segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Rangel Vulchanov

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1928 - 2013
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Tesouras e Navalhas - novo documentário da Paradoxon Produções

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A Paradoxon Produções, produtora algarvia de cinema independente lança-se em mais uma nova aventura com o documentário Tesouras e Navalhas realizado por Hernâni Duarte Maria.
Realizado em Faro durante o mês de Setembro, Tesouras e Navalhas conta-nos a história de uma das mais antigas barbearias da baixa da cidade, o Salão Académico, onde uma família na pessoa do seu anfitrião Américo Simão José, trabalha há mais de trinta anos nesta arte do corte de cabelo e barba.
A antestreia do documentário está prevista ainda para este ano na cidade de Faro que serve de pano de fundo ao mesmo.
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Arquiteturas - Film Festival Lisboa 2013: os vencedores

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Melhor Longa-Metragem Nacional: Arriverdeci Macau, de Rosa Coutinho Cabral
Melhor Longa-Metragem Internacional: Lucien Hervé - Photographer Despite Himself, de Gerrit Messiaen
Melhor Curta-Metragem Nacional - Documentário: A Comunidade, de Salomé Lamas
Melhor Curta-Metragem Internacional - Documentário: La Madre, il Figlio e l'Architteto, de Petra Noordkamp
Melhor Curta-Metragem Nacional - Ficção: Panorama, de Francisco Ferreira e João Rosmaninho
Melhor Curta-Metragem Internacional - Ficção: Small and Smart - Expressions of Contemporary Slovenian Architecture, de MatjaIvanisin e Damjan Kozole (Vertigo Emotionfilm)
Melhor Curta-Metragem Nacional - Experimental: Why Don't We Change, de João C. Couto
Melhor Curta-Metragem Internacional - Experimental: That Which is Unseen, de Reuben Nanda e Herzog & Meuron Park Avenue Armony, de Jonathan Clabburn
Prémio Audiência: Reconversão, de Thom Andersen
Prémio Lusofonia: Matéria de Composição, de Pedro Aspahan
Prémio Novos Talentos: 5040, de Inês Teixeira
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domingo, 29 de setembro de 2013

Cláudio Cavalcanti

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1940 - 2013
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sábado, 28 de setembro de 2013

Queer Lisboa 2013: os vencedores

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Competição para a Melhor Longa-Metragem
Melhor Longa-Metragem: A Fold in My Blanket, de Zaza Rusadze
Menção Honrosa: Joven y Alocada, de Marialy Rivas
Melhor Actor: Edward Hogg, em The Comedian
Melhor Actriz: Alicia Rodríguez, em Joven y Alocada
Prémio do Público: Facing Mirrors, de Negar Azarbayjani
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Competição para o Melhor Documentário
Melhor Documentário: Quebranto, de Roberto Fiesco
Prémio do Público: Born Naked, de Andrea Esteban
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Competição para a Melhor Curta-Metragem
Melhor Curta-Metragem: Benjamin’s Flowers, de Malix Erixon
Melhor Curta-Metragem Portuguesa: Pedro, de Dário Pacheco e José Gonçalves
Prémio do Público: MeTube: Augusts Sings Carmen ‘Habanera’, de Daniel Moshel
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Competição de Filmes de Escola - In My Shorts
Melhor Curta-Metragem: Depois dos Nossos Ídolos, de Ricardo Penedo
Menção Honrosa: Atomes, de Arnaud Dufeys

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Festival Internacional de Cinema de San Sebastián 2013: os vencedores

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COMPETIÇÃO OFICIAL
Concha de Ouro - Melhor Filme: Pelo Malo, de Mariana Rondón
Prémio Especial do Júri: La Herida, de Fernando Franco
Concha de Prata - Melhor Realizador: Fernando Eimbecke, Club Sándwich
Concha de Prata - Melhor Actriz: Marian Álvarez, La Herida
Concha de Prata - Melhor Actor: Jim Broadbent, Le Week-End
Prémio do Júri - Melhor Fotografia: Pau Esteve Birba, Caníbal
Prémio do Júri - Melhor Argumento: Antonin Baudry, Christophe Blain e Bertrand Tavernier, Quai d'Orsay
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Prémio do Júri Kutxa - Novos Realizadores
Melhor Filme: Of Horses and Men, de Benedikt Erlingsson
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Prémio Horizontes
Melhor Filme: O Lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra
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Prémio Irizar al Cine Vasco
Melhor Filme: Asier y Yo, de Amaia Merino e Aitor Merino
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Prémio TVE Otra Mirada
Melhor Filme: Jeune et Jolie, de François Ozon
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Prémio do Público: Like Father, Like Son, de Hirokazu Koreeda
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Prémio do Público para Melhor Filme Europeu: About Time, de Richard Curtis
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Prémio da Juventude: Wolf, de Jim Taihuttu
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Prémio FIPRESCI: Quai d'Orsay, de Bertrand Tavernie
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Prémio SIGNIS: The Railway Man, de Jonathan Teplitzky
Menção Especial - SIGNIS: Pelo Malo, de Mariana Rondón e Oktober November, de Götz Spielmann
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Prémio da Associação de Dadores de Sangue de Gipuzkoa para a Solidariedade: Mon Âme Par Toi Guérie, de François Dupeyron
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Prémio Sebastiane 2013: Dallas Buyers Club, de Jean Marc-Valée
Menção Especial - Sebastiane: Pelo Malo, de Mariana Rondón
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Prémio XII Encontro Internacional de Estudantes de Cinema
Escenas Previas, de Aleksandra Maciueszek
In Praise of the Day, de Oren Adaf
Guillaume le Désespéré, de Bérenger Thouin
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Prémio de Melhor Projecto de Co-Produção Europa-América Latina 2013: El Acompañante, de Pavel Giroud
Menção Especial ao Projecto: La Tierra y la Sombra, de César Augusto Acevedo
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Prémios Donostia: Carmen Maura e Hugh Jackman
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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Aldo Reggiani

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1946 - 2013
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To Agori Troei to Fagito tou Pouliou (2012)

