sábado, 31 de janeiro de 2015

Geraldine McEwan

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1932 - 2015
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Old Moon (2011)

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Old Moon de Sofia Alves e Sofia Peixe é uma curta-metragem portuguesa de animação e o projecto final de mestrado na Universidade Católica no respectivo ano.
Esta curta-metragem conta-nos uma mais ou menos simples história de amor e vingança onde a honra da família se sobrepõe a qualquer aparente adversidade. Quando uma jovem criança vê o seu pai ser morto às mãos de um temível adversário tenta, em idade adulta, vingar a sua memória.
Tendo como testemunha dos seus actos a lua de sangue que o acompanha, o que acontecerá quando ao impôr a sua vingança está, também ele, a repetir um processo que se iniciara anos antes?
Interessante do ponto de vista da animação e da qualidade com que é elaborada, esta história quase sem falas ou diálogos é de uma simplicidade notória que, ao mesmo tempo, cativa pela sua qualidade e perfeita execução que deixam, ao mesmo tempo, uma certa curiosidade sobre uma potencial continuidade da mesma.
O segmento final que parece retirado da saga Kill Bill quando a "The Bride" de Uma Thurman elimina a "Vernita Green" de Vivica A. Fox e se dirige à jovem filha desta, assim previa (essa continuidade)... Uma pena que passados tantos anos se perceba que não o iremos ter. Ainda assim vale pelos seus breves seis minutos de duração e por nos presentear com uma invulgar mais dinâmica história.
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6 / 10
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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

See No Evil (2006)

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O Coleccionador de Olhos de Gregory Dark é uma longa-metragem norte-americana que relata os acontecimentos posteriores à fuga de Kane (Glenn Jacobs), um enigmático assassino que retirava os olhos às suas vítimas, aquando da sua descoberta por dois polícias de giro.
Quatro anos depois, Williams (Steven Vidler) o polícia sobrevivente do ataque de Kane, é agora guarda de jovens delinquentes a cargo do Estado e envolvido num programa de inserção dos mesmos na sociedade. Ao tentar recuperar o Hotel Blackwell, Williams e o grupo de jovens têm uma improvável e inesperada surpresa.
O argumento de Dan Madigan, por muito bem intencionado que seja, cai nos habituais lugares comuns que em nada beneficiam o género ou tão pouco o filme em questão. Iniciando a sua narrativa na vulgar vontade de chocar pelas imagens gore que se tentam recriar, See No Evil acaba por explorar um segmento que, na prática, morre mesmo antes de começar. Estes instantes iniciais, meramente exploratórios de uma introdução vulgar e pouco explorada, dão lugar imediato a uma história de marginalidade e rebeldia retratada através do grupo de jovens que vão (agora) recuperar um espaço que se destina - lugar comum a caminho - alojar os sem abrigo e, dessa forma, evitar que caiam numa vida e espiral de miséria maior do que aquela em que já se encontram.
O Hotel Blackwell, propriedade de uma estranha mulher que rapidamente associamos a uma qualquer fundamentalista e reprimida religiosa, torna-se assim o local de residência temporária destes jovens que - boas intenções à parte - o vão forçosamente recuperar. Imponente, degradado e com toda uma mitologia que lhe é associada e que contribui para o misticismo e secretismo do local, este Hotel alberga algum residente que persiste na sua vontade de continuar uma chacina escondida.
A apresentação de todas as personagens decorre a um ritmo frenético e pouco isento das habituais noções sobre a marginalidade e de como esta é um "prato" para um cruel e impiedoso assassino que espera moral e bons costumes daqueles que o rodeiam. Torturas físicas e psicológicas à parte, à medida que a razia a este hotel toma lugar, conhecemos também um passado de "Kane" que para lá de um impiedoso assassino é, também ele, a vítima de uma história cruel e ultra-conservadora às mãos de um inesperado vilão revestido de uma capa de cordeiro. Os jovens, as vítimas de uma noite sem limites para a crueldade, são o fruto de uma vivência desinteressada e marginal e, para o espectador, meros joguetes de uma história para a qual apenas servem enquanto "tapa buracos".
Com um conjunto de personagens desinteressantes, francamente ocas e essencialmente figurativas para todo o "bom" funcionamento de uma história que se queria de suspense e obviamente intensa, See No Evil acaba por mais não ser do que um daqueles filmes de altas horas da madrugada que tenta manter o espectador acordado mas que, na prática, muito dificilmente - ou raramente - o consegue. Com alguns momentos em que o espectador mais deseja que todo o hotel pegue fogo levando todos aqueles "vultos" consigo, See No Evil é banal, pouco intenso (ou interessante) e apenas o veículo para dar continuidade a uma história que se perpetuará por muitas sequelas... mesmo que o assassino morra pelo meio... afinal, todos já sabemos que o mal nunca "morre" de facto, e o único momento mais "positivo" desta história é apenas o décor per si que consegue, por momentos, manter a imagem de um espaço abandonado no tempo... mesmo que alguns dos seus espaços "proibidos" tenham luz acesa e pareçam ter deixado de ter clientela no dia anterior.
Não consegue ser assustador, nem tão pouco dinâmico ou até mesmo intenso e, sem a verdadeira imagem de um vilão que o seja de facto, See No Evil passa por mais um daqueles filmes "de género" que, na prática pouco seduz ou se mantém na memória do espectador mas, no entanto, capaz de entreter durante a brevidade temporal em que decorre.
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3 / 10
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Love Is Strange (2014)

