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A Fundação GDA - Direitos dos Artistas anunciou os dois vencedores anuais do Prémio Actores de Cinema atribuido a Luísa Cruz como Melhor Actriz Protagonista pelo seu desempenho em As Mil e Uma Noites - Volume II: O Desolado, de Miguel Gomes e a José Pinto como Melhor Actor Secundário por Capitão Falcão, de João Leitão.
António Capelo, porta-voz do júri composto ainda por Miguel Guilherme e Rita Blanco, referiu que "os actores deveriam receber prémios, todos os dias; os actores são premiados pelos públicos, sempre que estes participam e partilham com eles as suas criações. A Luísa Cruz é, sempre foi, uma actriz intensa, sempre nos
brindou com a sua qualidade e o seu olhar sobre as personagens que
interpreta acrescenta inquietação ao que nos diz e mostra,
acrescenta-nos ensinamento. O José Pinto é, sempre foi para mim, uma
referência de atitude ética, e de profundo amor à nossa arte; vê-lo, com
esta idade, a continuar a oferecer-nos o seu ansioso olhar é um bem
para todos nós”.
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Luísa Cruz - Melhor Actriz Protagonista por As Mil e Uma Noites - Volume II: O Desolado, de Miguel Gomes - com uma extensa carreira nos palcos e também na televisão, iniciou a sua carreira cinematográfica com Ao Sul (1995), de Fernando Matos Silva, Ilhéu da Contenda (1996), de Leão Lopes, Os Mutantes (1998), de Teresa Villaverde, O Capacete Dourado (2007), de Jorge Cramez, Veneno Cura (2008), de Raquel Freire, A Vida Privada de Salazar (2009), de Jorge Queiroga, Filme do Desassossego (2010), de João Botelho, Je M'Appelle Bernadette (2011), de Jean Sagols, As Mil e Uma Noites - Volume 1: O Inquieto (2015), de Miguel Gomes, John From (2015), de João Nicolau e Refrigerantes e Canções de Amor (2016), de Luís Galvão Teles tendo ainda por estrear O Grande Circo Místico (2017), de Carlos Diegues.
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José Pinto - Melhor Actor Secundário por Capitão Falcão, de João Leitão - participou em várias peças de teatro amador e televisão em interpretações secundárias tendo, desde 1980, iniciado a sua carreira cinematográfica com Bárbara, de Alfredo Tropa regressando com Terra Fria (1992), de António Campos, e iniciando em Vale Abraão (1993), uma longa colaboração com Manoel de Oliveira com quem voltaria a trabalhar em Viagem ao Princípio do Mundo (1997), Inquietude (1998), Palavra e Utopia (2000) e Cristóvão Colombo - O Enigma (2007). José Pinto viria ainda a participar em O Anjo da Guarda (1998) e Perdida Mente (2010), de Margarida Gil, A Sombra dos Abutres (1998), de Leonel Vieira, Tráfico (1998), Quem És Tu? (2001) e O Fatalista (2005), de João Botelho, Longe da Vista (1998), A Falha (2000) e Duas Mulheres (2009), de João Mário Grilo, Jaime (1999), de António-Pedro Vasconcelos, Mal (1999), de Alberto Seixas Santos, Peixe-Lua (2000), de José Álvaro Morais, La Plage Noire (2001), de Michel Piccoli, Aparelho Voador a Baixa Altitude (2002), de Solveig Nordlund, O Delfim (2002), de Fernando Lopes, A Mulher Polícia (2003), de Joaquim Sapinho, O Fascínio (2003), de José Fonseca e Costa, Coisa Ruim (2006), de Tiago Guedes e Frederico Serra, Atrás das Nuvens (2007) e A Vida Privada de Salazar (2009), de Jorge Queiroga, Até Amanhã, Camaradas (2013), de Joaquim Leitão estando Seara de Vento (2017), de Sérgio Tréfaut ainda por estrear.
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Criado em 2008 - ano em que premiou Ivo Canelas e José Eduardo como Melhor Actor Protagonista e Melhor Secundário respectivamente -, o Prémio de Actores de Cinema Fundação GDA tem como objectivo reconhecer o mérito artístico e a excelência do trabalho de
interpretação de actores e actrizes nacionais pelos seus desempenhos em longas-metragens de
ficção.
Pretende-se, portanto, promover e conferir notoriedade ao trabalho dos
artistas intérpretes na execução da sua actividade profissional,
contribuindo desta forma para a dignificação profissional através da criação de uma
homenagem pública que simboliza o relevo, o significado e o impacto
associados ao desempenho das mesma bem como do potencial
que elas representam para o desenvolvimento cultural, social e humano
da sociedade.
Todo o processo de votação é realizado exclusivamente pelos profissionais da área assumindo-se este prémio como o reconhecimento pelos pares. O Prémio Actores da Fundação GDA distinguiu em 2015 os actores Maria do Céu Guerra por Os Gatos Não têm Vertigens, de António-Pedro Vasconcelos como Actriz Protagonista e ainda Pedro Inês em Os Maias - Cenas da Vida Romântica, de João Botelho como Actor Secundário.
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