacam as presenças de Charlize Theron, Woody Harrelson, Dennis Hopper e Nick Stahl.
Dito isto aquilo que podemos esperar é um interessante e bem dinâmico filme onde se destaque, espera-se, uma história apelativa. A realidade é, no entanto, bem diferente.
Não que o filme não tenha os seus momentos em que nos desperta o interesse e pensamos que vai sair dali um bom filme cheio de momentos dramáticos ou pelo menos intensos mas, depois de tantas promessas poucas delas são de facto cumpridas.
Se é mau? Não... não é. Temos o retrato de dois irmãos (Charlize Theron e Nick Stahl) mais a filha dela que vivem afastados do pai de ambos. Mais tarde descobrimos que eram ambos vítimas de maus tratos físicos e psicológicos por parte dele e que agora em adultos vivem com os traumas desse passado bem como com as consequências desses abusos. Vidas errantes e sem rumo aparente e que se o têm apenas tem como direcção um profundo abismo.
É à custa destas mesmas vidas errantes que mais tarde tio e sobrinha, após o abandono da mãe/irmã, caminham rumo a casa do pai, interpretado por Dennis Hopper, e enfrentam o próprio passado e pelos mesmo maus tratps que tiveram em jovens até que... o resto terão de ver o filme!
A ideia em que foi trabalhado o argumento é boa ao estilo de filme onde se procura uma redenção, um perdão e um novo começo, no entanto é uma pena que o filme se perca tanto e muitas das premissas fiquem por explorar e desenvolver melhor.
De parabéns acaba por ficar Nick Stahl que apesar de muito contido entrega um bom desempenho de um indivíduo reprimido na sua própria vontade de viver.

5 / 10

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sábado, 28 de novembro de 2009

In Stereo (2009)

In Stereo de Mel Rodriguez não apresenta nada de novo no domínio do cinema... Tipo descobre que a sua mulher anda na "brincadeira" como o melhor amigo dele e a sua vida desmorona numa crise.
Mais palavras? Para quê!!! Vê-se, não é totalmente desagradável mas... não retira o fôlego a ninguém e para confirmar podem fazê-lo aqui.
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3 / 10
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Inkheart (2008)

Inkheart - Coração de Tinta de Iain Softley com Brendan Fraser no papel principal e secundado por actores como Helen Mirren ou Andy Serkis é mais um brilhante exemplo daquilo que poderia ter sido um excelente filme de fantasia.
Vários aspectos falham aqui nomeadamente os desempenhos dos actores que não estão na sua generalidade coordenados uns com os outros. É quase ao estilo de vários "one man shows" onde se limitam a dialogar uns com os outros mas... cada um a puxar os seus galões.
Ao nível dos efeitos especiais está engraçado mas não é nada que nos surpreenda por ser extraordinário. Este filme tenta ser uma cópia de vários outros do género mas é suplantado quase de imediato pelos mesmos que tenta imitar.
Visualmente falando consegue ser um belo atractivo devido às paisagens que apresenta e por alguns desses efeitos especiais que muito pontualmente dão o ar de sua graça mas, para um filme de tão curta duração ata mais do que desata para, nos últimos cinco a dez minutos resolver tudo deixando-nos a pensar a quantas andamos...
Sendo Brendan Fraser um especialista neste género de filmes resta-me perguntar quando pensará evoluir para uma categoria mais além e dedicar-se a trabalhos um tanto mais "sérios" e mostrar a cpacidade dramática que tem? Afinal de contas todos sabemos que a continuar a este ritmo não dura mais dez anos.
No words for Dame Mirren... She can and always DOES BETTER!!!
As sequências no castelo... as em que participa Andy Serkis conseguem valer a pena o tempo que entregamos ao filme. Fora isso... foi mais um...



6 / 10

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Hancock (2008)

Hancock de Peter Berg com Will Smith e Charlize Theron nos principais papéis é um simpático filme de acção/ficção científica. Digo simpático porque tinha potencial para ser mais mas perde-se pelo caminho com ideias a mais que não se chegam a interligar umas com as outras.
A ideia é a meu ver inovadora... Um super-herói que vive entre nós mas que, em vez de ser um destacado modelo da sociedade, é apenas um tipo que tem bastante poder mas não respeito nada nem ninguém vivendo quase marginal às regras e às leis dessa mesma sociedade.
Will Smith começa bem e credível mas dá a sensação que a partir do momento em que ele e Charlize Theron interagem a coisa se perde. Não existe qualquer química entre ambos (e deveria) e a história, e como consequência o filme, perdem bastante com isso.
Todos nós sabemos que neste tipo de filmes é suposto haver apenas um actor a brilhar e Smith consegue isso nas cenas iniciais em que a sua personagem é apresentada mas, logo de seguida o entusiasmo e a simpatia que temos para com ele dilui-se muito rapidamente.
Os momentos de comédia, bem como os de efeitos especiais, também poderiam ter sido melhor aproveitados e dinamizados de forma a dar uma vida maior ao próprio filme e não deixá-lo quebrar.
Se bem que Will Smith tem capacidade de fazer filmes dramáticos, também é certo que é neste estilo que ele se destaca e retira normalmente os seus maiores sucessos e onde expõe em excelência o seu carisma. Aqui, enquanto inicialmente começou por ser essa a tendência, também foi rapidamente o papel onde mais depressa o perdeu.
Vale a pena pela distracção que causa e por alguns momentos interessantes de comédia/ficção científica.

6 / 10

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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

The Visitor (2007)

O Visitante de Thomas McCarthy é além de um bom filme sobre as emoções e as relações humanas, uma excelente ponte de lançamento (finalmente) do grande actor que é Richard Jenkins.
Um filme simples e brilhantemente elaborado deu vida a um dos melhores filmes de 2008 e que deu ao próprio Richard Jenkins uma nomeação ao Oscar de Melhor Actor no papel de um professor que não vê um significado na sua vida até que se deixa abordar, inicialmente por obrigação, por dois estranhos que ocupam a sua casa. São estes estranhos, imigrantes um deles ilegal no país, que dão um novo significado à sua vida através de pequenos elos de ligação que se iniciam a formar entre si e, mais tarde, com a prisão de um deles e com o travar conhecimento com a mãe deste que este desgastado professor reencontra o amor. Um amor que não poderá ter mas que o fez de novo sentir. Sentir proximidade com outras pessoas... estabelecer ligações... elos...contactos... conversas. Fê-lo de novo encontrar um significado para a sua vida sem rumo.
Jenkins tem um muito bom desempenho reconhecido com nomeações aos mais variados prémios incluindo o Oscar como referi. Não penso que o merecesse ganhar no entanto a nomeção foi extremamente justa e merecida.
Tenho ainda a destacar os três outros actores secundários que deram vida ao seu próprio papel neste filme que é de uma sensibilidade invulgar para um filme dos Estados Unidos. E são eles Hiam Abbas reputada actriz Palestiniana, Haaz Sleiman e Danai Jekesai Gurira. Os dois últimos que interpretam o casl "invasor" do apartamento de Jenkins e Hiam Abbas que interpreta o papel da mãe de Haaz Sleiman. Papéis simples e sentidos que possuem uma sensibilidade extrema e tocante.
Resta-me aqui ainda deixar uma menção à sentida banda sonora que mistura tons sonoridades mais íntimas juntamente aos ritmos urbanos de uma Nova York do século XXI que é da autoria do já Oscarizado Jan A.P. Kaczmarek.
Muito bom filme e este sim vale sem dúvida "perder" o tempo a apreciar na sua globalidade.


