quinta-feira, 30 de maio de 2019

Leon Redbone

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1949 - 2019
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terça-feira, 28 de maio de 2019

Carmine Caridi

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1934 - 2019
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The 48 Hour Film Project Lisboa 2019: os vencedores

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Terminou no passado fim-de-semana no Cinema São Jorge, em Lisboa, a mais recente edição do The 48 Hour Film Projecct Lisboa que declarou a curta-metragem Do Outro Lado do colectivo Black.Art o grande vencedor do ano ao arrecadar oito troféus.
São os vencedores:
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Melhor Filme: Do Outro Lado, de Black.Art
2º Lugar: Quando a Noite Caiu, Descobri Quem Eras, de Qualidade
3º Lugar: O Dedo Podre, de Circuito Suplente
Prémio do Público - Grupo A: Cacofonite, de Carmindo Filmes
Prémio do Público - Grupo B: Do Outro Lado, de Black.Art
Prémio do Público - Grupo C: Olha a Bola, Miguel, de Socorro Produções e Esteves, de Take W
Prémio Cinema pela Inclusão: Xeque-Mate, de SE7E
Prémio CurtaLisboa: Era Para Ser, de B.O.B Productions
Prémio Hashtag: Do Outro Lado, de Black.Art
Prémio Visões Jovens: Esteves, de Take W
Prémio Visões Jovens - Menção Honrosa: Olha a Bola, Miguel, de Socorro Produções
Realização: Do Outro Lado, de Black.Art
Actor: Diogo Martins, Do Outro Lado
Actriz: Anna Eremin, O Dedo Podre
Interpretação - Menção Honrosa: Fabiana Saraiva, Esteves
Utilização do Personagem: O Guerreiro, de Redrum
Montagem: Do Outro Lado, de Black.Art
Argumento: Do Outro Lado, de Black.Art
Fotografia: Quando a Noite Caiu, Descobri Quem Eras, de Qualidade
Música Original: Milénio, de Tripé
Design de Som: Do Outro Lado, de Black.Art
Direcção de Arte: Quando a Noite Caiu, Descobri Quem Eras, de Qualidade
Utilização do Objecto/Adereço: Esteves, de Take W
Utilização da Frase: Poliestireno, de Comprimido's
Utilização do Género: Quando a Noite Caiu, Descobri Quem Eras, de Qualidade
Trailer: Olha a Bola, Miguel, de Socorro Produções
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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Prémios Fugaz 2019: os vencedores

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Terminou há instantes na Sala 25 Kinépolis, em Madrid, a terceira cerimónia dos Premios Fugaz que distinguem a produção cinematográfica de formato curto em Espanha. Background, de Toni Bestard foi o grande vencedor da noite ao arrecadar o Fugaz de Melhor Curta-Metragem de Ficção e ainda o de Melhor Montagem.
São os vencedores:
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Curta-Metragem de Ficção: Background, de Toni Bestard
Longa-Metragem: El Reino, de Rodrigo Sorogoyen
Documentário Curta-Metragem: 2001, Destellos en la Oscuridad, de Pedro González Bermúdez
Curta-Metragem de Animação: La Noria, de Carlos Baena
Realização: Iago de Soto, La Guarida
Realização Revelação: Cristina Martín e María José Martín, Mi Hermano Juan
Direcção de Produção: Foreigner, Violeta Tudela
Actor: Pedro Casablanc, Uno
Actriz: Laia Manzanares, La Tierra Llamando a Ana
Argumento: Seattle, Marta Aledo
Montagem: Background, Toni Bestard
Fotografia: Bailaora, Alejandro Espadero
Música Original: La Noria, Johan Söderqvist
Som: Bailaora, José Tomé
Direcção Artística: Ipdentical, Juan Eduardo Peso
Guarda-Roupa: Lo Siento Mi Amor, Carlos Paredes e Renato Rufoni
Caracterização: Lo Siento Mi Amor, Lolita Gómez, Selmo del Campo e David Ambit
Efeitos Visuais: Flotando, Oriol Tarrida, Marcos Díaz e Frankie de Leonardis
Fugaz de Honor: Daniel Sánchez Arévalo e Asunción Balaguer
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quarta-feira, 22 de maio de 2019

FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa 2019: os vencedores

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Terminou hoje a décima edição do FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa que tem decorrido desde o passado dia 15 de Maio em várias salas da capital incluindo o Fórum Lisboa e o Cinema São Jorge.
São os vencedores:
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Júri Oficial
Longa-Metragem: Todas as Canções de Amor, de Joana Mariani
Documentário: Lusófonas, de Carolina Paiva
Menção Honrosa: Início do Fim, de Francisco Júnior Gonçalves
Curta-Metragem: Viagem de Ícaro, de Kaco Olimpio e Larissa Fernandes
Menção Honrosa: Grito, de Luiz Cassol
Realização: Aly Muritiba, Ferrugem
Actor: Daniel Oliveira, Aos Teus Olhos
Actriz: Tifanny Dopke, Ferrugem
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Prémio da Crítica

Prémio da Crítica: Ferrugem, de Aly Muritiba
Menção Honrosa: Boni Bonita, de Daniel Barosa
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Prémio do Público
Prémio do Público: Unicórnio, de Eduardo Nunes
Documentário: O Pequeno Escritor, de Júlio Silva
Curta-Metragem: Mambo, de Nuno Barreto
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Competição Festinha
Filme Infantil: A Zeropeia, de Rodrigo Guimarães
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terça-feira, 21 de maio de 2019

Shortcutz Viseu - Sessão #121

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De regresso, o Shortcutz Viseu apresenta a Sessão #121 com dois dos seus segmentos tradicionais. O primeiro com as Curtas em Competição onde serão exibidos os filmes curtos Calipso, de Paulo A. M. Oliveira e Pedro G. P. Martins e ainda Luana, de Pedro Magano estando, os três realizadores, presentes na sessão para a apresentação dos seus filmes.
Ainda, durante esta sessão, será no segmento do Projecto Convidado que estará presente o FEST - New Directors New Films Festival que irá decorrer em Espinho e que, no âmbito, apresentará a curta-metragem Cracks, de Koen van Sande (Bélgica).
A Sessão #121 irá decorrer na próxima sexta-feira, dia 24 de Maio, pelas 22 horas na Incubadora do Centro Histórico.
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sábado, 18 de maio de 2019

Sammy Shore

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1927 - 2019
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sexta-feira, 17 de maio de 2019

Amsterdam (2017)