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Love Is Strange - O Amor é uma Coisa Estranha de Ira Sachs é uma longa-metragem norte-americana com estreia prometida - e ainda aguardada - em Portugal que nos conta a história de Ben (John Lithgow) e George (Alfred Molina), dois homens com uma relação sentimental de várias décadas e que agora iniciam a sua vida após o casamento.
No entanto, depois de George ser despedido do colégio católico no qual dava aulas de música, o casal terá de temporariamente recorrer à assistência de amigos e familiares para viver num momento em que percebem que as relações não são tão próximos como aquelas que pensavam.
Ira Sachs e Mauricio Zacharias são os argumentistas de Love Is Strange, uma história de um amor de décadas que se confirma com um acto até então ilegal; o casamento. Transformando aquilo que era, até então, um amor não celebrado e proibido nos Estados Unidos, Love Is Strange revela o amor entre dois homens - "Ben" e "George" - como um sentimento que não só perdura no tempo como se assume com todos os solavancos e bons momentos que uma qualquer relação sentimental pode e deve ter.
Esta longa-metragem inicia-se com os instantes antes do casamento. Aquela azáfama interminável que irá finalmente confirmar (apenas perante a sociedade) o sentimento existente entre estes dois homens ao longo de toda uma vida e que é agora reconhecido pela lei. No entanto, estes dois homens não são jovens... não estão no início das suas vidas e, sobretudo, vêem a confirmação do seu amor ser questionada como um problema para aqueles que empregam "George", deixando no ar a questão essencial... como começar toda uma vida quando ela parece já ter dado os seus melhores frutos?!
Dos momentos iniciais de uma alegria constante em que tudo parece finalmente fazer sentido - o amor, a família e os amigos mais chegados todos unidos num único momento - para uma radical transformação e incerteza na vida de dois homens que subitamente vêem e sentem todas as suas estruturas serem abanadas apenas por terem decidido dar corpo a confirmação desse amor, Love Is Strange vai mais longe ao transformar aquilo que era proibido ou não reconhecido pela lei numa relação que enfrenta problemas reais como todas as outras.
Da incerteza de um amanhã que é agora desconhecido ao confronto da sua presença com as suas famílias e amigos, "Ben" e "George" percebem agora que apesar de serem estimados pelos mesmos, a convivência diária afecta essas relações interpessoais transformando-os em elementos estranhos e, a seu tempo, meras peças de uma mobília da e pela qual já não se sente a mesma empatia. No momento em que as suas vidas deviam então estar naquele patamar de uma confirmação de normalidade, vêem - já em avançada idade - que têm de começar de um zero... primeiro pela perda de trabalho, depois pela perda da casa, pelas relações familiares e de amizade que estremecem pela empatia versus incómodo versus indiferença e, finalmente, observam-se afectados por um estado de saúde cada vez mais frágil, pela velhice e ainda por uma eventual morte.
Se a relação de proximidade antes sentida com os seus familiares e amigos era notória, a convivência diária para com eles demonstra que são, afinal, pólos distantes de uma mesma realidade e, à medida que estas relações se vão deteriorando, "Ben" e "Joey" - tio e sobrinho - parecem ganhar uma improvável e inesperada empatia como que se de um qualquer legado sobre o amor surgisse pelas confidências - raras - que surgem. Afinal, não só "Ben" revela o verdadeiro segredo do amor - o risco - como é "Joey" o único (para lá de "George") que deixa cair uma lágrima pela morte do seu parente. São estes dois pólos distantes - pela idade, pela sexualidade e pelas experiências - que acabam por rever no "outro" a continuidade de um sentimento e de um amor tendo sido o do mais velho ilegal e o do segundo algo por acontecer e que não deve ser ignorado, esquecido ou perdido.
Love Is Strange é assim uma tranquila e genuína celebração de um amor verdadeiro, dedicado, cúmplice e celebrado. Um amor pelo qual tantos esperam toda uma vida sem, por vezes, o conseguir encontrar e que aqui já perto do seu (in)esperado final se viu interrompido por uma distância indesejada mas que, ainda assim, não fez terminar aquilo que os fez aproximar sentimentalmente. A dar corpo a este amor estão duas soberbas interpretações de dois actores com um curriculum invejável como o são John Lithgow calmo, sereno e dono de uma lúcida capacidade de recordar os mais pequenos detalhes e momentos de uma vida, e um estranhamente calmo - mas ainda assim intenso - Alfred Molina que se vê já na sua algo avançada idade a ter de começar todo um novo caminho e experiências que a solidão não ajudaria a colmatar.
Ainda com a participação de uma oscilante Marisa Tomei inicialmente terna e atenciosa e que dá posteriormente lugar a uma mulher mais fria e distante sendo que a revelação maior de Love Is Strange é a interpretação de Charlie Tahan como "Joey", o invulgar e pouco social sobrinho de "Ben" e "George". Ao longo de toda esta longa-metragem é deixado no ar a hipótese do jovem manter uma relação homossexual com um amigo - pouco aprovado pelo pai e ao qual a mãe fecha os olhos - e a cumplicidade entre os dois jovens parece fazer adivinhar uma relação mais do que aquela presa pelos laços da amizade. São as poucas mas assertivas conversas com "Ben" que fazem o jovem "Joey" revelar não só a sua sexualidade como também a única experiência que teve com um sentimento tão estranho como o é o amor. Do jovem inicialmente anti-social ao terno, compreensivo e emotivo "Joey", Charlie Tahan confere uma invulgar mas curiosa alma disposta e disponível para a mutação e mudança como o é - e são - as dos adolescentes naquela que é provavelmente uma das mais fortes interpretações de Love Is Strange.
Por entre revelações sobre o amor - nunca questionado apenas confirmado -, relações de familiares e de amizade que parecem colocadas à prova e cederem com a pressão, trabalho e arte nunca confirmados ou reconhecidos, uma vida a dois que nunca precisou de um papel assinado para se confirmar mas que viu nele a prova maior de um reconhecimento externo, Love Is Strange deixa nas palavras de "Ben" a sua mensagem principal... "se voltasses a ver o amor da tua vida... irias falar com ele?!"... No fundo, como agir quando se percebe que a pessoas que encontrámos é a "tal" e se arriscamos a confirmá-lo ou, por sua vez, perdê-lo para todo o sempre...
Eventualmente um dos filmes maiores que este novo ano cinematográfico parece insistir em não fazer estrear... Ao espectador mais atento... no final... já bem perto desse final... deixa ainda uma última questão... como recomeçar uma vida agora que tudo se perdeu e ainda levou consigo o coração que se lhe entregou?!
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"George: I believe the world is a better place if people aren't lying."
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8 / 10
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José da Ponte

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1954 - 2015
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

The Theory of Everything (2014)