"Prof. Walter Vale: We are not helpless children!"

8 / 10

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Butterfly on a Wheel (2007)

Atormentados de Mike Barker tem como interpretes principais os actores Pierce Brosnan, Gerard Butler e Maria Bello naquele que é suposto ser um filme repleto de acção e de momentos de reflexão.
Após passar pouco mais de hora e meia a ver este filme aquilo que concluo é que a privisibilidade reina neste filme, e à excepção de Butler os desempenhos dos restante actores deixam francamente a desejar com Maria Bello a atingir do mais básico que lhe vi até à data.
Sobre o argumento em si não me vou pronunciar pois como disse não são precisos mais de quinze minutos do filme para perceber onde tudo isto vai dar e o porquê de tudo estar a acontecer, sendo que no entanto num ou noutro aspecto ainda deu surpresa (se nos colocarmos sempre nos quinze minutos iniciais do filme e pensarmos que ele parou por ali).
Já que o argumento não "nos" safa e que os desempenhos, à excepção de Butler, são quase todos retirados a ferros (pena não serem em brasa), poderíamos esperar que em termos de cinematografia ou de banda sonora o filme se conseguisse safar certo? ERRADO! Nem aqui o filme nos consegue dar algo de positivo remetendo-se ao básico. Aliás... ao MUITO básico.
Dito "tudo" isto de um filme que não merece muito mais resta-me apenas acrescentar que no final de tudo concluo que os verdadeiros "atormentados" fomos nós com uma peça cinematográfica que desilude de forma geral.

3 / 10

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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Venice Heat (2009)

Venice Heat de Romeo Ryder... Que dizer? Kill Bill versão rasca? Não má mas PÉSSIMA pronúncia em italiano? Horríveis desempenhos? Sem argumento de jeito? Karaté do mais rasca possível?
Se é este conjunto de factores que atrai alguém a ver um filme, então este é perfeito. E para o confirmarem podem ser ver aqui.
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1 / 10
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Ghost Town (2009)

Ghost Town de Romeo Ryder é uma curta-metragem sobre um casal de marginais condenados a viver o mesmo dia para a eternidade. Nada de especial quanto à curta em si excepto um bom trabalho de cinematografia que apresenta.
Aos curiosos podem vê-la aqui.
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4 / 10
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Genova (2008)

Genova de Michael Winterbottom é um pequeno filme sobre a perda, a dor, a mágoa e a culpabilização. Até aqui perfeito. Bom realizador e o enredo para ser um excelente filme. No entanto, passados os primeiros dez minutos de filme tudo o resto começa a ser enfadonho de morte. Porquê? Passo a explicar...
As duas filhas e a mãe vão no carro com os jogos e brincadeiras de queme stá a fazer uma viagem até que devido a uma dessa brincadeiras há um acidente. A mãe morre e a filha mais nova sente-se culpada pelo ocorrido. Com isto o pai (Colin Firth), respeitado professor, decide levar as filhas para Génova e lá se estabelecer com as filhas durante pelo menos um ano. A partir daqui começa a desgraça onde temos cerca de hora e meia de filme a ver que a filha mais nova está com meio pé metido dentro do manicómio e a mais velha que decide dar rumo à sua vida sexual e um pai que se lembra de começar a fazer o mesmo com uma das alunas como forma de reprimir o desejo que uma sua antiga colega sente por ele.
Pelo meio de tudo isto temos o deambular pelas ruas da cidade italiana imundas e infestadas de chulos e prostitutas mas por onde, curiosamente, as irmãs passam e nada, absolutamente nada lhes acontece. Eis Génova!
Temos um filme fraco... para mim até do mais fraco que o realizador nos apresentou nos últimos anos e que, muito honestamente, mais valia ter estado quieto do que fazer algo que acaba por se perder no meio de tanta tentativa de mostrar a forma como cada um vive a sua "dor" (se é que depois disto tudo ainda sentem alguma).
Dispensável ou apenas para aqueles que não são capazes de viver sem a obra do realizador em questão. Eu por mim confesso... se houver mais disto... passo bem sem ela.

(pela decadência das ruas genovesas) <-- 3 / 10

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Eagle Eye (2008)

Olhos de Lince de D.J. Caruso e com a produção de Steven Spielberg é um bem delineado filme de acção com a ideia subjacente do quão de facto mandamos ainda nós na nossa vida. Numa era tecnológica em que todos os nossos passos são (ou podem ser) vigiados a todo o minuto quanta da nossa independência ainda existe na realidade ? Quão anónimos poderemos de facto ser quando desde um telemóvel a um extracto do multibanco identificam imediatamente o local onde nos encontramos?
É com esta ideia que se desenrola o filme e onde duas personagens interpretadas por Shia LeBeouf e Michelle Monaghan se vêem envolvidas com desempenhos não dignos de Oscar mas considerando o género de filme estão francamente credíveis e bem interpretados.
Está um filme repleto de acção e sequências bem aceleradas e muito agradável de se ver onde os momentos de efeitos especiais tanto visuais como sonoros reinam e é um perfeito filme para uma bela tarde de Domingo.
Destaque ainda para as participações secundários de Billy Bob Thornton e de Rosario Dawson que vêm suportar devidamente os actores principais.
Como sempre neste estilo de filmes não nos podemos esquecer da moral da história subjacente... Será que nesta altura em que tudo é tecnológico não nos deveríamos preocupar mais nas relações humanas e menos nas relações tecnológicas? Além de ser um bom filme de acção, é neste sentido que ele consegue vencer.