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Amsterdam de Sam Langshaw (Austrália) revisita, em formato curto, uma tradicional história onde duas aparentes almas perdidas e rendidas à solidão encontram (finalmente) a sua "outra metade" num inesperada momento de despedida.
Matt (Luke Baweja) está solitário na festa de despedida de Jess (Claudia Coy). Mas, inesperadamente, ela resolve marcar um encontro entre ele e Joe (Thomas Crotty). Mas o que Matt não espera é que nesta festa de despedida poderá também ter de dizer adeus a alguém com quem se vê partilhar a vida.
A típica história pós-adolescente onde quando um dos intervenientes já não crê ser digno de receber amor de ninguém estando, ao mesmo tempo, numa encruzilhada de uma vida que pode transformar-se a qualquer instante. Esta curta-metragem de Langshaw que também assina o argumento, apenas revela ao espectador uma história que se assume como uma reflexão num momento de impasse... a despedida de uma amiga de toda uma vida (que o será ou não) enquanto se equaciona como preencher a lacuna que então se apresentar... O aceitar um novo desafio sem ter ao lado alguém com quem partilhar desabafos e pelo meio, conhecer alguém que poderá ser "o tal" sem, no entanto, ter energia para lutar por esse novo alguém com quem se desejar ter a oportunidade de construir algo mais. Aqui impõe-se ainda a reflexão sobre a hipótese de estar "o outro" disponível para as mesmas questões desafiantes que "Matt" se coloca sobre o amor... sobre a (in)capacidade de poder amar ou não e saber se há correspondência que possa valer o esforço de um sacrifício de descoberta que possibilite o acaso do "acontecer".
Num registo muito teen, Amsterdam tenta celebrar as hipóteses e as oportunidades. O amor e as suas consequências... a capacidade de estar disponível para o "acontecer" de algo que poderá ser positivo. As oportunidades de novos rumos originadas pelo acaso e pela sorte. Ainda a oportunidade de poder reconhecer o interesse do "outro" em "mim" e sobretudo a capacidade de não voltar a cara pensando que o que surge é bom demais para ser verdade.
No seio de todo um conjunto de lugares comuns que roçam a comédia, o romance e a história de amor por cumprir, esta Amsterdam não é uma história que o espectador possa considerar nova ou original... é apenas mais uma história que ousa a representatividade mas que, há semelhança de tantas outras, acaba por ter as mesmas linhas de condução que tantas e tantas outras histórias do género. Bem disposta e com um par protagonista convincente nas suas breves interacções, Amsterdam é apenas o celebrar da potencialidade de "mais uma" história de amor ou, pelo menos, da sua eventual possibilidade.
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5 / 10
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Boyfriend (2019)

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Boyfriend de David Moragas e Jacob Perkins (Espanha/EUA) é mais uma das curtas-metragens que irão passar pelo CinEuphoria neste dia internacional de luta contra a homofobia, e que aresenta a história de David e Jacob, um casal de namorados que numa comum manhã em Crown Heights partilham momentos banais da sua relação até à chegada de um inesperado telefonema que tudo tende a transformar.
Este breve documentário ficcionado cujos dois realizadores são também os actores protagonistas da "sua" própria história, centra-se numa banal manhã de uma convivência assumem  onde as triviais actividades de um casal assumem o argumento de um conto que se revela a cada instante. Da relação e das suas cumplicidades a pequenas actividades que ambos partilham, a sua pacata existência é ameaçada com um inesperado telefonema que afasta um do outro. Por detrás de palavras murmuradas compreende - o espectador - o distanciamento que ocupa posição com a tal personagem invisível que todos atormenta. Se "David" se distancia fisicamente ao atender aquele telefonema, é "Jacob" que se ausenta psicologicamente quando sente que o seu espaço (e a) na relação fora ameaçado por um invasor (sem forma) exterior que agora é parte daquela integrante da mesma.
O espectador, enquanto membro observador da relação e da interacção destas duas personagens, compreende e assiste à dinâmica de ambos de forma cúmplice. Primeiro porque observa os momentos íntimos entre "David" e "Jacob" assumindo-os como uma relação próxima, afectiva, apaixonada e até cúmplice onde os pequenos e banais momentos de um qualquer dia se assumem como o tal "cimento" que vai alicerçar esta convivência a dois. Depois porque este romantismo assume, através dos silêncios e da hipotética mentira ou ocultação, uma forma de espiral silenciosa da desagregação da perfeição (que nunca existe) daquilo que havia sido construído e que em vez de discutido entre ambos pondo assim fim a qualquer dúvida, se transforma no tal "elefante na sala" que todos percebem estar presente mas do qual ninguém fala com medo da transformação (ou até perda) que daí poderá advir. Em instantes, e sem que ninguém o compreenda para lá do espectador, obtemos aquilo que irá potencialmente fomentar o fim... da inocência, do idílico ou até mesmo da relação... pelo menos da forma como, até então, a tínhamos conhecido.
Da manhã onde pequenas intimidades ganham forma a um telefonema que deixa a relação num lugar incerto, Boyfriend - como a representação dos elementos do casal - é o símbolo do que é perfeito mas sobretudo daquilo que não o é... do passado e daquilo que deixaram (deixámos) para trás que nos transformou e largou naquele preciso momento em que pela primeira vez se tenta construir algo sério e distante das noites loucas de uma juventude já ida e entre o quente de uma relação sólida à opacidade de uma incerteza que pode chegar, esta curta-metragem assume-se tal como a relação... imperfeita na sua perfeição (ou perfeita na sua imperfeição) mas sólida o suficiente para que o espectador se recorde dela e compreende que independentemente do género assistiu ao retrato normalizado de uma (entre tantas) relações a dois que tenta sobreviver não só graças ao que o levou àquele instante como sobretudo àquilo que ali mantém vivo.
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7 / 10
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Hermandad (2018)