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To Agori Troei to Fagito tou Pouliou de Ektoras Lygizos foi um dos filmes que passou por Portugal na programação do Queer Lisboa e que me suscitou bastante curiosidade não só por ser o candidato da Grécia para o Oscar de Filme Estrangeiro como também pelo facto da sua curiosa história estar envolta na dura realidade pela qual o país, e a Europa de uma forma geral, agora atravessam.
Neste filme encontramo-nos numa praticamente anónima Atenas onde Yorgos (Yannis Papadopoulos), um jovem tenor desempregado, enfrenta as dificuldades de uma vida na capital grega da actualidade.
Sózinho de qualquer outra companhia humana, Yorgos apenas tem a acompanhá-lo o seu canário que, tal como ele, tem uma magnífica voz que na prática de pouco lhes serve. Assim, e sem conseguir manter uma ocupação que o sustente, Yorgos vive abaixo dos limites desta nova sociedade que consome drasticamente todos aqueles que nela se encontram mostrando que aqueles que outrora eram os seus talentos são hoje peças meramente decorativas sem qualquer utilidade prática.
Ektoras Lygizos além de realizar escreveu também esta magnífica história que mais não é do que um relato de tantas outras histórias que atravessam de uma ponta à outra esta nossa Europa, e obrigam o espectador a uma reflexão sobre as trágicas realidades pelas quais o continente hoje atravessa. Outrora uma referência de qualidade de vida e de oportunidade, a Europa vive nestes últimos anos uma situação de total ruptura com o seu próprio sistema que não vê por parte dos seus governos qualquer tipo de apoio, abrindo assim uma colisão entre um novo e ainda não bem definido modelo de "sobrevivência dos mais fortes" em relação àqueles que com mais ou menos dificuldades conseguiram aos poucos ir construindo a sua própria vida e que se vêem agora a braços com a perda de toda uma vida em construção.
É neste paradigma e com estas premissas que Lygizos nos mostra um olhar sobre aquele que é o seu país mas que, tão facilmente, se poderia estar a referir a Portugal ou a qualquer uma das demais sociedades mediterrânicas que atravessam a mesma difícil realidade. Outrora uma referência como o "berço da Democracia", a Grécia vê-se agora enfrentada como o país que viu o fim da mesma, enterrando-se e ao seu povo num conjunto de medidas que, em última análise, privam todos de uma vida de qualidade e bem-estar como é esperado de uma dita Democracia moderna e onde, como cruel consequência, os seus cidadãos se vêem também eles privados dos seus direitos principalmente aquele de sobrevivência. Primeiro são cortadas certas regalias sociais aos quais depois se vêem negados dos seus direitos fundamentais começando pelo direito ao trabalho que ele própria gera a perda de tudo o demais inclusivé, como vemos aqui tão bem retratado, o poder comprar algo para comer ou para pagar a conta da água, eliminando assim a própria sobrevivência de um povo. Aos poucos a própria existência de "Yorgos", que é aqui o rosto anónimo de tantos outros gregos, perde uma boa parte da sua autonomia e individualidade enquanto cidadão. Incapaz de produzir algo em concreto pois era tenor de profissão, todos os trabalhos lhe são ora negados ora denota uma incapacidade de os realizar, e a pobreza extrema a que chega começa aos poucos a limitar negativamente as suas próprias capacidades de interacção com os demais mantendo-se isolado e constantemente só sem comunicar com ninguém mesmo na situação extrema em que se encontra sem ter meios próprios de subsistência e prestes a ser despejado de uma casa que não consegue manter.
Tal como o seu canário, "Yorgos" tem uma belíssima voz sendo esta a sua única forma de expressão livre e incapaz de lhe ser retirada pelos demais mas, na prática, de que forma pode esta contribuir  para a sua sobrevivência quando se encontra num país que não consegue providenciar à sua população necessidades básicas? Não estando estas asseguradas, quem se pode dar a um "luxo" de se cultivar culturalmente e assistir a um espectáculo que pode custar uma refeição para a família? Não sendo a cultura uma prioridade... que utilidade têm pessoas como "Yorgos" que foram preparados academicamente para proporcionar aos demais essa mesma cultura?
Mas Lygizos consegue ir ainda mais longe com esta sua (nossa) história, e proporcionar-nos um dos momentos mais mordazes e crus de todo o filme quando nos remete para um segmento inicial onde "Yorgos" se prepara para uma audição enquanto cantor lírico, e canta um excerto de Bach. Sem entender alemão e o poder ou mensagem que as palavras que profere têm, questionamo-nos sobre o paralelismo que este momento tem para com a realidade onde, numa Atenas actual um governo acata ordens vindas de uma distante Berlim que determinam o extermínio da individualidade dos seus cidadãos e, como tal, da própria cultura de um país. Não estaremos nós a assistir a todo um novo, e igualmente cruel, processo de genocídio?
Desde o primeiro instante que acompanhamos "Yorgos", percebemos que vamos acompanhá-lo na sua longa luta pela sobrevivência e, como tal, perceber como, ou de que forma, tantos como ele resistem numa sociedade que aos poucos parece querer contribuir para o seu próprio extermínio. Assim e enquanto observadores, vemos este jovem tentar a sua sorte em inúmeros trabalhos afastando-se dos mesmos por não conseguir neles concretizar objectivos "mínimos", ao mesmo tempo que tenta sobreviver.. alimentar-se e ao seu canário, a única companhia que mantém e com o qual partilha diversas vezes o pouco alimento que tem comendo, também ele, muita da alpista que o pequeno animal possui. A última réstia de dignidade, e talvez de liberdade que lhe resta, partilha-a com aquele seu companheiro que, tal como ele, a única coisa bela que possui é a sua voz capaz de encantar todos aqueles que os escutam.
É esta mesma sobrevivência física, mas não comportamental pois enquanto observamos percebemos que a sua individualidade já partiu há muito, que o faz alimentar-se dessa alpista, de pequenos frutos nas traseiras do prédio em que habita, de um chá ou uma bolacha em casa de um vizinho que auxilia ocasionalmente, do lixo de outros que recolhe e até mesmo (e talvez o meu mais chocante de todo o filme e que consistirá eventualmente naquele factor que irá impedir este filme de fazer carreira comercial para além da Grécia) do seu próprio esperma. E é neste exacto momento que percebemos que os seus limites enquanto indivíduo foram totalmente ultrapassados e que essa sua sobrevivência lhe retirou qualquer tipo de dignidade ou pudor.
É o desemprego, a carência e a consequente miséria que leva o indivíduo a situações limite incapazes de existir noutros tempos e noutras condições que fazem o indivíduo ter a noção animal de que precisa viver, a qualquer custo, mas que ao mesmo tempo é um ser incapaz de garantir ou proporcionar essa mesma sobrevivência pois tudo aquilo que sempre fez é agora "inútil", fazendo dele dispensável para a sociedade que integra, sentimento este que se propaga assustadoramente por gerações inteiras de gregos, e dos demais Europeus, que se vêem agora elementos dispensáveis e indesejados por uma Europa (ou seu ideal) que ajudaram a construir.
Retirada a subsistência e os direitos individuais de cada um, como conseguirá alguém resistir com dignidade quando não tem onde se proteger e quem o defenda? Tal como em meados do século passado os judeus se viram ameaçados na sua condição individual e enquanto povo, também hoje os gregos, os portugueses, os espanhóis ou os italianos se vêem a braços com a ameaça à sua própria existência enquanto povo, enquanto cidadãos e acima de tudo enquanto indivíduos. Mas enquanto nos obriga a questionar sobre este aspecto, Lygizos também quase nos retira o fôlego quando nos obriga a perceber a realidade daquele jovem que não num futuro que não conseguimos no momento precisar, mas sim no imediato em que tem de passar por todas aquelas dificuldades presentes na vidas de tantos que, tal como ele, são rostos anónimos que tentam esconder a sua situação por vergonha ou medo de uma qualquer ostracização.
A interpretação de Yannis Papadopoulos como, não direi herói mas sim resistente, "Yorgos" é desarmante. Primeiro porque nos consegue cativar durante todos os instantes em que nos mostra a sua forma de sobreviver sem nunca perder a sua dignidade ou esquecer aquele que partilha o seu espaço e por quem tem estranhamente (ou talvez não) tantas semelhanças. Se um não consegue subsistir por não ter emprego, o outro também não consegue viver não tendo a alpista que lhe é dada. Se um vive numa gaiola imposta pelo Homem, este vive numa prisão financeira por ver aos poucos todos os seus bens desaparecerem e, como tal, a sua própria segurança, vivendo assim prisioneiro das portas que lhe são fechadas. Uma prisão aberta que é tão ou mais claustrofóbica do que aquela que o eu canário vive, sendo que ambos, à sua maneira, encontram uma forma de sobreviver e até esquecer a fome ou delírios que a mesma lhe "impõe" e que são claramente retratados na debilidade com que "Yorgos" se depara em diversos momentos como podemos ver quando recorre freneticamente a todos os locais por onde julga poder encontrar alimento. E em segundo lugar por ter uma interpretação franca e genuína, longe de lugares comuns que dramatizariam a sua situação para além da real e que aqui, com integridade e honestidade, mostram o extremo de uma degradação psicológica à qual o Homem pode chegar quando lhe retiram todos os meios para poder viver com dignidade, segurança e conforto. Papadopoulos tem, seguramente e sem qualquer reserva, uma das mais fortes e devastadoras interpretações do ano, à qual será impossível ficar indiferente. Sublime ao ponto de nos demostrar que toda a sua precária condição consegue ser ultrapassada sendo que, no entanto, o único momento em que o vemos vacilar é aquele em que aparentemente está impossibilitado de chegar ao seu canário. A sua aflição e a emoção que transmite através da sua perda são francamente arrepiantes e conseguem desarmar qualquer um.
"Boy Eating the Bird's Food", o título internacional com que este filme se tem apresentado em diversos festivais, mais não é do que um franco e devastador retrato de um mundo em crise económica, financeira, cultural e principalmente moral onde, em nome do dinheiro e de uma austeridade sem limites, se deixam morrer primeiro o espírito e depois o físico de milhões de indivíduos que foram, em tempos, os rostos de civilizações que renasceram de guerras e de ditaduras tendo mostrado recuperações ecoómicas milagrosas que os colocaram como exemplos a seguir. No entanto, agora que o dinheiro falta, e fala mais alto do que tudo o demais, temos o retrato de alguém que recusa a perder a sua dignidade e a sua Humanidade... nem que isso signifique partilhar aquilo que tem com a mais frágil e cândida alma... como a de um canário. E não fosse o momento acima referido que poderá chocar as mentes de mais alguns, Boy Eating the Bird's Food e Lygizos seriam os claros vencedores do Oscar de Filme Estrangeiro a atribuir no próximo ano. No entanto, resta esperar que uma Academia Europeia de Cinema, tradicionalmente menos convencional (mesmo nos tempos que agora correm) resolva transformá-lo num dos filmes do ano. Por mim... já o é.
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10 / 10
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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