7 / 10


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My Heart Laid Bare (2008)

Reflexões sobre o amor e a vida nesta curta-metragem de Yi Zhou. Destaco ainda um muito bom trabalho de cinematografia que aqui podem ver.
De se notar ainda a presença de Gainsbourg. É uma curta por isso o seu tempo é escasso mas é sempre agradável de ver a presença desta fantástico actriz nos nossos ecrãs.
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6 / 10
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Death by Boxer (2008)

Death by Boxer de Peter Paul Basler é mais uma daquelas curta-metragens recheadinha de clichés que já todos nós vimos neste género de filme. O boxer que tem a vida toda feita num caco e tenta um último trabalho para sair com a sua dignidade nem que isso lhe custe a vida.
Como disse não adianta nada de novo no panorama cinematográfico nem no estilo de filmes que representa e poderão confirmá-lo aqui.
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3 / 10
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

BURN-E (2008)

Burn-E curta-metragem da autoria de Angus MacLane que se insere no universo do Wall-E e retrata o pequeno robot que dá nome à obra.

Apesar de engraçada a curta-metragem teria sido perfeito se a tivessem inserido devidamente editada no próprio filme Wall-E em vez de a apresentarem em separado. Teria criado mais um momento divertido no filme em vez de algo independente.

7 / 10

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Última Parada 174 (2008)

Autocarro 174 de Bruno Barreto é à semelhança de outros filmes brasileiros deste género uma interessante surpresa especialmente porque pouco conheço do cinema do Brasil além do tão falado Cidade de Deus.
Gostei especialmente deste filme pois além de dar a ideia que a maioria dos actores não são profissionais sendo que no entanto conseguem representar com uma naturalidade inata e com muita credibilidade. Destaco claro os dois principais do filme, os dois Ale(sandro)'s que são Marcello Melo Junior e Michel Gomes. Tanto um como o outro dão excelentes desempenhos neste filme e conseguem retratar não só as suas inexistentes expectativas dentro da sociedade brasileira que marginaliza de forma radical alguns dos seus que são atirados para as malhas da droga e dos roubos sendo por isso controlados por mafias locais nas favelas e, ao mesmo tempo, consegue-se ver nas suas expressões uma vontade de que "algo" pudesse ter sido melhor e que não os tivesse levado ali. Temos isto no olhar de Michel Gomes ao longo de quase todo o filme, até ao célebre momento do Autocarro 174 e temos o mesmo com Marcello Melo Junior nos momentos exactos a seguir ao dito sequestro do autocarro. Aquilo que terminava assim para um dava uma hipótese de redenção ao outro.
Temos um pouco de toda a decadência que é esperada num filme destes... A droga, a prostituíção, os assaltos, a marginalidade e a morte. Temos também o vislumbrar das poucas oportunidades que poderiam ter sido aproveitadas ao longo da vida, mas que na realidade nunca o chegam a ser. Temos a queda... temos a ilusão... temos a redenção.
Bruno Barreto que sei ser um reputado realizador brasileiro mas de quem só conheço o trabalho de nome dirige aqui um fabuloso filme que foi a aposta do Brasil aos Oscar e que infelizmente se ficou pelo caminho, mas que mereceria ter sido melhor reconhecido pois é de facto um brilhante filme que teve vida a partir do extraordinário argumento elaborado por Bráulio Mantovani e também com uma de superior qualidade banda-sonora (admito que das melhores que ouvi nos últimos tempos) composta por Marcelo Zarvos.

Este é sem dúvida um filme a ver. Não se se melhor que o Cidade de Deus, mas certamente não será pior e a história é por demais cativante para ser um daqueles filmes que nos passa ao lado.





10 / 10


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Vicky Cristina Barcelona (2008)

Vicky Cristina Barcelona de Woody Allen relata a viagem e a auto-descoberta de duas amigas na cidade de Barcelona.
Não sou particular fã do Woody Allen e honestamente este filme tem poucos, muito poucos momentos em que eu possa dizer que me retiraram algum tipo de sorriso dos lábios. Com Scarlett Johanson, Javier Bardem e Penélope Cruz nos principais papéis, aqui temos mais uma história onde a grande maioria das personagens passa o tempo com grandes problemas existenciais, neuroses e claro muitas cenas de sexo que não atam nem desatam.
Vemos um flme do Woody Allen... arrisco a dizer que vemos todos. Este é simplesmente mais um que a meu ver nada de novo trouxe a não ser a colaboração com esses dois grandes actores espanhóis e que no caso da Penélope Cruz ainda lhe rendeu vários prémios inclusive o Oscar de Melhor Actriz Secundária e a única que ainda consegue fazer algo pelo filme apesar da sua extremamente reduzida participação.
À parte disto o filme é simplesmente mais um que, como tantos outros dele, acabará por ficar na "prateleira". Vê-se, temos algumas paisagens bastante agradáveis da cidade catalã mas, no final, é perfeitamente dispensável.




(pela Penélope Cruz) <-- 6 / 10


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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Gomorra (2008)

Gomorra de Matteo Garrone baseado na obra homónima de Roberto Saviano (que o colocou sobre protecção policial devido às ameaças de morte que teve por parte da mafia napolitana) é um extraordinário filme sobre os meandros da Camorra na vida quotidiana da cidade de Nápoles. Definir apenas assim este filme é demasiado simplista.
Relatado num estilo intermédio entre a ficção, onde nos são relatadas as inúmeras histórias de vida dos habitantes de um bairro, e o documentário onde assistimos aos diversos esquemas e modus operandis da Camorra, este filme é uma extraordinária experiência visual contada de forma crua e sem qualquer tipo de rodeios.
"Passeamos" não só pelo mundo dos negócios obscuros, pelos subornos, pela prostituíção, pela droga, pelas armas e por um conjunto de vidas sem qualquer rumo e de onde não vão conseguir fugir pois a sua pertença a estes meandros é uma herança que carregam desde nascença e, para muitos, a única forma de subsistirem naquela cidade italiana.
As famílias, os favores, os negócios, os esquemas. De tudo temos neste filme que começa com a interessante particularidade do seu título... Gomorra. Além da clara alusão à designação da mafia napolitana, devemos ter também em consideração a referência à cidade de Gomorra que havia sido destruída pela mão divina devido à prática de actos imorais. Actos estes que durante todo o filme vimos descritos e efectuados nas suas mais diversas vertentes.
Gomorra foi o filme choque em Itália no passado ano tendo sido apresentado pelo país para a cerimónia dos Oscar em 2009. Foi também o grande vencedor dos European Film Awards em 2008 conquistando cinco galardões incluindo o de Melhor Filme e também o vencedor dos Donatello em 2009 com sete prémios incluindo também aqui o de Melhor Filme do ano.
É um filme duro e cru, fácil de ver mas não fácil de digerir. Do melhor que vem de Itália (que já é tanto por sinal) e sem dúvida alguma um dos melhores da Europa e do ano cinematográfico. Recomendado a todos aqueles que querem ver um filme que, sem efeitos especiais mas com muita acção e violência, se torna extremamente bruto e realista.

