domingo, 30 de março de 2014

Jameson Empire Awards 2014: os vencedores

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Filme: Gravity, de Alfonso Cuarón
Filme Britânico: The World's End, de Edgar Wright
Comédia: Alan Partridge: Alpha Papa, de Declan Lowney
Filme de Ficção Científica / Fantasia: The Hobbit: The Desolation of Smaug, de Peter Jackson
Filme de Terror: The Conjuring, de James Wan
Thriller: The Hunger Games: Catching Fire, de Francis Lawrence
Actor: James McAvoy, Filth
Actriz: Emma Thompson, Saving Mr. Banks
Actor Secundário: Michael Fassbender, 12 Years a Slave
Actriz Secundária: Sally Hawkins, Blue Jasmine
Revelação Masculina: Aidan Turner, The Hobbit: The Desolation Of Smaug
Revelação Feminina: Margot Robbie, The Wolf Of Wall Street
Realizador: Alfonso Cuarón, Gravity
Done in 60 Seconds: There Will Be Blood, de David Smith
Empire Inspiration: Paul Greengrass
Empire Icon: Hugh Jackman
Empire Hero: Simon Pegg
Empire 25th Award - The Action Hero of Our Lifetime: Arnold Schwarzenegger
Empire The Legend Of Our Lifetime: Tom Cruise
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Kate O'Mara

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1939 - 2014
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sábado, 29 de março de 2014

Cinéma du Réel - Festival International de Films Documentaires 2014: os vencedores

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Grand Prix 36e Cinéma du Réel: Iranien, de Mehran Tamadon
Prix International de la SCAM: Examen d'État, de Dieudo Hamadi
Prix de l'Institut Français - Louis Marcorelles: Kamen - Les Pierres, de Florence Lazar
Prix de l'Institut Français - Louis Marcorelles - Menção Especial: Hautes Terres, de Marie-Pierre Brêtas
Prix Joris Ivens: Il Segreto, de Cyop&Kaf
Prix du Court Métrage: Metáfora ou a Tristeza Virada do Avesso, de Catarina Vasconcelos
Prix du Court Métrage - Menção Especial: Belva Nera, de Alessio Rigo de Righi e Matteo Zoppis
Prix des Détenus du Centre Pénitentiaire de Fresnes: Espace, de Éléonor Gilbert e Belva Nera, de Alessio Rigo de Righi e Matteo Zoppis
Prix des Jeunes - Cinéma du Réel: The Stone River, de Giovanni Donfrancesco
Prix des Jeunes - Cinéma du Réel - Menção Especial: Il Segreto, de Cyop&Kaf
Prix des Bibliothèques: He Bû Tune Bû, de Kazim Öz
Prix des Bibliothèques - Menção Especial: Hams al Moodun, de Kasim Abid
Prix du Patrimoine de l'Immatériel: Le Rappel des Oiseaux, de Stéphane Batut
Prix des Éditeurs / Potemkine: Examen d'État, de Dieudo Hamadi
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La Dérade (2011)

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La Dérade de Pascal Latil, também autor do argumento, é uma curta-metragem francesa de ficção que nos conta a história de Simon (Yoann Moëss) e François (Adrien Strasiulis), dois namorados separados por uma trágica fatalidade mas que, ao mesmo tempo, constitui a maior prova de amor que poderiam ter.
Simon tem de realizar um transplante de coração e, sem saber, recebe o de François, o seu namorado que falecera vítima de um acidente de automóvel.
Ao mesmo tempo que descobrimos a fatalidade de um e a possibilidade de vida do outro que o espectador é confrontado com uma dinâmica entre as duas personagens que, na realidade, mais não é do que uma sentida despedida entre dois amantes que jamais poderão conviver corpo a corpo sendo que, no entanto, será impossível negar que as suas vidas ficarão para sempre unidas.
Pascal Latil entrega ao espectador uma curta-metragem que o deixa divido sobre aquilo a que assiste, ou seja, tanto sente que se encontra perante o flashback de uma relação que já terminou como, ao mesmo tempo, permanece a dúvida se "Simon" e "Fraçois" não se encontram ainda numa harmoniosa convivência que está apenas assombrada pelo estado de saúde do primeiro. É então aos poucos que a história nos revela a trágica realidade do que acontecera a cada um e ainda que fisicamente separados estão unidos não só pelo amor que sentiram em vida como também pelo coração, o símbolo do amor.
Ainda que La Dérade divague um pouco por um universo de simbologia acentuado pelas memórias de um sobrevivente, esta curta-metragem não deixa de manter vivo algum mistério e sugestão que contribuem para o misticismo da história e para a sua trágica conclusão que deixa o espectador em suspenso, muito também fruto das sentidas interpretações de Moëss e Strasiulis que apenas revelam o seu amor e não os seus destinos. Potencial para uma longa-metragem que nos revelasse mais do passado de cada um mas... seria isso mesmo necessário?!
Deixo ainda uma interessante referência à direcção de fotografia de Guillaume Duchemin que mantém todo o espaço onde a acção decorre, uma praia, como se de um purgatório se tratasse... o único local onde as duas almas se poderiam encontrar e expiar os sentimentos nutridos em comum.
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7 / 10
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Quesito Prohibido (2014)

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Quesito Prohibido de Roberto Carretón é uma curta-metragem espanhola de comédia que nos apresenta dois casais amigos; Jaime (Manuel Galea) e Elena (Laura Carmo) e ainda Mario (Guillermo Pardo Gil) e Susi (Eider Elorza) que se encontram em casa enquanto se divertem com um jogo.
Aquilo que inicialmente parece uma agradável noite entre amigos rapidamente cai num clima tenso e problemático quando Jaime e Susi revelam ter os seus próprios segredos.
Não sendo uma curta-metragem de referência, Quesito Prohibido não deixa de ser uma comédia simpática que consegue cumprir o seu propósito e fazer o espectador sorrir com o inesperado twist final ainda que pareça retorcido demais para uma comédia de situação.
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6 / 10
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sexta-feira, 28 de março de 2014

The Attack (2012)