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A Teoria de Tudo de James Marsh é uma longa-metragem britânica baseada na obra literária Travelling to Infinity: My Life with Stephen, de Jane Hawking.
Na década de 60 Stephen Hawking conhece Jane Wilde numa festa da Universidade de Cambridge. Pouco tempo depois desta empatia, Hawking descobre que o seu corpo irá começar a ceder e a lentamente perder o controle sobre as suas vontades e movimentos sendo que lhe restam apenas dois anos de vida.
Enquanto a relação de Stephen e Jane se desenvolve e a saúde dele se deteriora, o impacto da sua obra é inversamente proporcional ao sucesso familiar onde se dissipa o amor e se dá lugar a uma empatia e amizade.
Tido com um dos filmes maiores do ano que há pouco terminou, The Theory of Everything é para lá de um relato sobre ciência ou cosmologia, a história de uma relação de amizade, cumplicidade e amor mas acima de tudo de uma extrema dedicação. Se inicialmente o espectador pode ser levado a pensar que esta longa-metragem mais não será do que um exaustivo relato da vida de Stephen Hawking enquanto cientista e que cuja vida foi severamente afectada por uma doença degenerativa, cedo percebemos que este será apenas o mote para uma história sentimental e amorosa vivida por ele e por Jane, a sua mulher.
Aliás, ao contrário de um relato na pessoa de Stephen Hawking, toda esta longa-metragem tem como base a auto-biografia escrita por Jane, que a torna portanto uma personagem central na vida do físico, não se remetendo portanto à espiral degenerativa do seu corpo. Aqui conhecemos a perspectiva de Jane como mulher e não "a mulher de...". Percebemos que para lá de uma esposa e amiga de Stephen, teve também ela os seus sentimentos, viu ultrapassar os seus sonhos e os seus objectivos e percebeu o surgimento de emoções que com Stephen vira desaparecer. Sem qualquer tipo de condescendência, ou até de arrependimento, The Theory of Everything conta-nos portanto a história de duas pessoas que se conhecem, que se apaixonaram, que atravessaram a maior das provações e que resistiram enquanto amigos e pais percebendo, no entanto, que aquilo que outrora sentiram havia desaparecido querendo ambos continuar as suas vidas como podemos constatar com os sentimentos de "Jane" em relação a "Jonathan" ou de "Stephen" para com "Elaine".
Centrado em factos e eventos mais significativos da vida do casal - de Stephen mais concretamente e sob a perspectiva que Jane lhe conferiu - The Theory of Everything é uma interessante reconstituição temporal manifestada, aliás, por uma extremamente bem executada e precisa caracterização que insere o espectador numa época e tempo precisos através dos seus trajes sendo que o seu melhor elemento é, sem reservas, aquele que se prende com a transformação física de Eddie Redmayne. O actor - naquela que é eventualmente a sua interpretação maior à data - pega na transformação que lhe é efectuada e usa-a como uma parte expressiva da sua interpretação. Desde os pequenos gestos que denotam as primeiras alterações físicas até à própria degeneração do do corpo, Redmayne consegue num único filme transformar-se em dois actores. Num primeiro momento conhecemos um jovem tímido mas vivo, com as suas amizades e com o seu próprio meio social e familiar - este aliás que se perde um pouco no decorrer do filme - que dá, de seguida, lugar a alguém que a doença isola no seu próprio espaço e que se molda à condição física a que a doença o confina.
Provavelmente o ponto maior de The Theory of Everything - e que muito certamente lhe irá conferir o Oscar de Melhor Actor - Redmayne consegue com esta interpretação transformar-se num actor de primeira linha com uma prestação sóbria e reconhecida pela sua complexidade e dificuldade ao mostrar que independentemente da degeneração física é o poder da mente - e de uma mente brilhante - que comanda toda uma vida que nem o tempo nem o universo conseguiram travar.
Igualmente interessante está Felicity Jones na recriação de Jane Hawking, a grande mulher por detrás de um grande homem, que se situa mais no lado sentimental da relação. Se Stephen era o lado racional, teórico e físico com objectivos académicos, é Jane que abdica dos seus próprios planos pessoais materializando toda uma componente familiar e afectiva não (se) questionando quais as motivações para lá daquelas que se deixam mover pelo coração.
Com uma notável música original de Jóhann Jóhannsson, The Theory of Everything peca apenas por um certo sentimentalismo paternalista já bem perto do final - talvez aquele fim "querido" que não seria necessariamente esperado - sendo, apesar disso, um interessante e por vezes sentido drama que quase funciona como que a apelar a uma certa redenção para com a vida estando, no entanto, a deixar a mensagem de que se pode aceitar uma condição sem que se deixe dominar pela mesma. Tudo é possível desde que se seja (auto-)motivado para tal pois nem o tempo, ou tão pouco o universo, têm limites... para quê tê-los nós?
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"Stephen Hawking: There should be no boundaries to human endeavor. We are all different. However bad life may seem, there is always something you can do, and succeed at. While there's life, there is hope."
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8 / 10
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César 2015: os nomeados

