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Terapia do Bandido de Bruno Miguel Resende é algo para o qual não estava preparado. A minha curiosidade para com produções vindas de pessoas mais ou menos (des)conhecidas é sempre grande pois nunca sabemos de onde vem uma história bem contada, no entanto, nem sempre encontramos boas e agradáveis surpresas.
Aquilo que aqui encontrei é no mínimo o que posso chamar de um espectáculo de bizarria com momentos umas vezes mais outras vezes menos próximos do grotesco, e não o digo como algo de positivo.
Vamos por momentos esquecer os ocasionais problemas de focalização da imagem e uma ou outra distorçao da mesma, e vamos apenas concentrar naquilo que é praticamente impossível (complicada palavra esta) de ignorar.
Começo então pela banda-sonora acabadinha de "retirar" de um qualquer programa da National Geographic mas... com pouca qualidade. Desenquadrada e sem um seguimento lógico entre as imagens a que assistimos. Aquilo que são cânticos tribais maioritariamente africanos, são colocados ao ritmo de imagens de actores que interpretam "alguém" com comportamentos animalescos e, repito a palavra, grotescos numa quase estranha comunhão com o meio natural em que habitam. Esta comunhão animalesca é tão grande e grotesca que assume contornos verdadeiramente assustadores quando deparamos com largos segundos (que quase parecem horas) onde damos por uma das personagens em pleno linguado com uma língua de vaca... Se já era mau se ela estivesse ainda dentro da boca da mesma, tão ou mais estranho é quando a própria já está cortada do dito animal. Por momentos dei por mim a relembrar êxitos do passado como Holocausto Canibal onde esses pelo menos conseguiram ficar na história ao contrário deste.
Não me quero adiantar muito em relação a esta (curta) média-metragem pois no final tudo se resume a uma única palavra... grotesco. Mas eu como gosto de ser diferente e acrescentar sempre uma segunda palavra... MUITO grotesco.
. (como se sabe não atribuo 0 nem pontuação negativa) <--- 1 / 10
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A única coisa "grotesca" é a vaca que perdeu a língua. Bela merda.
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