E Depois Matei-o conquista prémio no Prix Itália 2013

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O telefilme E Depois Matei-o de Lourenço de Mello venceu o PRIX Itália 2013 na categoria de Ficção para TV (mini-séries e telefilmes) nesta que foi a sua 65ª edição realizada na cidade de Turim.
O PRIX Itália é o mais prestigiado galardão na área do audiovisual e a mais antiga competição internacional a premiar programas de rádio, televisão e web, onde podem ser encontrados projectos de ficção, documentário, formato musical bem como representações artísticas provenientes de dezenas de estações públicas de rádio e televisão de todo o mundo.
O telefilme E Depois Matei-o enquadrado no segmento "Grandes Histórias - Toda a Gente Conta" conta-nos uma história de violência doméstica, escrita por João Matos e Raquel Palermo, na qual duas mulheres trocam histórias através das grades tendo uma influenciado a vida da outra, na prisão feminina de Tires.
Catarina, interpretada pela actriz Isabel Abreu, destaca-se das demais por se encontrar grávida, e Susana (Sónia Balacó), chega para a entrevistar visto encontrar-se ali depois de ter morto o marido que a maltratava, temendo assim não só pela sua vida como pela do seu filho por nascer.
E Depois Matei-o conta ainda com as interpretações de Albano Jerónimo, Pedro Giestas, Amélia Videira e Sandra Faleiro e foi exibido na RTP em 2012.
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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Espanha selecciona 15 Años y Un Día

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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Espanha acaba de anunciar que o filme seleccionado para competir pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2014 é 15 Años y un Día de Gracia Querejeta, a segunda vez que um filme espanhol dirigido por uma mulher é seleccionado, depois de em 2010 ter sido escolhido También la Lluvia de Icíar Bollaín.
De referir ainda que a última vez que Espanha teve um filme nomeado ao Oscar de Filme Estrangeiro foi em 2004 com Mar Adentro de Alejandro Amenábar que saiu vencedor da estatueta dourada.
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Itália aposta em "Grande"

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La Grande Bellezza de Paolo Sorrentino foi o filme seleccionado por Itália para concorrer ao Oscar de Melhor Filme Estrageiro na cerimónia a realizar em Fevereiro de 2014.
Depois de anos sem conseguir uma nomeação para os Oscars, tendo a última sido com o filme La Bestia nel Cuore de Cristina Comencini em 2005 e a última vitória registada data de 1998 com o mega sucesso La Vita è Bella de Roberto Benigni, a escolha italiana recai agora sobre um drama que nos faz um relato desiludido de uma sociedade de aparências de relações fugazes que nunca se chegam a concretizar fazendo todos os seus intervenientes, desde senhoras da sociedade a políticos, jornalistas, actores ou criminosos a passar pela vida tendo como pano de fundo os antigos palácios de uma Roma indiferente como se encontrasse morta para a sua própria realidade.
La Grande Bellezza é já um filme com alguma carreira em festivais de cinema tendo estado seleccionado para a Palma de Ouro da última edição do Festival Internacional de Cinema de Cannes onde foi considerado um dos potenciais vencedores bem como venceu o Globo de Ouro Italiano de Direcção de Fotografia para Luca Bigazzi e os prémios de Fotografia, Som, Actor Secundário para Carlo Verdone, Actriz Secundária para Sabrina Ferilli e um prémio especial para a interpretação de Toni Servillo pelo Sindicato Italiano dos Jornalistas Cinematográficos e constituindo-se também como um dos preferidos para a próxima cerimónia dos David entregues pela Academia Italiana de Cinema.
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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Auguste (2012)

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Auguste de Amadeu Pena da Silva e Pedro Santasmarinas é uma curta-metragem portuguesa de ficção cujo argumento é também da autoria dos dois realizadores, e que steve recentemente na secção competitiva do Shortcutz Xpress Viseu.
Quando um homem é deixado na beira de uma estrada pouco movimentada, interrogamo-nos sobre quem será Auguste (Bruno Leite), e sobre os porquês dos igualmente misteriosos condutores que ali o deixaram.
Quando percebemos qual o restante e sugestivo conteúdo daquele curioso "rapto", rapidamente percebemos que o destino de Auguste não será tão dramático quanto aquele que inicialmente imaginávamos.
Pena da Silva e Santasmarinas conseguem em escassos minutos recriar uma história que nos sugere diversos estilos desde a comédia ao terror (ou presunção do mesmo), passando por breves instantes de drama que nos revelam que a amizade está acima de qualquer desconfiança e que a persistência é por vezes a "mãe" de todos os sucessos.
Simpática e bem pensada pela sua originalidade este Auguste merecia uma maior duração para nos deliciarmos com as aventuras daquele que se anuncia como um curioso grupo de verdadeiros amigos.
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7 / 10
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Governors Awards 2013: os galardoados

