I Walk Alone de Alican Kuzu (Alemanha) é uma curta-metragem com uma clara mensagem social que se torna no foco deste mundo repleto de mortos que caminham - com suficiente genica - para serem mais fortes do que qualquer humano pensante.
Ainda que um género já suficientemente explorado para que o espectador não se deixe enfeitiçar com os (des)encantos de histórias em que o planeta deu, finalmente, o seu último bafo de civilização, humanidade e cultura, existe sempre algo de fascinante neste género de contos que transportam o seu público para o imaginário de um mundo completamente diferente daquele que agora conhecemos. Assim, dito isto, onde reside o interesse de (mais) uma curta-metragem cujos atributos parecem ausentes da dinâmica de uma história onde, na realidade, pouco se vê?
É ao entrar em mais um armazém abandonado - ou ocupado por um morto que está... na realidade... já morto -, que um dos protagonistas se depara com outro sobrevivente deste apocalipse zombie, encontrando nele não só um seu semelhante como, ao mesmo tempo, um potencial opositor que poderá colocar em risco a sua sobrevivência. Mas, no entanto, é também na compreensão que o mundo ao seu redor ruiu e que a vida humana está "ausente" da próxima esquina, que ambos na iminência de mais um ataque, compreendem que será apenas no mútuo auxílio e apoio que poderão sobreviver (quem sabe) mais um dia. Da dinâmica do I Walk Alone para a "We walk together", esta curta-metragem, já datada de quatro anos, acaba por conferir ao espectador uma simpática mensagem (independentemente do seu conteúdo) sobre uma utópica vivência em comum fazendo crer ao espectador que apenas na colaboração se poderá encontrar o progresso e está no argumento escrito por este jovem realizador turco uma importante mensagem que irá ser involuntariamente ignorada por entre todo um universo prolífero de cinema de género mais mediático e mais apelativo no que diz respeito a uma perspectiva mais visual.
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