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Melhor Filme
Les Combattants, Pierre Guyard (produtor) e Thomas Cailley (realizador)
Eastern Boys, Hugues Charbonneau e Marie-Ange Luciani (produtores) e Robin Campillo (realizador)
La Famille Bélier, Eric Jehelmann, Philippe Rousselet e Stéphanie Bermann (produtores) e Eric Lartigau (realizador)
Hippocrate, Agnès Vallée e Emmanuel Barraux (produtores) e Thomas Lilti (realizador)
Saint Laurent, Eric Altmayer, Nicolas Altmayer e Christophe Lambert (produtores) e Bertrand Bonello (realizador)
Sils Maria, Charles Gillibert (produtor) e Olivier Assayas (realizador)
Timbuktu, Sylvie Pialat e Etienne Comar (produtores) e Abderrahmane Sissako (realizador)
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Melhor Primeiro Filme
Les Combattants, de Thomas Cailley (real.) e Pierre Guyard (prod.)
Elle l’Adore, de Jeanne Herry (real.) e Alain Attal e Hugo Sélignac (prods.)
Fidelio, l’Odyssée d’Alice, de Lucie Borleteau (real.) e Marine Arrighi de Casanova e Pascal Caucheteux (prods.)
Party Girl, de Marie Amachoukeli, Claire Burger e Samuel Theis (reals.) e Marie Masmonteil e Denis Carot (prods.)
Qu’Allah Bénisse la France, de Abd Al Malik (real.) e François Kraus e Denis Pineau-Valencienne (prods.)
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Melhor Documentário
Caricaturistes - Fantassins de la Démocratie, de Stéphanie Valloatto (real.) e Radu Mihaileanu e Cyrille Blanc (prods.)
Les Chèvres de ma Mère, de Sophie Audier (real.) e Anne-Cécile Berthomeau e Édouard Mauriat (prods.)
La Cour de Babel, de Julie Bertuccelli (real.) e Yaël Fogiel, Laetitia Gonzalez e Eric Lagesse (prods.)
National Gallery, de Frederick Wiseman (real.) e Pierre Olivier Bardet (prod.)
Le Sel de la Terre, de Wim Wenders e Juliano Ribeiro Salgado (reals.) e David Rosier (prods.)
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Melhor Filme de Animação
Le Chant de la Mer, de Tomm Moore (real.) e France Clément Calvet e Jérémie Fajner (prods.)
Jack et la Mécanique du Coeur, de Mathias Malzieu e Stéphane Berla (reals.) e Virginie Besson-Silla (prod.)
Minuscule - La Vallée des Fourmis Perdues, de Thomas Szabo e Hélène Giraud (reals.) e Philippe Delarue (prod.)
Bang Bang!, de Julien Bisaro (real.) e Jérôme Barthélemy e Daniel Sauvage (prods.)
La Buche de Noël, de Vincent Patar e Stéphane Aubier (reals.) e Nicolas Schmerkin (prod.)
La Petite Casserole d’Anatole, de Eric Montchaud (real.) e Jean-Pierre Lemouland (prod.)
Les Petits Cailloux, de Chloé Mazlo (real.) e Jean-Christophe Soulageon (prod.)
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Melhor Curta-Metragem
Aïssa, de Clément Tréhin-Lalanne (real.) e Pauline Seigland, Karine Blanc e Michel Tavares (prods.)
La Femme de Rio, de Emma Luchini e Nicolas Rey (reals.) e Maxime Delauney e Romain Rousseau (prods.)
Inupiluk, de Sébastien Betbeder (real.) e Frédéric Dubreuil (prod.)
Les Jours d’Avant, de Karim Moussaoui (real.) e Virginie Legeay e Rebecca Mourot-Lévy (prods.)
Où Je Mets ma Pudeur, de Sébastien Bailly (real.) e Sébastien de Fonséca e Ludovic Henry (prods.)
La Virée à Paname, de Carine May e Hakim Zouhani (reals.) e Rachid Khaldi e Hakim Zouhani (prods.)
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Melhor Filme Estrangeiro
12 Years a Slave, de Steve McQueen (Reino Unido/EUA)
Boyhood, de Richard Linklater (EUA)
Deux Jours, Une Nuit, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne (Bélgica)
The Grand Budapest Hotel, de Wes Anderson (EUA)
Ida, de Pawel Pawlikowski (Polónia)
Kis Uykusu, de Nuri Bilge Ceylan (Turquia)
Mommy, de Xavier Dolan (Canadá)
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Melhor Realizador
Céline Sciamma, Bande de Filles
Thomas Cailley, Les Combattants
Robin Campillo, Eastern Boys
Thomas Lilti, Hippocrate
Bertrand Bonello, Saint Laurent
Olivier Assayas, Sils Maria
Abderrahmane Sissako, Timbuktu
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Melhor Actor
Niels Arestrup, Diplomatie
Guillaume Canet, La Prochaine Fois Je Viserai le Coeur
François Damiens, La Famille Bélier
Romain Duris, Une Nouvelle Amie
Vincent Lacoste, Hippocrate
Pierre Niney, Yves Saint Laurent
Gaspard Ulliel, Saint Laurent
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Melhor Actriz
Juliette Binoche, Sils Maria
Marion Cotillard, Deux Jours, Une Nuit
Catherine Deneuve, Dans la Cour
Emilie Dequenne, Pas son Genre
Adèle Haenel, Les Combattants
Sandrine Kiberlain, Elle l’Adore
Karin Viard, La Famille Bélier
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Melhor Actor Secundário
Eric Elmosnino, La Famille Bélier
Guillaume Gallienne, Yves Saint Laurent
Louis Garrel, Saint Laurent
Reda Kateb, Hippocrate
Jérémie Renier, Saint Laurent
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Melhor Actriz Secundária
Marianne Denicourt, Hippocrate
Claude Gensac, Lulu Femme Nue
Izïa Higelin, Samba
Charlotte Le Bon, Yves Saint Laurent
Kristen Stewart, Sils Maria
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Melhor Revelação Masculina
Kévin Azaïs, Les Combattants
Ahmed Dramé, Les Héritiers
Kirill Emelyanov, Eastern Boys
Pierre Rochefort, Un Beau Dimanche
Marc Zinga, Qu’Allah Bénisse la France
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Melhor Revelação Feminina
Lou de Laâge, Respire
Louane Emera, La Famille Bélier
Joséphine Japy, Respire
Ariane Labed, Fidelio, l’Odyssée d’Alice
Karidja Touré, Bande de Filles
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Melhor Argumento Original
Les Combattants, Thomas Cailley e Claude Le Pape
La Famille Bélier, Victoria Bedos, Stanislas Carré de Malberg, Eric Lartigau e Thomas Bidegain
Hippocrate, Thomas Lilti, Baya Kasmi, Julien Lilti e Pierre Chosson
Sils Maria, Olivier Assayas
Timbuktu, Abderrahmane Sissako e Kessen Tall
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Melhor Argumento Adaptado
La Chambre Bleue, Mathieu Amalric e Stéphanie Cléau
Diplomatie, Cyril Gely e Volker Schlöndorff
Lulu Femme Nue, Sólveig Anspach e Jean-Luc Gaget
Pas son Genre, Lucas Belvaux
La Prochaine Fois Je Viserai le Coeur, Cédric Anger
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Melhor Fotografia
La Bette et la Bête, Christophe Beaucarne
Saint Laurent, Josée Deshaies
Sils Maria, Yorick Le Saux
Timbuktu, Sofian El Fani
Yves Saint Laurent, Thomas Hardmeier
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Melhor Montagem
Les Combattants, Lilian Corbeille
Hippocrate, Christel Dewynter
Party Girl, Frédéric Baillehaiche
Saint Laurent, Fabrice Rouaud
Timbuktu, Nadia Ben Rachid
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Melhor Música Original
Bande de Filles, Jean-Baptiste de Laubier
Bird People, Béatrice Thiriet
Les Combattants, Lionel Flairs, Benoît Rault, Philippe Deshaies pelo grupo "HiTnRuN"
Timbuktu, Amine Bouhafa
Yves Saint Laurent, Ibrahim Maalouf
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Melhor Som
Bande de Filles, Pierre André e Daniel Sobrino
Bird People, Jean-Jacques Ferran, Nicolas Moreau e Jean-Pierre Laforce
Les Combattants, Jean-Luc Audy, Guillaume Bouchateau e Niels Barletta
Saint Laurent, Nicolas Cantin, Nicolas Moreau e Jean-Pierre Laforce
Timbuktu, Philippe Welsh, Roman Dymny e Thierry Delor
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Melhor Guarda-Roupa
La Belle et la Bête, Pierre-Yves Gayraud
La French, Carine Sarfati
Saint Laurent, Anaïs Romand
Une Nouvelle Amie, Pascaline Chavanne
Yves Saint Laurent, Madeline Fontaine
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Melhor Direcção Artística
La Belle et la Bête, Thierry Flamand
La French, Jean-Philippe Moreaux
Saint Laurent, Katia Wyszkop
Timbuktu, Sebastian Birchler
Yves Saint Laurent, Aline Bonetto
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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Syndicat Français de la Critique de Cinéma 2015: os vencedores

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Filme Francês: Timbuktu, de Abderrahmane Sissako
Filme Estrangeiro: Kis Uykusu, de Nuri Bilge Ceylan (Turquia)
Primeira Obra Estrangeira: Uroki Garmonii, de Emir Baigazin (Cazaquistão)
Filme Original Francófono: Bird People, de Pascale Ferran
Curta-Metragem: Animal Serenade, de Béryl Peillard
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Foxcatcher (2014)