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Hermandad de  Carlos Hurtado (Colômbia) é um documentário em formato de curta-metragem que coloca no mesmo espaço duas personagens de formação social, religiosa e económica distintas levando-as não a um confronto mas sim a uma esperada conciliação de dois mundos - que representam - e que se encontram de costas voltadas.
María Dolores é uma freira católica cujo lema principal se centra na velha máxima de que "nenhum homem é uma ilha". Toda a sua vida, ou pelo menos desde que recebeu a "chamada" de Deus é em prol dos demais para quem vive e se dedica de alma e coração de forma a poder confortá-los e ajudá-los no seu crescimento pessoal, humano e espiritual. Por outro lado conhecemos também Daniel "Venus", um drag que se assume pacífico mas egocêntrico. Naquilo que parecem - e são - dois mundos bem distintos, estas duas "personagens" reais encontram-se num anfiteatro onde falam sobre as suas experiências, as suas escolhas, a sua vida e aquilo que, individualmente, cada um pode trazer não só para o seu próprio mundo como especialmente para a comunidade diversa que representam e onde se encontram.
Por entre os desabafos que ambos tecem sobre a comunidade como um todo, tanto Daniel como María Dolores encontram diversos pontos em comum... das dificuldades sócio-económicas à individualização crescente da mesma, ambos compreendem e verbalizam a necessidade de que esta comunidade precisa de apoio, de uma união colectiva que lhes confira - a todos - a compreensão de que não se encontram sós num mundo que parece todos engolir muito lentamente.
Neste que é um encontro para a "mútua compreensão"... afinal, os mundos de ambos podem não ser tão distintos assim... ou pelo menos não para lá daquilo que o primeiro impacto parece conferir-lhes (ou aos seus olhos)... aquilo que ambos cedo assumem é que para lá das diferenças existem todo um conjunto de características comuns - ou pelo menos semelhantes -, que os coloca num inesperado grupo de pertença. Mesmo que os respectivos mundos não se cruzem no seu quotidiano e que os problemas manifestados tanto por Daniel como por María Dolores não sejam idênticos, existe todo um conjunto de particularidades que, na sua essência, se manifestam de igual forma... afinal, quão diferente pode ser a solidão de cada um ou aquela que sentem aqueles com quem se cruzam?!
No final, e ainda que cada um revele diferentes facetas das relações em comunidade, a pergunta que se manifesta cada vez mais na mente do espectador é se estas diferenças são assim tão acentuadas ou se, afinal, não os aproximam mais do que aquilo que poderia inicialmente afastá-los...
Dotado de um certo cunho impessoal característico de duas pessoas de meios distintos que se cruzam e são forçados a conhecer-se pela primeira vez, Hermandad é, no final o início de uma história sobre dois seres de uma mesma comunidade com ansiedades, expectativas, problemas, desilusões e sonhos comuns que, embora não partilhados, não deixam de ser os motores que dão fogo às suas vidas e às esperadas - por eles - missões a desempenham numa comunidade, numa sociedade e num mundo que partilham em comum não deixando, por isso, de manifestar ligeiramente uma (in)esperada sensibilidade que os revela tal como eles são... humanos.
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7 / 10
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Contact (2018)

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Contact de Léa Bancelin (França) é uma curta-metragem de animação centrada na história de Marie, uma jovem mulher que, sem intenção, digita o número de Anne, uma amiga de infância, despertando em si recordações que achava esquecidas.
Numa oscilação entre o passado e o presente onde as memórias se cruzam com a potencialidade do "e se..." , a animação Contact centra-se na relação sentimentalmente próxima que as duas personalidades femininas desenvolveram em tempos mas que, na realidade, nunca ficara resolvida no imaginário de "Marie". Anos depois do que fora a sua relação sentimental, "Marie" vive uma vida aparentemente despreocupada mas que guarda um vazio experimentado depois daquilo que nunca se confirmou para com "Anne". Esta relação, talvez um primeiro amor de "Marie" ou, pelo menos, aquela que a fez despertar para a sua afectividade e sexualidade, transformou-se no "tal capítulo" que nunca revelou um verdadeiro desfecho levando-a não só ao termo de comparação para aquilo que, desde então, desenvolvera como, principalmente, a mantém suspensa nesta incerteza do que foi, do que pode ser e até do que poderá surgir sem nunca, no entanto, ter confirmado os porquês da sua presente solidão.
O espectador recebe "Marie" como uma jovem mulher do presente... Moderna, decidida e feminista cede, no entanto, perante a tal afectividade de juventude que a marcou. Ainda que as memórias possam não ser as mais positivas ou conciliadoras do seu "eu", é essa memória - ou a prisão que tem para com ela -, que a coloca num limbo sentimental que a impede, por exemplo, de cortar todos os laços com esse passado indefinido. "Marie" vive portanto, entre o que poderia ter sido, o que a levou a esse despertar e, sobretudo, à incerteza não necessariamente da sua sexualidade mais ou menos experimentada, mas principalmente à memória daquilo que no seu presente, não consegue confirmar.
Interessante do ponto de vista da importância das memórias e pela forma como estas conseguem colocar em suspenso toda uma vida que teima em não observar o futuro, Contact é, no entanto, uma curta-metragem de difícil acesso pela constante incerteza - ou falta de confirmação - daquilo que as memórias registadas permitem desconstruir não só do passado de "Marie" como também de um aparente estado de espírito pouco evolutivo face a esse passado tendo, no entanto, como positivo na sua narrativa o facto de conseguir manter uma edição coerente dos diversos momentos não deixando o espectador preso nessa mesma incerteza - de empatia - com que a sua personagem parece querer insistir em manter-se.
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5 / 10
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quarta-feira, 15 de maio de 2019

Shortcutz Figueiró dos Vinhos - Sessão #33

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Decorre na próxima sexta-feira dia 17 de Maio a Sessão #33 do Shortcutz Figueiró dos Vinhos que terá mais uma noite competitiva de cinema português em formato curto.
Nesta noite, que irá decorrer na Casa da Cultura de Figueiró dos Vinhos a partir das 22 horas e que dá continuidade ao terceiro ano do evento, irão ser exibidos os filmes curtos Carga, de Luís Campos (com a presença do realizador), A Era das Ovelhas, de Sara Augusto, Eva Mendes e Joana de Rosa (com a presença das realizadoras e do produtor José Pedro Lopes) e ainda John, de Rita Ornelas (que se fará representada por vídeo-mensagem).
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terça-feira, 14 de maio de 2019

Tim Conway

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1933 - 2019
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European Film Awards - European Lifetime Achievement Award 2019: o homenageado

