I Am Alive Thanks to Aristides de Sousa Mendes de Priscilla Fontoura é uma curta-metragem documental que me prendeu a atenção de imediato na medida em que a sua história se prende com aquele que é na minha opinião um dos nomes maiores da nossa História e a quem é ainda devida uma franca e sentida homenagem por parte do Estado.
Como referência que tomo para mim, qualquer filme que dedique a sua atenção à obra deste que é sim um herói português, foi para mim uma urgente necessidade entrar em contacto com a realizadora e saber como poderia ver este documentário.
Uma vez recebido o mesmo foi de imediato que o vi e que vivi um misto de alegria e tristeza sobre aquilo que ele me transmitiu. A alegria, tal como já referi, por saber que continuam a existir pessoas que sentem uma necessidade e vontade constantes de não deixar a sua obra, e principalmente a sua memória, serem entregues ao mesmo processo a que Aristides de Sousa Mendes o foi em vida... ao esquecimento. Pelo contrário, aqui sente-se pelas palavras dos vários intervenientes que todos têm uma sentida urgência de manter presente e viva a imagem de um Homem Bom, principalmente nos dias que correm considerando que existe uma total ausência de referências positivas de modelos de Humanidade nesta Europa que aos poucos parece desintegrar-se e entregar-se a caminhos pouco claros onde o obscurantismo e as trevas parecem ameaças a todas as esquinas.
No entanto, se existe uma alegria que conforta aqueles que seguiram de uma ou outra forma a vida e a acção deste Homem, não deixa também de se sentir uma profunda tristeza e consternação quando olhamos para aquilo que hoje resta da sua casa e encontramos algo que se encontra em ruínas e longe da dignificação que lhe poderia, e deveria, ser concedido enquanto um Museu que celebrasse os seus actos e fomentasse um diálogo entre culturas e povos de forma a que se mantivesse viva a sua acção naquele que foi o seu mais íntimo e pessoal espaço... o seu lar. Ao mesmo tempo esta tristeza propaga-se quando continuamos a perceber que o Estado Português, o mesmo que vive num limbo entre a reabilitação da imagem e do nome de Sousa Mendes e o esquecimento do mesmo, se mantém ausente da protecção deste património que deveria ser não só instaurado como divulgado.
Com estreia norte-americana prevista para o próximo dia 1 de Março, I Am Alive Thanks to Aristides de Sousa Mendes é um documentário em formato de curta-metragem que conseguiu ser elaborado graças a crowdfunding e que, espero, seja uma porta de entrada para um potencial trabalho mais exaustivo e igualmente dignificante que a sua realizadora aqui tão bem começou. Que aproxime esta vida e esta obra das novas gerações para uma maior sensibilização dos valores da dignidade humana e que consiga tornar-se uma referência para todos numa altura que, tal como o próprio neto de Sousa Mendes diz, nos encontramos sem qualquer tipo de referências para aquilo que tanto nos falta... Humanidade.
Como referência que tomo para mim, qualquer filme que dedique a sua atenção à obra deste que é sim um herói português, foi para mim uma urgente necessidade entrar em contacto com a realizadora e saber como poderia ver este documentário.
Uma vez recebido o mesmo foi de imediato que o vi e que vivi um misto de alegria e tristeza sobre aquilo que ele me transmitiu. A alegria, tal como já referi, por saber que continuam a existir pessoas que sentem uma necessidade e vontade constantes de não deixar a sua obra, e principalmente a sua memória, serem entregues ao mesmo processo a que Aristides de Sousa Mendes o foi em vida... ao esquecimento. Pelo contrário, aqui sente-se pelas palavras dos vários intervenientes que todos têm uma sentida urgência de manter presente e viva a imagem de um Homem Bom, principalmente nos dias que correm considerando que existe uma total ausência de referências positivas de modelos de Humanidade nesta Europa que aos poucos parece desintegrar-se e entregar-se a caminhos pouco claros onde o obscurantismo e as trevas parecem ameaças a todas as esquinas.
No entanto, se existe uma alegria que conforta aqueles que seguiram de uma ou outra forma a vida e a acção deste Homem, não deixa também de se sentir uma profunda tristeza e consternação quando olhamos para aquilo que hoje resta da sua casa e encontramos algo que se encontra em ruínas e longe da dignificação que lhe poderia, e deveria, ser concedido enquanto um Museu que celebrasse os seus actos e fomentasse um diálogo entre culturas e povos de forma a que se mantivesse viva a sua acção naquele que foi o seu mais íntimo e pessoal espaço... o seu lar. Ao mesmo tempo esta tristeza propaga-se quando continuamos a perceber que o Estado Português, o mesmo que vive num limbo entre a reabilitação da imagem e do nome de Sousa Mendes e o esquecimento do mesmo, se mantém ausente da protecção deste património que deveria ser não só instaurado como divulgado.
Com estreia norte-americana prevista para o próximo dia 1 de Março, I Am Alive Thanks to Aristides de Sousa Mendes é um documentário em formato de curta-metragem que conseguiu ser elaborado graças a crowdfunding e que, espero, seja uma porta de entrada para um potencial trabalho mais exaustivo e igualmente dignificante que a sua realizadora aqui tão bem começou. Que aproxime esta vida e esta obra das novas gerações para uma maior sensibilização dos valores da dignidade humana e que consiga tornar-se uma referência para todos numa altura que, tal como o próprio neto de Sousa Mendes diz, nos encontramos sem qualquer tipo de referências para aquilo que tanto nos falta... Humanidade.
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