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O Atentado de Ziad Doueiri foi o filme da sessão de abertura da segunda edição do Judaica - Mostra de Cinema e Cultura a decorrer no Cinema São Jorge, em Lisboa até ao próximo domingo e que nos conta uma invulgar história de amor e traição no seio de um casal palestiniano a viver em Israel.
Amin Jaafari (Ali Suliman) é um proeminente médico cirurgião palestiniano a residir em Tel Aviv e um dos nomes mais destacados na sua área tendo recebido um dos mais prestigiados prémios a atribuir à sua classe. Com uma vida aparentemente estável e de destaque numa sociedade que lhe seria à partida hostil, Amin tem ainda o casamento perfeito com Siham (Reymond Amsalem), uma mulher proveniente de boas famílias, constituindo-se assim uma referência para todos.
Um dia uma bomba explode na cidade causando um elevado número de mortes, incluindo várias crianças, e é a partir deste momento que Amin vê todas as suas crenças sociais como principalmente as familiares postas em causa não sabendo em quem ou no quê confiar ou até que ponto será realmente a sua existência assim tão "perfeita".
O argumento da autoria de Doueiri e de Joelle Touma com base no romance homónimo de Yasmina Khadra toca em vários aspectos interessantes nomeadamente a relação que este casal "Amin" e "Siham" tem não só entre si como também para com a sociedade que os acolheu e lhes garantiu um nível de vida acima da média. Entre os dois e no seio da sua vida privada sente-se através dos relatos de "Amin" que a sua vida, ainda que financeira e socialmente estável, é assombrada por um fantasma omnipresente ao contatarmos que a única conversa que existe sobre a falta e o desejo de um filho é uma das mais marcantes e sentidas que o casal tem. Melhor, é um monólogo interpretado por "Amin" que obtém como "resposta" um silêncio cortante de "Siham" que por entre lágrimas revela ao espectador o seu desejo mas cautela em trazer um filho ao mundo para uma sociedade onde, no fundo, esta não se sente livre ou respeitada. É este sentimento recalcado que aos poucos sentimos e percebemos que irão determinar os seus comportamentos num futuro que já conhecemos.
Finalmente, e de certa forma relacionado com este anterior aspecto, se por um lado "Amin" sente que é um privilegiado enquanto palestiniano numa sociedade israelita pois teve direito a uma educação de topo, amigos influentes na sociedade bem como um conjunto de regalias e prémios que o destacam como um dos melhores, não é menos verdade que todo este conforto é desprezado em silêncio por "Siham" que vive como uma privilegiada sim, mas alguém que tem de também silenciosamente renegar às suas origens e ao povo no qual se insere. É quando a fatalidade e a tragédia ensombram o bom nome de "Amin" que este descobre afinal quem realmente teve do seu lado, quem perdeu e que na prática apesar de ser considerado um dos "melhores", mais não é então do que um dos "do outro lado" ao constatar que é também sobre si que recaem as suspeitas de algo que desconhecia.
É então no seio destes dilemas que o espectador é também colocado. Será impossível sob qualquer perspectiva que seja justificar ou desculpabilizar qualquer acto de violência que seja cometido mais ainda quando estes o são sob as gerações do "amanhã" (não esquecer que a maioria das vítimas mortais deste atentado terrorista são crianças), no entanto somos também confrontados com a perspectiva de "Siham" que se sente impedida de ser mãe num mundo em que o seu filho seria, na sua opinião, considerado um cidadão que não poderia celebrar livremente a sua língua e a sua cultura ou mesmo as suas raízes numa sociedade que, em segredo, considerava opressora mesmo que lhe tenha proporcionado todas as regalias que sentia enquanto cidadã. Era então sob esta violência que "Siham" se sentiu obrigado a penalizar levando-a a cometer este acto bárbaro sobre aqueles que seriam os filhos de "amanhã".
Ao mesmo tempo Doueiri e Touma colocam-nos ainda uma segunda questão quando somos levados a questionar o dogma que nos é imposto a respeito destes acontecimentos, ou seja, serão apenas aqueles que pertencem a classes socialmente desprivilegiadas que cometem actos limites à sua condição na medida em que já nada têm a perder ou, por sua vez, também aqueles oriundos de classes abastadas e socialmente destacadas que também podem enveredar, ainda que no mais absoluto silêncio, por caminhos extremistas e devido à sua condição social, mais difíceis de "justificar"?
Ali Suliman e a sua composição enquanto "Amin", o homem ilusoriamente feliz e socialmente promissor que sente todo o seu mundo destruído quando se depara com a morte da sua mulher é assumidamente a força motora de todo este filme. Não só pela sua composição calma de um homem palestiniano que foge ao tradicional retrato de alguém marginal à sociedade (felizmente um estereótipo que é derrubado), como também pelo facto de com o evoluir da sua personagem nos mostrar aquilo que cedo esperamos ver... afinal, quem é agora este homem que se afastou de uma vida marginalizada tornando-se proeminente na sociedade mas que, graças ao acto bárbaro da sua mulher, é agora um pária em ambas as sociedades... evoluído demais para o meio de onde provém mas um terrorista por associação na sociedade que até então o acolhera?!
Destaque ainda para a música original da autoria de Éric Neveux que nos transporta não só para um ambiente emotivo e familiar como ao mesmo tempo mistura os acordes rítmicos do Médio Oriente transformando assim um filme de uma realidade assustadora num espaço que queremos conhecer e que assumem nos momentos exactos a mistura certa para equilibrar a história como os sentimentos que a sua personagem principal pretende transmitir ao espectador.
The Attack (O Atentado) é assim o filme perfeito para a abertura desta mostra de cinema que chega à capital bem como se transforma na peça ideal para reflectir sobre uma história assustadoramente real e presente e que nos obriga a pensar sem que com isso se teçam julgamentos mas sim condenar a violência... seja qual fôr a sua proveniência.
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8 / 10
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quinta-feira, 27 de março de 2014

Abrazo en un Terremoto (2014)

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Abrazo en un Terremoto de Ricardo Bajo Gaviño é uma curta-metragem espanhola que nos relata o encontro ocasional entre Eduardo (Fernando Gil) e Marta (Alejandra Cid) aquando da visita desta à livraria onde ele trabalha, eles que haviam sido amigos nos seus tempos de juventude e entre os quais se denota ter existido uma paixoneta de Verão.
A questão que então se coloca é se existirá ou não espaço para retomar o amor que aparentemente não se confirmou mais cedo nas suas vidas.
Bajo Gaviño e Rita Sánchez assinam este argumento que pela simplicidade da sua mensagem e pela dedicação que os actores a transmitem no ecrã consegue cativar o espectador a seguir este amor renascido mas tímido. Renascido pois sentimos e percebemos que algo existiu, ou esteve para existir entre ambos, e tímido porque apesar de estar presente nenhum o quer confirmar pelo receio que um potencial compromisso não correspondido lhes poderá provocar.
Fernando Gil e Alejandra Cid têm momentos em que se denota uma cumplicidade silenciosa mas que não é plenamente desenvolvida graças ao escasso tempo de duração desta curta-metragem e que é, essencialmente, o único factor menos positivo de todo o trabalho. O espectador necessita que estas duas personagens consigam ter mais uns minutos de tempo para que possa acompanhar não a confirmação da sua química mas pequenos apontamentos que nos demonstrem mais as suas inseguranças e receios, o mesmo acontecendo com "Fermin", a simpática personagem interpretada por Luís Santiago enquanto o dono da livraria onde "Eduardo" trabalha e que está prestes a encerrar as suas portas.
Assim, e na sua essência, o argumento de Abrazo en un Terremoto reflecte sobre o depois de uma primavera da vida cheia de ilusões e paixões veranis onde tudo parece lindo e eterno sendo que, no entanto, chega aquele momento de outono onde tudo parece ter de ser conformado com as realidades mais ou menos duras da vida e onde todos já receiam poder arriscar ainda que o risco possa ser portador de boas notícias e sentimentos que nunca se experimentaram.
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7 / 10
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Gopo - Prémios da Academia Romena de Cinema 2014: os vencedores