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A AMPAS (Academy of Motion Pictures Arts and Sciences) revelou os homenageados deste ano que serão distinguidos na próxima cerimónia dos Governors Awards (prémios honorários da Academia), a realizar no próximo dia 16 de Novembro no Ray Dolby Ballroom at Hollywood & Highland Center.
Segundo a Presidente da Academia Cheryl Boone Isaacs, "os Governors Awards prestam homenagem aos indivíduos que prestaram contribuições essenciais nas suas respectivas áreas pelo que não poderia estar mais satisfeita com os homenageados deste ano", pelo que serão atribuídos três prémios honorários e o Jean Hersholt Humanitarian Award, sendo eles:
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Angela Lansbury, a primeira homenageado com o Oscar Honorário, mais conhecida do grande público pela série televisiva Murder, She Wrote (Crime Disse Ela), foi nomeada por três vezes ao Oscar na categoria de Actriz Secundária sendo a primeira em 1945 pela sua interpretação no filme Gaslight, seguindo-se The Picture of Dorian Gray em 1946 e The Manchurian Candidate em 1963, tendo protagonizado inúmeros outros filmes nomeadamente The Long, Hot Summer, Blue Hawaii, The World of Henry Orient, Bedknobs and Broomsticks, Death on the Nile ou Mr. Popper’s Penguins, tendo ainda dado voz a uma das personagens do filme Beauty and the Beast, o primeiro de animação a ser nomeado ao Oscar de Melhor Filme.
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O segundo homenageado com o Oscar Honorário será Steve Martin cuja versátil carreira se iniciou na televisão e se assume como um talentoso actor, escritor, comediante e músico que começou a ser notado aquando da sua participação em 1977 como argumentista e actor da curta-metragem nomeada ao Oscar The Absent-Minded Waiter. Ele escreveu e interpretou ainda os filmes The Jerk, Dead Men Don’t Wear Plaid, Three Amigos, Roxanne, L.A. Story, a saga The Pink Panther e Shopgirl que adaptou de um romance também escrito por si, tendo ainda participado como intérprete em inúmeros outros filmes nomeadamente All of Me, Parenthood, Father of the Bride ou It’s Complicated com Meryl Streep e Alec Baldwin com quem inclusivé apresentou a cerimónia dos Oscars em 2010.
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O terceiro Oscar Honorário será entregue a Piero Tosi, o estilista que colaborou com Luchino Visconti em diversos filmes nomeadamente em Rocco e i Suoi Fratelli e Le Notti Bianche tendo continuado a sua colaboração com o realizador italiano em filmes que lhe renderam nomeações ao Oscar de Guarda-Roupa como Il Gattopardo, Morte a Venezia ou Ludwig. Tosi viria ainda a receber mais duas nomeações ao Oscar pelos filmes La Cage aux Folles e La Traviata numa carreira cujos créditos se estendem a filmes como Ieri, Oggi, Domani vencedor do Oscar de Filme Estrangeiro ou Matrimonio all'Italiana nomeada na mesma categoria e ambos do mestre Vittorio De Sica.
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Finalmente a última homenageada da noite com o Jean Hersholt Humanitarian Award será a actriz Angelina Jolie, já vencedora de um Oscar de Actriz Secundária pela sua participação no filme Girl, Interrupted e uma apaixonada defensora de causas humanitárias que a levam a conhecer diversos locais de conflito ou de campos de refugiados pelo mundo com o objectivo de promover organizações humanitárias e justiça social tais como a Iniciativa de Prevenção da Violência Sexual. Jolie é ainda Embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) do qual foi recentemente nomeada Enviada Especial pelo Alto Comissário António Guterres depois de doze anos de serviço para a organização, funções estas que têm ajudado a modelar a sua carreira e a escolha por filmes que focam problemas humanitários mundiais dos quais se destacam  A Mighty Heart e a sua estreia atrás das câmeras In the Land of Blood and Honey.
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Todos os premiados irão receber um Oscar sendo os Honorários reflexo do trabalho de uma vida e das suas excepcionais contribuições para a arte cinematográfica enquanto que o Jean Hersholt Humanitarian Award é entregue a um indivíduo da indústria que se destacou pelos seus esforços humanitários e pelo seu respectivo contributo para a mesma.
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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

E Agora? Lembra-me (2013)