10 / 10

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Knowing (2009)

Sinais do Futuro de Alex Proyas é um interessante e muito bem feito filme de ficção científica/drama sobre o hipotético fim do mundo. O cinema e os cineastas sempre viveram obsecados com este tipo de narrativa mas nem sempre se conseguem bons filmes do género. Este é um deles.
Tendo o Nicolas Cage numa revitalização da sua carreira (e que bem que precisa) este papel é na minha opinião talhado à sua medida. Tem uma história bem delineada, o seu desempenho é bom e está também bem secundado no que diz respeito aos demais actores. O filme tem o necessário para ser um bom filme. E é.
Em termos dos efeitos especiais, quer visuais quer sonoros, e não sendo eu um especialista no tema, mas arrisco dizer que são do melhor. E porquê ? Quando vemos determinadas cenas como os acidentes de avião e do metro ou até mesmo a sequência final (que não revelo qual) estamos perante situações credíveis onde não se nota uma sobreposição de imagem o que dá assim uma credibilidade maior ao respectivo filme.
Ao nível das interpretações também o filme sai vencedor pois existe uma real química entre Nicolas Cage e Chandler Canterbury que dá vida ao seu filho. Temos aqui duas sentidas interpretações que ajudam a criar o drama durante toda uma situação que seria tensa e assistimos também à sofrida separação de ambos.
Por vezes neste estilo de filme algo que fica sempre com MUITOS "buracos" é o argumento. É puxado numa ponta e do outro lado começa a desfiar-se sem mais parar mas felizmente aqui conseguimos assistir a uma coerência geral de princípio ao fim onde os vários acontecimentos e situações são devidamente explicados sem ficar nada no "ar" à espera de uma credível justificação.
Costuma-se dizer que se um filme fôr muito mau tem os últimos 15 minutos para poder agarrar o espectador e fazer vencer todo o filme. Aqui o filme está longe de ser mau podendo sim dar que pensar, e de facto confirma-se que os últimos 15 minutos conseguem de facto prender o espectador. Conseguem mesmo. Todo o final é emocionante e as cenas finais são de uma calma e tranquilidade enorme dando também um espectacular deleite visual.
Gostei bastante do filme e não me espantaria em vê-lo nomeado na próxima cerimónia dos Oscars nas categorias de Efeitos Especiais Visuais e Sonoros.
E acima de tudo... parabéns ao Nicolas Cage por finalmente ter aceite fazer um filme que apesar de comercial e feito para as "massas" (seja lá o que isso fôr), consegue ter uma história interessante, bem elaborada e desempenhada na perfeição.




7 / 10


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Låt den rätte komma in (2008)

Deixa-me Entrar de Tomas Alfredson é mais uma agradável surpresa vinda da Suécia. Uma história de amor e amizade entre duas crianças (bom uma delas já não o é assim tanto...), com a inovação de uma delas ser uma vampira e a outra humana.
Começo por referir o brilhante trabalho em termos de cinematografia que este filme tem e que é da autoria de Hoyte Van Hoytema. Ao longo do filme temos poucas cores mantendo quase todo o cenário a branco, preto e creme. Tudo gira à volta destas tonalidades sendo que no entanto é um filme repleto de luz onde presenciamos tudo com franca clareza e expressão. Gostei deste aspecto no filme e tenho franca pena que nas recentes nomeações aos European Film Awards não tenha havido uma nomeação nesta categoria para este filme, tendo apenas sido nomeado nas categorias de Banda-Sonora para Johan Söderqvist, Filme e ao Prémio do Público.
Quanto ao filme em si além de ser uma história pesada (não de terror) contada a um ritmo demasiado lento, trata de assuntos tão diferentes como a solidão. A de Eli que atravessa anos e anos sem ninguém em quem confiar como a de Oskar sem amigos e vítima da pressão e de maus tratos de alguns colegas na escola. Trata igualmente sobre a lealdade. A que existe entre amigos. O que um está disposto a fazer pelo outro. Isto fica provado logo de início quando Eli vai a casa de Oskar e este a convida a entrar. O mal só entra depois de convidado. Será que ela é de facto o "mal" ou será apenas uma amiga ?
Não vejo este filme como uma história de terror. Nem de suspense tão pouco. Vejo-o sim como uma simples história de amizade e de cumplicidade entre duas pessoas que apesar das suas diferenças decidem que podem ser amigas. Diferenças essas que à primeira vista não são em nada evidentes mas que existem. Estão lá bem enraízadas mas que apenas os dois sabem quais são.
Trata-se acima de tudo de uma história que prova que a cumplicidade e a amizade entre as pessoas é possível se decidirmos não olhar, ou pelo menos não dar muita importância, às diferenças que nos podem colocar distantes uns dos outros.
É este simples aspecto que torna este filme tão diferente de uma qualquer história sobre vampiros e sobre como os humanos têm de lhes escapar. É uma história que nos ensina (ou deveria) como aceitar as diferenças e a diversidade que compõe os outros de forma a todos poderem co-existir.
Gostei deste filme por estes aspectos e pela diferença que marca ao situar-se a anos luz de outros filmes sobre vampiros que por aí andam e de conteúdo pouco, ou nada, têm.
Não fosse o Slumdog Millionaire e este poderia ser o claro vencedor do Prémio do Público nos European Film Awards dada a significativa relevância e simpatia que gerou junto do público europeu, e não só.




7 / 10


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Arena de fora!