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Filme: Pozitia Copilului, de Calin Peter Netzer
Realizador: Calin Peter Netzer, Pozitia Copilului
Actor: Victor Rebengiuc, Câinele Japonez
Actriz: Luminita Gheorghiu, Pozitia Copilului
Actor Secundário: Vlad Ivanov, Pozitia Copilului
Actriz Secundária: Ilinca Goia, Pozitia Copilului
Argumento: Calin Peter Netzer e Razvan Radulescu, Pozitia Copilului
Fotografia: Oleg Mutu, La Limita de Jos a Cerului
Prémio RSC - Sociedade Romena de Fotografia: Radu Aldea, Miss Christina
Música Original: Jon Wygens, Miss Christina
Montagem: Dana Lucretia Bunescu, Pozitia Copilului
Direcção Artística: Cristian Niculescu, Domestic
Guarda-Roupa: Maria Miu, Miss Christina
Som: Dana Lucretia Bunescu, Cristian Tarnovetchi e Cristinel Sirli, Pozitia Copilului
Caracterização: Cristina Temelie e Nastasia Mateiu, Miss Christina
Primeira Obra: La Limita de Jos a Cerului, de Igor Cobileanski
Documentário Longa-Metragem: The Bucharest Experiment, de Tom Wilson
Documentário Curta-Metragem: Vibratia, de Germain Kanda
Curta-Metragem de Ficção: O Umbra de Nor, de Radu Jude
Prémio Revelação: Tudor Panduru, Brigada Neagra (fotografia)
Prémio Pro Cinema: Marian Crisan
Filme Europeu: Amour, de Michael Haneke (Áustria)
Prémio do Público: Pozitia Copilului, de Calin Peter Netzer
Prémio Carreira: Nicolae Margineanu, Radu Beligan e Elena Ciocan
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Shortcutz Xpress Viseu - Sessão #22

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O Shortcutz Xpress Viseu está de volta para a sua Sessão #22 com um interessante e variado programa que irá decorrer a partir das 21.30h do dia 28 de março, no número 18 da Rua Senhora da Boa Morte, que estará incluída na programação da Sexta-Feira NEGRA.
Como é habitual serão duas as curtas-metragens em competição no respectivo segmento sendo elas Bílis Negra, de Nuno Sá Pessoa que estará presente juntamente como o actor João Craveiro, e Hair, de João Seiça que envia um vídeo de apresentação.
Também de João Seiça será exibida a curta-metragem The Day That Never Came (Cinnamon Chasers) e como curtas convidadas serão ainda exibidas Killing a Dead Man, de Steffen Cornelius Tralles (Alemanha) e Dead, de Joe Bichard (Inglaterra).
O programa da Sexta-Feira Negra inclui ainda por um preço total de 5€ acesso aos seguintes programas: pelas 18.30h - inauguração de exposição de fotografia de Rosário Pinheiro com ambiente sonoro de César Zembla, pelas 23 horas o concerto de 'Phantom Love' e finalmente pela meia-noite o ambiente começa com o DJset de Afonso Macedo.
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terça-feira, 25 de março de 2014

IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema Independente 2014: participação portuguesa

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O IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema Independente de Lisboa divulgou a participação portuguesa para a edição deste ano a decorrer entre 24 de Abril e 4 de Maio na Culturgest, no Cinema São Jorge, Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema e no Cinema City Campo Pequeno.
Assim nas diversas secções do festival teremos um conjunto de longas e curtas-metragens na sua maioria ainda desconhecidas do público nacional e que se tomam como alguns dos filmes mais esperados do ano como é, por exemplo, o caso das obras 3x3D, de Edgar Pêra, Peter Greenaway e Jean-Luc Godard e Centro Histórico, de Pedro Costa, Manoel de Oliveira, Victor Erice e Aki Kaurismäki, presentes na secção Capital Europeia da Cultura - Guimarães 2012.
Na Competição Nacional - Longas Metragens, irão estar presentes as obras O Novo Testamento de Jesus Cristo segundo João, de Joaquim Pinto e Nuno Leonel, Alentejo, Alentejo, de Sérgio Tréfaut, Revolução Industrial, de Tiago Hespanha e Frederico Lobo e Tales on Blindness, de Cláudia Alves.
Já a secção da Competição Portuguesa - Curtas Metragens integra uma selecção diversa que demonstra a importância da mesma no panorama cinematográfico português e que inclui um conjunto de realizadores já estabelecidos na longa-metragem nomeadamente Cinzas e Brasas, de Manuel Mozos, Jewels, de Sandro Aguilar e Coro dos Amantes, de Tiago Guedes aos quais se juntam Antero, de Ico Costa, Boa noite Cinderela, de Carlos Conceição, Daddies, de António da Silva, Ennui Ennui, de Gabriel Abrantes, Ponto Morto, de André Godinho e Varadouro, de Paulo Abreu e João da Ponte, e ainda um conjunto representativo de novos talentos como A Caça Revoluções, de Margarida Rego, As Figuras Gravadas na Faca pela Seiva das Bananeiras, de Joana Pimenta, As Rosas Brancas, de Diogo Costa Amarante, Coisa de Alguém, de Susanne Malorny, Implausible Things, de Rita Macedo, Le Petit Prince au Pays qui Défile, de Carina Freire, Retrato, de Vasco Araújo e Square Dance, Los Angeles County, California, 2013, de Sílvia das Fadas.
A secção Novíssimos revela a longa metragem O Primeiro Verão, de Adriano Mendes e no formato de curta-metragem serão apresentados os filmes A Minha Idade, de Hugo Pedro, Alda, de Filipe Fonseca, Ana Cardoso, Luís Cataló e Liliana Sobreiro, É Consideravelmente Admirável da Tua Parte que Ainda Penses em Mim como se Aqui Estivesse, de André Mendes e Andreia Neves, Em Cada Lar Perfeito Um Coração Desfeito, de Joana Linda, Escala, de Fábio Penela, Gata Má, de Eva Mendes, Joana de Rosa e Sara Augusto, Meio Corte, de Nicolai Nekh, O Silêncio Entre Duas Canções, de Mónica Lima, Sisters, de Pedro Lucas, Tudo Vai sem se Dizer, de Rui Esperança e Uma Vida Mais Simples, de Inês Alves.
Na secção Director's Cut estarão presentes as obras Refúgio e Evasão, de Luís Alves de Matos e as curtas metragens, Head, Tail, Rail, de Hugo Olim e Walk in the Flesh, de Filipe Afonso.
IndieMusic celebra os 40 anos da liberdade e, a fazer a ponte com o programa República dos Cravos: 25 de Abril, será exibido o documentário Mudar de Vida: José Mário Branco Vida e Obra, de Nelson Guerreiro e Pedro Fidalgo e True, de Paulo Segadães. Ainda nesta última secção serão exibidos Outra Forma de Luta, de João Pinto Nogueira e Les Grandes Ondes, de Lionel Baier.
Finalmente na secção IndieJúnior serão exibidas Adolfo, de João Carrilho, Fúria, de Diogo Baldaia e Zombies4Kids, de Pedro Santasmarinas.
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domingo, 23 de março de 2014