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E Agora? Lembra-me de Joaquim Pinto é um documentário em longa-metragem português que tem causado muito boa impressão, e completamente justificada desde já adianto, pelos festivais de cinema por onde tem passado, nomeadamente no Festival Internacional de Cinema de Locarno, na Suíça no qual esteve nomeado para o seu prémio máximo, o Leopardo de Ouro, e do qual saiu vencedor de três prémios, entre eles o Prémio Especial do Júri, e que agora vê a sua exibição nacional no Cinema São Jorge no decorrer da edição deste ano do Queer Lisboa.
Joaquim Pinto convive há cerca de vinte anos com o VIH e com o VHC, e com base no seu caderno de apontamentos elaborado durante um ano de ensaios clínicos com drogas tóxicas e não aprovadas efectuados pelo próprio realizador em Madrid, acompanhamo-lo, bem como às suas reflexões sobre a vida e a memória que sobrevive ao passar do tempo, sobre alguns amigos presentes e aqueles que a vida viu partir ao mesmo tempo que tece lúcidas considerações sobre o mundo em que vive (vivemos!).
É esta reflexão que nos faz acompanhá-lo em considerações sobre o tempo passado e presente em que se recorda dos seus amigos que com ele privaram em tantas situações, alguns dos quais que partiram cedo demais, bem como sobre os seus primeiros e mais emblemáticos filmes entre os quais se destaca a sua primeira longa-metragem Uma Pedra no Bolso. E é nesta mesma emocionante reflexão que o acompanhos e que nos faz pensar sobre problemas tão actuais como as epidemias independentemente da origem que possam ter e sobre a globalização das mesmas e a situação política e económica que atravessam a sociedade nestes últimos tempos.
Vários são assim os segmentos em que ao longo deste documentário escutamos como um ensurdecedor pano de fundo notícias sobre o aumento dos impostos, a crise que assola Espanha tal como se faz sentir por Portugal onde os sucessivos cortes orçamentais tornam "excedentários" cuidados médicos básicos que podem ajudar a prolongar em condições dignas as vidas daqueles que necessitam, e que empobrecem das mais variadas formas toda uma população que se sente a sufocar. Sufoco esse que, tal como os incêndios que devastam muito rapidamente todos os territórios por onde passam, impede qualquer indivíduo de pensar num plano futuro ainda que também ele esteja presente nas suas reflexões sobre a existência; o que a define, como ela se manifesta ou como se concretizar de forma a que se possa dizer no futuro "eu" existi.
Na sua essência, Joaquim Pinto faz-nos reflectir sobre a sobrevivência individual (a sua e a de todos) e colectiva que estão intimamente ligadas a uma definição de memória. A memória individual que nos faz equacionar sobre os nossos ideais e a forma como encaramos o mundo, as pessoas que conhecemos sejam elas a família que temos, os amigos que formamos ou aqueles que amamos e com quem partilhamos a vida completando o mundo, o nosso mundo e a nossa mais ou menos breve passagem, as nossas experiências e os nossos bons e maus momentos, no fundo as situações pelas quais passamos e a forma como elas aos poucos, mais ou menos discretamente, influenciam a nossa forma de estar e encarar o mundo.
Foi nesta abordagem que me lembrei imediatamente de uma pequena passagem do filme Shall We Dance? de Peter Chelsom, onde uma emocionante Susan Sarandon, questionada sobre o porquê do casamento responde que "as pessoas celebram-no para ter alguém que um dia testemunhe a sua passagem pela vida". Esta pequena e tão reveladora resposta poderia muito facilmente caracterizar outro importante elemento deste filme, ou seja, a relação profissional e sobretudo sentimental, que o realizador Joaquim Pinto mantém com o seu companheiro Nuno Leonel, com quem se recolheu na intimidade de uma vida recatada no campo e que ele próprio assume discretamente e a seu tempo um desempenho fundamental e central na execução deste filme, e na qual o seu dia-a-dia é repleto de momentos tranquilos na companhia dos seus cães, os próprios que assumem aqui um papel central em alguns dos momentos mais bem dispostos de todo o documentário, com a reflorestação de pequenas áreas da sua propriedade e na troca de pequenos ensinamentos que obtêm, e partilham, na companhia de uma vizinha como importante pano de fundo naquele que poderia ser facilmente considerado um retrato da vida quotidiana de ambos.
Longe de se transformar num relato sobre a doença e as fatalidades que lhe estão inerentes, Joaquim Pinto faz de E Agora? Lembra-me uma história, a sua, sobre a vida, sobre os prazeres que esta lhe proporciona, mesmo que por vezes seguidos de momentos tristes e de perda numa celebração diária dos dias e momentos que passam, da companhia que partilha com aqueles que fazem parte dos mesmos e que são as suas (in)conscientes testemunhas transmitindo ao espectador um emotivo relato sobre algo que tantos de nós esquecem frequentemente... a vida.
É neste período que o vemos recordar os momentos passados como prova da sua existência, as memórias partilhadas com o pai e da casa onde este nasceu marcada pela voluntária passagem do tempo e que faz, também ela, parte da sua história, num pequeno mas muito emotivo segmento do qual apenas testemunhamos algumas fotografias.
Joaquim Pinto recorda também as suas viagens pela Europa de leste numa época em que o comunismo dominava a mesma, os estudos que pretendia lá efectuar e as pessoas que acabou por conhecer num viagem sempre recorrente ao seu tratamento e à forma como por vezes o mesmo torna as suas memórias difusas e difíceis de ordenar provocando-lhe um maior esforço de concentração para as manter intactas, e de uma forma serena e lúcida lança o espectador numa viagem que o faz obrigatoriamente pensar e recordar o seu próprio espaço e as pessoas que também conheceu e passaram pela sua vida, acabando por conseguir fazer a sua história a de qualquer outra pessoa mesmo que as memórias que partilha sejam apenas suas.
Quando me lancei na descoberta deste filme pensei que iria ser fundamentalmente um relato na primeira pessoa sobre o tratamento para o VIH e sobre a forma como ele afecta a já debilitada condição física de um indivíduo. A minha surpresa chega quando Pinto transforma um ano da sua vida numa história que vence naturalmente pela sua humanidade e pela forma como aproxima o espectador da mesma criando elos de empatia, de identificações e por vezes de momentos que poderiam ser os de qualquer um de nós. Uma história que assumidamente celebra a vida, e a vontade de viver através das memórias positivas construídas ao longo da mesma, deixando os momentos mais negativos e complicados relegados para um segundo plano, como algo que aconteceu durante um percurso, dedicando-se preferencialmente a encontrar todos aqueles pequenos grandes momentos que a sua memória (sempre presente) irá registar como aqueles que são definitivamente importantes fazendo de E Agora? Lembra-me não só o filme maior de toda a sua carreira como um dos maiores filmes dos últimos largos anos apresentado por um realizador português não só pela sua importante componente verídica como principalmente pela forma como é filmado e apresentado, como principalmente pela sua extrema sensibilidade onde os silêncios, a perda (seja de que natureza fôr) e os momentos mais banais do quotidiano são filmados com o requinte de quem por eles passou e sentiu com a maior das dignidades.
Assim, E Agora? Lembra-me é não só um dos filmes portugueses do ano como essencialmente um dos filmes do ano quer seja em Portugal como em qualquer outra parte do mundo. Um daqueles filmes que se impõe naturalmente pela importância da sua mensagem e pela sensibilidade e honestidade com que chega ao espectador que se liga natural e espontaneamente com a mesma, tal é a força deste relato auto-biográfico que se assume sem qualquer pudor como uma obra-prima que irradia vida, memória, e uma dose muito marcante de amor e dedicação que une as vidas dos seus principais intervenientes. Um filme que se preocupa em contar uma história do "eu" sem nunca esquecer o olhar que lança para o mundo, o "colectivo", transformando essas mesmas histórias pelas quais passou Joaquim Pinto em relatos daquilo que outro indivíduo, numa qualquer outra parte do mundo, poderia assumir como sendo suas desde as ansiedades às expectativas, das dificuldades às dores.
Aquela que poderia ser a história de um homem que tem convivido com uma condição de saúde debilitante num mundo que encara os tratamentos médicos como um "luxo" e cujos cortes orçamentais consideram "excedentários", Pinto encontra o seu refúgio na sua casa no campo, no seu companheiro, nos seus cães e nas inúmeras recordações que o passado lhe proporciona e que os transforma em desabafos sobre o mundo e sobre a vida mantendo sempre de perto a sombra de um desaparecimento que não é chorado mas sim encarado como algo que poderá um dia surgir... para ele e para todos, mas que a força da memória que temos, e que também deixamos aos demais, fará com que seja marcado, querido e lembrado numa verdadeira e sentida meditação sobre o verdadeiro significado de estar vivo e presente.
Como apontamento técnico tenho de destacar a edição que Joaquim Pinto e Nuno Leonel fizeram a este magnífico documentário que graças a ela se apresenta tão coerente como uma memória ou pensamento deve ser... com a lucidez com que eles nos percorrem a mente que transformam todas as imagens que nos são presenteados em momentos aparentemente saídos no exacto momento dos nossos pensamentos como se os estivessemos a "elaborar" naquele preciso instante.
Finalmente, E Agora? Lembra-me não é apenas um dos grandes filmes do ano, ainda que este tenha trazido poucas longas-metragens à luz do dia. Pinto tem aqui não só a sua obra maior como também um dos grandes filmes alguma vez feitos e para nós, espectadores anónimos que não o conhecem, o testemunho de que a sua vida e passagem estão testemunhadas. Simplesmente um dos melhores filmes que vi até à data.
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"Joaquim Pinto: Quando regressarmos ao pó a vida respirará de alívio."
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European Film Awards '13: Prémio Carreira