Começa hoje mais uma edição do FIKE - Festival de Cinema de Curtas-Metragens de Évora, e Portugal tem sete curtas em competição na edição deste ano. No entanto algo me espanta... Arena, a curta-metragem de João Salaviza que ganhou a Palma de Ouro na categoria no último Festival de Cinema de Cannes ficou de fora da secção competitiva.
Por muito básica que seja a minha pergunta não sou capaz de a deixar de fazer... não seria de esperar que esta fosse uma boa aposta para a vitória da edição deste ano?
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domingo, 22 de novembro de 2009

Mirrors (2008)

Espelhos do realizador francês Alexandre Aja é um interessante filme de terror baseado no já velho conceito sobre o que estará do outro lado dos espelhos. Refletiram eles o oposto do que neles se reflete ?
Para dar vida ao personagem principal temos Kiefer Sutherland que representa assim um ex-polícia com problemas de alcoolismo e separado da sua mulher e filho.
Aqui entra logo o primeiro cliché chavão... depois dos problemas começarem quem é que vai acreditar num ex-alcoolatra, algo tão típico neste género de filmes. No entanto se olharmos para além disso conseguimos ver que apesar de não ser um filme de terror brilhante (depois do [REC] para mim nada voltou a ser o mesmo e o padrão de exigência está bem elevado), Espelhos consegue ser um francamente interessante filme do estilo de terror. Temos lá tudo... a sugestão inicial do perigo, a dúvida daos envolvidos, a família disfuncional, a solidão, a vítima inicial que se encontra num convento, o medo espalhado por uma vivenda enorme onde alguém se encontra sózinho e claro, tal como o conceito inicial do filme sugere, o mal para lá dos espelhos.
Tudo isto misturado poderia resultar num filme onde nos passam um grande atestado (de estupidez) e fazer disto algo básico e sem qualquer nexo mas admito que gostei do resultado final do filme. Tem ritmo, tem acção, prega um ou outro susto, mais ou menos ameno dependendo da sensibilidde de cada um (confesso que os últimos 10 minutos são intensos), e considerando o género de filme que é temos no final um resultado bastante positivo.
Kiefer Sutherland que dentro do estilo já nos tinha presenteado há longos anos com o Flatliners e com o Missing bons exemplos de suspense volta aqui após, o seu enorme sucesso televisivo 24, em grande forma e entrega-nos um excelente desempenho num filme de terror (ter isso sempre em consideração, este não será O seu melhor desempenho) e consegue pôr-nos a "tremer".

7 / 10

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The Young Victoria (2009)

A Jovem Vitória de Jean-Marc Vallée é na minha opinião um brilhante filme de época sobre a história da Raínha Vitória enquanto jovem.
Devo confessar que apesar de ir gostando de ver os filmes em que a Emily Blunt entra, esta não é uma daquelas actrizes que até à data me tivesse impressionado com o seu trabalho. Aluguei este filme como mera curiosidade que tenho a respeito dos filmes de época e claro, porque tem a presença da sempre excelente Miranda Richardson.
Enquanto filme de época deixou-me rendido pois está de facto muito bem conseguido com uma história fantástica e extremamente dinâmica e com a vantagem de não ser um filme de época em que demoramos quase cinco minutos a ver a próxima imagem mas tendo sim um ritmo muito agradável para o género de filme que é.
Em segundo lugar tanto a realização de Jean-Marc Vallée como o argumento de Julian Fellowes estão extremamente bem coordenados e conseguidos dando uma vida e uma energia excelentes ao filme conseguindo cativar-nos logo de início.
Finalmente os desempenhos estão na sua globalidade extremamente bem conseguidos. Miranda Richardson tem um pequeno papel no filme o que me deixou um tanto desiludido por não a conseguir ver brilhar mais, mas o que é certo é que como sempre consegue ser grande. Todos os demais secundários do filme estão a um nível de qualidade máximo e quanto aos dois actores principais... sem palavras. Rupert Friend consegue entregar um magnífico papel como Príncipe Alberto e Emily Blunt... bom.. digamos que este seu papel conseguiu conquistar a minha atenção. Blunt é vibrante, enérgica, romântica e forte. O papel ideal para um actriz. Entrega-nos tudo de si e consegue não sei se o papel da sua vida, mas lá que é um magnífico papel e que seria digno de ter em consideração para os Oscar, disso não tenho eu qualquer sombra de dúvida. É uma pena que nos Estados Unidos este filme parecer não ter tido a devida atenção e mediatismo, pois se o tivesse estaria com certeza na lista de filmes e papéis a considerar para a cerimónia do próximo ano.
Excelente banda-sonora da autoria de Ilan Eshkeri e um fabuloso guarda-roupa da vencedora de dois Oscar Sandy Powell compõem o restante filme que é brilhante. É daqueles que recomendo vivamente pois não irá desiludir ninguém... a não ser, por se tratar de um filme de época, curto demais.

"Queen Victoria: [to the Council] I am young, but I am willing to learn, and I mean to devote my life to the service of my country and my people. I look for your help in this. I know I shall not be disappointed."

9 / 10

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The Ruins (2008)

As Ruínas de Carter Smith é mais um exemplo do "terror adolescente". Um grupo de amigos em visita ao México vê-se metido numa aventura a uma pirâmide no meio da selva à procura de um amigo. Uma vez lá chegados deparam-se com comportamentos estranhos por parte da população nativa e...
... O que se pode dizer do resto deste filme é que é mais um daqueles onde não se apanham sustos mas há umas quantas cenas um tanto "maradas" e incomodativas, sendo a do som dos telemóveis aquela que mais me incomodou. Weird.... MUITO weird!!
Mais uma vez digo aquilo que costumo a respeito destes filmes... Tem um conjunto de desempenhos fiel ao que é esperado para este género de filmes. Não há ninguém que se destaque por representar a um nível superior em relação aos demais mantendo um equilibrio entre todos e corresponde àquilo que se deve esperar de um filme de terror/suspense.
É mais um filme que apesar de não ser gore contém umas quantas cenas que roçam-no muito de perto e conseguem ser realmente um tanto nojentas... Só não o são completamente porque dão a ideia de que acntecem mas... não se chegam a ver!
Gostei da ideia geral deste filme mas acho também que poderia ter sido levado muito mais longe e aprofundado a ideia de terror que nos quer dar ou pelo menos a tensão existente que ameaça em certas ocasiões mas não cumpre. Tem potencial para ser um excelente filme de terror mas ao mesmo tempo modera esse mesmo potencial não o levando até onde pode ir.
Consegue distrair, consegue entreter, consegue cativar a nossa atenção mas poderia ter sido muito mais do que um simples filme de terror.