Leiria Film Fest 2014: os vencedores

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Melhor Curta-Metragem Internacional: El Paraguas de Colores, de Edu Cardoso
Melhor Curta-Metragem Nacional: Uma Noite na Praia, de São José Correia
Melhor Curta-Metragem Leiriense: M, de Joana Bartolomeu
Melhor Realizador: Edu Cardoso, El Paraguas de Colores
Melhor Interpretação: Marc Betriu, Dios por el Cuello
Melhor Argumento: Damián Dionísio, La Mirada Perdida
Melhor Fotografia: Fran Fernández Pardo e Fran Pérez, Walkie Talkie
Melhor Montagem: Carlos Capurro, La Mirada Perdida
Melhor Som: Sergey Tsyss, Second Wind
Prémio do Público: Chico Malha, de Guilherme Gomes e Miguel Reis
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Ciclo de Cinema no Teatro Turim

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A partir de Abril o Teatro Turim, em Lisboa terá o seu ciclo de cinema curto através da iniciativa Bobine Rebellis cujo objectivo é dar a conhecer a qualidade e enorme variedade de cinema de curta-metragem que é feito anualmente em Portugal mas que pela sua ainda aparente falta de distribuição no país nem sempre encontra o local para a sua exibição.
Assim, pelas 21e30h de cada quinta-feira do próximo mês o Teatro Turim terá sessões de curtas-metragens na duração diária de uma hora com a presença de alguns convidados que irão apresentar aquilo que se irá visionar em cada sessão sendo eles Gonçalo M. Tavares, Nuno Galopim, Teresa Tavares e Fernando Alvim.
A programação é a seguinte:
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3 de Abril
Homecoming, de Filipe Coutinho
Embargado, de Leandro Simões
Quando Aprendi a Não Ter Medo da Morte, de Marta Reis Andrade
A Menina com Medo do Escuro, de Marta Reis Andrade
Sementes e Frutos, de Rafael Gonçalves Cardoso
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10 de Abril
O Meu Tio Carlos, de João Gomes
Joelhos de Terra, de Helena Estrela
Maria, de Joana Viegas
À Parte, de Frederico Mesquita
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17 de Abril
Helena Desce a Montanha, de Rúben Gonçalves
Fúria, de Diogo Baldaia
Vicente, de Joana Reis
Pézinho Pezão, de Raquel Santos
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24 de Abril
Chico Malha, de Guilherme Gomes
Contos das Coisas, de Joana Peralta
Why Not Squares Instead of Circles?, de Joana Peralta e Marta Ribeira
As Flores do Mal, de Flávio Gonçalves
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Aspen Shorts Fest 2014 - participação portuguesa

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A curta-metragem documental Primária, de Hugo Pedro foi anunciada como fazendo parte da selecção oficial do Aspen Shorts Fest, nos Estados Unidos.
Primária é uma curta-metragem que nos conta o ritual de passagem de um conjunto de alunos finalistas do quarto ano em período de exames e onde enfrentam uma nova etapa das suas vidas com novos colegas e novos professores, e que já venceu o Córtex - Festival de Curtas-Metragens de Sintra bem como no Lisbon & Estoril Film Festival em 2013 e já este ano aqui no CinEuphoria como uma da melhores curtas-metragens do ano, e que fez a sua estreia comercial juntamente com a longa-metragem Uroki Garmonii, de Emir Baigazin.
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Monstra - Festival de Animação de Lisboa 2014: os vencedores

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Competição Longas-Metragens
Prémio RTP - Melhor Longa-Metragem Monstra 2014: O Menino e o Mundo, de Alé Abreu (Brasil)
Prémio Especial do Júri: Cheatin, de Bill Plympton (EUA)
Melhor Filme para Infância e Juventude: Aunt Hilda!, de Jacques-Rémy Girerd e Benoît Chieux (França)
Melhor Banda Sonora: O Menino e o Mundo, de Alê Abreu (Brasil)
Prémio do Público: O Menino e o Mundo, de Alê Abreu (Brasil)
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Competição Curtas-Metragens
Prémio RTP - Melhor Curta-Metragem Monstra 2014: Boles, de Spela Cadez (Eslovénia/Alemanha)
Prémio Especial do Júri: Villa Antropoff, de Kaspar Jancis e Vladimir Leschiov (Estónia)
Melhor Filme Experimental: Lay Bare, de Paul Bush (Reino Unido)
Menções Honrosas: My Mum is an Airplane, de Yulia Aronova (Rússia), Around the Lake, de Noémie Marsily e Cark Roosens (Bélgica) e Choir Tour, de Edmunds Jansons (Letónia)
Prémio do Público: Mademoiselle Kiki et les Montparnos, de Amélie Harrault (França)
Prémio SPA | Vasco Granja: Carrotrope, de Paulo D'Alva (Portugal)
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Competição Estudantes - Júri Sénior
Melhor Curta de Estudantes Internacional: Fishing Meteorites, de Nina Christen e Evelyn Buri (Suíça)
Melhor Curta de Estudantes Portuguesa: The Fan and the Lamp, de Filipe Fonseca (Portugal)
Menções Honrosas: Ab Ovo, de Anita Kwiatkowska (Polónia) e Underneath the Refuge, de Noa Evron (Israel)
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Competição de Estudantes - Júri Júnior
Melhor Curta de Estudantes Internacional: Krake, de Regina Welker (Alemanha)
Melhor Curta de Estudantes Portuguesa: Três Semanas em Dezembro, de Laura Gonçalves (Portugal)
Prémio do Público: Kiosk, de Anete Melece (Suíça)
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Competição Curtíssimas
Melhor Curtíssima: Robbery, de Jan Saska (República Checa)
Melhor Curtíssima Portuguesa: World of Paper, de João Lagido (Portugal)
Menções Honrosas: A Different Perspective, de Chris O'Hara (Irlanda) e Frenki, de Sandin Puce (Alemanha)
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sábado, 22 de março de 2014