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A Academia Europeia de Cinema cuja próxima cerimónia de entrega dos seus troféus se irá realizar em Berlim a 7 de Dezembro, anunciou que irá entregar o Prémio Carreira à actriz francesa Catherine Deneuve.
Com uma carreira iniciada nos finais da década de 50 do século passado e que se tem prolongado consistentemente até ao presente, Deneuve é já vencedora de inúmeros prémios nternacionais entre os quais dois César da Academia Francesa de Cinema, o David da Academia Italiana, dois prémios honorários em Cannes, o Urso de Prata de Berlim, a Copa Volpi de Veneza e também um prémio de Interpretação da Academia Europeia, entre inúmeros outros prémios e nomeações destaca-se ainda a nomeação ao Oscar pelo seu desempenho no filme Indochine.
Deneuve trabalhou com inúmeros realizadores de destaque internacional nomeadamente Roman Polanski, Lars Von Trier, François Ozon, Manoel de Oliveira, Raul Rouiz, François Truffaut, Régis Wargnier, Luis Buñuel, Leos Carax, Tony Scott, Jacques Demy estando neste momento a finalizar interpretações em filmes de André Téchiné e Benoit Jacquot.
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FIDBA - Festival Internacional de Cinema Documental de Buenos Aires 2013: os vencedores

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Foram ontem revelados os vencedores do último FIDBA - Festival Internacional de Cinema Documental de Buenos Aires, na Argentina, numa cerimónia realizada no Museo del Libro y de la Lengua de la Biblioteca Nacional, o qual distingui com o seu prémio máximo da Competição Internacional o documentário português E Agora? Lembra-me de Joaquim Pinto. De relembrar que ontem o documentário estreou numa sessão esgotada no Cinema São Jorge, em Lisboa durante a 17ª edição do Queer Lisboa - Festival Internacional de Cinema Queer.
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Competencia Internacional: E Agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto
Competencia Iberoamericana: Cuates de Australia, de Everardo González
Competencia Argentina: El Ojo del Tiburón, de Alejo Hoijman
Mención de Honor: Mi Reino no es de Este Mundo, de Tatiana Font.
Competencia Cortos: El Día ha Conquistado la Noche, de Jean Gabriel Périot
Mención de Honor: Puma mi bien amado, de Laura Martínez Duque, Nadina Marquisio e Tom Maver
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domingo, 22 de setembro de 2013

Ent(r)e de Tiago Inácio vence nos Estados Unidos

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A curta-metragem portuguesa Ent(r)e, de Tiago Inácio venceu seis das oito categorias para que estava nomeado no Short Bus to Insanity Film Fest, de cinema independente, que se realizou em Des Plaines, Illinois nos Estados Unidos.
Ent(r)e venceu assim nas categorias de Melhor Montagem (Raquel Moreira), Fotografia (Basil Al-Safar), Actriz (Vanessa Guimarães), Argumento (Tiago Inácio), Realização (Tiago Inácio) e Filme, tendo ainda ficado colocado em segundo lugar nas categorias de Melhor Actor (Alex Gomes) e Efeitos Especiais (Sam Sheehan).
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Luciano Vincenzoni

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1926 - 2013
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Douro Film Harvest 2013: os vencedores

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Wine Films
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The Wine of Summer, de Maria Matteoli
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Food Films
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18 Comidas, de Jorge Coira
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Curtas da Casa
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Zigurate, de Pedro Miguel Santos
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sábado, 21 de setembro de 2013

Michel Brault

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1928 - 2013
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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Shortcutz Xpress Viseu - Sessão #07

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É já amanhã dia 20 de Setembro que o Shortcutz Xpress Viseu está de volta ao Só Sabão, a residência oficial do evento, com mais uma sessão competitiva. Irão assim ser exibidas em competição as curtas-metragens Auguste, de Amadeu Pena da Silva e Pedro Santasmarinas e Ana, de Rui Costa e Paulo Varela, numa sessão que contará com a presença dos respectivos realizadores.
Durante a sessão serão ainda exibidas as curtas-metragens convidadas O Risco e Survivalismo de José Pedro Lopes que estará igualmente presente, e no segmento Shortcutz Around the World será também exibida a curta-metragem Porque Hay Cosas que Nunca se Olvidan de Lucas Figueroa.
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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Deber Imposible (2013)

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Deber Imposible de Airam Plata Torroglosa é uma curta-metragem espanhola de comédia que nos conta a história de Fermín (Antonio Baldó Urrutia), um inocente adaptado que acaba de ser abandonado pela sua noiva por ser, segundo ela, "bom demais".
Depois de uma tentativa de suicídio falhada, Fermín resolve abraçar uma vida de alcoól que o leva, de forma algo misteriosa, para o lado obscuro da lei. É então que pretende provar, a si próprio, que é capaz de uma vida de risco e de acção que até então nunca havia conhecido.
Torroglosa também assina este simpático argumento ao qual falta essencialmente uma maior exploração não só do ambiente como também de um maior aprofundamento das suas personagens que ficam apenas a "marinar" pelos aspectos mais superficiais dos habituais lugares comuns de alguém que foi abandonado e está de coração despedaçado e que agora pretende mostrar mais do que aquilo que é.
A comédia existe, e na sua essência até se recomendaria, mas espera-se ao mesmo tempo que ela pudesse abraçar um caminho diferente daquele aqui explorado e que nos remetesse para um conteúdo diferente, quem sabe alternativo, que nos apresentasse um herói diferente do que aquilo que normalmente se espera de uma personagem que não se sabe impôr nem mesmo quando necessário.
Ainda que com algumas boas intenções Deber Imposible não passa na fasquia mantendo-se apenas com uma nota positiva porque apesar de não ser original mostra que tinha potencial suficiente para poder ir um pouco mais além e quem sabe ser uma curta-metragem simpática e imaginativa.
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Córtex - Festival de Curtas-Metragens de Sintra 2013

