.
Além dos nomeados aos seus prémios anuais, a Academia Portuguesa de Cinema divulgou também hoje os nomes dos homeageados com os seus troféus pelos contributos de uma carreira dedicada o cinema.
São os dois homenageados deste ano...
.
.
Considerado pelo próprio Presidente da Academia Portuguesa de Cinema Paulo Trancoso como "o homem dos sete ofícios", Pedro Efe (Barbacena, 1942) tem, desde o final da década de '60, destacado o seu percurso cinematográfico na área da representação. Um Campista em Apuros (1968), de Herlander Peyroteo foi a sua primeira participação cinematográfica que, desde então, nunca mais parou.
Já na década de '70 viria a participar em O Cerco (1970), de António da Cunha Teles, O Passado e o Presente (1972), de Manoel de Oliveira, Meus Amigos (1974), novamente de António da Cunha Telles, O Mal-Amado (1974), de Fernando Matos Silva e Índia (1975), de António Faria. Efe voltaria ao cinema já no início da década de '80 com aquele que seria um dos maiores êxitos do cinema nacional... Kilas, O Mau da Fita (1980), de José Fonseca e Costa participando, de seguida, na longa-metragem alemã Fürchte dich Nichtm Jakob! (1981), de Radu Gabrea seguindo-se-lhe Antes a Sorte que tal Morte (1981), de João Matos Silva, Oxalá (1981), de António-Pedro Vasconcelos, A Estrangeira (1982), de João Mário Grilo, Dans la Ville Blanche (1983), de Alain Tanner, Vidas (1984), uma vez mais de António da Cunha Telles, Balada da Praia dos Cães (1987), de José Fonseca e Costa, O Bobo (1987), de José Álvaro Morais, Contrainte par Corps (1988), de Serge Leroy, Matar Saudades (1988), de Fernando Lopes e President's Target (1989), de Yvan Chiffre.
Seria já na década de '90 que Pedro Efe participaria em Adeus Princesa (1992), de Jorge Paixão da Costa seguido por Rosa Negra (1992), de Margarida Gil, Lazos de Sangre (1992), de Pál Erdöss, nas curtas-metragens Requiem para um Narciso (1992), de João Pedro Ruivo e Ladrão que Rouba a Anão tem Cem Anos de Prisão (1992), de Jorge Paixão da Costa e novamente nas longas-metragens com Marie (1993), de Marian Handwerker, The House of Spirits (1993), de Bille August, O Fio do Horizonte (1993), de Fernando Lopes, Pax (1994), de Eduardo Guedes, Sostiene Pereira (1995), de Roberto Faenza, Fugueuses (1995), de Nadine Trintignant, Cinco Dias, Cinco Noites (1996), de José Fonseca e Costa, O Judeu (1996), de Jom Tob Azulay, Elles (1997), de Luís Galvão Teles, A Tempestade da Terra (1997), de Fernando d'Almeida e Silva, Da Invicta ao Sonoro (1997), de Jorge Queiroga, na curta-metragem No Caminho para a Escola (1998), de Marco Martins, e nas longas-metragens Jaime (1999), de António-Pedro Vasconcelos, Mal (1999), de Alberto Seixas Santos e Inferno (1999), de Joaquim Leitão.
O novo milénio traria como o seu primeiro filme um dos mais emblemáticos da década com Capitães de Abril (2000), de Maria de Medeiros, O Crime ao Pé do Resto do Mundo (2000), de José Carlos de Oliveira no mesmo ano que, em televisão, viria a entregar uma das suas mais emblemáticas personagens como o "Sargento Fagundes" na mini-série A Raia dos Medos, de Jorge Paixão da Costa para a RTP.
