sábado, 4 de fevereiro de 2012

Strandvaskaren (2004)

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O Fantasma do Lago de Mikael Håfström, realizador que no ano anterior a este filme havia realizado esse mega-sucesso de seu nome Ondskan, que por cá teve o nome de Cruel, e fora nomeado ao Oscar de Filme Estrangeiro, é um filme thriller bem mais ligeiro do que o seu antecessor.
Faz cem anos que no colégio Hellestads foram assassinados três estudantes tendo o seu homicida cometido suicídio no lago. O seu corpo nunca fora recuperado. Esta história que se tornou numa lenda entre os estudantes do colégio volta a reacender-se quando estas misteriosas mortes regressam, um ano após uma estudante se ter suicidado.
Sara (Rebecka Hemse) está a fazer um trabalho sobre esta lenda, e descobre novas provas que incriminam alguns dos patronos do colégio. Será que ela vai finalmente conseguir desmistificar tudo o que se esconde por detrás desta história ou irá alguém tentar silenciar a verdade?
Independentemente da história que pode sempre reunir um conjunto extenso de clichés que estes filmes normalmente têm, a realidade é que me despertou imeditamente o interesse considerando o realizador que lhe dava vida. Håfström que como referi realizou esse estrondo que foi Cruel, deixa qualquer um com interesse em saber qual o seu projecto seguinte... e foi este.
É incorrecto compararmos obras de um mesmo realizador e esperar que o trabalho seguinte seja tão bom ou melhor que o anterior mas, no entanto é aquilo que todos nós fazemos e, se é certo que a expectativa era elevada, não deixa igualmente de ser verdade que a desilusão lhe foi proporcional.
Os clichés que este argumento apresenta são uma constante e facilmente percebemos e antevemos cada segmento do filme pois é algo que já vimos em quantidades industriais no cinema americano. Aqui a originalidade não existe e o efeito surpresa é praticamente nulo. Mesmo quando as suspeitas recaem sobre um dos alunos... nós sabemos perfeitamente que não é bem aquele para o qual devemos olhar e prestar atenção. Previsível... essa sim é a palavra correcta para aqui aplicar.
Assim, e dito isto, à excepção de alguns momentos de puro entretenimento, que é apenas e só isso, este filme não consegue criar nada de inovador ou mesmo um argumento com artimanhas que nos consigam despistar daquilo que, de uma forma ou outra, já esperamos desde cedo.
Das banais interpretações destaco apenas a participação de Jesper Salén que já havia participado com Håfström no já referido Cruel e que aqui volta a emprestar, e muito bem, o seu carisma à personagem que intepreta.
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4 / 10
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