terça-feira, 12 de outubro de 2010

Love Happens (2009)

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Amor por Acaso de Brandon Camp é uma muito morna comédia dramática que tem Jennifer Aniston e Aaron Eckhart nos principais papéis e um Martin Sheen algo desgastado como secundário.
Burke (Eckhart) é um escritor de livros de auto-ajuda que passa o seu tempo em promoção da sua recente obra e que numa conferência conhece Eloise (Aniston) por quem começa a nutir algum interesse. No entanto, como nem tudo pode ser perfeito, aquilo que vem de facto a descobrir é que ele próprio ainda não se confrontou de facto com a morte da sua mulher, algo que o impede de avançar na sua vida pessoal.
Anteriormente chamei a este filme de uma "muito morna comédia dramática", e porquê? Simples... Este género de filme é aquele com o qual nós esperamos não só ter alguns momentos de sorrisos discretos como também apelar ao nosso lado mais sentimental. É regra digamos que essencial para que funcione na perfeição.
Infelizmente aquilo que aqui temos é um conjunto de boas intenções que, na prática, não se chegam a concretizar. Resumindo... Temos as interpretações principais de Jennifer Aniston e Aaron Eckhart que são mais do que básicas e pouco convincentes. Aniston está igual a si própria naquele que é, de longe, um registo que já está mais do que gasto pela própria actriz. Aqui o que temos é uma actriz que possivelmente precisava de uns cobres e então lá resolveu fazer este filme, atirar uns quantos diálogos em frente a uma câmara e pronto... "passem para cá o cheque". O seu papel simplesmente não funciona e não consegue ser em nada credível.
Quando a Eckhart segue quase o mesmo comentário. Apesar do seu papel conseguir ser um tanto ou quanto mais consistente do que o de Aniston, não deixa no entanto de ser um conjunto de vontades que não chegam a ser concretizadas na prática. Isto é, tem o potencial para se tornar um papel romântico/dramático mas no fundo acaba por ser tornar mais aborrecido e sem graça do que propriamente cumprir aquilo que de certa forma "promete".
Tudo isto culmina com a prestação final de Martin Sheen na última palestra de apresentação do livro em que um momento supostamente dramático e revelador acaba com uma extensa ovação de pé e em gargalhadas que são totalmente despropositadas e até de certa forma absurdas.
O argumento de Mike Thompson e do próprio Brandon Camp até tem alguns tópicos interessantes e tem potencial para resultar num filme dramático agradável, mas a forma como é filmado e representado acaba por deitar por terra todas as boas intenções que poderiam eventualmente existir.
Genericamente o filme é fraco e alimenta-se apenas das tais boas intenções que acabam por não resultar e que em vez de nos interessar a nós como espectadores, resultam sim no oposto tornando-se aborrecido e damos por nós a desejar que termine rapidamente.
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4 / 10
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