Noiva Precisa-se de José Afonso Pimentel é mais um telefilme da TVI e este sim é caso para dizer... "e que filme". Com as interpretações de José Carlos Pereira e Paula Neves (que se reencontram depois de Anjo Selvagem que os fez tornar no par romântico no já ido início deste século) e ainda Paulo Rocha, Bruno Simões e Ricardo Castro, este telefilme conseguiu mostrar que a produção de cinema para televisão consegue ser bem feita quando se mostram claros sinais de vontade.
Rui (Pereira) está prestes a casar com Nathalie (Carla Salgueiro) e convida os seus amigos de longa data Hugo (Rocha), Catarina (Neves), Alberto (Simões) e Jorge (Castro), para com ele partilharem o dia mais feliz da sua vida. Tudo muito bonito até ao dia em que Nathalie cancela o casamento e Rui fica com os quatro amigos em casa para o ajudarem a resolver a situação.
Estes, não contentes com a ausência da festa, resolvem encontram uma substituta para Rui e assim conseguirem aproveitar uns merecidos dias de férias na sua casa. Como é óbvio, o clima para a confusão está mais do que preparado.
Se a realização de José Afonso Pimentel já está excelente, não só em comparação com os anteriores telefilmes mas também porque este está de facto muito bem feito, o argumento de Henrique Cardoso Dias, Roberto Pereira e Frederico Pombares é do mais divertido que tem passado nos últimos tempos pela televisão. Com os discursos certos para cada momento, as suas personagens crescem a olhos vistos. Cada uma delas devidamente estereótipada, como é necessário para um filme do género, e cada uma delas com o seu devido espaço no filme. Nenhum se atropela e o protegonismo que deveria pertencer a José Carlos Pereira está devidamente repartido para com os quatro secundários que acabam por não o ser tanto assim.
Paulo Rocha assume uma vez mais o papel que já o vem a caracterizar em muitos dos seus trabalhos... o garanhão de serviço que faz tudo para ter a sua noite preenchida com alguém. Bruno Simões é uma vez mais o neurótico de serviço com sérios problemas de contacto físico, à excepção da sua "Nanda" num registo muito próprio e divertido da actriz Ana Lopes, e Ricardo Castro com a sua interpretação de um homem fechado e com sérios problemas sentimentais e de auto-afirmação.
O par protagonista José Carlos Pereira e Paula Neves completa-se. De facto existe uma química interessante entre estes dois actores e eles funcionam muito bem. Os tempos, as falas e os gestos de ambos quase que se complementam e, na falta de um, o outro afirma-se.
Os próprios secundários (aqueles que são mesmo secundários), também não poderiam ter sido melhor escolhidos, Joana Figueira como a senhora do centro de emprego, António Montez e Amélia Videira como os pais de "Rui", ou Carla Salgueiro como a noiva interesseira, todos, sem excepção, estão no seu devido lugar.
Quando comecei a ver este telefilme pensei aquilo que normalmente penso... "ok, mais uma produção da TVI que acabará por falhar de uma ou outra forma". Não poderia estar mais errado. Este (tele)filme superou todas as minhas expectativas. Não por serem baixas (que até eram), mas por conseguir ser realmente um bom filme. Uma comédia que é realmente divertida não só pela sua simplicidade mas também pela descontracção que todos aparentam ter. É essencialmente um filme divertido com actores que descomprometidamente assumem uma naturalidade que muito faz falta neste tipo de produções. Sem lições de moral ou expectativas além do entretenimento, este Noiva Precisa-se assume-se como uma divertida e bem disposta comédia que só perde pelas horas a que passou e pelos complexos que muitos de nós têm para com estas produções da TVI.
Parabéns ao referido canal de televisão e que destes... venham muitos mais.
.Rui (Pereira) está prestes a casar com Nathalie (Carla Salgueiro) e convida os seus amigos de longa data Hugo (Rocha), Catarina (Neves), Alberto (Simões) e Jorge (Castro), para com ele partilharem o dia mais feliz da sua vida. Tudo muito bonito até ao dia em que Nathalie cancela o casamento e Rui fica com os quatro amigos em casa para o ajudarem a resolver a situação.
Estes, não contentes com a ausência da festa, resolvem encontram uma substituta para Rui e assim conseguirem aproveitar uns merecidos dias de férias na sua casa. Como é óbvio, o clima para a confusão está mais do que preparado.
Se a realização de José Afonso Pimentel já está excelente, não só em comparação com os anteriores telefilmes mas também porque este está de facto muito bem feito, o argumento de Henrique Cardoso Dias, Roberto Pereira e Frederico Pombares é do mais divertido que tem passado nos últimos tempos pela televisão. Com os discursos certos para cada momento, as suas personagens crescem a olhos vistos. Cada uma delas devidamente estereótipada, como é necessário para um filme do género, e cada uma delas com o seu devido espaço no filme. Nenhum se atropela e o protegonismo que deveria pertencer a José Carlos Pereira está devidamente repartido para com os quatro secundários que acabam por não o ser tanto assim.
Paulo Rocha assume uma vez mais o papel que já o vem a caracterizar em muitos dos seus trabalhos... o garanhão de serviço que faz tudo para ter a sua noite preenchida com alguém. Bruno Simões é uma vez mais o neurótico de serviço com sérios problemas de contacto físico, à excepção da sua "Nanda" num registo muito próprio e divertido da actriz Ana Lopes, e Ricardo Castro com a sua interpretação de um homem fechado e com sérios problemas sentimentais e de auto-afirmação.
O par protagonista José Carlos Pereira e Paula Neves completa-se. De facto existe uma química interessante entre estes dois actores e eles funcionam muito bem. Os tempos, as falas e os gestos de ambos quase que se complementam e, na falta de um, o outro afirma-se.
Os próprios secundários (aqueles que são mesmo secundários), também não poderiam ter sido melhor escolhidos, Joana Figueira como a senhora do centro de emprego, António Montez e Amélia Videira como os pais de "Rui", ou Carla Salgueiro como a noiva interesseira, todos, sem excepção, estão no seu devido lugar.
Quando comecei a ver este telefilme pensei aquilo que normalmente penso... "ok, mais uma produção da TVI que acabará por falhar de uma ou outra forma". Não poderia estar mais errado. Este (tele)filme superou todas as minhas expectativas. Não por serem baixas (que até eram), mas por conseguir ser realmente um bom filme. Uma comédia que é realmente divertida não só pela sua simplicidade mas também pela descontracção que todos aparentam ter. É essencialmente um filme divertido com actores que descomprometidamente assumem uma naturalidade que muito faz falta neste tipo de produções. Sem lições de moral ou expectativas além do entretenimento, este Noiva Precisa-se assume-se como uma divertida e bem disposta comédia que só perde pelas horas a que passou e pelos complexos que muitos de nós têm para com estas produções da TVI.
Parabéns ao referido canal de televisão e que destes... venham muitos mais.
9 / 10
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