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Foxcatcher de Bennett Miller é uma longa-metragem norte-americana quer relata os acontecimentos ocorridos na quinta Foxcatcher com os irmãos Schultz e o treinador John Du Pont.
Mark Schultz (Channing Tatum) é um campeão olímpicos de wrestling sem perspectivas de vida ou objectivos a cumprir. John Du Pont (Steve Carell), proprietário da quinta e centro de treinos Foxcatcher contacta-o para poder recrutá-lo para a mesma, tornando-se assim um dos muitos atletas que ali se preparam para variadas competições internacionais.
Quando David Schultz (Mark Ruffalo) chega à quinta para ser um dos seus treinadores, a relação entre os dois irmãos torna-se mais próxima em detrimento daquela que unia Mark a John que, por sua vez, irá reagir a este distanciamento.
E. Max Frye e Dan Futterman escrevem o argumento de Foxcatcher baseado nos acontecimentos verídicos ocorridos entre os irmãos Schultz - ambos campeões Olímpicos de Los Angeles '84 - e o milionário John Du Pont que, na sua quinta, para além de treinar inúmeros atletas de gabarito internacional desenvolvia para com eles uma relação de controlo afectivo e emocional. Inicialmente o espectador conhece e vê um "Mark" numa fase decadente, alguém indiferente e limitado nas suas opções que nem mesmo a fama e glória de uma medalha olímpica consegue equilibrá-lo. Sempre na sombra de "David", um irmão mais presente e sociável, "Mark" encontra a oportunidade da sua vida na oferta de treino e estrelato que "Du Pont" lhe confere mas cedo se percebe que esta relação denota alguma estranheza e tensão.
Se o dinheiro de um compra todo o tipo de comodidades - e influências - junto não só dos atletas como também das federações das várias modalidades, aquilo que transparece da relação que estes estabelecem com "Du Pont" revela ser de uma subserviência latente que lança, ao mesmo tempo, a dúvida no espectador; será esta uma relação meramente amigável ou escondem-se por detrás de tantas facilidades um interesse afectivo e sexual? Que assistimos a uma relação de dominador - um "Du Pont" com dinheiro - e dominado - atleta com ambições - é um facto, mas vários são os momentos em que esta relação parece transcender aquela de uma relação económica/desportiva para uma em que os favores e facilidades se pagam com uma silenciosa cumplicidade sexual.
Foxcatcher revela um "Du Pont" obcecado por uma necessidade extrema de aprovação de uma mãe (Vanessa Redgrave) que o repreendia e que desaprovava os seus actos ao mesmo tempo que carecia de uma vontade quase "animal" de se relacionar - afectiva, sentimental e sexualmente - com aqueles que "patrocinava" a nível desportivo. As insinuações, os olhares reprovadores e a constante chamada de atenção - principalmente no que dizia respeito a "Mark" - dominam a segunda metade deste filme onde este exige, maltrata e condiciona a liberdade de movimentos dos seus atletas e espera dos mesmos uma completa submissão e entrega.
Confirmada ou não esta teoria, é a insinuação que permanece como presente principalmente na súbita alteração de comportamento de "Du Pont" quando perde a atenção de "Mark" a favor do seu irmão e finalmente quando o atleta olímpico decide abandonar a reputada quinta libertando-se do jugo de influência e controlo que o milionário colocara sobre ele e que, de certa forma, faz escalar os demais comportamentos até à tragédia que marcou toda esta história.
Para lá de um final algo dispensável onde prevalece o tradicional "USA" que tanto caracteriza qualquer filme norte-americano de temática desportiva, aquilo que Foxcatcher tem de melhor são o seu trio de protagonistas - Tatum, Carell e Ruffalo - que entregam interpretações desafiantes e marcantes nas suas carreiras sendo que no caso de Tatum e Carell os faz sair do seu tradicional registo de comédia. Destaque ainda para a direcção de fotografia de Greig Fraser que confere a todo o filme um imaginário pesado e limite e a óbvia caracterização de Steve Carrel que o transforma em todo um "novo" actor.
Eventualmente mais interessante pela perspectiva que entrega a esta história de corrupção, intimidação e abuso de poder psicológico e afectivo mas que nunca chega a confirmar algum tipo de abuso físico - não necessariamente sexual - do que propriamente pela capacidade que tem em conquistar um público mais vasto que, provavelmente, não se sentirá identificada com esta história cheia de dúvidas, nuances e duplo significado das acções dos seus protagonistas, muitas das quais nunca justificadas ou explicadas.
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"Mark Schultz: I'm gonna give you everything I have."
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7 / 10
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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Guldbaggen 2015: os vencedores

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Filme: Turist, de Erik Hemmendorff, Marie Kjellson e Philippe Bober (produtores) e Ruben Östlund (realizador)
Documentário: Concerning Violence, de Göran Hugo Olsson
Filme Estrangeiro: Deux Jours, Une Nuit, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne (Bélgica)
Curta-Metragem: Still Born, de Åsa Sandzén
Realizador: Ruben Östlund, Turist
Actor: Sveririr Gudnason, Flugparken
Actriz: Saga Becker, Nånting Måste gå Sönder
Actor Secundário: Kristofer Hivju, Turist
Actriz Secundária: Anita Wall, Hemma
Argumento: Ruben Östlund, Turist
Fotografia: Fredrik Wenzel, Turist
Música Original: Mattias Bärjed e Jonas Kullhammar, Gentlemen
Montagem: Jacob Secher Schulsinger e Ruben Östlund, Turist
Guarda-Roupa: Cilla Rörby, Gentlemen
Direcção Artística: Ulf Jonsson, Nicklas Nilsson, Sandra Parment, Isabel Sjöstrand e Julia Tegström, En Duva Satt på en Gren och Funderade på Tillvaron
Caracterização: Anna Carin Lock e Anja Dahl, Gentlemen
Som: Andreas Franck, The Quiet Roar
Prémio do Público: Micke & Veronica, de Staffan Lindberg
Guldbagge Especial: Mats Holmgren
Guldbagge Honorário: Liv Ullman
Gullspira: Rose-Marie Strand
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Razzie Awards 2015: os nomeados

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Pior Filme
Left Behind, de Vic Armstrong
The Legend of Hercules, de Renny Harlin
Saving Christmas, de Darren Doane
Teenage Mutant Ninja Turtles, de Jonathan Liebesman
Transformers: Age of Extinction, de Michael Bay
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Pior Realizador
Michael Bay, Transformers: Age of Extinction
Darren Doane, Saving Christmas
Renny Harlin, The Legend of Hercules
Jonathan Liebesman, Teenage Mutant Ninja Turtles
Seth MacFarlane, A Million Ways to Die in the West
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Pior Actor
Nicolas Cage, Left Behind
Kirk Cameron, Saving Christmas
Kellan Lutz, The Legend of Hercules
Seth MacFarlane, A Million Ways to Die in the West
Adam Sandler, Blended
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Pior Actriz
Drew Barrymore, Blended
Cameron Diaz, The Other Woman e Sex Tape
Melissa McCarthy, Tammy
Charlize Theron, A Million Ways to Die in the West
Gaia Weiss, The Legend of Hercules
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Pior Actor Secundário
Mel Gibson, The Expendables 3
Kelsey Grammer, The Expendables 3, Legends of Oz: Dorothy's Return, Think Like a Man e Transformers: Age of Extinction
Shaquille O'Neal, Blended
Arnold Scwarzenegger, The Expendables 3
Kiefer Sutherland, Pompeii
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Pior Actriz Secundária
Cameron Diaz, Annie
Megan Fox, Teenage Mutant Ninja Turtles
Nicola Peltz, Transformers: Age of Extinction
Bridgette Cameron Ridenour, Saving Christmas
Susan Sarandon, Tammy
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Pior Dupla
Qualquer par de robots (ou actores robóticos), Transformers: Age of Extinction
Kirk Cameron e o seu Ego, Saving Christmas
Cameron Diaz e Jason Segel, Sex Tape
Kellan Lutz e os seus abdominais, peitorais ou glúteos, The Legend of Hercules
Seth MacFarlane e Charlize Theron, A Million Ways to Die in the West
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Pior Remake, Rip-off ou Sequela
Annie, de Will Gluck
Atlas Shrugged: Part III, de James Manera
The Legend of Hercules, de Renny Harlin
Teenage Mutant Ninja Turtles, de Jonathan Liebesman
Transformers: Age of Extinction, de Michael Bay
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Pior Argumento
Left Behind
Saving Christmas
Sex Tape
Teenage Mutant Ninja Turtles
Transformers: Age of Extinction
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Screen Actors Guild Awards 2015: os vencedores