6 / 10


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sábado, 21 de novembro de 2009

Marley & Me (2008)

Marley & Eu de David Frankel conta com as participações como actores principais de Owen Wilson e Jennifer Aniston e é uma divertida e bem elaborada comédia/drama. Ou quererei dizer drama/comédia?!
O crescimento de um casal e a formação da sua família desde o recém casamento, a compra de casa, do carro, o nascimento dos filhos e claro o elemento sempre presente... o cão.
O cão de "promoção" como eles referem que esteve presente em todos os momentos das suas vidas, dos mais felizes aos de tristeza profunda. O que lhes deu inúmeras dores de cabeça mas também as mais sentidas alegrias.
O engraçado é que devido ao seu "feitio" muito particular a maior parte do tempo sempre foi visto como um problema, mas é nos momentos mais difíceis pelos quais tiveram de passar que sentiram na realidade o quão presente e consciente ele estava de que de facto fazia parte daquela família e o quanto para eles representava.
Este filme, baseado numa história verídica, é terno, bastante sentimental e feito de uma forma muito calma (apesar dos momentos de puro instinto destrutivo do Marley) e que nos mostra a vida diária de um casal que passa por momentos onde o que mais deseja é estar separado. Está muito consistente e podemos ter uns momentos de umas gargalhadas ou sorrisos bem genuínos, e é completado por uma simples e bem consguida banda sonora da autoria de Theodore Shapiro.
Não revelando o final, que é sem sombra de dúvidas, um dos momentos mais bonitos e sentidos de todo o filme acrescento queos desempenhos quer de Owen Wilson e de Jennifer Aniston são aqui dos melhores que alguma vez eles tiveram e que o filme conta também com interpretações consistentes de Eric Dane e de Alan Arkin, e também com a participação especial daquela que em tempos foi Kathleen Turner e que aqui aparece totalmente desgastada pelo tempo onde tenta dar um pequeno ar de sua graça mas sem a química que tinha noutros tempos.
Vale muito... MUITO a pena ter a oportunidade de ver este fantástico filme que, apesar de ter como elemento principal um animal, está longe de ser o típico filme de ou sobre animais.




"John Grogan: A dog has no use for fancy cars, big homes, or designer clothes. A water log stick will do just fine. A dog doesn't care if your rich or poor, clever or dull, smart or dumb. Give him your heart and he'll give you his. How many people can you say that about? How many people can make you feel rare and pure and special? How many people can make you feel extraordinary?"


9 / 10


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CinEuphoria Prémios'09: uma nova actualização

As actualizações para esta semana são:
.
Battle in Seattle
Genova
The International
Marley & Me
The Proposal
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Battle in Seattle (2007)

Batalha em Seattle realizado por Stuart Townsend tem como pano de fundo a reunião da Organização Mundial de Comércio em Seattle e o reflexo de teve nas vidas de um conjunto de pessoas e é um excelente exemplo daquilo a que posso livremente chamar de "cinema informativo". Porquê ? Além de ser uma excelente obra cinematográfica dá também a conhecer através da criação de uma história ficcionada aquilo que aconteceu na dita reunião e no boicote político de que esta haveria de ser alvo por parte de vários governos e indústria farmacêutica.
Stuart Townsend consegue com este filme criar uma excelente história dramática repleta de emoções e de acção onde as ideias de muitos bem como as suas posições em sociedade são francamente abaladas.
É um filme de curta duração, não chegando a ultrapassar os 90 minutos, mas onde todas as pontas que são exploradas são devidamente elaboradas e contadas. Para isto, o filme foi recheado de caras conhecidas como as de Charlize Theron, Woody Harrelson, Ray Liotta e Michelle Rodriguez que, não tendo nenhuma delas um papel marcadamente principal compõem um elenco de actores secundárias francamente forte para se destacarem durante toda a trama e criarem a sua posição decisiva durante o filme.
Como um bom filme vem sempre acompanhado de uma boa banda-sonora, Batalha em Seattle não é disso excepção e a partitura composta por Neil Davidge é extremamente positiva dando especial destaque a todos os momentos dramáticos que vão decorrendo ao longo do filme.
Brilhante filme e vindo de um realizador (actor) inesperado. Uma franca e bela surpresa. Totalmente recomendado!

9 / 10

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On the Bus (2008)

On the Bus é uma curta-metragem canadiana realizada por Tracy D. Smith sobre as fantasias mais concretamente neste caso sobre as fantasias sentimentais. Só que por vezes essas mesmas fantasias não o são assim tanto, e para isso há que ver mesmo até ao final.

6 / 10

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Twilight (2008)

Twilight - Crepúsculo de Catherine Hardwicke e interpretado por Robert Pattinson e Kristen Stewart é sem sombra alguma de dúvidas o típico filme feito para agradar única e exclusivamente à camada adolescente.
A história, mais uma vez, é sobre vampiros e uma humana que se apaixona por um deles. Claro está que vai ser muito problemático mas quando há amor pelo meio fica tudo possível. A novidade é que afinal os vampiros são todos muito modernos e simpáticos e até aprovam o amor entre um deles e a humana e até passeios dão todos juntos. De facto tudo muito moderno. Mas nem tudo são rosas na medida em que como é óbvio tem de aparecer o tipo mau da fita que claro... também é vampiro e quer dar uma mordidela à humana.
O filme em si não é nada de especial... não adianta nem trás nada de novo que nos deixe de boca aberta com espanto. Acaba por ser um desfile de meninos e meninas bonitinhos que andam por ali a exibir as suas belas caras e belos corpos e c'est tout!
Os aspectos mais abonatórios do filme são um excelente trabalho cinematográfico e uma banda sonora respeitável aliado ao essencial deste estilo de filmes que são claro as sequências de acção com que nos vão presenteando.
Entre os dois actores principais não existe grande química. Eles basicamente "estão lá" e não existe uma real ligação entre ambos. Não existe aquela troca de olhares que é determinante para que este tipo de filmes crie aqueles pares míticos que permanecem durante anos e anos. A realidade é que daqui a muito pouco tempo passada a febre da saga (quadrilogia) de filmes ninguém se irá lembrar deste par a não ser que os próximos filmes sejam de facto muito bons, o que a adivinhar pela crítica que se faz à existente sequela não deixa nada de esperança.
Flme repleto de prémios MTV e afins, que faz milhares de fãs entre as adolescentes e que vive unica e exclusivamente do marketing e de todo o tipo de bonecos, copos e canecas que irá vender mas que de próprio conteúdo do filme pouco ou nada trás valendo apenas pelo conteúdo visual das paisagens e das sequências algo animadas de acção com que somos presenteados.
Aguarda-se pela Lua Nova para ver se existe alguma esperança e luz ao fundo do túnel porque de momento elas são praticamente inexistentes.