Festival Internacional de Cine de Cartagena de Indias 2014: os vencedores

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Competição Oficial Ficção
Melhor Filme: Tierra en la Lengua, de Rubén Mendoza
Prémio Especial do Júri: La Tercera Orilla, de Celina Murga
Melhor Realizador: Alejandro Fernández Almendras, Matar a un Hombre
Melhor Actor: Fernando Bacilio, El Mudo
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Prémio da Crítica Internacional - FIPRESCI
Melhor Filme: Matar a un Hombre, de Alejandro Fernández Almendras
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Prémio Adicional
Prémio Organización Católica Latinoamericana y del Caribe de Comunicación (OCLACC) - Menção Especial: Mateo, de María Gamboa
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Competição Oficial Cine Colombiano
Melhor Filme: Marmato, de Mark Grieco
Prémio Especial do Júri: Mateo, de María Gamboa
Melhor Realizador: Ruben Mendoza, Tierra en la Lengua
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Prémio Adicional
Prémio do Público Club Colombia: Marmato, de Mark Grieco
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Competição Oficial Documental
Melhor Filme: Marmato, de Mark Grieco
Prémio Especial do Júri: E Agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto
Melhor Realizador: Justin Webster, I Will Be Murdered
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Competção Oficial - Curta-Metragem
Melhor Curta-Metragem: Estatuas, de Roberto Fiesco
Prémio Especial do Júri: Pouco Mais de um Mês, de André Novais Oliveira
Melhor Realizador: Manuel Camacho Bustillo, Blackout Capítulo 4 "Una Llamada a Neverland"
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GEMAS
Melhor Filme: Soshite Chichi ni Naru, de Hirokazu Koreeda
Prémio Especial do Júri: Ilo Ilo, de Antony Chen
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Novos Criadores
Melhor Curta-Metragem: Alén, de Natalia Imery (Universidad del Valle)
Segundo Lugar: El Murmullo de la Tierra, de Alejandro Daza (Universidad Nacional)
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sexta-feira, 21 de março de 2014

James Rebhorn

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1948 - 2014
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A Letter from Fred (2013)

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A Letter from Fred de Oceanna Colgan é um documentário em formato de curta-metragem norte-americano que nos conta a simpática e emotiva história de Fred Stobaugh, um homem de 96 anos de idade que participa num concurso de rádio local que tem como finalidade a promoção de um texto para uma canção.
Esta canção que enviou com um ligeiro e honesto sentido de humor tem por detrás a sentida homenagem da dedicação a Lorraine, o seu grande amor, e à altura a sua recentemente falecida esposa com quem partilhou a vida durante 75 anos. Independentemente de não conseguir vencer o concurso, o produtor da Green Shoe Studio - que o promoveu - decidiu dar vida à canção de Fred e torná-la real tendo obtido o título de "Oh Sweet Lorraine" sendo posteriormente transmitda na rádio.
A Letter from Fred é um pequeno mas emotivo documentário com uma mensagem extremamente sentida e pessoal e que dá cor a uma história real que o acaso decidiu imortalizar aos olhos deste homem que viveu o seu único e eterno amor.
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8 / 10
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7ª edição da Festa do Cinema Italiano

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Sob o tema da Família Italiana - La Famiglia, a Festa do Cinema Italiano está de volta a Lisboa para aquela que será a sua sétima edição entre os dias 10 e 18 de Abril no Cinema São Jorge e também na Cinemateca Portuguesa.
Como manda a tradição, a Festa percorrerá depois o país seguindo para as cidades de Coimbra, de 21 a 23 de Abril, no Teatro Académico Gil Vicente, no Porto, de 24 a 27 de Abril, na Casa das Artes, no Funchal, de 8 a 11 de Maio, no Teatro Municipal Baltazar Dias e finalmente em Loulé, de 16 a 18 de Maio, no Cine-Teatro Louletano.
As várias secções da Festa incluem algumas das mais recentes e emblemáticas obras do cinema italiano do último ano bem como a respectiva retrospectiva desta vez a Mario Bava "autor emblemático da história do Cinema Italiano e internacional, em ocasião do centenário do seu nascimento", tal como noticiado pela organização.
O filme da Sessão de Abertura da Festa será Viva la Libertà, de Roberto Andò, filme vencedor de dois David da Academia Italiana de Cinema, Argumento e Actor Secundário para Valerio Mastandrea, e conta ainda com a interpretação protagonista de Toni Servillo e Valeria Bruni Tedeschi. Já o filme da Sessão de Encerramento será Il Capitale Umano, de Paolo Virzi e que conta com as interpretações de Fabrizio Bentivoglio, Valeria Golino, Valeria Bruni Tedeschi, Luigi Lo Cascio e Fabrizio Gifuni, ambos inseridos na Secção Panorama. Secção esta que incluirá algumas obras escolhidas pela qualidade e pela originalidade artística tais como Anni Felici, de Daniele Luchetti, La Sedia della Felicità, de Carlo Mazzacurati, L’Intrepido, de Gianni Amelio, Smetto Quando Voglio, de Sydney Sibilia e Via Castellana Bandiera, de Emma Dante.
A Secção Competitiva que contará com a actriz Rita Blanco, o cantor Camané e a antiga directora da Cinemateca Portuguesa Maria João Seixas como jurados, irá seleccionar qual a longa-metragem receptora do Prémio Canais TVCine de entre L’Arbitro, de Paolo Zucca, La Mafia Uccide Solo d’Estate, de Pif (Pierfrancesco Diliberto), La Mia Classe, de Daniele Gaglianone, La Prima Neve, de Andrea Segre (vencedor da edição de 2013 com o filme Io Sono Li), Salvo, de Fabio Grassadonia e Antonio Piazza, The Special Need, de Carlo Zoratti e Zoran, il Mio Nipote Scemo, de Matteo Oleotto.
Para a Secção Focus, a Festa do Cinema Italiano quis dar atenção a dois dos mais internacionalmente significativos festivais italianos de cinema, nomeadamente o Giffoni Film Festival que irá apresentar as curtas-metragens de animação Lo Smontabull, de Manlio Castagna e Gianvincenzo Nastasi, The Ghost of Canterville, de Manlio Castagna e Ale'Ooh - La Vittoria Più Bella, de Luca Apolito e ainda o Le Giornate del Cinema Muto di Pordenone que irá trazer o filme Too Much Johnson, de Orson Welles.
A já referida homenagem a Mario Bava será inserida na Secção Amarcord onde será exibidos as suas obras La Maschera del Demonio (1960), I Tre Volti della Paura (1963), Sei Donne per l'Assassino (1964), Terrore nello Spazio (1965), Diabolik (1967), Reazione a Catena (1971), La Ragazza che Sapeva Troppo (1963), Cani Arrabbiati (1977) e La Venere d'Ille (1980).
Com a Secção Altre Visione, a Festa do Cinema Italiano pretende dar a conhecer um conjunto de trabalhos dedicados a autores que se destacam pela audácia da sua abordagem estética e ao desenvolvimento de uma poética singular, pelo que este ano os filmes presentes serão Materia Oscura, de Massimo d'Anolfi e Martina Parenti, Noi non Siamo come James Bond, de Mario Balsamo e Oltre il Guado, de Lorenzo Bianchini.
Finalmente a Festa do Cinema Italiano regressa ainda com a Secção Il Corto, onde serão exibidas as curtas-metragens 37º 4S, de Adriano Valerio, Animo Resistente, de Simone Massi, Homo Homini Bisone, de Emanuele Simonelli e Astutillo Smeriglia, La Prima Legge Di Newton, de Piero Messina, Preti Ep.1 Genesi, de Astutillo Smeriglia, Transumanza, de Salvatore Mereu e Zinì e Amì, de Pierluca di Pasquale, algumas delas pré-selecionadas aos David.
As Secções Paralelas à Festa do Cinema Italiano são já tão aguardadas como as próprias sessões de cinema. Na já tradicional noite do Cine-jantar, a Festa do Cinema Italiano propõe o visionamento de um clássico: L'Ultimo Tango a Parigi (O Último Tango em Paris), de Bernardo Bertolucci com Maria Schneider e Marlon Brando numa interpretação que lhe garantiu uma nomeação a Oscar de Melhor Actor. E na Secção Ascolta, teremos a exibição de Indebito, de Andrea Segre (uma presença nesta edição), sendo que o encerramento da Festa irá decorrer no Musicbox a 18 de Abril.
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quinta-feira, 20 de março de 2014