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A Academia Europeia de Cinema anunciou o nome do profissional europeu a distinguir com o Lifetime Achievement Award na próxima cerimónia tendo, este ano, recaído a homenagem ao realizador alemão Werner Herzog.
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Herzog (Munique, 1942), com um longo percurso cinematográfico em diversas áreas como a realização, interpretação, argumentista, director de fotografia ou produtor é, segundo comunicado da Academia, detentor de um "impressionante percurso repleto de uma rica e diversa obra" agora homenageada, destacando ainda o seu trajecto enquanto escritor em prosa.
Da curta-metragem com a qual se iniciou em Herakles (1962) ao documentário e ficção destacando-se entre a sua obra Lebenszeichen (1968), Fata Morgana (1971), Aguirre, der Zorn Gottes (1972), Nosferatu: Phantom der Nacht (1979), Fitzcarraldo (1982), Invincible (2001), Grizzly Man (2005), Rescue Dawn (2006), Encounters at the End of the World (2007), The Bad Lieutenant: Port of Call - New Orleans (2009), Cave of Forgotten Dreams (2010), Queen of the Desert (2015), Salt and Fire (2016), Herzog detém ainda obra exibida em televisão e duas obras por estrear no grande ecrã sendo elas Fordlandia e o documentário Fireball.
Entre os vários troféus e nomeações alcançadas por Werner Herzog encontram-se a nomeação ao Oscar de Documentário em Longa-Metragem por Encounters at the End of the World (em 2009), a um Emmy em 1999, ao BAFTA de Filme Estrangeiro em 1983 por Fitzcarraldo, três nomeações ao Urso de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Berlim e um prémio especial por Lebenszeichen, a sua primeira obra, quatro nomeações à Palma de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Cannes e o prémio de Realização por Fitzcarraldo, o Directors Guild of America Award por Grizlly Man, uma nomeação ao European Film Award na categoria de Documentário por Mein Liebster Feind - Klaus Kinski (1999), dois troféus da Academia Alemã de Cinema, o Leopardo de Honra do Festival Internacional de Cinema de Locarno e ainda duas nomeações ao Leão de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Veneza.
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Werner Herzog estará presente na trigésima-segunda cerimónia dos European Film Awards no próximo dia 7 de Dezembro, a decorrer este ano em Berlim.
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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Isaac Kappy

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1977 - 2019
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Deutscher Filmpreis - Academia Alemã de Cinema 2019: os vencedores

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Gundermann, de Andreas Dresen foi o grande vencedor do Deutscher Filmpreis ao arrecadar seis troféus da Academia Alemã de Cinema numa cerimónia que se realizou no início deste mês.
São os vencedores:
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Filme: Gundermann, de Claudia Steffen e Christoph Friedel
Segundo Prémio: Styx, de Marcos Kantis
Terceiro Prémio: Der Junge muss an die Frische Luft, Sebastian Werninger, Nico Hofmann e Hermann Florin
Documentário: Of Fathers ans Sons, de Ansgar Frerich, Eva Kemme, Tobias N. Siebert e Hans Robert Eisenhauer
Filme Juvenil: Rocca - Verändert die Welt, de Tobias Rosen, Steffi Ackermann e Willi Geike
Prémio do Público: Der Junge muss an die Frische Luft, de Caroline Link
Realização: Andreas Dresen, Gundermann
Actor Protagonista: Alexander Scheer, Gundermann
Actriz Protagonista: Susanne Wolff, Styx
Actor Secundário: Alexander Fehling, Das Ende der Wahrheit
Actriz Secundária: Luise Heyer, Der Junge muss an die Frische Luft
Argumento: Gundermann, Laila Stieler
Montagem: Of Fathers and Sons, Anne Fabini
Fotografia: Styx, Benedict Neuenfels
Música: Wackersdorf, Hochzeitskapelle
Som: Styx, Andreas Turnwald, Uwe Dresch, Andre Zimmermann e Tobias Fleig
Design de Produção: Gundermann, Susanne Hopf
Guarda-Roupa: Gundermann, Sabine Greunig
Caracterização: Der Goldene Handschuh, Maike Heinlein, Daniel Schröder e Lisa Edelmann
Carreira: Margarethe von Trotta
Prémio Bernd Eichinger: Christian Becker
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Doris Day

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1922 - 2019
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Premios Platino de Cine IberoAmericano 2019: os vencedores

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Decorreu a noite passada a mais recente cerimónia de atribuição dos Prémios Platino entregues anualmente às produções estreadas nos países Ibero-Americanos destacando como a grande vencedora a longa-metragem mexicana Roma, de Alfonso Cuarón ao arrecadar cinco troféus incluindo os de Melhor Filme e Realização.
São os vencedores:
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Cinema
Filme Ibero-Americano:
Roma, de Alfonso Cuarón
Primeira Obra: Las Herederas, de Marcelo Martinessi
Premio Platino al Cine y Educación en Valores: Campeones, de Javier Fesser
Documentário: El Silencio de Otros, de Robert Bahar e Almudena Carracedo
Filme de Animação: Un Día Más con Vida, de Raúl de la Fuente e Damián Nenow
Realização:
Alfonso Cuarón, Roma
Interpretação Masculina: Antonio de la Torre, El Reino
Interpretação Feminina: Ana Brun, Las Herederas
Argumento: Alfonso Cuarón, Roma
Montagem: Alberto Del Campo, El Reino
Fotografia: Alfonso Cuarón, Roma
Música Original: Alberto Iglesias, Yuli
Som: Sergio Díaz, Skip Lievsay, Craig Henighan e José Antonio García, Roma
Direcção Artística: Angélica Perea, Pájaros de Verano
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Televisão
Série ou Mini-Série: Arde Madrid, de Paco León
Interpretação Masculina:
Diego Luna, Narcos: México
Interpretação Feminina: Cecilia Suárez, La Casa de las Flores
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domingo, 12 de maio de 2019

IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema Independente 2019: os vencedores