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O Córtex 2013 - Festival de Curtas-Metragens de Sintra está de volta ao Centro Cultural Olga de Cadaval de 10 a 13 de Outubro, onde vai ser exibida uma selecção das mais recentes curtas nacionais e internacionais. O Festival seleccionou este ano dezassete curtas-metragens para a Competição Nacional e seis para a Competição Internacional.
Depois da homenagem a António Campos na edição de 2012, o Córtex reserva para 2013 uma homenagem ao cineasta João César Monteiro, no ano em que se assinalam os dez anos do seu falecimento, dedicando-lhe assim a sessão de abertura do festival com a exibição de nove das suas curtas-metragem. A partir de 10 de Outubro e até ao final do festival estará também patente uma exposição de fotografias de rodagem do realizador no Centro Cultural Olga Cadaval. Terá por fim lugar um debate com a presença de actores, produtores e técnicos que trabalharam e fizeram parte da vida do cineasta, assim como de novos realizadores cujo trabalho é influenciado pela sua obra.
A Competição Nacional apresenta, este ano, nos dias 11 e 12 de Outubro, sexta e sábado, 17 curtas-metragens produzidas entre 2012 e 2013 que concorrem ao Prémio do Júri e ao Prémio do Público. Os filmes a concurso são:
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Carrotrope, de Paulo D'Alva
O Coveiro, de André Gil Mata
Deus Dará, de Tiago Rosa-Rosso
O Facínora, de Paulo Abreu
Fonte Longa, de Luís Costa
Gambozinos, de João Nicolau
A Herdade dos Defuntos, de Patrick Mendes
Luminita, de André Marques
Má Raça, de André Santos e Marco Leão
Na Escama do Dragão, de Ivo. M. Ferreira
A Palestra, de Bruno D'Almeida
Primária, de Hugo Pires
Rei Inútil, de Telmo Churro
Rhoma Acans, de Leonor Teles
Teles, de José Magro
Torres, de André Guiomar
Um Rio Chamado Ave, de Luís Alves de Matos
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Da Bélgica, Espanha, França e Turquia chegam as seis curtas-metragens que integram a Competição Internacional que este ano encerra o festival que concorrem para o Prémio do Júri. Os títulos dos filmes apurados são: 
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Aquel No Era Yo, de Esteban Crespo (Espanha)
Le Cri du Homard, de Nicola Guiot (Bélgica)
Los Demonios, de Miguel Azurmendi (Espanha)
Les Lézards, de Vicent Mariette (França)
Le Maiollot de Bain, de Mathilde Bayle (França)
Sessiz/Be Deng, de Rezan Yesilbas (Turquia)
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Este ano o júri é composto pela actriz Carla Chambel, a realizadora Graça Castanheira, o programador e realizador José Vieira Mendes, Marta Fernandes (Distribuição e Marketing da Midas Filmes) e o jornalista Nuno Galopim.
Desde 2010 que o Córtex - Festival de Curtas Metragens de Sintra é organizado e produzido pela Fundação Cultural e Teatral Reflexo e programado por Michel Simeão e José Chaíça. A presente edição tem como principal objectivo oferecer ao público uma visão do cinema emergente português e contribuir para uma maior notoriedade dos novos realizadores, dando-lhes a oportunidade de mostrar os seus filmes a um maior número de pessoas a partir de duas competições, a Nacional e a Internacional, cujos prémios são patrocinados pela empresa “The Lux Way”.
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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Harvey (1950)

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Harvey de Henry Koster é possivelmente um dos mais emblemáticos títulos da extensa carreira de James Stewart e que lhe valeu uma das inúmeras nomeações a Oscar de Melhor Actor, numa adaptação da peça homónima de Mary Chase.
Esta é a história de Elwood P. Dowd (Stewart), um homem simpático e prestável que afirma sem qualquer pudor estar sempre na companhia de Harvey, o seu melhor amigo, que não é mais do que um coelho gigante e invisível (apenas ele o vê), que com ele comunica naturalmente.
Quando esta estranha ocorrência de Elwood põe em causa o bom nome da família perante a sociedade, Veta Louise (Josephine Hull) a sua irmã, embarca numa missão de o internar numa instituição psiquiátrica na esperança de que ele fique melhor. No entanto, como nada ocorre como se espera, é a partir deste momento que um conjunto aparentemente interminável de mal entendidos ganham forma, sempre com Elwood e "Harvey" como os seus centros dinâmicos, tendo como consequência acontecimentos maiores que ninguém poderia prever, nomeadamente o saldar dívidas com o passado ou até mesmo o nascer de uma paixão improvável.
Oscar Brodney e Myles Connolly juntam-se a Mary Chase para a adaptação cinematográfica da sua peça, e criam em conjunto um argumento que nos remete para um campo bem mais longínquo do que uma "simples" alucinação sobre um qualquer amigo imaginário que nos conta algumas verdades incómodas. Aqui, o espectador é levado para um espaço onde "Elwood", o único interveniente mais ou menos lúcido (será sempre discutível), encarnado por uma magnífica interpretação de James Stewart, consegue ver para além das intenções da maioria daqueles com quem convive ou se cruza. Assim, e num misto de loucura afirmada pelos demais, tece comentários sobre as suas acções para com os outros, sobre as suas próprias posturas no mundo ou na sociedade que tentam desesperadamente impressionar ou, num domínio mais pessoal, sobre a capacidade de expressar sentimentos que jamais se assumiriam em condições ditas "normais" e sempre, sem excepção, com uma acentuada comédia que funciona não necessariamente para o espectador se deixar levar pelas gargalhadas mas sim poder pensar na verdade daquelas palavras que foram proferidas por "Elwood".
Aqueles que lhe resistem acabam eles próprios por mostrar sinais de uma loucura que jamais iremos ver em "Elwood", enquanto que aqueles que se deixam levar pelos seus comentários e observações sobre a vida conseguem, a seu tempo, encontrar nas suas palavras uma estranha razão para a qual não tinham olhado mas que lhes abre portas para a vida (ou seu possível sentido), facto para o qual contribui em absoluto uma notável interpretação de James Stewart que não só é (foi) um dos rostos de primeira linha da velha Hollywood com também um expressivo actor que por vezes e apenas com um (não tão) simples olhar consegue entregar um mundo de emoções e de sentimentos nem sempre possíveis de expressar por palavras. E mesmo estas, quando lhe chegam a um ritmo quase tão alucinado como aquele no qual ele parece viver, são não só cortantes como conseguem desarmar qualquer um pela lucidez com que as profere. Afinal, não teremos todos nós um louco dentro de nós?!
É esta mesma lucidez que por vezes se coloca como um entrave no trato entre as pessoas, criando barreiras e limites às relações interpessoais que "Elwood" aqui consegue quebrar mostrando-se afável, próximo e prestável mas que face à lucidez dos restantes se revela, aos seus olhos, como o factor que delimita a sua própria sanidade. Poderá alguém ser assim tão "saudável" se diz estar na companhia de um coelho gigante que fala com ele? No entanto, nunca ninguém se questiona do porquê de um homem adulto, com uma vida aparentemente estável e sem problemas ter de recorrer a essa mesma figura para se sentir inserido numa sociedade que abertamente lhe diz não o querer. Enquanto uns utilizam métodos pouco convencionais para se inserir num espaço ou grupo outros parecem pouco se preocupar com o mesmo. Enquanto os primeiros aceitam ser excluídos ou ter de provar ali pertencer, outros decidem não se importar com as convenções e padrões de etiqueta estabelecidos pelo "socialmente correcto". Mas no fundo todos, sem qualquer excepção, procuram apenas o seu espaço numa comunidade que nem sempre está preparada, ou receptiva, a aceitar a diferença. Diferença essa que, no entanto, caracteriza cada um e a sua respectiva diversidade.
Finalmente a compôr o duo dinâmico deste filme temos Josephine Hull como "Veta", a irmã de "Elwood" que tudo faz para manter as aparências, sempre as aparências, para com essa mesma sociedade mesmo que isso represente afastar-se de um irmão que a ama em favor de uma sociedade que simplesmente pode afastá-la também a ela, constituindo assim um elemento dinâmico da comédia, mas não uma qualquer... daquelas que nos mostram o quão absurdo qualquer um de nós pode ser quando perdemos tempo a respeitar padrões esquecendo toda uma vida que espera por nós.
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"Elwood P. Dowd: Years ago my mother used to say to me, she'd say, "In this world, Elwood, you must be" - she always called me Elwood - "In this world, Elwood, you must be oh so smart or oh so pleasant." Well, for years I was smart. I recommend pleasant. You may quote me."
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7 / 10
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Festa do Cinema Francês 2013

