Feliz Natal de Christian Carion, nomeado ao Oscar de Filme Estrangeiro bem como ao César de Melhor Filme é, acima de uma história que decorre na época natalícia, uma verdadeira e intensa melodia sobre a amizade, o respeito e a dignidade.
A grande maioria do filme decorre durante a Primeira Guerra Mundial, mais concretamente na noite de Natal. Após alguns conflitos que opunham alemãs a franceses e ingleses que haviam sucedido algumas horas antes nas trincheiras, os alemães decidem colocar ao longo das mesmas as Árvores de Natal que haviam recebido. Um pequena e simbólica forma de trazerem até eles uma das mais bonitas épocas do ano e poderem assim esquecer o conflito que os cercava todo à volta.
Nikolaus (Benno Fürmann), um dos soldados, um tenor alemão, que havia sido recrutado para os conflitos decide que não deve deixar passar a noite sem trazer alguma alegria aos seus companheiros e juntamente com a tenor dinamarquesa Anna Sörensen (Diane Kruger), cantam melodias de Natal para os soldados alemães. O que eles não pensaram naqueles momentos é que estavam também a cantar para todos os outros soldados que se encontravam nas trincheiras vizinhas.
É neste exacto momento que se dá um click que os aproxima. É neste momento que de um ou de outro lado das trincheiras quer alemães, quer franceses e ingleses cantam em línguas diferentes as mesmas melodias fazendo a todos sentir que acima de qualquer ideal político e militar são principalmente homens de família com pais, mulheres, filhos e irmãos.
É precisamente neste momento que se dá a sua aproximação. O respeito entre si. A dignidade que sentem em si próprios e nos outros que combatem em nome de ideais que não deveriam ser apregoados ou sequer defendidos. É neste exacto momento que sob a missa de um padre escocês sentem o verdadeiro significado da época por que passam. O espírito da solidariedade... do amor... da amizade... e daquilo que a época lhes privara... a paz.
Com este breve resumo de um filme que é grande demais para apenas ser comentado, que é como quem diz vão a correr para o ver, fica a ideia de um extraordinário filme que é antes de tudo uma íntegra e sentida mensagem de apelo à paz e a uma harmonia que em tantas e tantas ocasiões tem faltado entre os Homens e neste nosso continente.
Além de Benno Fürmann e de Diane Kruger fazem parte do elenco deste filme actores como Daniel Brühl, Guillaume Canet, Gary Lewis e Dany Boon que foi inclusive nomeado ao Cesar de Melhor Actor Secundário. Todos eles, sem qualquer excepção, constituem um elenco forte e coeso e dão a este filme interpretações dignas de registo pela sua honestidade e entrega. Estão, todos eles, irrepreensíveis.
De destaque... aliás, de um grande destaque está igualmente a espectacular banda-sonora que abre imediatamente o filme com uma das mais belas sequências musicais dos últimos anos no cinema. Pela sua elaboração dou os meus sinceros parabéns ao compositor Philippe Rombi. Esta banda-sonora é, no mínimo, soberba, como aliás o é todo o filme que em diversas ocasiões é intensamente emocionante.
.A grande maioria do filme decorre durante a Primeira Guerra Mundial, mais concretamente na noite de Natal. Após alguns conflitos que opunham alemãs a franceses e ingleses que haviam sucedido algumas horas antes nas trincheiras, os alemães decidem colocar ao longo das mesmas as Árvores de Natal que haviam recebido. Um pequena e simbólica forma de trazerem até eles uma das mais bonitas épocas do ano e poderem assim esquecer o conflito que os cercava todo à volta.
Nikolaus (Benno Fürmann), um dos soldados, um tenor alemão, que havia sido recrutado para os conflitos decide que não deve deixar passar a noite sem trazer alguma alegria aos seus companheiros e juntamente com a tenor dinamarquesa Anna Sörensen (Diane Kruger), cantam melodias de Natal para os soldados alemães. O que eles não pensaram naqueles momentos é que estavam também a cantar para todos os outros soldados que se encontravam nas trincheiras vizinhas.
É neste exacto momento que se dá um click que os aproxima. É neste momento que de um ou de outro lado das trincheiras quer alemães, quer franceses e ingleses cantam em línguas diferentes as mesmas melodias fazendo a todos sentir que acima de qualquer ideal político e militar são principalmente homens de família com pais, mulheres, filhos e irmãos.
É precisamente neste momento que se dá a sua aproximação. O respeito entre si. A dignidade que sentem em si próprios e nos outros que combatem em nome de ideais que não deveriam ser apregoados ou sequer defendidos. É neste exacto momento que sob a missa de um padre escocês sentem o verdadeiro significado da época por que passam. O espírito da solidariedade... do amor... da amizade... e daquilo que a época lhes privara... a paz.
Com este breve resumo de um filme que é grande demais para apenas ser comentado, que é como quem diz vão a correr para o ver, fica a ideia de um extraordinário filme que é antes de tudo uma íntegra e sentida mensagem de apelo à paz e a uma harmonia que em tantas e tantas ocasiões tem faltado entre os Homens e neste nosso continente.
Além de Benno Fürmann e de Diane Kruger fazem parte do elenco deste filme actores como Daniel Brühl, Guillaume Canet, Gary Lewis e Dany Boon que foi inclusive nomeado ao Cesar de Melhor Actor Secundário. Todos eles, sem qualquer excepção, constituem um elenco forte e coeso e dão a este filme interpretações dignas de registo pela sua honestidade e entrega. Estão, todos eles, irrepreensíveis.
De destaque... aliás, de um grande destaque está igualmente a espectacular banda-sonora que abre imediatamente o filme com uma das mais belas sequências musicais dos últimos anos no cinema. Pela sua elaboração dou os meus sinceros parabéns ao compositor Philippe Rombi. Esta banda-sonora é, no mínimo, soberba, como aliás o é todo o filme que em diversas ocasiões é intensamente emocionante.
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"Palmer: Tonight, these men were drawn to that altar like it was a fire in the middle of winter. Even those who aren't devout came to warm themselves."
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10 / 10
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