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Terminou hoje a décima-sexta edição do IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema Independente que decorreu desde o passado dia 2 de Maio na Culturgest, Cinema São Jorge, Cinema Ideal e Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema.
São os vencedores:
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Competição Internacional de Longas-Metragens
Grande Prémio Cidade de Lisboa: De los Nombres de las Cabras, de Silvia Navarro e Miguel G. Morales (Espanha)
Prémio Especial do Júri: Sa Nu Ucizi, de Gabi Virginia Sarga e Catalin Rotaru (Roménia) e Jessica Forever, de Jonathan Vinel (França)
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Competição Internacional de Curtas-Metragens
Grande Prémio: Past Perfect, de Jorge Jácome (Portugal)
Prémio Turismo de Macau - Ficção: The Girl with Two Heads, de Betzabé Garcia (Reino Unido)
Prémio Turismo de Macau - Documentário: Swatted, de Ismaël Joffroy Chandoutis (França)
Prémio Turismo de Macau - Animação: Guaxuma, de Nara Normande (França/Brasil)
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Competição Nacional
Longa-Metragem: A Minha Avó Trelotótó, de Catarina Ruivo
Curta-Metragem: A Casa, a Verdadeira e a Seguinte ainda Está por Fazer, de Sílvia das Fadas
Menção Especial: O Mar Enrola na Areia, de Catarina Mourão
Realização: Tiago Hespanha, Campo
Prémio Novo Talento: Poder Fantasma, de Afonso Mota
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Competição Novíssimos
Prémio Novíssimos: Estas Mãos são Minhas, de André Ferreira
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Competição Silvestre
Longa-Metragem: Imi Este Indiferent daca in Istorie vom Intra ca Barbari, de Radu Jude (Roménia/Rep. Checa/França/Bulgária/Alemanha) e M., de Yolande Zauberman (França)
Curta-Metragem: Sete Anos em Maio, de Affonso Uchôa (Brasil/Argentina)
Menção Especial: Wong Ping's Fables 1, de Wong Ping (Hong Kong)
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Competição IndieMusic
Prémio IndieMusic: Batida de Lisboa, de Rita Maia e Vasco Viana
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Competição Árvore da Vida
Prémio Árvore da Vida - Filme Português: Invisível Herói, de Cristèle Alves Meira
Menção Especial: A Minha Avó Trelotótó, de Catarina Ruivo
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Competição Amnistia Internacional
Prémio Amnistia Internacional: Sete Anos em Maio, de Affonso Uchôa (Brasil/Argentina)
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Competição Santa Casa
Prémio Santa Casa: Príncipe Kik-ki-do: A Toupeira Mineira, de Grega Mastnak (Eslovénia)
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Competição Universidades
Prémio Universidades: Present Perfect, de Shengze Zhu (EUA/Hong Kong)
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Competição Escolas
Prémio Escolas: Guaxuma, de Nara Normande (França/Brasil)
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sábado, 11 de maio de 2019

Peggy Lipton

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1946 - 2019
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quarta-feira, 8 de maio de 2019

Heatstroke (2019)

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Heatstroke de Edgar Morais (Portugal/EUA) é uma das curtas-metragens presentes na Competição Nacional da décima-sexta edição do IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema Independente que decorre na capital desde o passado dia 2 de Maio.
O calor. O desejo. A satisfação sexual. A despreocupação. O delírio. Em breves instantes assistimos a uma sucessão de estímulos e estados de espírito que primeiro confundem e depois desarmam o espectador.
Esta que é a primeira incursão do actor Edgar Morais na realização de uma obra cinematográfica não poderia ser mais sugestiva e inolvidável na medida em que o espectador é completamente surpreendido não só pela sua narrativa como principalmente pela forma como a sucessão de imagens induzem para uma constante percepção da história que apenas é revelada já quando tudo está prestes a terminar.
Ao longo de toda esta breve mas original curta-metragem escutamos os lamentos de "Claire" (Leah Pipes) que fala de recordações de um passado aparentemente distante onde, em casa da sua avó durante o Verão, tinha um cão de nome "Zizi". Os seus lamentos, que subitamente se transformam em devaneios algo inconsistentes, são abruptamente interrompidos - na atenção do espectador - pela companhia a seu lado que, sem ser perceptível de imediato, se assume como o tal "elefante na sala" que todos compreendem estar presente mas que ninguém quer ainda explorar. Apenas os sons e a percepção dessa presença assumem um lugar protagonista sem, na realidade, serem revelados.
A história de "Claire" repetida vezes sem conta assume-se primeiramente como um qualquer devaneio pouco lúcido como o resultado de uma insolação - heatstroke - que a mesma sofrera... Mas é quando compreendemos quem a acompanha e a sua potencialmente desenquadrada actividade que todo o título de "heat".. ou "stroke" se assumem como mais "complexos" ou, pelo menos, levarem a uma dispersão de pensamentos assumidos pelo espectador... estarão todos eles lúcidos... carnais... conscientes?!
Neste "filme dentro de um filme" que subitamente surge no ecrã, cada personagem vive a sua própria dinâmica e a sua história dentre da história tornando todos os envolvidos em inesperados protagonistas de um conto que vivem em comum mas do qual nenhum faz verdadeiramente parte... Contracenam individualmente nos seus próprios imaginários, nas suas próprias experiências conferindo, a cada uma delas, a sua veracidade e realidade para lá daquilo que se passa centímetros ao lado e daquilo que o espectador possa, inicialmente, imaginar garantido que o calor em excesso pode, na realidade, transformar todos aqueles que por ele se deixam afectar.
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7 / 10
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segunda-feira, 6 de maio de 2019

Um Punk Chamado Ribas (2019)

