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Dirty Dancing 2 de Guy Ferland reune um interessante conjunto de actores como Romola Garai, Diego Luna e Sela Ward numa adaptação da história que há vinte anos celebrizou Patrick Swayze que aqui também tem uma participação secundária.
Nas vésperas da revolução cubana a família Miller desloca-se para o país onde vive uma vida isolada da realidade que assola a sociedade onde os nacionais sobrevivem com trabalhos pouco recompensados, e esta pequena minoria se encontra numa nitida opulência.
É neste contexto que Katey (Garai) e Javier (Luna) inicialmente se conhecem e estabelecem uma amizade que rapidamente faz nascer um amor que não os separa. Num contexto socio-político instável e quente e uma família com regras de etiqueta e de classe bem firmada, irá este amor sobreviver?
Este filme encontra-se a milhas bem largas do filme original que na altura, e ainda hoje sejamos francos, conseguiu estabelecer-se como um marco não só no género como também nas interpretações sólidas e seguras dos seus actores. Patrick Swayze conseguiu com este filme afirmar-se como o actor de toda uma geração e a sua intepretação é ainda hoje relembrada.
Ao contrário do original, não sentimos qualquer química entre o par romântico protagonista nem sequer conseguir com eles estabelecer qualquer tipo de empatia. Tanto Romola Garai como Diego Luna limitam-se a estar "por ali" sem conseguir tomar a bom porto as personagens que interpretam.
Garai que é habitualmente uma força da natureza, especialmente nas interpretações de época, aqui mais não é do que uma luz semi-apagada sem qualquer vitalidade ou credibilidade no que representa e o mesmo serve para Diego Luna que tanto nos habituou aos seus desempenhos enérgicos e que aqui mais não tem do que uma interpretação desgastada.
Mesmo no contexto político e social da Cuba dos anos 50 do século passado, este filme mais não consegue do que repetir alguns dos clichés de um mau filme histórico que não só não convencem como se torna cansativo e aborrecido ao fim de poucos minutos da sua duração.
Se as sequelas são, por vezes, desnecessárias, esta então é claramente uma delas não tendo qualquer razão de existir para além de percebermos que o seu realizador quis fazê-lo por ser, possivelmente, um fã do original tendo, no entanto, ficado muito longe quer do carisma das suas personagens quer mesmo da própria história de fundo que o filme tem.
Apagado e sem grande "sabor" para lhe dar algum picante (nem mesmo as danças corpo a corpo conseguem contribuir para isso), este filme mais não é do que um perfeito exemplo do revivalismo mal sucedido de grandes êxitos do passado. Para os curiosos pode valer a pena... para todos os demais que preferem manter bem vivo na memória o êxito de Patrick Swayze e Jennifer Grey... por favor, mantenham-se longe.
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2 / 10
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