A curta-metragem Quatro Vezes Quatro - O Triunfo da Forma (2001), uma vez mais dirigido por Jorge Paixão da Costa abriria o novo ano e à qual se seguiria E Se Eu Fosse Lá Abaixo Rir Um Bocado (2004), de Samuel Amaral - também no formato curto - e as longas O Mistério da Estrada de Sintra (2007), de Jorge Paixão da Costa, 4 Copas (2008), de Manuel Mozos, a curta-metragem O Tenente (2010), de Rafael Antunes, O Inimigo Sem Rosto (2010), de José Farinha, Batepá (2010), de Orlando Fortunato de Oliveira, O Meu Avô (2012), de Tony Costa, Operação Outono (2012), de Bruno de Almeida, a mini-série editada para longa-metragem Até Amanhã, Camaradas (2013), de Joaquim Leitão, Amor Impossível (2015), de António-Pedro Vasconcelos e finalmente já no último ano O Grande Circo Místico (2018), de Carlos Diegues numa carreira que se tem prolongado ainda pela televisão.
.
.
Lia Gama (Fundão, 1944) dona de uma voz e presença no ecrã que são inconfundíveis será a segunda premiada com o Sophia Carreira de 2019. Com um percurso artístico que se estende do teatro à televisão, foi também no cinema que entregou algumas das suas personagens e interpretações mais memoráveis como a "Pepsi-Rita" de Kilas, O Mau da Fita (1980), de José Fonseca e Costa. No entanto, a primeira participação da actriz no cinema remonta aos finais da década de '60 quando participou em Sete Balas para Selma (1967), de António de Macedo. A sua segunda longa-metragem surgiria já com O Cerco (1970), de António da Cunha Teles à qual se seguiram Nem Amantes, Nem Amigos (1970), de Orlando Vitorino, Meus Amigos (1974), de António da Cunha Teles, Sofia e a Educação Sexual (1974), de Eduardo Geada na qual foi creditada com uma interpretação vocal dobrando a actriz Io Apolloni, seguindo-se-lhe a curta-metragem Vamos ao Nimas (1975), de Lauro António aqui como narradora, O Funeral do Patrão (1975), de Eduardo Geada, Nós por Cá Todos Bem (1978), de Fernando Lopes, Nem Pássaro Nem Peixe (1978), de Solveig Nordlund, Viagem para a Felicidade (1978), também de Solveig Nordlund, Amor de Perdição (1978), de Manoel de Oliveira e na curta-metragem Mariana Alcoforado (1979), de Eduardo Geada.
Já na década de '80 Lia Gama participaria em A Santa Aliança (1980), novamente dirigida por Eduardo Geada, no já referido Kilas, em Francisca (1981), de Manoel de Oliveira, Antes a Sorte que tal Morte (1981), de João Matos Silva, Oxalá (1981), de António-Pedro Vasconcelos, Sem Sombra de Pecado (1983), de José Fonseca e Costa, Crónica dos Bons Malandros (1984), de Fernando Lopes, Tempos Difíceis (1988), de João Botelho voltando apenas a participar numa longa-metragem já na década de '90 em O Pecado da Mamã (1996), de Saguenail seguindo-se-lhe o documentário curto António Lobo Antunes (1997), de Solveig Nordlund enquanto narradora, Requiem (1998), de Alain Tanner e Mal (1999), de Alberto Seixas Santos.
É já no novo século que surge em António, Um Rapaz de Lisboa (2002), de Jorge Silva Melo, em Crónica Feminina (2002), de Gonçalo C. Luz numa interpretação vocal, A Mulher que Acreditava ser Presidente dos Estados Unidos da América (2003), de João Botelho, A Filha (2003), de Solveig Nordlund, Dot.com (2007), de Luís Galvão Teles, na curta-metragem Dingo (2012), de Pedro Caeiro, Índice Médio de Felicidade (2017), de Joaquim Leitão e finalmente já no último ano, em Raiva (2018), de Sérgio Tréfaut.
.
Os homenageados com os Sophia Carreira receberão os seus troféus na cerimónia a realizar no próximo dia 24 de Março, no Casino Estoril.
.
.