Estrada de Fogo de Walter Hill foi um dos grandes sucessos cinematográficos dos anos 80 que se tornou num filme de culto e que conta com a participação de um elenco de peso onde se destacam os nomes de Michael Paré, Diane Lane, Willem Dafoe, Rick Morranis, Amy Madigan e Bill Paxton.
Rodado num ambiente muito ao estilo dos anos 50 onde os gangs violentos e o rock'n'roll eram reis, este filme conta-nos a história de Tom Cody (Paré) que regressa à sua cidade natal para resgatar Ellen Aim (Lane) uma cantora de sucesso e sua ex-namorada das mãos de Raven Shaddock (Dafoe) que a raptara quando ela dava um concerto na cidade.
Tom Cody é o exemplo perfeito de um anti-herói na medida em que ele é de facto a figura central do filme, o herói, mas que no entanto assume toda uma postura contrária ao vedetismo que merecia ter. Michael Paré que hoje em dia é herói ele sim de filmes rasca série B, encarnou nesse longinquo ano de 1984, este papel na perfeição dando-lhe uma vida e vivacidade merecedoras de atenção.
Os demais actores também não lhe ficam atrás e são todos estereotipados na perfeição sob aquilo que se espera dum filme desta categoria. Temos Reva (Deborah Van Valkenburgh) a irmã inocente e apaziguadora que apenas pretende a felicidade de Tom. Na cidade temos as personagens caricatas que dão um certo ar manhoso ao local, como é o caso de Clyde (Bill Paxton) e os polícias que de tanta autoridade tentarem exercer acabam por não ter respeito nenhum da parte dos habitantes.
Temos claro, como não poderia deixar de ser uma mulher de armas McCoy, brilhantemente interpretada por uma Amy Madigan, também ela uma actriz de armas e característica de papéis fortes e dominantes. No filme também não podia faltar o "cromo" de serviço, aqui interpretado por Rick Morranis como o agente e novo namorado de Ellen.
Ellen esta que foi interpretada a meu ver na perfeição, considerando que foi totalmente injusta a nomeação ao Razzie de Pior Actriz Secundária do ano, por uma Diane Lane na altura muito em voga, num papel que contribuiu para imortalizá-la como a figura de menina frágil, papel que à época representava em inúmeros filmes.
E falando de tantos heróis, anti-heróis e mulheres de armas falta apenas falar do vilão de serviço, aqui com um carismático Willem Dafoe que com o seu olhar gélido e vago dá uma certa cor e toque pessoal à personagem de Raven Shaddock, líder do gang local.
Filme este que possui um outro ponto forte que é a sua fotografia da autoria de Andrew Laszlo, que ao criar um ambiente em tons cinza e castanhos, dá um ar de uma cidade perdida no meio da violência e do medo que apenas fica mais aguçado com uma banda-sonora muito rockeira da autoria de Ry Cooder, tornando assim este filme num culto que ainda hoje desperta o interesse a muito boa gente, e se tornou um marco do início da década de 80.
Destaco ainda os brilhante segmentos do concerto inicial e do final que dão sem qualquer sombra de dúvida um toque especial ao filme de pura adrenalina. Apesar de playback's, Diane Lane tem aqui dos momentos mais gloriosos de todo o filme.
Rodado num ambiente muito ao estilo dos anos 50 onde os gangs violentos e o rock'n'roll eram reis, este filme conta-nos a história de Tom Cody (Paré) que regressa à sua cidade natal para resgatar Ellen Aim (Lane) uma cantora de sucesso e sua ex-namorada das mãos de Raven Shaddock (Dafoe) que a raptara quando ela dava um concerto na cidade.
Tom Cody é o exemplo perfeito de um anti-herói na medida em que ele é de facto a figura central do filme, o herói, mas que no entanto assume toda uma postura contrária ao vedetismo que merecia ter. Michael Paré que hoje em dia é herói ele sim de filmes rasca série B, encarnou nesse longinquo ano de 1984, este papel na perfeição dando-lhe uma vida e vivacidade merecedoras de atenção.
Os demais actores também não lhe ficam atrás e são todos estereotipados na perfeição sob aquilo que se espera dum filme desta categoria. Temos Reva (Deborah Van Valkenburgh) a irmã inocente e apaziguadora que apenas pretende a felicidade de Tom. Na cidade temos as personagens caricatas que dão um certo ar manhoso ao local, como é o caso de Clyde (Bill Paxton) e os polícias que de tanta autoridade tentarem exercer acabam por não ter respeito nenhum da parte dos habitantes.
Temos claro, como não poderia deixar de ser uma mulher de armas McCoy, brilhantemente interpretada por uma Amy Madigan, também ela uma actriz de armas e característica de papéis fortes e dominantes. No filme também não podia faltar o "cromo" de serviço, aqui interpretado por Rick Morranis como o agente e novo namorado de Ellen.
Ellen esta que foi interpretada a meu ver na perfeição, considerando que foi totalmente injusta a nomeação ao Razzie de Pior Actriz Secundária do ano, por uma Diane Lane na altura muito em voga, num papel que contribuiu para imortalizá-la como a figura de menina frágil, papel que à época representava em inúmeros filmes.
E falando de tantos heróis, anti-heróis e mulheres de armas falta apenas falar do vilão de serviço, aqui com um carismático Willem Dafoe que com o seu olhar gélido e vago dá uma certa cor e toque pessoal à personagem de Raven Shaddock, líder do gang local.
Filme este que possui um outro ponto forte que é a sua fotografia da autoria de Andrew Laszlo, que ao criar um ambiente em tons cinza e castanhos, dá um ar de uma cidade perdida no meio da violência e do medo que apenas fica mais aguçado com uma banda-sonora muito rockeira da autoria de Ry Cooder, tornando assim este filme num culto que ainda hoje desperta o interesse a muito boa gente, e se tornou um marco do início da década de 80.
Destaco ainda os brilhante segmentos do concerto inicial e do final que dão sem qualquer sombra de dúvida um toque especial ao filme de pura adrenalina. Apesar de playback's, Diane Lane tem aqui dos momentos mais gloriosos de todo o filme.
8 / 10