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Cinema
Elenco: Zach Galifianakis, Michael Keaton, Edward Norton, Andrea Riseborough, Amy Ryan, Emma Stone, Naomi Watts, Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Actor: Eddie Redmayne, The Theory of Everything
Actriz: Julianne Moore, Still Alice
Actor Secundário: J. K. Simmons, Whiplash
Actriz Secundária: Patricia Arquette, Boyhood
Elenco de Duplos: Unbroken
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Televisão
Elenco Drama: Hugh Bonneville, Laura Carmichael, Jim Carter, Brendan Coyle, Michelle Dockery, Kevin Doyle, Joanne Froggatt, Lily James, Rob James-Collier, Allen Leech, Phyllis Logan, Elizabeth McGovern, Sophie McShera, Matt Milne, Lesley Nicol, David Robb, Maggie Smith, Ed Speleers, Cara Theobold, Penelope Wilton, Downton Abbey
Elenco Comédia: Uzo Aduba, Jason Biggs, Danielle Brooks, Laverne Cox, Jackie Cruz, Catherine Curtin, Lea DeLaria, Beth Fowler, Yvette Freeman, Germar Terrell Gardner, Kimiko Glenn, Annie Golden, Diane Guerrero, Michael Harney, Vicky Jeudy, Julie Lake, Lauren Lapkus, Selenis Leyva, Natasha Lyonne, Taryn Manning, Joel Marsh Garland, Matt McGorry, Adrienne C. Moore, Kate Mulgrew, Emma Myles, Jessica Pimentel, Dascha Polanco, Alysia Reiner, Judith Roberts, Elizabeth Rodriguez, Barbara Rosenblat, Nick Sandow, Abigail Savage, Taylor Schilling, Constance Shulman, Dale Soules, Yael Stone, Lorraine Toussaint, Lin Tucci, Samira Wiley, Orange Is the New Black
Actor Drama: Kevin Spacey, House of Cards
Actor Comédia: William H. Macy, Shameless
Actor Telefilme ou Minisérie: Mark Ruffalo, The Normal Heart
Actriz Drama: Viola Davis, How to Get Away with Murder
Actriz Comédia: Uzo Aduba, Orange Is the New Black
Actriz Telefilme ou Minisérie: Frances McDormand, Olive Kitteridge
Elenco de Duplos: Game of Thrones
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Carreira: Debbie Reynolds
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domingo, 25 de janeiro de 2015

Demis Roussos

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1947 - 2015
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Cinema Bloggers Awards 2015: os nomeados

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Melhor Filme Português
Alentejo, Alentejo, de Sérgio Tréfaut
Cavalo Dinheiro, de Pedro Costa
Os Gatos não têm Vertigens, de António-Pedro Vasconcelos
A Mãe e o Mar, de Gonçalo Tocha
Os Maias - Cenas da Vida Romântica, de João Botelho
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Melhor Filme Europeu
Cavalo Dinheiro, de Pedro Costa (Portugal)
Deux Jours, Une Nuit, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne (Bélgica)
La Grande Bellezza, de Paolo Sorrentino (Itália)
Ida, de Pawel Pawlikowski (Polónia)
Under the Skin, de Jonathan Glazer (Reino Unido)
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Melhor Filme Norte-Americano
Boyhood, de Richard Linklater (EUA)
Gone Girl, de David Fincher (EUA)
Her, de Spike Jonze (EUA)
Mommy, de Xavier Dolan (Canadá)
The Wolf of Wall Street, de Martin Scorsese (EUA)
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Melhor Filme Asiático
Bai Ri Yan Huo, de Yi'nan Diao (China)
Fasle Kargadan, de Bahman Ghobadi (Irão)
Ilo Ilo, de Anthony Chen (Singapura)
Omar, de Hany Abu-Assad (Palestina)
Snowpiercer, de Bong Joon-ho (Coreia do Sul)
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Melhor Filme de Animação
Big Hero 6, de Don Hall e Chris Williams
The Boxtrolls, de Graham Annable e Anthony Stacchi
How to Train Your Dragon 2, de Dean DeBlois
The Lego Movie, de Phil Lord e Christopher Miller
Mr. Peabody & Sherman, de Rob Minkoff
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Melhor Curta Portuguesa
Boa Noite Cinderela, de Carlos Conceição
Cigano, de David Boneville
Pela Boca Morre o Peixe, de João P. Nunes
Schadenfreude - De Morrer a Rir, de Leonardo Dias
Os Sonâmbulos, de Patrick Mendes
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Melhor Realizador(a) - Nacional
António-Pedro Vasconcelos, Os Gatos não têm Vertigens
João Botelho, Os Maias - Cenas da Vida Romântica
Pedro Costa, Cavalo Dinheiro
Sérgio Tréfaut, Alentejo, Alentejo
Vítor Gonçalves, A Vida Invisível
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Melhor Realizador(a)
Christopher Nolan, Interstellar
David Fincher, Gone Girl
Martin Scorsese, The Wolf of Wall Street
Richard Linklater, Boyhood
Wes Anderson, The Grand Budapest Hotel
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Melhor Actor – Nacional
Filipe Duarte, A Vida Invisível
Graciano Dias, Os Maias - Cenas da Vida Romântica
João Jesus, Os Gatos não têm Vertigens
Pedro Inês, Os Maias - Cenas da Vida Romântica
Ventura, Cavalo Dinheiro
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Melhor Actor
Bruce Dern, Nebraska
Jake Gyllenhaal, Nightcrawler
Leonardo DiCaprio, The Wolf of Wall Street
Matthew McConaughey, Dallas Buyers Club
Matthew McConaughey, Interstellar
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Melhor Actriz – Nacional
Ana Moreira, Os Maias - Cenas da Vida Romântica
Joana de Verona, Boa Noite Cinderela
Leonor Seixas, Sei Lá
Maria do Céu Guerra, Os Gatos não têm Vertigens
Maria Flor, Os Maias - Cenas da Vida Romântica
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Melhor Actriz
Anne Dorval, Mommy
Judi Dench, Philomena
Marion Cotillard, Deux Jours, Une Nuit
Rosamund Pike, Gone Girl
Scarlett Johansson, Under the Skin
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Melhor Actor Secundário
Ethan Hawke, Boyhood
Jared Leto, Dallas Buyers Club
Jonah Hill, The Wolf of Wall Street
Michael Fassbender, 12 Years a Slave
Tye Sheridan, Joe
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Melhor Actriz Secundária
Julia Roberts, August: Osage County
Julianne Moore, Maps to the Stars
June Squibb, Nebraska
Lupita Nyong’o, 12 Years a Slave
Patricia Arquette, Boyhood
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Melhor Argumento – Nacional
Alentejo, Alentejo
Boa Noite Cinderela
Cavalo Dinheiro
Os Gatos não têm Vertigens
Os Maias - Cenas da Vida Romântica
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Melhor Argumento
Boyhood
Gone Girl
The Grand Budapest Hotel
Her
Interstellar
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Melhor Fotografia
The Grand Budapest Hotel
Her
Ida
Interstellar
Nebraska
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Melhor Montagem
Boyhood
Gone Girl
The Grand Budapest Hotel
Interstellar
The Wolf of Wall Street
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Melhor Banda-Sonora
Gone Girl
The Grand Budapest Hotel
Guardians of the Galaxy
Her
Interstellar
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Melhor Guarda-Roupa
12 Years a Slave
American Hustle
The Emmigrant
The Grand Budapest Hotel
The Hobbit: The Battle of the Five Armies
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Melhor Direcção Artística
12 Years a Slave
The Grand Budapest Hotel
Her
Interstellar
The Hobbit: The Battle of the Five Armies
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Melhor Caracterização
Dallas Buyers Club
The Grand Budapest Hotel
Guardians of the Galaxy
The Hobbit: The Battle of the Five Armies
Maleficent
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Melhores Efeitos Sonoros
Edge of Tomorrow
Fury
Guardians of the Galaxy
The Hobbit: The Battle of the Five Armies
Interstellar
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Melhores Efeitos Especiais
Dawn of the Planet of the Apes
Guardians of the Galaxy
The Hobbit: The Battle of the Five Armies
Interstellar
X-Men: Days of Future Past
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Premios Feroz 2015: os vencedores

