quarta-feira, 28 de março de 2012

Neverwas (2005)

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Terra Mágica de Joshua Michael Stern é um mediano filme com um grande elenco onde se destacam os nomes de Aaron Eckhart, Brittany Murphy, Ian McKellen, Nick Nolte, Jessica Lange, Allan Cumming, Vera Farmiga, Michael Moriarty e William Hurt.
Zach (Eckhart) é um psiquiatra de renome que abandona a sua carreira académica para assumir um lugar numa instituição psiquiátrica onde largos anos antes o seu pai (Nolte) um escritor havia estado internado. As intenções de Zach são não só saldar as suas dívidas com o passado, e com o seu pai, bem como perceber o porquê deste ter cometido suicídio.
Aquilo que Zach irá descobrir transcende não só os seus objectivos primários como tudo aquele que poderia imaginar, passando pela reconciliação com o seu passado, pelo amor e pela verdadeira amizade com a mais improvável das pessoas.
Se este pequeno resume da história do filme parece ser suficientemente interessante para que ele funcione, o que é certo é que no final percebemos que não faz justiça a todas estas premissas. Nem só o argumento do filme se atrapalha a meio gás colocando um conjunto enorme de personagens pelo meio que, na prática, pouco lá fazem, como também percebemos a dada altura que além da já referida reconciliação com o passado parece ser o único tópico que acaba por importar em todo o filme.
Voltando às personagens, todas elas parecem funcionar como satélites da de Aaron Eckhart. A maioria delas pouco desenvolvimento, ou até participação, têm. Exemplo perfeito disto é a de Jessica Lange (a mãe) que apenas aparece e deambula pelo ecrã sem que tenha um conteúdo propriamente dito. O mesmo se passa com William Hurt e Nick Nolte, que apesar de tudo ainda têm alguns diálogos, ou Vera Farmiga e Alan Cumming que são literalmente figurantes. E falamos de um filme que não os "descobriu" enquanto actores... Basta para isso vermos a data da sua produção...
Com algum protagonismo lá se conseguem destacar Brittany Murphy e Ian McKellen mas ainda assim apenas por participarem em todos os seus planos com Eckhart... fora isso... seriam personagens nulas durante todo o filme.
A história e o seu consequente desenvolvimento conseguem em vários momentos captar a nossa atenção quer através da história e da sua junção com uma banda-sonora bem articulada e motivadora das mais diversas emoções mas, ao mesmo tempo, não consegue concentrar esses aspectos positivos durante muito tempo acabando quase de imediato por se perder na sua continuidade.
Assim, e à excepção desses momentos, este filme consegue tornar-se banal e por vezes aborrecido criando um misto de sensações que não nos convence na sua generalidade. Mesmo nos momentos em que pensamos ir descobrir uma terra realmente mágica e fantástica, tão depressa pensamos como, de repente, tudo se desvanece.
Longe de ser um filme mau é, no entanto, um filme que não nos convence, muito pouco nos emociona e percebemos sem qualquer problema que poderia ter sido muito mais e ido muito mais longe tanto pela sua história como pelo conjunto de actores, de grandes actores aliás, que conseguiu reunir. Fora isso, é apenas "mais um" filme a que eventualmente assistimos e que não consegue deixar grande marca ou memória.
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5 / 10
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