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Encontros Fatídicos de Brian Gilbert é um interessante thriller com a interpretação de Christina Ricci centrado numa localidade do interior de Inglaterra.
Cassie (Ricci) é uma jovem que vagueia aparentemente sem rumo pelo interior rural de Inglaterra. Depois de um atropelamento acidental e da sua perda de memória, Cassie fica em casa de uma simpática família e estabelece uma estranha relação com o filho do casal que parece viver os seus próprios pesadelos que ninguém consegue decifrar... além dela própria.
Numa corrida contra o tempo e contra a própria sobrevivência da vila em que se encontra, Cassie tenta salvar a vida do jovem de um final trágico e conseguir finalmente perceber quem ela é e qual a sua missão.
Sem revelar nada do argumento deste filme, afirmo que a sua base é francamente original. A possibilidade que as suas personagens centrais têm de criar uma história tão desafiante como a própria História, é imensa. E ninguém poderia ter sido melhor escolhido para a interpretação principal do que Christina Ricci. A sua aparência inocente, frágil e angelical cedo se dissipam numa interpretação que quer forçosamente roçar o forte e determinado. Se em muitos momentos o consegue noutros, no entanto, fica longe de o fazer e é aqui que se encontram os momentos mais "tremidos" deste filme.
Ricci que ao mesmo tempo que tenta desvendar um estranho acontecimento a ocorrer naquela vila e salvar a vida do jovem de quem ficou temporariamente responsável, criando assim os momentos mais (in)tensos do filme e aqueles que desejamos ver cada vez mais desenvolvidos, tenta também perceber quem ela própria é antes de ter sido vítima de uma estranha amnésia. Durante quase todo o filme não percebemos quem ela é, se bem que vamos tendo alguns indícios que só percebemos mais perto do final. No entanto, a credibilidade com que apresenta a sua personagem faz-nos, ao mesmo tempo que sentimos um ambiente estranho a desenvolver-se, simpatizar com a sua aparente fragilidade. Ricci é sem qualquer dúvida a força de um filme que poderia ele próprio ter ido muito mais longe.
O ambiente semi-conservador, a História dentro da história e a pequena e pacata vila que, como todas neste género, esconde um terrível segredo que todos preferem esquecer e não comentar estão bem conseguidos e recriados. Sim, existem os clichés habituais dos filmes de suspense onde aparece sempre um enigmático cão que a não fazer mais nada do que ladrar lança a suspeita sobre algo de eminente e perigoso, o eterno campo de trigo/milho sempre presente nestes filmes e claro, já para não falar nos estranhos "locals" que parecem retirados de uma qualquer catacumba e prontos a atacar a inocente de serviço. Mas, se ignorarmos isso, o restante ambiente criado leva-nos a deixar levar pelo filme e a perceber que, apesar destes lugares comuns dos filmes de suspense, temos um interessante filme com uma história original e fora do vulgar.
Apesar de alguma previsibilidade final que seria dispensável considero que o filme no seu essencial está bem conseguido e que apela ao interesse dos espectadores que apreciam o estilo. No entanto, também considero que poderia ter levado outros contornos mais "negros" para desenvolver alguma dessa mesma previsibilidade de forma a torná-lo mais consistente. Interessante e bem pensado, vale a pena ser visto por trazer alguma inovação quanto ao conteúdo das personagens principais e por, dentro do género, conseguir também reter algum misticismo religioso fora do "ambiente" sobrenatural.
.Cassie (Ricci) é uma jovem que vagueia aparentemente sem rumo pelo interior rural de Inglaterra. Depois de um atropelamento acidental e da sua perda de memória, Cassie fica em casa de uma simpática família e estabelece uma estranha relação com o filho do casal que parece viver os seus próprios pesadelos que ninguém consegue decifrar... além dela própria.
Numa corrida contra o tempo e contra a própria sobrevivência da vila em que se encontra, Cassie tenta salvar a vida do jovem de um final trágico e conseguir finalmente perceber quem ela é e qual a sua missão.
Sem revelar nada do argumento deste filme, afirmo que a sua base é francamente original. A possibilidade que as suas personagens centrais têm de criar uma história tão desafiante como a própria História, é imensa. E ninguém poderia ter sido melhor escolhido para a interpretação principal do que Christina Ricci. A sua aparência inocente, frágil e angelical cedo se dissipam numa interpretação que quer forçosamente roçar o forte e determinado. Se em muitos momentos o consegue noutros, no entanto, fica longe de o fazer e é aqui que se encontram os momentos mais "tremidos" deste filme.
Ricci que ao mesmo tempo que tenta desvendar um estranho acontecimento a ocorrer naquela vila e salvar a vida do jovem de quem ficou temporariamente responsável, criando assim os momentos mais (in)tensos do filme e aqueles que desejamos ver cada vez mais desenvolvidos, tenta também perceber quem ela própria é antes de ter sido vítima de uma estranha amnésia. Durante quase todo o filme não percebemos quem ela é, se bem que vamos tendo alguns indícios que só percebemos mais perto do final. No entanto, a credibilidade com que apresenta a sua personagem faz-nos, ao mesmo tempo que sentimos um ambiente estranho a desenvolver-se, simpatizar com a sua aparente fragilidade. Ricci é sem qualquer dúvida a força de um filme que poderia ele próprio ter ido muito mais longe.
O ambiente semi-conservador, a História dentro da história e a pequena e pacata vila que, como todas neste género, esconde um terrível segredo que todos preferem esquecer e não comentar estão bem conseguidos e recriados. Sim, existem os clichés habituais dos filmes de suspense onde aparece sempre um enigmático cão que a não fazer mais nada do que ladrar lança a suspeita sobre algo de eminente e perigoso, o eterno campo de trigo/milho sempre presente nestes filmes e claro, já para não falar nos estranhos "locals" que parecem retirados de uma qualquer catacumba e prontos a atacar a inocente de serviço. Mas, se ignorarmos isso, o restante ambiente criado leva-nos a deixar levar pelo filme e a perceber que, apesar destes lugares comuns dos filmes de suspense, temos um interessante filme com uma história original e fora do vulgar.
Apesar de alguma previsibilidade final que seria dispensável considero que o filme no seu essencial está bem conseguido e que apela ao interesse dos espectadores que apreciam o estilo. No entanto, também considero que poderia ter levado outros contornos mais "negros" para desenvolver alguma dessa mesma previsibilidade de forma a torná-lo mais consistente. Interessante e bem pensado, vale a pena ser visto por trazer alguma inovação quanto ao conteúdo das personagens principais e por, dentro do género, conseguir também reter algum misticismo religioso fora do "ambiente" sobrenatural.
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6 / 10
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