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Filme Drama: La Isla Mínima, de Alberto Rodríguez
Filme Comédia: Carmina y Amén, de Paco León
Realizador: Alberto Rodríguez, La Isla Mínima
Actor: Javier Gutiérrez, La Isla Mínima
Actriz: Bárbara Lennie, Magical Girl
Actor Secundário: José Sacristán, Magical Girl
Actriz Secundária: Itziar Aizpuru, Loreak
Argumento: Carlos Vermut, Magical Girl
Música Original: Julio de la Rosa, La Isla Mínima
Trailer: La Isla Mínima
Cartaz: Magical Girl
Prémio Especial: Costa da Morte, de Lois Patiño
Prémio Carreira: Carlos Saura
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Producers Guild of America 2015: os vencedores

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Filme: Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance), Alejandro González Iñárritu, John Lesher e James W. Skotchdopole
Filme de Animação: The Lego Movie, Dan Lin
Documentário: Life Itself, Garrett Basch, Steve James e Zak Piper
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Mário Jacques

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1939 - 2015
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sábado, 24 de janeiro de 2015

Canadian Screen Awards 2015: os nomeados

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Melhor Filme
Cast No Shadow, Chris Agoston, Christian Sparkes e Allison White
Fall, Mehernaz Lentin
In Her Place, Igor Drljaca, Hyun Chan Yoon e Albert Shin
Maps to the Stars, Martin Katz, Michel Merkt e Saïd Ben Saïd
Mommy, Xavier Dolan e Nancy Grant
Tu Dors Nicole, Luc Déry e Kim McCraw
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Melhor Realizador
Atom Egoyan, The Captive
Albert Shin, In Her Place
David Cronenberg, Maps to the Stars
Xavier Dolan, Mommy
Stéphane Lafleur, Tu Dors Nicole
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Melhor Actor
Evan Bird, Maps to the Stars
Bruce Greenwood, Elephant Song
Michael Murphy, Fall
Antoine-Olivier Pilon, Mommy
Ryan Reynolds, The Captive
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Melhor Actriz
Ji-hye Ahn, In Her Place
Julianne Coté, Tu Dors Nicole
Anne Dorval, Mommy
Julianne Moore, Maps to the Stars
Da-kyung Yoon, In Her Place
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Melhor Actor Secundário
Justin Chatwin, Bang Bang Baby
John Cusack, Maps to the Stars
Kris Demeanor, The Valley Below
Marc-André Grondin, Tu Dors Nicole
Robert Pattinson, Maps to the Stars
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Melhor Actriz Secundária
Sandrine Bisson, 1987
Suzanne Clément, Mommy
Hae-yeon Kil, In Her Place
Catherine St-Laurent, Tu Dors Nicole
Mia Wasikowska, Maps to the Stars
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Melhor Argumento Original
The Captive, Atom Egoyan e David Fraser
In Her Place, Pearl Ball-Harding e Albert Shin
Maps to the Stars, Bruce Wagner
Mommy, Xavier Dolan
Tu Dors Nicole, Stéphane Lafleur
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Melhor Argumento Adaptado
The Calling, Scott Abramovitch
Cast No Shadow, Joel Thomas Hynes
Elephant Song, Nicolas Billon
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Melhor Fotografia
Fall, Norayr Kasper
Henri Henri, Mathieu Laverdière
It Was You Charlie, Luc Montpellier
Meeting with a Young Poet, Michel La Veaux
Mommy, André Turpin
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Melhor Montagem
Afflicted, Greg Ng
Henri Henri, Arthur Tarnowski
In Her Place, Albert Shin
Maps to the Stars, Ronald Sanders
Mommy, Xavier Dolan
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Melhor Música
Cast No Shadow, Jeff Morrow
Hector and the Search for Happiness, Dan Mangan e Jesse Zubot
Henri Henri, Patrick Lavoie
Maps to the Stars, Howard Shore
Meeting with a Young Poet, Patrice Debuc e Gaëtan Gravel
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Melhor Canção Original
"The Whisper in Me", Ian LeFeuvre, Dirty Singles
"Dal Makhani", Manjeet Ral, Dr. Cabbie
"Road to Rainbow's End", Lewis Furey, Love Project
"Danse Elegant", Patric Caird e Sonya Jezebel Cote, Tru Love
"Wants", Dan Mangan, The Valley Below
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Melhor Direcção Artística/Design de Produção
The Captive, Phillip Barker
Cast No Shadow, Xavier Georges
Fall, Bill Layton
Mommy, Colombe Raby
Pompeii, Paul D. Austerberry e Nigel Churcher
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Melhor Guarda-Roupa
1987, Valérie Levesque
Henri Henri, Francesca Chamberland
Mommy, Xavier Dolan
Pompeii, Wendy Partridge
Trailer Park Boys: Don't Legalize It, Sarah Dunsworth
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Melhor Caracterização
1987
Henri Henri
Meeting with a Young Poet
Mommy
Trailer Park Boys: Don't Legaliza It
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Melhor Som
Bang Bang Baby
Meetings with a Young Poet
Pompeii

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Melhores Efeitos Sonoros
Fall
Henri Henri
Meeting with a Young Poet
Pompeii
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Melhores Efeitos Visuais
Afflicted
Pompeii

Wet Bum
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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Night Will Fall (2014)

