sexta-feira, 9 de março de 2012

Far Cry (2008)

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Far Cry - O Filme de Uwe Boll adaptação cinematográfica de um dos videojogos mais vendidos e que tem essa lenda de "mau" cinema a realizá-lo, conta com Til Schweiger como o seu actor principal.
Após começar uma investigação sobre experiências genéticas em humanos numa instalação militar ultra-secreta, Valerie (Emmanuelle Vaugier) uma repórter com um tio nessas instalações, decide fazer uma pequena visita turística às mesmas de forma a poder investigar in loco o que por ali se passa.
No entanto, mal sabia ela que o seu tio já era também alvo dessas mesmas experiências e que ela própria iria passar um mau bocado em nome do apuramento da verdade. Mas, como nem tudo é mau, não só ela recebe a ajudar de Jack (Schweiger) como também se apaixona por ele naquele que será um pequeno périplo de flirt ao mesmo tempo em que tentam escapar da morte "certa".
Típico filme desse mestre do cinema chungoso (não há outra forma possível de dizê-lo), mas do qual todos nós gostamos, independentemente da veemência com que tentemos negá-lo. Desde que este filme passe pelas nossas mãos, é certo e sabido que o vamos ver.
Não só falando pela realização que alterna de situação em situação sem muitas vezes conseguir ter um sentido lógico (mas também neste tipo de filmes será que isso é necessário?), mas também pelo próprio argumento que quase se limita a "atirar à parede" um sem número de clichés e de momentos que quase se repetem de forma igual e aos quais já assistimos noutros tantos exemplares tão ou mais manhosos que este.
Das interpretações então quase nem vale a pena falar... Começando em Til Schweiger e terminando em Udo Kier, elas são do mais absurdas e sem qualquer nexo possível. Temos a jornalista curiosa (Vaugier), o cientista louco (Kier), o improvável (?) herói (Schweiger) e a militar cavalona de serviço (Natalia Avelon) e isto sem referir as eternas máquinas assassinas na sua maioria actores anónimos que devem ter também trabalhado na construção dos parcos cenários na sua maioria fábricas abandonadas e a carregar com pesos pesados no qual pouco mais seria necessário do que grunhir, algo que eles repetem muito bem em cena.
Não vou negar que este género filme me diverte principalmente pelo facto de serem tão maus, mas tãooo maus, que é impossível não simpatizar e de dizer que eles não nos divertem. É claro que não têm qualquer tipo de qualidade além de um sentimento de entretenimento masoquista que, na prática, constitui o único factor que pode levar alguém a ver este tipo de filme... Mas também não deixa de ser verdade que todos nós o temos e, por muito que se negue, todos sem excepção gostamos de ver estes filmes, mais que não seja para podermos de seguida gozar em alto e bom som com eles.
Tendo isto em consideração, este Far Cry vale a pena ver... mas que não se enganem pois este não é, nem de longe nem de perto, o filme da vida de alguém. Na realidade, será que dois dias depois alguém ainda se lembra dele?
Parabéns Uwe Boll... continuas na tua melhor forma.
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2 / 10
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