sexta-feira, 17 de maio de 2019

Amsterdam (2017)

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Amsterdam de Sam Langshaw (Austrália) revisita, em formato curto, uma tradicional história onde duas aparentes almas perdidas e rendidas à solidão encontram (finalmente) a sua "outra metade" num inesperada momento de despedida.
Matt (Luke Baweja) está solitário na festa de despedida de Jess (Claudia Coy). Mas, inesperadamente, ela resolve marcar um encontro entre ele e Joe (Thomas Crotty). Mas o que Matt não espera é que nesta festa de despedida poderá também ter de dizer adeus a alguém com quem se vê partilhar a vida.
A típica história pós-adolescente onde quando um dos intervenientes já não crê ser digno de receber amor de ninguém estando, ao mesmo tempo, numa encruzilhada de uma vida que pode transformar-se a qualquer instante. Esta curta-metragem de Langshaw que também assina o argumento, apenas revela ao espectador uma história que se assume como uma reflexão num momento de impasse... a despedida de uma amiga de toda uma vida (que o será ou não) enquanto se equaciona como preencher a lacuna que então se apresentar... O aceitar um novo desafio sem ter ao lado alguém com quem partilhar desabafos e pelo meio, conhecer alguém que poderá ser "o tal" sem, no entanto, ter energia para lutar por esse novo alguém com quem se desejar ter a oportunidade de construir algo mais. Aqui impõe-se ainda a reflexão sobre a hipótese de estar "o outro" disponível para as mesmas questões desafiantes que "Matt" se coloca sobre o amor... sobre a (in)capacidade de poder amar ou não e saber se há correspondência que possa valer o esforço de um sacrifício de descoberta que possibilite o acaso do "acontecer".
Num registo muito teen, Amsterdam tenta celebrar as hipóteses e as oportunidades. O amor e as suas consequências... a capacidade de estar disponível para o "acontecer" de algo que poderá ser positivo. As oportunidades de novos rumos originadas pelo acaso e pela sorte. Ainda a oportunidade de poder reconhecer o interesse do "outro" em "mim" e sobretudo a capacidade de não voltar a cara pensando que o que surge é bom demais para ser verdade.
No seio de todo um conjunto de lugares comuns que roçam a comédia, o romance e a história de amor por cumprir, esta Amsterdam não é uma história que o espectador possa considerar nova ou original... é apenas mais uma história que ousa a representatividade mas que, há semelhança de tantas outras, acaba por ter as mesmas linhas de condução que tantas e tantas outras histórias do género. Bem disposta e com um par protagonista convincente nas suas breves interacções, Amsterdam é apenas o celebrar da potencialidade de "mais uma" história de amor ou, pelo menos, da sua eventual possibilidade.
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5 / 10
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