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Um Punk Chamado Ribas de Paulo Antunes (Portugal) é um dos documentários presentes no IndieMusic da décima-sexta edição do IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema de Lisboa a decorrer até ao próximo dia 12 de Maio em diversas salas de cinema da capital.
Nascia neste dia, em 1965, João Ribas, músico, cantor, compositor e letrista do punk português e membro fundador das bandas Ku de Judas, Censurados e Tara Perdida. Da sua influência para outros músicos ao seu carácter genuíno enquanto artista e idealista, vários são os testemunhos que passam por este documentário que nos dão a conhecer um pouco mais do homem por detrás da lenda.
Por entre um conjunto de observações sobre João Ribas, o primeiro de todos é efectuado pela irmã Isabel, que o caracteriza como alguém diferente à primeira vista mas que, depois de alguém privar com ele encontrava uma pessoa afável e dócil capaz de seduzir pela sua simpatia. De um início profissional no teatro à música, a sua grande paixão e à qual se entregou de alma e coração, Ribas transformara-se no mito incontornável no panorama musical português principalmente ao longo da década de '80.
Os testemunhos sucedem-se na primeira pessoa passando por João Pedro Almendra (Despe & Siga), Miguel Newton (Mata Ratos), Eduardo Pinela (Capitão Fantasma), Aurora Pinheiro que fora sua manager, Rui Costa (Tara Perdida), diversas amigas e também pelo sobrinho João Diogo Ribas de quem saem algumas das mais emocionadas palavras sobre o tio e sobre a influência e amizade que lhe reconhece.
Um Punk Chamado Ribas é assim um documentário que se apresenta, em diversos momentos, como um documento pessoal onde o espectador conhece, para lá da lenda musical, o homem e uma boa parte da sua personalidade - pelo menos aquela que nos é facultada pelos entrevistados -, e descobre alguém com uma sensibilidade francamente diferente do que aquela que se poderia adivinhar através da sua imagem de palco forte, aguerrida e dominante. Várias são as fotografias que são partilhadas bem como aquele que seria possivelmente o lugar mais mítico de Ribas e daqueles que o conheceram... o seu quarto que servia de sala de ensaios e de reuniões de e com as dezenas de pessoas que conhecera. Para lá de um simples local de prática, o seu quarto foi o verdadeiro estúdio de ensaio e improviso, de criação e inspiração (sua e das bandas a que pertencera), fazendo do mesmo uma espécie de lugar de culto. Das histórias com a vizinhança que nunca interferira, e para quem o "barulho" nunca foi um incómodo (pelo menos não um que fosse verbalizado), João Ribas chega mesmo a ser caracterizado com um elemento fundamental - senão o principal - de toda uma geração que encontrou na música um espaço não só de rebeldia como também de denuncia e do próprio direito à diferença que tanto, e tantas vezes, se reclama e se pretende conquistar. Símbolo de uma geração em que a imagem da noite, da droga e da violência urbana caracterizaram a própria e, até mesmo, uma Lisboa que se dividia (e assumia) nas diferenças evidentes dos bairros e dos seus habitantes desejando, o próprio ainda que inconscientemente, que a aceitação por esse referida diferença fosse uma marca do seu tempo como que de um legado se tratasse.
Com o recurso a muitas imagens de arquivo como um competente documento histórico, Um Punk hamado Ribas é igualmente um testemunho, súbtil e livre de preconceito, da transformação do homem e das suas diversas etapas que, sendo elas de maior ou menor êxtase e excessos, nunca julgou ou condenou prestando-se sempre a uma aceitação do outro e do seu contributo para a arte que com ele poderiam partilhar.
Evidente em todos aqueles que partilharam aqui os seus testemunhos está a constante comoção e emoção ao falarem no amigo que conheceram... aquele alguém que decidiram partilhar com o mundo mesmo sendo alguém só "seu"... alguém de quem ainda lhes custa falar apesar do imenso prazer que têm em recordar todos os momentos mais ou menos privados que partilharam... alguém a quem reconhecem uma educação extrema e memória exemplar mesmo que tenham sido dezenas, centenas ou até mesmo milhares aqueles com quem se havia cruzado... alguém dado ao mundo, à cidade, ao seu bairro e a todos aqueles que resolviam "perder" alguns minutos de conversa... um "punk diplomático" como é caracterizado pelo seu sobrinho.
Desaparecido a 23 de Março de 2014, João Ribas fica não só com o nome marcado ao movimento do rock punk português como também como um, arriscarei dizer, humanista pela forma como encarava o "outro" tão bem caracterizado pelos seus amigos, sempre disponível para uma palavra a toda a gente e também como um vulto maior do panorama musical nacional mesmo com todos os potenciais altos e baixos da vida... característicos de qualquer um de nós... transformando este sentido documentário numa importante peça do cinema português do género e num documento imprescindível para a contextualização não só do homem mas também da música para a qual deixou uma importante marca e parte de si.
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7 / 10
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domingo, 5 de maio de 2019

Shortcutz Viseu - Sessão #120

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A Sessão #120 do Shortcutz Viseu que se irá realizar no próximo dia 10 de Maio na Incubadora do Centro Histórico da cidade é inteiramente dedicada a um convidado especial... o MONSTRA - Festival Internacional de Cinema de Animação de Lisboa onde serão exibidas algumas das curtas-metragens aí exibidas.
Serão assim apresentados os filmes curtos Anna, de Jessica Mountfield (Reino Unido), At First Sight, de Sjaak Rood (Holanda), Las del Diente, de Ana Pérez López (Espanha/EUA), Entre Sombras, de Alice Guimarães e Mónica Santos (Portugal/França), I am OK, de Michel Digout (França), Kinky Kitchen, de Bea Höller (Alemanha), M2, de Kamila Kucikova (Estónia), Nini, de Yingzong Xin (EUA), Ride, de Paul Bush (Portugal/Reino Unido), Savanah Swift, de Pauline Grégoire, Lucie Bonzom, Benoît Parias e Theo Pierrel (França) e Sister, de Siqi Song (China).
A Sessão #120 iniciar-se-à a partir das 22 horas com entrada livre.
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sábado, 4 de maio de 2019

FICPI - Festival Internacional de Cine de Piélagos 2019: os vencedores

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El Niño que Quería Volar, de Jorge Muriel foi o grande vencedor da décima edição do FICPI - Festival Internacional de Cine de Piélagos que decorria desde o passado dia 26 de Abril na Cantábria, em Espanha, ao arrecadar os troféus de Melhor Curta-Metragem Nacional e também o de Argumento.
O festival, para o qual trabalho enquanto programador nos últimos cinco anos, premiou ainda na categoria Internacional a curta-metragem romena Cadoul de Craciun do realizador Bogdan Muresanu.
Foram os vencedores:
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Secções Oficiais
Premio Dunas de Liencres
Curta-Metragem Internacional: Cadoul de Craciun, de Bogdan Muresanu (Roménia)
Curta-Metragem Nacional: El Niño que Quería Volar, de Jorge Muriel
Curta-Metragem Cantábria: Escalada, de Nacho Solana
Puesta de Largo: Zona Hóstil, de Adolfo Martínez Pérez
Documentário: Blessy, de Susana González, Silvia Cepero e Carme Gomilla
Documentário Cantábria: Pasiego, Presente de su Pasado, de Jacobo Muñoz
Animação: Soy una Tumba, de Khris Cembe
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Premio Costa Quebrada
Ahora Cuentas Ellas: Yerbabuena, de Estefanía Cortés
Premio Mailuki - Curta-Metragem LGBTI: Eran Otros Tiempos, de Alejandro Talaverón
Realização: Carlos Villafaina, Gusanos de Seda
Realização Revelação: Celia Giraldo, Te Busco en Todos
Actor: Marc Joy, Hostal Orión
Actriz: Nausicaa Bonnín, La Inútil
Argumento: Jorge Muriel, El Niño que Quería Volar
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Prémio Valdearenas: El Diário Montañés - Sección Cultura (comunicação) e Eva Arranz - vereadora da Cultura (Carreira)
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Secções Paralelas
#59: Amén, de Jorge Cimiano
#OneSequenceShot: Lucero del Alba, de Aroa Gómez García
#UnoCortoyRapidito: Impulsos, de Zoa Peña e Miguel del Barrio
#NoTeCortesHazTuCorto: Troféu entregue a todos os participantes pelo conjunto dos seus trabalhos cuja temática se centrou na Igualdade
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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Equinox (2019)