Estranys (2014)

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Estranys de Roger Villarroya é uma curta-metragem espanhola e a mais recente deste jovem e promissor realizador do país vizinho e que aqui volta a centrar a sua história numa dinâmica sentimental à semelhança do que já vinha a acontecer com um dos seus mais emblemáticos filmes, a curta-metragem Morales.
À semelhança do que já apresentara em Morales, Villarroya leva-nos a presenciar uma nova relação afectiva. Se na já referida curta-metragem nos aproxima de um amor pueril e ainda por revelar entre duas crianças dispostas a tudo para encontrar a cor, a amizade e a primeira paixoneta que para sempre os irá marcar, com Estranys (Estranhos) leva-nos a uma relação pós-desencanto onde o súbito afastamento e as palavras que ficaram por dizer marcam presença nas vidas dele (Xavi Sáez) e dela (Cristina Gamiz).
Encontram-se por acaso. Um ano depois de se terem afastado e depois de uma vivência em comum que, pela força das imagens que nos chegam, se percebe ter sido cúmplice, intensa, apaixonada e forte. O choque deste reencontro fá-los ficar com tanto por dizer e o espectador ao assistir às suas memórias percebe que esta relação não terminou apesar de tão pouco ir ser retomada neste instante. Sentimos a sua presença e o seu calor bem como ao turbilhão de sentimentos que aquelas duas vozes ainda (nos) transmitem e que parecem querer ser novamente cúmplices.
Se esta pequena mas intensa descrição que aqui vos deixo não chega vou então deixar mais dois pequenos grandes elementos que definem o poder desta curta-metragem. O primeiro é que não assistimos ao reencontro destes dois ex-amantes. Apenas lhes escutamos a voz enquanto assistimos a um conjunto de imagens do seu passado. O "agora" é algo que nos fica vedado, distante e afastado. Não nos pertence... pertence-lhes. No entanto, tudo aquilo que os dois têm por dizer um ao outro é transmitido ao espectador pela mera força e calor que as suas palavras carregadas de sentimento ainda possuem.
Finalmente, e talvez o mais importante depois deste breve relato, é que tudo isto chega ao espectador através de uns meros trinta segundos. Sim... segundos. Neste tão parco período de tempo o espectador sente um turbilhão de emoções que nos fazem esperar e desejar por mais confirmando não só o talento da interpretação física (das imagens) e oral que os dois actores transmitem, assim como o enorme potencial artístico e criativo que Villarroya tem confirmando ser um dos nomes fortes da filmografia espanhola do presente e para o futuro.
Segurante Estranys é um dos filmes curtos mais fortes e intensos deste ano que ainda há tão pouco tempo começou e ao qual não dou a nota máxima por me ter deixado com vontade de me embrenhar mais nesta história tão dinâmica e apaixonante.
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Art Film Festival 2014: selecção oficial com participação portuguesa

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O filme 15 Bilhões de Fatias de (-t) + Deus, de Cláudio Jordão foi anunciado como um dos seleccionados ao Art Film Festival que irá decorrer em Cannes de 15 a 21 de Maio próximos, aquando da realização do Festival Internacional de Cinema que decorre na Riviera francesa.
O realizador português já premiado no MOTELx com a sua obra Conto do Vento está agora em competição no Art Film Festival, que fora criado em 2008 enquanto uma feira de arte contemporânea dedicada às artes visuais com vídeo tendo depois evoluído para um festival de cinema experimental e onde é atribuído um prémio ao melhor filme em competição.
A selecção oficial na qual se encontra a obra de Cláudio Jordão é a seguinte:
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바람이 지나는 길 (The Path of Wind), de Juim Kim (Coreia do Sul)
م 1 قصة رقم (The Story of Number 1), de Mohamed Hekal (Egipto)
15 Bilhões de Fatias de (-T) + Deus, de Cláudio Jordão (Portugal)
Aenne Comedia, de Hakan Can (Alemanha/Turquia)
Bam, de Won Kang (Coreia do Sul)
Ben, de Kuesti Fraun (Alemanha)
Black Box Recorder, de Meza Abidani (Estados Unidos)
Blind Sein ist Nicht Alles, de André Rinke (Alemanha)
Boundary of Melancholy, de Raya Kim (Coreia do Sul)
Bye-bye star-fizz, de Charline Branger (Bélgica)
Castle of Westerland, de Janja Rakus (Holanda)
Le Coeur des Hommes, de Adrien Marquez Velasco (França)
Coffee, de Pouya Eshtehardi (Malásia)
Donne à Dieu Duras, de Michèle Laverdac (França)
Duotone, de Alexander Isaenko e Yanina Boldyera (Ucrânia(Rússia)
Ert Katss Vukvardi, de Ana Urushadze (Geórgia)
The Fact She Isn’t Dead, de Peter Hastie (Reino Unido)
Final Encore, de Farnaz Jurabchian e Mohammad Reza Jurabchian (Irão)
Fisch in Zwölfeinhalb, de Anna Linke (Alemanha)
Gogga, de Gero Doll (Namíbia)
Hamlet's Hybris - A Remix, de Juha Hansen (Alemanha/Reino Unido)
Humanexus, de Ying-Fang Shen (Estados Unidos)
Kako Sam Ostao Bez Krila, de Ivan Tasić (Sérvia)
Kronos, de Christina Pavesi (Itália)
Lapsus, de Karim Ouaret (França)
The Last Night of Baby Gun, de Jan Eilhardt (Alemanha)
Last of Our Kind, de Reed O'Beirne (Estados Unidos)
The Life of Brians, de Andy Oxley e Joshua Gaunt (Reino Unido)
Lothar, de Luca Zuberbühler (Suíça)
Marilyn, de Chloé Meunier (Reino Unido)
Melancholia, de Juha Hansen (Finlândia/Alemanha)
Mere Itkvian: Khom Geubnebodit, Gijiao, de Amiran Dolidze (Geórgia)
Nature Morte 2, de Franck Lovisolo-Guillard (França)
Nietzsche à Nice, de Isabella Gresser (Alemanha)
(Null), de David Gesslbauer (Alemanha)
Ο Ήλιος κι ο Βοριάς (The Sun and the Wind), de Thanasis Neofotistos (Grécia)
Oltralpe, de Giacomo Bolzani (Itália)
One Day, de David Law (França)
Orange Dreaming, de Evguenia Men (Austrália)
Paleosol 80 South, de Jonathan Doweck e Amir Yatziv (Israel)
Pas az Hefdah sa At, de Babak Habibifar (Irão)
Predestination, de Daniel Bean (Brasil/Estados Unidos)
Que Je Sois Médusée, de Masson Céline (Suíça)
René, de Katia Roessel (França)
Rêve de Zarathurstra, de Rudolf Romero (Holanda)
Ring, de Alexander Isaenko (Ucrânia/Rússia)
Rules Reloaded, de Soda Seidel (Alemanha)
Scene Missing, de Kohei Matsumura (Japão)
The Second Coming, de D. R. Garrett (Estados Unidos)
Shimi, de Kate Maveau (Bélgica)
Som Folger Solen, de Frigge Volander Himmelstrup (Dinamarca)
Svetlo Tomu kto Ljubit, de Julia Kolesnil (Rússia)
Symphony no.3, de Josie De Rycke (Bélgica)
Tengri, de Alisi Telengut (Canadá)
Tropismes, de Elisabeth Silveiro (Bélgica/França)
Variations Skoténographiques, de Christophe Loyer (França)
La Voix d'Arte, de Nicolas Corman (França)
Wasp Waist, de Magda Matwiejew (Austrália)
We Either Meet, de Dabiel Hôpfner (Alemanha)
Wild, de Harry Arling (Holanda)
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In Their Room: Berlin (2011)