6 / 10

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The Unborn (2009)

Espírito do Mal de David S. Goyer é daqueles filmes de terror que nos mantém em tensão do início até ao final. Dito isto tudo o resto pode parecer irrelevante.
Estes filmes sobre possessões e espíritos podem normalmente ser uma coisa secante e sem graça, no entanto o ambiente criado neste filme consegue ser no mínimo enervante. Tudo muito escuro e com ausência de luz o trabalho de cinematografia foi extremamente bem conseguido e a banda sonora de Ramin Djawadi cria um ambiente ainda mais negro e tenso. Estas são de facto as duas melhores palavras para caracterizar este filme.
A história, como tantas outras sobre possessão, não foge ao habitual... um espírito que se quer apoderar de um corpo e que normalmente ou é de uma criança ou é de alguém mais frágil e com um passado pouco claro e sombrio e que muitos das vezes nem sabe da sua existência. Este Espírito do Mal fica fiel a esses pressupostos. No entanto, e ao contrário de tantos outros que são feitos a corer com o uso de muitos efeitos especiais e planos de câmera acelerados de forma a que não conseguimos perceber metade daquilo que se está a passar, aqui tudo é contado de uma forma calma e coerente de forma a que estejamos sempre atentos ao que se está a passar. E a verdade é que muitas das imagens que normalmente não chegamos a ver ou então nos dão com um qualquer efeitos especial que nem assusta, aqui temos tudo muito visível e claro aliado a um excelente trabalho de caracterização do "espírito" aqui interpretado por Ethan Cutkosky. Consegue um papel digamos "assustador".
Se normalmente os filmes de terror pouco ou nada me dizem além do divertir pelos poucos sustos que vão conseguindo pregar, este Espírito do Mal consegue ser não só uma boa forma de pregar esses mesmos sustos como consegue também ter uma história coerente e interessante e incomodar um tanto pela forma como foi realizado.
De facto para fazer um bom filme de terror não é preciso muita gritaria e efeitos especiais e cada momento. É preciso sim conseguir criar o ambiente perfeito para com "pouco" trabalho criar a ideia ou a imagem certa para que com simples olhares e expressões aterrorizar aqueles que o estão a ver.
Se poucos filmes de terror valem a pena ser vistos, este é daqueles que TEM de ser visto e que ainda consegue pregar uns sustos.

7 / 10

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The Girl in the Park (2007)

Uma Criança Desapareceu de David Auburn conta a história do desaparecimento de uma criança quando estava com a sua mãe no jardim e o trauma com que esta fica a partir desse momento e como este acontecimento faz desmoronar toda a sua família desde o seu divórcio do seu marido ao total afastamento sentimental para com o seu filho.
Para este papel foi escolhida a sempre brilhante Sigourney Weaver que aqui nos entrega mais um muito bem conseguido desempenho dramático. Estamos normalmente habituados a vê-la em papéis fortes e dinâmicos e aqui além disso temos a actriz num desempenho extremamente íntimo e emotivo.
A secundá-la temos uma muito profissional Kate Bosworth ao contrário do que, na minha opinião, normalmente é do seu estilo e também Alessandro Nivola no papel do seu filho do qual mantém um distanciamento desde o desaparecimento da filha anos antes.
O argumento e a forma como entrelaça todas as potenciais casualidades da vida está francamente bem conseguido bem como a ligação entre Weaver e Bosworth e Weaver e Nivola.
A forma como é abordada a perda e a solidão, a culpa e a responsabilização são desempenhadas de uma forma superior por Sigourney Weaver e são acompanhados por uma emotiva banda sonora da autoria de Theodore Shapiro.
Gostei bastante deste filme. Claro que para ajudar foi a presença de Sigourney Weaver actriz que admiro e da qual não perco um filme deste que da primeira vez vi o Aliens. O único factor que não me agradou especialmente foi a forma de realização à la telefilme. Dá a impressão que é mais um filme feito para televisão do que propriamente para cinema no entanto não é isso que faz o filme ter menor qualidade, é simplesmente um aspecto que me desagradou um pouco.
Para aqueles muitos fãs que existem por aí e que tenham interesse em ter o filme, ele foi vendido com a revista Premiere este mês de Novembro e é uma verdade que vale sempre a pena ter um bom exemplar.

7 / 10

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Life Support (2007)

Life Support de Nelson George é um interessante telefilme sobre as dependências, a recuperação delas e especialmente sobre as segundas oportunidades. O efeito que elas causam naqueles que as têm e nos que não as têm.
A Queen Latifah tem aqui um brilhante papel como uma HIV positiva recuperada da dependência da droga que luta com os problemas de saúde com que permaneceu e tenta reconquistar o respeito da mãe e da filha ao mesmo tempo que luta pela estabilidade da sua nova família e o trabalho que faz nas reuniões de apoio a doentes com o mesmo problema que ela.
O papel de Latifah é sem dúvida o suporte principal deste telefilme o qual lhe deu o Globo de Ouro e o Screen Actors Guild Award de Melhor Actriz (merecidos), e serve também com um importante elemento de alerta para os espectadores do mesmo.
De produção da própria Latifah e de Jamie Foxx e com a presença entre outros de Anna Devere Smith no papel da mãe de Latifah, este telefilme consegue ser emocionante e arrisco também dizer inspirador muito devido ao trabalho da actriz principal.
É um telefilme um tanto parado e com os seus momentos mais monótonos, não o nego, mas que nos consegue ir agarrando aos poucos e que acaba por terminar com um extremamente comovente momento.


7 / 10

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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Eichmann (2007)

Eichmann de Robert Young sobre a prisão do mentor da Solução Final é um notável filme sobre o pós-Segunda Guerra Mundial. Não escondo que este tipo de filmes sempre me interessou pelas suas temáticas ora sobre julgamentos por crimes de guerra ora por relatos de sobrevivência e como tal parto sempre na aventura de ver "mais um". O facto deste ser interpretado pelo Thomas Kretschmann é mais um factor que me leva a ver o filme. Sim é certo que ele deve estar a tornar-se especialista em interpretar papéis de nazi mas o que é certo é que o faz bem.
Começando por aqui, Thomas Kretschmann tem um notável papel como Eichmann num desempenho extremamente contido. Contido no sentido de mostrar com frieza e total indiferença as ideias e a mentalidade do verdadeiro Eichmann onde, por momentos, nos mostra até que ponto a brutalidade destes indivíduos poderia ir (ver com muita atenção o momento do bébé no escritório dele). O seu desempenho está de facto notável e sem falhas a apontar.
A outra interpretação principal deve-se a Troy "Fonda" Garity no papel de Avner Less o seu interrogador durante o cativeiro em Israel anterior à sua morte, num desempenho igualmente digno de registo pela sua qualidade.
Este filme não é um filme de guerra nem iremos assistir a momentos onde presenciamos grandes conflitos bélicos. Assistiremos sim a flashbacks sobre o terror psicológico exercido sobre as vítimas do Holocausto e os confrontos aqui presenciados serão principalmente psicológicos entre Less e Eichmann e políticos devido às exigências e pressões do governo de Israel e dos próprios media que vibraram, como seria de esperar, com a prisão de Eichmann.
Gostei deste filme e recomendo-o como uma boa "lição" de História e só lamento que filmes como este passem quase na sua totalidade à margem do "mercado" cinematográfico e fiquem por isso por apreciar.
Banda-sonora, argumento e cinematografia estão também no seu melhor e não será de esquecer a também importante presença de Franka Potente como a mulher de Less. Queremos qualidade no cinema ? Pois temos aqui um excelente exemplo para visionar.