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Equinox de Bruno Carnide (Portugal) é uma das curtas-metragens em competição na décima-sexta edição do IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema a decorrer em várias salas da capital que aqui, num registo de animação, nos remete para o país do sol nascente onde um confronto está prestes a atingir o seu clímax.
Em pouco mais de três brevíssimos minutos, Bruno Carnide dá corpo ao argumento de Carlos Salvador naquela que é uma animação Europeia num ambiente asiático, que cruza elementos do cinema noir, do drama, do conto de amor sem deixar de brindar o espectador com pequenas surpresas que tarde se revelam para deixar o espectador num impasse. Um impasse que não se afirma pela incerteza da história a que este acabou de assistir mas sim uma que convictamente se afirma num pensamento comum para estas curtas-metragens cuja duração finda muito rapidamente... "onde está tudo o demais?". Desde sempre defendo que uma história - um filme - termina no exacto momento em que tem de durar. Nada, em princípio, fica por contar e os elementos e nuances que são fornecidas ao espectador são exactamente aqueles que deveriam ter visto a luz do dia. No entanto, são pequenas e surpreendentes histórias que rapidamente confirmam que toda a regra tem uma excepção, e é esta que deixa o espectador com a firme convicção que Equinox deveria ter ido mais além.
Não lhe falta nada... Temos um ambiente animada que recria com uma precisão invejável uma Tóquio cosmopolita que, no entanto, é apresentada pela calada da noite enquanto todos se escondem de um rebuliço diário, temos o clima que tantas vezes associamos a estas histórias orientais que não fazem o espectador dispersar com pequenos detalhes narrativos - sendo que aqui estes são importantes para a dinamização do tempo e do espaço - e que nos remete para uma história que se desvenda num meio privado mas numa urbe imensa e, finalmente, esta mesma história que ganha corpo não por aquilo que vemos e que é revelado mas sim através do poder de uma imaginação que se deixa embrenhar pelos requintes que cada um atribui àquilo que escuta para lá do que é devidamente fornecido enquanto "espaço".
Um homem e uma mulher encontram-se. Ambos falam sobre a presença dela com alguém. Nada é fornecido sobre estas duas personagens para lá de um ciúme que ganha forma enquanto as palavras são escutadas. Adivinha-se um ambiente tenso. Uma história cheia de mágoas, de rancores, de ofensas que não são novas e que podem facilmente assumir-se com um crime porvir. São os pequenos elementos de uma cidade que aparentemente dorme mas que ganha uma "consciência" sobre esse futuro próximo... O vermelho assume-se com o indício maior de um acto violento. O vermelho que se reflecte nos edifícios, nos semáforos e até nas palavras que ganham forma enquanto o fim (do filme...) se aproxima. A cidade, que apenas aparenta dormir, desperta com um som agudo e aquilo que parecia ser iminente acontece para a surpresa (não esperada) do espectador.
Equinox não falha. Não existem elementos supérfluos e tudo, da primeira palavra à primeira imagem, encontra-se devidamente centrado no espaço e no tempo que o espectador precisa para se deixar levar por uma história que tudo conta mas que poderia deixar-se levar pelo tempo sendo digerida pelo espectador com idêntica dedicação, curiosidade e surpresa. Nada falha a não ser o tempo... o tempo que chega demais para as personagens que mesmo não sendo vistas ganham corpo pela alma que depositam em cada palavra que soltam enquanto todo um universo de sons se escutam "lá fora".
Eventualmente atípica para uma animação, Equinox consegue equilibrar intensidade e dramatização mantendo o espectador preso a um novo segmento e na esperança que a história possa não acabar tão brevemente como aquilo que cedo se adivinha.
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7 / 10
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quinta-feira, 2 de maio de 2019

Antunes Filho

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1929 - 2019
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O Braço do André (2018)

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O Braço do André de Tomé Pereira (Portugal) é um documentário curto presente na secção Novíssimos da décima-sexta edição do IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema Independente a decorrer em Lisboa até ao próximo dia 12 de Maio.
Quando as adversidades batem à porta e André vê adiado o seu sonho de pertencer à equipa Olímpica de ping-pong, o seu propósito e sentido de vida ganham um inesperado novo rumo.
À primeira impressão o documentário curto de Tomé Pereira poderia passar sem que o espectador lhe garantisse a atenção devida. No entanto, é quando - talvez por mero acaso - este se depara com esta pequena obra cinematográfica que se descobre todo um potencial cujos limites parecem, à partida, ainda por explorar. André Maia sempre teve um sonho na vida... o ping pong. Todo o seu tempo, percebemos, é investido nesta modalidade que, de certa forma, o define enquanto a pessoa que é. Mas, o que poderá acontecer quando tudo aquilo pelo qual sempre se lutou escapa por entre as pontas dos dedos questionando todo uma, até então, pacífica existência? A resposta surgirá nesses escassos minutos que separam o início do fim desta curta-metragem e, se por momentos tudo nos parece impossível demais para ser real, não deixa de ser uma constante verdade que situações extremas merecem soluções igualmente "trangressoras".
Longe de qualquer juízo de valor sobre os métodos deste jovem atleta que parece ter ainda tudo para dar - à sua vida e à modalidade desportiva que o fascina -, a realidade é que o espectador encontra-se num local complicado de não deixar tecer uma opinião sobre a sua actividade. Até que ponto esta é a resposta a uma adversidade ou, por sua vez, a manifestação de uma mente perturbada que decide de forma implacável em obter os resultados que tanto busca...
Da luta à loucura, e desta à violação da confiança e lealdade desportiva, aquilo que separa as boas intenções de um potencial atleta da maior mentira da sua vida é tão ínfimo que por vezes - quase sempre - acaba por ser voluntariamente ignorado.
Credível até certo momento e "mockumentarilizado" não sabemos em que medida, O Braço do André é uma pequena escondida pérola que merecia uma maior e mais intensa exploração da vida e "obra" de André Maia... um desportista ao seu próprio dispôr.
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6 / 10
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quarta-feira, 1 de maio de 2019

Alessandra Panaro

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1939 - 2019
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Prémios Fugaz 2019: os nomeados

