Bem-Vindo a Casa Roscoe Jenkins de Malcolm D. Lee é uma comédia que conta com alguns pesos pesados do cinema norte-americano, não só pelo seu potencial representativo como também pela quantidade de nomeados a Oscar que este filme conseguir juntar. Refiro-me claro a James Earl Jones, Michael Clarke Duncan, Margaret Avery e a vencedora deste ano do Oscar de Melhor Actriz Secundária, Mo'Nique.
Sempre disse que um conjunto tão grande de actores de destaque num mesmo filme pode ser À partida um elemento de dispersão de atenção o que irá representar um filme mais fraco pois várias estrelas a brilhar no mesmo espaço é algo deveras complicado.
No entanto, este filme consegue surpreendentemente resultar muito bem. Martin Lawrence regressa a casa anos depois de se ter afastado de toda a sua família, de forma a celebrar o 50º aniversário de casamento dos seus pais (Earl Jones e Avery).
É ao chegar com a sua noiva e com o seu filho que volta a ver o seu amor de adolescente e também o seu primo que a conseguiu conquistar (pensa ele) primeiro.
Pelo meio temos uma Mo'Nique inspirada num papel relativamente abusivo (nada comparado ao recente Precious) como uma das irmãs e um James Earl Jones magnífico como sempre, e que saudades já dá de o ver em grandes papéis com aquela sua carismática voz.
Temos assim um filme de e para toda a família que como já é conhecido de todos começa com velhos ressentimentos e afastamento dos vários elementos de família onde as mágoas marcam a presença principal do filme, mas também onde se encontra sempre uma porta e braços abertos para receber todos aqueles que pertencem ao clã.
Um agradável e simpático filme de comédia que apesar de todos os lugares comuns que percorre de início ao fim (sim, quando o começamos a ver já sabemos onde vai acabar), mas que não deixa ainda assim de ter bons momentos de comédia onde, não podendo gerar grandes gargalhadas, provoca sentidos sorrisos de satisfação.
6 / 10
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