8 / 10


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Underworld: Rise of the Lycans (2009)

Underworld: A Revolta de Patrick Tatopoulos é a prequela da saga Underworld sobre as lutas entre vampiros e lobisomens. Aqui temos uma trilogia interessante de filmes dos quais me confesso fã (gosto do género), mas que à medida que avança o filme a qualidade vai-se perdendo em certa medida.
O primeiro filme, do qual falarei noutra ocasião, mostra-nos o essencial sobre os princípios da história e dos conflitos que estão no momento a decorrer, e no fundo podíamos ficar por aí em termos de "explicações". Já o referi uma vez e reafirmo que acho completamente desnecessário fazer um filme com o intuito de explicar o que já se passou. Muito do que vemos na "actualidade" já explica por si só o passado e como tal... CHEGA!
Dito isto...
Underworld: A Revolta centra-se nos acontecimentos que séculos antes levaram à divisão entre lobisomens e vampiros bem como tnta justificar a existência dos dois filmes anteriores que em termos de acção temporal se desenrolam após este filme.
Em termos de acção e efeitos especiais está agradável conseguindo manter-se fiel ao espírito da saga. Quanto aos personagens dá maior destaque a alguns que vemos no segundo filme (o primeiro a ser feito) nomeadamente a Michael Sheen que, neste filme, se torna numa das personagens principais da história.
Não vou negar que esperava mais deste filme. Bem mais até. Mas também não vou negar que considero que todo este filme poderia ter sido colocado no primeiro Underworld na meia hora inicial e tinha feito daquele que é o melhor da trilogia um super-filme de acção, efeitos especiais e algumas francas e interessantes interpretações. Não quero com isto dizer que este filme foi um desperdício e totalmente desnecessário mas no entanto não adianta nada de maior à saga podendo por isso ter sido um compêndio do primeiro.
Vale a pena ver, principalmente por aqueles que como eu são fãs da saga de filmes mas não é aquele brilhante que esperávamos ver.




6 / 10


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Morrer Como Um Homem Premiado

O filme Morrer Como Um Homem de João Pedro Rodrigues venceu o galardão de Melhor Filme no Festival de Cinema de Mezipatra na República Checa. Cinema português novamente de parabéns.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

The International (2009)

A Organização de Tom Tykwer tem à partida vários factores (actores) que fazem despertar a atenção para o filme. Temos o Clive Owen, a Naomi Watts e o Armin Mueller-Stahl. A sua história não poderia também deixar de ser um atractivo na medida em que está mais do que presente (e real) devido à crise financeira a possibilidade (?) de corrupção bancária e envolvimento em tráfico internacional e negócios com o armamento. O realizador Tom Tykwer já nos presenteou com o magnífico Perfume... Que poderíamos querer mais ?
Arrisco-me a dizer mais consistência. A qualidade está lá não só em termos de realização, argumento e interpretação mas seria um filme muito melhor com mais consistência e empenho em desenvolver mais.
A acção existe tal como seria de esperar num filme deste género mas enquanto se vê o filme fica a ideia de que está tudo muito contido e não se deixa à imaginação dar mais um passo em frente. Aí sim seria um filme ao nível de outros que de repente me lembro como por exemplo O Dossier Pelicano ou A Firma.
Os desempenhos, à excepção de algumas sequências mais "aceleradas" são contidos e fica-me a sensação de que os actores estão a guardar o "bom" mais para a frente para outra cena, mas a realidade é que esse bom quase que não chega a acontecer. Tão depressa está no início de uma qualquer trama como depois ela já está a acabar e pronto... ficamos com o gostinho mas nunca chegámos de facto a provar!
Destaco um apesar de tudo bom argumento da autoria de Eric Singer e uma essa sim EXCELENTE sequência no Guggenheim que consegue ser a grande cena de acção em todo o filme e por tão feita estar merece o devido destaque.
Competente mas tremido é o que posso dizer deste filme... Promete muito mas cumpre só pela metade seria outra boa caracterização... E quanto ao final... enfim... depois disto tudo será escusado dizer que esperava por mais. Vale a pena pela actualidade de muito do seu conteúdo mas está um tanto longe daquilo que poderia ser.



7 / 10

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The Proposal (2009)

A Proposta de Anne Fletcher com a participação de Sandra Bullock e Ryan Reynolds é uma interessante, mas não excelente comédia ligeira.
Em primeiro lugar posso dizer que é agradável (re)ver a Sandra Bullock a fazer mais um filme. Parece-me que muitas das vezes fica encostada a um canto e ali fica até que um dia alguém se lembra. Mais agradável é ainda quando a vejo a fazer um papel que apesar de ser comédia mostra o lado mais digamos "bitch" que a senhora nos tem para oferecer. Algo à semelhança dos seus anteriores papéis em 28 Dias e no Crash. Tem potencial para isso e a idade para lhe oferecerem papéis a esse nível e começarem a abandonar um pouco a imagem de "namoradinha" de que tem vindo a gozar já há tempo demais.
Quanto ao filme em si pode-se dizer que está engraçado apesar de ser igual a tantos outros que já vimos. Patroa abusiva que precisa do assistente de quem abusa e depois de meia dúzia (ou mais) peripécias acabam por gostar um do outro e ficam juntos e felizes para sempre. Não é novo... já está francamente visto e em certa medida o que salva estes filmes é a simpatia que podemos ter por alguns dos actores que nele participam. Não é mau claro, mas está repleto de clichés e lugares comuns que já vimos em tantos e tantos outros filmes do mesmo estilo onde pode apenas variar a patroa ou patrão, o ou a assistente.
Dou um destaque às sequências com o cão que além de ser engraçado dá algum bom tom de humor ao filme e à eterna Betty White que está em grande como sempre.
É um filme simples e agradável de fácil visionamento mas que também não "fica" como um daqueles grandes que vimos. Se era com este que queriam fazer campanha ao Oscar para a Sandra Bullock.... Think again!



6 / 10

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