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In Their Room: Berlin de Travis Mathews é um documentário centrado nos quartos de um conjunto de homens homossexuais e nos quais estes falam sobre as relações, a intimidade, a vida numa grande cidade neste caso concreto em Berlim ou até mesmo onde os vemos em actos sexuais explícitos desprovidos de qualquer barreira ou tabu.
De uma trilogia que para além de Berlim apresenta o mesmo conteúdo nas cidades de San Francisco e de Londres, In Their Room apresenta-se como um documentário sobre os dilemas da vida um um variado conjunto de homens que partilham única e exclusivamente a sua orientação sexual mas, na prática, mais não é do que um registo quase forçado daquilo que ocorre dentro dos seus quartos.
Exibicionista quanto baste e muito pouco documental sobre aquilo que poderá ser uma vida real, pois afinal poucos ou nenhuns serão aqueles que passam dias e dias sem fim dentro de um único quarto, In Their Room perde-se num deambular exibicionista e pouco documental que o realizador efectua durante pouco mais de uma hora e que na prática mais não é do que um registo pessoal do seu ideal sexual e erótico e com o qual pretende obrigar o espectador a acompanhá-lo nos seus devaneios libidinosos.
Pouco conhecemos dos intervenientes para além da sua necessidade quase extrema de viverem solitários livres de qualquer intimidade cúmplice, no entanto, aqueles que Mathews decide acompanhar mais detalhadamente são exactamente os que declaram abertamente não pretender estabelecer grandes laços de intimidade para além daqueles necessários para a satisfação da sua própria sexualidade momentânea e que satisfazem graças aos mais variados canais virtuais, e que são, esses sim, detalhados com uma precisão algo desnecessária para quem afirma pretender "registar o que acontece na individualidade de cada quarto".
Assim, In Their Room: Berlin, e possivelmente os outros dois documentários que formam a trilogia, mais não é do que um registo exibicionista e de certa forma voyeurista a que o realizador se propôs (e nos propõe), afastando-se de qualquer objectivo documental que revelasse ao espectador um olhar sério sobre as ditas relações, a intimidade, a sexualidade e até mesmo a vida de uma minoria sexual, limitando-se a estabelecer-se no domínio da porno-chachada e de um exibicionismo frio, seco e longe de qualquer sentimento sendo, na sua essência, um "documentário" onde tudo se apresenta mecânico, programa e, acima de tudo, excessivamente despropositado.
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quarta-feira, 19 de março de 2014

Italian Movie Awards 2014: os seleccionados

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Selecção Oficial - Curta-Metragem Europeia
Aquel No Era Yo, de Esteban Crespo (Espanha)
Beach, de Pawel Prewencki (Polónia)
Between Paradise and Hell, de Ibrahim Deari (Macedónia)
De Mim..., de Carlos Melim (Portugal)
Evergreen, de Ifigeneia Kotsoni (Grécia)
Fated, de Blerim Gjoci (Kosovo)
The Girl with the Black Cat, de Todor Pateshanov (Bulgária)
The Little Red Paper Ship, de Aleksandra Zareba (Alemanha)
Luna, de Anthony Robinson (Irlanda)
Mont Blanc, de Gilles Coulier (Bélgica)
Le Murmures de la Terre, de Gerard Sergent (França)
The Outlaw, de Aldi Karaj (Albânia)
Post Scriptum, de Anastasiia Kharamova (Ucrânia)
Rabbit and Deer, de Peter Vacz (Hungria)
Tail's End, de Julian Miller (Reino Unido)
The Way, de Max Ksjonda (Ucrânia)
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terça-feira, 18 de março de 2014

Karl Baumgartner

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1949 - 2014
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segunda-feira, 17 de março de 2014

Oswald Morris

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1915 - 2014
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Piélagos en Corto - Festival Internacional de Cortometrajes de Ficción 2014: selecção oficial