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Foram esta semana revelados os nomeados aos Premios Fugaz que celebram agora o seu terceiro aniversário destacando para o troféu de Melhor Curta-Metragem os filmes curtos Background, de Toni Bestard, Cerdita, de Carlota Pereda, La Guarida, de Iago de Soto, La Noria, de Carlos Baena e Seattle, de Marta Aledo.
São os nomeados nas dezoito categorias:
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Melhor Curta-Metragem de Ficção
Background, de Toni Bestard
Cerdita, de Carlota Pereda
La Guarida, de Iago de Soto
La Noria, de Carlos Baena
Seattle, de Marta Aledo
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Melhor Longa-Metragem
Campeones, de Javier Fesser
Carmen y Lola, de Arantxa Echevarría
Quién te Cantará, de Carlos Vermut
El Reino, de Rodrigo Sorogoyen
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Melhor Documentário Curta-Metragem
2001, Destellos en la Oscuridad, de Pedro González Bermúdez
Alaska, de Marco Huertas
Love, de Raúl de la Fuente
El Viaje a Islandia, de César Vallejo de Castro
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Melhor Curta-Metragem de Animação
Cazatalentos, de José Herrera
I Wish, de Victor L. Pinel
La Noria, de Carlos Baena
Soy una Tumba, de Khris Cembe
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Melhor Realização
Toni Bestard, Background
Rubin Stein, Bailaora
Carlota Pereda, Cerdita
Iago de Soto, La Guarida
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Realização Revelação
José Herrera, Cazatalentos
Victor L. Pinel, I Wish
Cristina Martín e María José Martín, Mi Hermano Juan
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Melhor Direcção de Produção
Bailaroa, Rubin Stein
Foreigner, Violeta Tudela
La Guarida, Laura Mato
Ipdentical, Antonio Campos e Juan Eduardo Peso
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Melhor Actor
Pedro Casablanc, Uno
Javier Gutiérrez, Zero
Pablo Mérida, El Niño que Quería Volar
Miguel Rellán, Tono Menor
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Melhor Actriz
Laura Galán, Cerdita
Nuria Herrero, Seattle
María Hervás, La Guarida
Laia Manzanares, La Tierra Llamando a Ana
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Melhor Argumento
Background, Toni Bestard
Cerdita, Carlota Pereda
Foreigner, Carlos Violadé
Seattle, Marta Aledo
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Melhor Montagem
27 Minutos, de Fernando González Gómez
Background, Toni Bestard
Bailaora, Rubin Stein
La Guarida, Martí Roca
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Melhor Fotografia
Bailaora, Alejandro Espadero
Flotando, Ricardo Canyelles
La Guarida, Miguel Leal
Ipdentical, Ismael Issa
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Melhor Música Original
Bailaora, Juan Carlos Casimiro
La Guarida, Paul Loewe
La Noria, Johan Söderqvist
La Tierra Llamando a Ana, Juan Antonio Simarro e Fernando Bonelli
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Melhor Som
Background, Rubén Pérez
Bailaora, José Tomé
Foreigner, Alonso Velasco e Jorge Marín
La Noria, Oriol Tarragó
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Melhor Direcção Artística
Bailaora, Judith Alcubierre
La Guarida, Aitor Almuedo e Francisco Almuedo
Ipdentical, Juan Eduardo Peso
Lo Siento Mi Amor, Idoia Esteban
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Melhor Guarda-Roupa
Bailaora, Pablo Porcel
La Guarida, Lucía Conty
Ipdentical, Andrés Domínguez
Lo Siento Mi Amor, Carlos Paredes e Renato Rufoni
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Melhor Caracterização
Bailaora, Nahomí Armas
La Guarida, Victor Javier Bernardos e Lola Hernández
Ipdentical, María José Gómez
Lo Siento Mi Amor, Lolita Gómez, Selmo del Campo e David Ambit
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Melhores Efeitos Visuais
Bailaora, Daniel Villegas
Flotando, Oriol Tarrida, Marcos Díaz e Frankie de Leonardis
Ipdentical, Pablo González
Lo Siento Mi Amor, Iván Martín
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Os vencedores da terceira edição dos Premios Fugaz serão conhecidos numa cerimónia a realizar no próximo dia 23 de Maio na Sala 25 Kinépolis.
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LGTBI... H (2019)

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LGTBI... H de Francisco Javier Gutiérrez (Espanha) é uma das curtas-metragens presentes na secção One Sequence Shot da décima edição do FICPI - Festival Internacional de Cine de Piélagos que decorre na Cantábria, em Espanha desde o passado dia 26 de Abril.
Carlos decidiu dar um grande passo na sua vida e, na companhia de Juan, espera pelos seus pais para dar a grande novidade. Conseguirão eles aceitar tudo aquilo que Carlos tem para lhes contar?!
Num mundo em que tudo e todos estamos sujeitos a normalização da sigla que tudo define, a curta-metragem de Francisco Javier Gutiérrez começa por apresentar todo um conjunto de pressupostos já conhecidos do espectador mas que, ao mesmo tempo, entra por um caminho perigosamente irónico que nos tempos do dito "politicamente correcto" pode apresentar uma vertente pouco apropriada daquela que é a realidade das minorias que tanto (ainda) batalham pelo seu devido respeito e dignidade.
Esta curta-metragem apresenta o par de amigos como um potencial casal que tarde se desmistifica como apenas... dois amigos. Mas se "Juan" é o amigo homossexual, é "Carlos" que de repente se subentende como o heterossexual aqui algo descriminado numa realidade familiar que o coloca como filho... de dois homens. Num LGTBI... H onde o "h" é agora compreendido como representativo de uma sigla que todos tenta englobar, o espectador questiona-se então sobre a legitimidade desta singela letra num universo onde não é conhecida a (sua) descriminação.
Num lado inovador, e até mesmo interessante pela normalização daquelas que são questionadas como as minorias, LGTBI... H revela dois pais homossexuais que lidam com um filho jovem adulto e com a sua sexualidade "diferente". Se por um lado o espectador recebe esta nova realidade com alguma normalidade não deixa, ao mesmo tempo, de ser preocupante a forma como estes pais encaram a sexualidade do filho - livre de qualquer descriminação na sociedade em que vivemos - como algo preocupante para o mesmo como se em alguma época da História esta tivesse sido alvo de perseguição. Assim, e num mundo - seja ele qual fôr - em que as figuras parentais se preocupam com a felicidade da prole, esta curta-metragem parece querer normalizar a perseguição e o factor "minoria" àqueles que... nunca o foram... conferindo a toda a dinâmica desta curta-metragem uma realidade desconhecida como se quem nunca sofreu descriminação pudesse encarar a sua realidade com a daqueles que... sempre o foram.
Assim, e ainda que tentada a normalização pela igualdade... as realidades são francamente bem distintas colocando toda esta obra num limbo não só preocupante como até relativamente perigoso pela mensagem que pode - em diversos momentos - não ser bem compreendida, mesmo com as interpretações descontraídas dos seus actores ou (eventualmente) pelo objectivo do realizador (?) em tranquilizar o seu público afirmando que todos somos iguais independentemente do género ou sexualidade... mas, conhecendo bem o espectador a sociedade em que vive... será que essa mensagem passa tranquilamente... ou o "h" num universo que passou pelas amarguras da descriminação não estará... "a mais"?
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