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Está de volta a Festa do Cinema Francês que este ano irá percorrer sete cidades portuguesas sendo elas Lisboa (10 a 20 de Outubro), Almada (16 a 20 de Outubro), Coimbra (22 a 26 de Outubro), Beja (29 de Outubro a 3 de Novembro), Faro (30 de Outubro a 2 de Novembro), Guimarães (31 de Outubro a 4 de Novembro) e finalmente Porto (de 4 a 10 de Novembro), que através de um variado conjunto de secções irá presentear os espectadores com alguns clássicos do cinema francês mas também com alguns dos títulos mais aguardados e aclamados do ano.
Assim em antestreia em Portugal poderemos assistir a Grand Central, de Rebecca Zlotowski, Le Dernier des Injustes, de Claude Lanzmann, Au Bout du Conte, de Agnès Jaoui, Camille Redouble, de Noémie Lvosvsky, Du Vent dans Mes Mollets, de Carine Tardieu, L'Écume des Jours, de Michel Gondry, Thérèse Desqueyroux, de Claude Miller, Jeune et Jolie, de François Ozon, Alceste à Bicyclette, de Philippe Le Guay, Berthe Morisot, de Caroline Champetier, 5 Cameras Brisées, de Emaud Burnat e Guy Davidi, 2 Automnes 3 Hivers, de Sebastien Betbeder, La Vierge, les Coptes et Moi, de Namir Adbel Meessah, Kinshasa Kids, de Marc-Henri Wajnberg, Queen of Montreuil, de Solveig Anspach, Cherchez Hortense, de Pascal Bonitzer, Aux Yeux de Tous, de Cédric Jimenez, Henri, de Yolande Moreau e Quelques Heures de Printemps, de Stéphane Brizé, e sessões estas que contarão com a presença de alguns convidados nomeadamente a madrinha da Festa Agnès Jaoui e outros como Noémie Lvosvsky, Claude Lanzamann, Pascal Bonitzer e Caroline Champetier.
Estará novamente presente a atribuição do Prémio do Público a um filme que já tem a estreia comercial confirmada para Portugal, e este ano os filmes em competição são os já referidos Grand Central, Camille Redouble, Du Vent dans mes Mollets, Jeune et Jolie, L'Écume des Jours, Thérèse Desqueyroux, Le Dernier des Injustes, Au Bout du Conte e Alceste à Bicyclette.
A secção Paris no Cinema apresenta títulos como Les 400 Coups, de François Truffaut, Paris vu par... de um colectivo de realizadores, Petit à Petit, de Jean Rouch, Rendez-Vous, de André Téchiné, Les Amants du Pont Neuf, de Leos Carax, Paris Je T'Aime, de um colectivo de realizadores e o já referido Au Bout du Conte, de Angès Jaoui, secção esta que constitui além de uma homenagem à cidade de Paris, uma mostra da riqueza cinematográfica de França e uma celebração da assinatura do pacto de amizade entre a capital francesa e Lisboa.
A retrospectiva deste ano dedica-se à obra de Claude Lanzmann onde serão exibidas muitas das obras do realizador entre as quais Pourquoi Israel? (1973), Shoah (1985), Tsahal (1994), Un Vivant qui Passe (1997), Sobibor, 14 Octobre 1943, 16 Heures (2001), Le Repport Karski (2010) e o já referido Le Dernier des Injustes (2013).
Porque a Festa do Cinema Francês é também um momento, e o local, para (re)descobrir os grandes clássicos do cinema e preservar a memória, este ano será exibida a cópia restaurada do mítico filme de Alain Resnais, Hiroshima Mon Amour, de 1959 escrito por Marguerite Duras, que foi apresentado na última edição do Festival Internacional de Cinema de Cannes, 54 anos depois da cópia original.
Existirá ainda um ciclo de Cinema e Literatura realizado em colaboração com a Universidade de Lisboa e as Câmaras Municipais de Setúbal e Seixal que apresentará as obras L'Année Dernière à Marienbad, de Alain Resnais, Peau d'Âne, de Jacques Demy, La Cérimonie, de Claude Chabrol, Beau Travail, de Claire Denis, La Belle Endormie, de Catherine Breillat e Nous, Princesses de Cleves, de Régis Sauder.
Finalmente há ainda a referir que o cinema de animação não é esquecido pela Festa do Cinema Francês, e como tal existirá uma mostra da obra do realizador Michel Ocelot, entre os quais se destacam Kirikou et la Sorcière (1998), Princes et Princesses (2000), Azur et Asmar (2006), Kirikou et les Hommes et les Femmes (2012), bem como a exibição de Le Jour des Corneilles, de Jean-Christophe Dessaint, Ernest et Celestine, de Benjamin Renner, Lambert Wilson e Pauline Brunner e também Aya de Yopougon, de Marguerite Abouet e Clément Oubrerie, além de um conjunto de actividades paralelas que passam pela música e por encontros com a cultura francesa e que marcarão presença por Lisboa.
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Arouca Film Festival 2013: os vencedores

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COMPETIÇÃO OFICIAL
Lousa de Ouro - Melhor Filme do Festival: Dios por el Cuello, de José Trigueiros
Lousa de Prata - Segundo Melhor Filme do Festival: Second Wind, de Sergey Tsyss
Melhor Filme de Ficção: Dios por el Cuello, de José Trigueiros
Melhor Documentário: Santa Maria dos Olivais, de Susanne Malorny
Melhor Videoclip: Eles Comem Tudo, de Raquel Palermo e Sofia Bairrão
Melhor Filme de Animação: Linear, de Amir Admoni
Melhor Filme Experimental: Second Wind, de Sergey Tsyss
Melhor Interpretação: Vítor Norte e Lucinda Loureiro, Uma Noite na Praia
Melhor Realização: Stefan Le Lay, Nulle Part
Melhor Argumento: José Trigueiros, Dios por el Cuello
Melhor Fotografia: Aitor Uribarri, Horizonte
Melhor Montagem: Santi Veiga, El Rastrillo se Quiere Comprometer
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Prémio do Público - Primeiro Melhor Filme: Alma Perturbada, de Luís Teixeira
Prémio do Público - Segundo Melhor Filme: 50 Pesos Argentinos, de Bernardo Cabral
Prémio do Público - Menção Honrosa: O Milagre, de Francisco Lança
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CONCURSO "CURTAS CRIATIVAS"
1º Classificado: Corpo body corps Korper corpus, de Vanessa Namora Caeiro
2º Classificado: Messenger, de António Fonseca, José Melo, Renato Ferreira e Ricardo Ventura
3º Classificado: A Filha da Roda, de Avelino Vieira
Menções Honrosas: Corta e Constrói, de Tânia Cabral e António Soares, Rebuilding Europe, de Liliana Pereira e Tributa, de António Fonseca, José Melo, Renato Ferreira e Ricardo Ventura
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