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É com muita satisfação e uma dose pessoal de orgulho que anuncio que fui convidado para ser um dos júris da V edição do Piélagos en Corto - Festival Internacional de Cortometrajes de Ficción que irá decorrer na Cantabria, em Espanha, entre os dias 5 e 10 de Maio próximos, função que irei desempenhar com Enrique Bolado Oceja (Espanha-Cantabria), Yiannis Zachopoulos (Grécia), Wouter Jansen (Holanda) e Ramón Daví (Espanha-Barcelona).
O Piélagos en Corto é essencialmente um festival internacional de curtas-metragens que se divide em quatro categorias especificas sendo elas a Secção Cantabria, dedicada a realizadores oriundos da região espanhola, a Secção Fantástico, dedicada a curtas-metragens do género suspense e terror, a Secção Nacional-Internacional, que reúne obras de diferentes géneros e oriundas de diversos países como Espanha, Coreia do Sul, Itália ou Polónia e finalmente a Secção Social, dedicada a curtas-metragens que têm como principal intuito a difusão e divulgação da sociedade actual tal como a vivemos.
O festival abriu ainda este ano uma nova secção intitulada Puesta de Largo dedicada a obras espanholas em formato de longa-metragem mas que sejam ainda desconhecidas do grande público e de cariz independente, para a qual foram selecionados quatro títulos.
Todas as obras seleccionadas, curtas e longas-metragens são agora enumeradas nas suas respectivas categorias:
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Casting, de Jorge Naranjo
Encontrados en NYC, de Daniel Zarandieta
Pixel Theory, de Mar Delgado, Esaú Dharma, Pablo Vara, David Galán Galindo, Pablo Bullejos, Pepe Macías, Juanjo Ramírez Mascaró, Alberto Carpintero e Daniel Hernández
Your Lost Memories, de Alejandro Marzoa e Miguel Angel Blanca
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Aptitudes, de Nacho Solana
Multiverso, de Nacho Sánchez e Guillermo Sevillano
Por Siempre Jamón, de Ruth Díaz
Slogan, de Álvaro de la Hoz
El Sofá, de Álvaro Oliva
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02:43, de Héctor Rull
Cristales, de Juan Ferro
De Noche y de Pronto, de Arantxa Echevarría
Meeting with Sarah Jessica, de Vicente Villanueva
The Only Man, de Jos Man
La Otra Cena, de Albert Blanch Serrat
No Mires Ahí, de Daniel Romero
Potwor, de Piotr Ryczko
Subterraneo, de Miguel A. Carmona
Timothy, de Marc Martínez Jordán
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24 Horas con Lucia, de Marcos Cabotá
Ban, de Won Kang
Clodette, de Jose Pozo
Democracia, de Borja Cobeaga
En Carne Viva, de Federico Esquerro
Iniciación a la Fotografía, de Nico Aguirre
Mano a Mano, de Ignacio Tatay
Misterio, de Chema García Ibarra
No Tiene Gracia, de Carlos Violadé
Perro, de Lluis Segura
Piove, de Lu Pulici e Francesco Zucchi
Pipas, de Manuela Moreno
Por Siempre Jamón, de Ruth Díaz
Push Up, de David Galán Galindo
Rojo, de Carlos Alejandro Molina
Sájara, de Juanan Martinez
Secretos del Lado Oscuro, de Salva Martos
Sequence, de Josep Prim
You & Me, de Rafa Russo
Zar, de Bartosz Kruhlik
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Baghdad Messi, de Sahim Omar Kalifa
Cuando Todo Pase, de Suso Imbernón
Diego, de Sara Seligman
El Mundo tan Pequeñito, de Emilia Ruiz
Off, de Aimon Ninyerola
Quiero, de Bernat Gual
Remanecer, de Neftalí Vela
Sin Respuesta, de Miguel Parra
Somos Amigos, de Carlos Solano
Un Lugar Mejor, de Moisés Romera Pérez
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L'Wren Scott

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1964 - 2014
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domingo, 16 de março de 2014

Bilas Film Fest 2014: os vencedores

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O Bilas Film Fest - Festival de Cinema de Vila Real, teve a sua primeira edição este fim-de-semana que contou com uma abordagem à temática de "o cinema e os animais" bem como sobre a problemática da protecção dos seus direitos.
De uma selecção oficial em competição na qual se destacaram as curtas-metragens Ermo, de Rafael Calisto, O Vazio Entre Nós, de Miguel Pinho, Déjà Vu, de Joana Reis, Alegria do Lar,  de Ana Isabel Martins, O Segredo Segundo António Botto, de Rita Filipe e Maria Azevedo, Projecto V, de Bernardo Gomes de Almeida, Moon Kissing Mountain Tale, de Bernardo Estevinho, Em Terra Frágil, de Bruno Carnide, Persephone, de João Ribeiro, Dios por el Cuello, de José Trigueiros e Desespero, de Rui Pilão, o júri decidiu atribui um prémio de Melhor Curta-Metragem e ainda uma Menção Honrosa aos seguintes filmes:
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Melhor Curta-Metragem
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Dios por el Cuello, de José Trigueiros
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Menção Honrosa
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Desespero, de Rui Pilão
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sexta-feira, 14 de março de 2014

La Última Lágrima (2013)

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La Última Lágrima de Ezequiel Rossi é uma curta-metragem argentina que nos mostra uma apaixonada relação entre Ele (Mathias Carnaghi) e Ela (Camille Belmont) que rapidamente se transforma no pior momento que esta poderia viver.
Esta curta-metragem torna-se interessante pela forma intensa e apaixonada como começa e transmite a sua mensagem, mas que aos poucos parece estar destinada a correr mal e a ser o primeiro sinal de um fim que se percebe anunciado e pelas fortes interpretações, ainda que desprovidas de diálogos, dos dois actores protagonistas que demonstram uma vez mais que o poder das imagens e das expressões que cada um emana são tão ou mais fortes do que qualquer mera palavra que pudesse ilustrar qualquer sentimento ou vontade.
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7 / 10
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Premios Platino 2014: os nomeados

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Filme Ibero-Americano de Ficção
Heli, de Amat Escalante
La Jaula de Oro, de Diego Quemada-Diéz
Las Brujas de Zugarramurdi, de Álex de la Iglesia
Vivir es Fácil com los Ojos Cerrados, de David Trueba
Wakolda, de Lucía Puenzo
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Realizador
Sebastián Lelio, Gloria
Amat Escalante, Heli

David Trueba, Vivir es Fácil con los Ojos Cerrados
Lucía Puenzo, Wakolda
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Interpretação Masculina
Antonio de la Torre, Caníbal
Víctor Prada, El Limpiador
Eugénio Derbez, No se Aceptan Devoluciones
Ricardo Darín, Tesis Sobre un Homicidio
Javier Cámara, Vivir es Fácil com los Ojos Cerrados
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Interpretação Feminina
Nashla Bogaert, ¿Quién Manda?
Paulina García, Gloria
Marian Álvarez, La Herida

Karen Martinez, La Jaula de Oro
Laura de la Uz, La Película de Ana

Natalis Oreiro, Wakolda
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Argumento
Sebastián Lelio e Gonzalo Maza, Gloria
Daniel Sánchez Arevalo, La Gran Família Española
David Trueba, Vivir es Fácil com los Ojos Cerrados
Lucía Puenzo, Wakolda
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Música Original
Karin Zielinski, El Limpiador
Emilio Kauderer, Futbolín / Metegol
Joan Valent, Las Brujas de Zugarramurdi

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Filme de Animação
Anina, de Alfredo Soderguit
El Secreto del Medallón de Jade, de Leopoldo Aguilar e Rodolfo Guzmán
Futbolín/Metegol, de Juan José Campanella
Justin y la Espada del Valor, de  de Manuel Sicilia
Uma História de Amor e Fúria, de de Luiz Bolognesi

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Documentário
Con la Pata Quebrada, de Diego Galán
Cuates de Austrália, de Everardo Gonzalez
La Eterna Noche de las Doce Lunas, de Priscila Padilla
O Dia que Durou 21 Anos, de Camilo Tavares
Sigo Siendo, de Javier Corcuera
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