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A Noite Cairá de André Singer é um documentário britânico elaborado a partir das imagens filmadas aquando do fim da Segunda Guerra Mundial por Alfred Hitchcock e Sidney Bernstein sobre a libertação dos campos de concentração alemães.
Julgado perdido durante décadas Night Will Fall é um relato cru que recorre não só às referidas gravações dos dois realizadores britânicos mas também a alguns testemunhos dos intervenientes principais, ou seja, alguns dos militares que estiveram presentes na libertação dos campos, alguns sobreviventes e os repórteres que acompanharam em primeira mão estes acontecimentos.
Germany Concentration Camps Factual Survey era o título original do registo documental feito no imediato pós-guerra em que um variado conjunto de profissionais do jornalismo e também do exército recolheram sobre os campos de extermínio alemães e que eram, segundo os relatos, por vezes desconhecidos das populações circundantes. Este potencial documentário ficou, devido a circunstâncias meramente políticas, esquecido durante setenta anos. Razões estas que derivaram da divisão da Europa em dois blocos muito concretos - pró-americano e pró-soviético - e que apenas poderiam - segundo os poderes de então - incendiar as reacções relativamente à já complicada questão das "duas Alemanhas". Para quê - questionaram-se - massacrar mais um país que estaria a pagar não só socialmente com a ostracização a que estava vetada como também economicamente pois todo o país estava literalmente em ruínas com os bombardeamentos aliados e com a destruição que foi deixada pela então ditadura nazi.
O importante conjunto de imagens em movimento e testemunhos que nos são deixados são - com falta de melhor palavra - impressionantes. Impressionantes pelo macabro, pelo horror, pelo sadismo e pelo estado em que o Homem condena o seu semelhante à mais básica condição de humilhação e degradação de que alguma vez algum de nós poderia imaginar. Como alguns dos relatos daqueles que lá chegaram em primeiro lugar referem, algumas destas imagens não poderiam melhor exemplificar aquilo que os escritos elaboram sobre o Inferno.
Night Will Fall leva o espectador a uma viagem não só pelas imagens da época que mostram o horror que os campos de concentração nazis escondiam, mostram a degradação humana daqueles que foram forçados a povoá-los, os testemunhos de alguns dos principais intervenientes e ainda as sentidas palavras de alguns dos seus sobreviventes que vivem ainda hoje. Mostra-nos ainda as tentativas de Hitchcock e Bernstein de fazerem com que o mesmo conseguisse ver a luz da sua exibição e, por sua vez, os esforços controladores que o conseguiram esconder sem esquecer claro, todas as questões políticas que aos poucos iam sendo levantadas com o horror explícito das suas imagens e que, de forma mais suavizada, foram reveladas com o documentário em curta-metragem Death Mills, de Billy Wilder (1945) - realizador também ele de fé judaica e que saíra da Europa.
De Bergen Belsen a Dachau sem esquecer Auschwitz, Night Will Fall é um intenso relato que deixa o espectador perfeitamente silencioso perante o horror que lhe chega através das mais brutais e desumanas imagens de um dos mais negros períodos da História da Humanidade. Um documentário que deveria servir como plataforma de conhecimento e ensino e não ser esquecido numa qualquer prateleira.
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"Voz-off: Unless the world learns the lessons this piece will teach... night will fall."
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10 / 10
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Denver Film Critics Society Awards 2015: os vencedores

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Filme: American Sniper, de Clint Eastwood
Documentário: The Overnighters, de Jesse Moss
Comédia: Guardians of the Galaxy, de James Gunn
Filme de Animação: The Lego Movie, de Phil Lord e Christopher Miller
Filme de Ficção Científica ou Terror: Dawn of the Planet of the Apes, de Matt Reeves
Filme Estrangeiro: Deux Jours, Une Nuit, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne (Bélgica)
Realizador: Richard Linklater, Boyhood
Actor: Ralph Fiennes, The Grand Budapest Hotel e Bradley Cooper, American Sniper
Actriz: Rosamund Pike, Gone Girl
Actor Secundário: J. K. Simmons, Whiplash
Actriz Secundária: Patricia Arquette, Boyhood
Argumento Original: Alejandro González Iñárritu, Nicolas Giacobone, Alexander Dinelaris e Armando Bo, Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Argumento Adaptado: Paul Thomas Anderson, Inherent Vice
Fotografia: Emmanuel Lubezki, Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Música Original: Antonio Sánchez, Birdman or (The Unexpected Virtue of Ignorance)
Canção: "Everything is Awesome", The Lego Movie
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quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Shortcutz Xpress Viseu - Sessão #45

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O Shortcutz Xpress Viseu está de volta para a sua sessão #45 com os habituais segmentos de Curtas em Competição onde serõ exibidas as curtas-metragens Terra 2084, de Nuno Sá Pessoa e Videoclube, de Ana Almeida, numa noite que contará com a presença dos dois realizadores.
Como Projecto Convidado está presente "Mundificar - Ver o Mundo" - Mostra de Cinema para a Interculturalidade e como Curta-Metragem Convidada será exibido o documentário Rhoma Acans, de Leonor Teles.
Finalmente no segmento Shortcutz Around the World será exibida a curta-metragem El Alpinista, de Adrián Ramos e Oriol Segarra (Espanha).
A Sessão #45 muda de "residência" tomando lugar no Museu Grão Vasco, em Visei a partir das 22 horas da próxima sexta-feira, para aquela que será mais uma excelente noite de cinema em formato curto.
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Only Always You (2012)

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Only Always You de Anthony Aguiar é uma curta-metragem norte-americana de ficção na qual um rapaz (Brandon Rogers) desenha todo um romance amoroso enquanto outro (Andy Florian) pratica algum exercício físico num parque.
Ele fantasia sobre uma potencial aproximação e relação enquanto o outro permanece totalmente indiferente aos seus pensamentos. Entretanto Ela (Baily Hopkins) aparece.
Aguiar, também argumentista desta curta-metragem, leva o espectador através de uma viagem pela imaginação de um amor proibido que se deseja ver concretizado. Ao mesmo tempo estabelece uma óbvia fronteira entre estes dois momentos característicos através da utilização de cor e p&b para cada um inserindo assim o seu público no domínio da ficção e da imaginação - respectivamente - da principal personagem.
Simpática pela sua simplicidade - de argumento e de personagens - e pelo imagem de um imaginário e amor/sentimento reprimidos, Only Always You dá a conhecer Anthony Aguiar através de um simpático filme curto que, no entanto, poderia ter arriscado em ir mais longe na real dinâmica (in)existente entre as duas personagens principais.
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6 / 10
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Hej. (2013)

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Hej. de Olivia Kjellander é uma curta-metragem sueca de ficção que nos apresenta todo um ambiente estudantil austero onde o bullying parece ser - como em tantas outras escolas - o modo de socialização entre o corpo de jovens que o frequenta.
Fredrik (Oscar Pettersson) todos os dias se cruza com Sebastian (James Olsson) por quem tem uma óbvia atracção. Ainda que Sebastian não corresponda às tentativas de Fredrik, deixa evidente que não pactua directamente com o bullying perpetrado pelos seus colegas.
Perante o evidente desespero que ambos denotam em não poderem livremente expressar o seu amor, poderá estar relação (sobre)viver num ambiente por demais agressivo?
Kjellander opta por uma inteligente realização desta curta-metragem ao privar o espectador de todo o tipo de diálogos e explicações para o mesmo. Hej. apenas nos presenteia com duas palavras ao longo de toda a sua duração que funcionam como uma apresentação entre duas personagens que desejam, na prática, travar conhecimento. Não sendo, no entanto, um exemplar do cinema mudo pois escutamos todos os demais ruídos e sons que o meio ambiente tem para oferecer, Hej. é assim um filme que pretende ter toda a atenção do espectador para com os detalhes da interacção entre as duas personagens principais e claro, destas com o meio e com o grupo, esquecendo todo aquele conjunto de diálogos que, na prática, poderiam já ser habituais nos filmes do género.
Com interpretações interessantes por parte da dupla Pettersson e Olsson, Hej. falha, no entanto, no exacto momento final quando a interacção entre os dois se demonstra próxima demais para quem, na prática, apenas acaba de travar conhecimento. No entanto, e para além da já referida ausência de diálogos, ganha pontos ao conseguir ainda retratar de forma sóbria o ambiente frio não só de uma Suécia nórdica como também do próprio ambiente escolar por vezes tão claustrofóbico e angustiante.
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6 / 10
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