Sucio de Romina Peñate e Javier Zapata é uma curta-metragem espanhola interpretada pelos dois realizadores que nos seus breves trinta segundos nos mostra uma intensa relação sexual/amorosa que termina com uma incerteza de se ter ou não concretizado podendo mais não ter sido do que um pensamento dito obsceno de um dos seus potenciais participantes.
Sucio, ou Sujo, é assim o relato daquilo que foi para o seu protagonista um acto impuro quer tenha ele sido de facto ou uma mera imaginação que o deixa, no final, desconfortável por o ter praticado (ou pensado).
É esta dinâmica entre o que será real e o que será imaginado que se insere a potencial justificação da impureza, daquilo que está a necessitar de uma purificação e de como ambos os momentos nela se podem inserir dependendo da perspectiva em que cada espectador se centra e capta das dispersas imagens que viu sendo que, no essencial, percebe que "Ele" (Javier Zapata) tendo ou não "cometido" as sente como algo que se encontra incorrecto ou imperfeito no seu ser, e que demonstra poder ser alvo de uma interessante abordagem a um estudo psicológico num filme de maior duração.
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6 / 10
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