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Dura Pílula (Indigesto) de John Baumgartner é um extremamente fraco filme independente sem qualquer actor que seja conhecido para além deste próprio filme, e para aqueles que o viram claro, que centra a sua história num homem homossexual que devido a ter a sua vida muito infeliz e sem concretizações sentimentais reais, decide participar num programa experimental em que após tomar um comprimido se tornará heterossexual.
Tim (Jonathan Slavin) interpreta o homem que se sujeita a esta experiência. Os resultados práticos da mesma consistem na quase total alienação dos seus amigos e pessoas que se preocupam consigo, para viver uma vida de fantasia que em nada se enquadra com aquilo que ele de facto é.
Se de início a experiência resulta e ele inicia uma relação com Tanya (Jennifer Elise Cox), rapidamente os seus sentidos despertam novamente para a sua real sexualidade, e para a convivência com os seus amigos de sempre. No entanto, há que lidar agora com a sua nova realidade que alienou todos os seus amigos e esperar que eles se aproximem de novo.
O argumento em si, da autoria de John Baumgartner e de K. Dayton Mesher, não é nada de especial nem que cative qualquer pessoa a pensar que a história vai ser interessante. A agravar esta situação a realização de Baumgartner não é nada de especial e por momentos, principalmente os mais íntimos, mais parece que temos um conjunto de porcos a lutar num curral do que propriamente cenas de sexo. Com isto quero dizer que estão tão mal filmadas que assustam o próprio susto. A confirmá-lo temos a primeira cena entre Tim e Sally (Susan Slome), quando a câmara de aproxima muito de perto de Sally... temos a breve sensação de que sim... estamos num curral (e mais não digo).
De resto temos um filme que tenta, ora com mais ora com menos intensidade, mostrar que nem tudo passa pela aprovação dos outros mas sim pela própria, e como é importante viver de cabeça erguida com aquilo que se é, e não com aquilo que os outros esperam que se seja mas que, na realidade, acaba por falhar mais do que mostrar algo de inovador ou de irreverente no bom sentido da palavra. É um filme fraco, sem grande energia e com actores que são mais amadores do que os que o são na realidade. Sem energia, sem vitalidade e sem grandes conteúdos para transmitir enquanto actores para o público que pode ver este filme.
No geral é um filme que falha. E não falha só nos actores, falha na realização, no argumento, na banda-sonora... Há que dizê-lo e reconhecê-lo que no geral é um falhanço pegado, que apenas é salvo pela concretização no minuto final de é a essência de cada um que acaba por o definir na realidade.
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2 / 10
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