The Purge: Blood Ties de Daniel Peña (EUA) é mais uma curta-metragem inspirada na saga The Purge iniciada em 2013 por James DeMonaco aqui inteiramente direccionada para a dinâmica de uma família durante A Purga de doze horas que se iniciara.
Num bairro residencial, os pais de duas jovens encontram-se numa festa que celebra o evento anual enquanto elas permanecem em casa fechadas à espera que o mesmo passe rapidamente. Jade conversa com um amigo enquanto a irmã Madie dorme... mas estarão elas sózinhas numa casa aparentemente isolada?
Esta curta-metragem, ainda que embebida do espírito de The Purge, cedo se revela como uma obra apaixonada mas francamente deficitária comparativamente àquilo que a mesma poderia ter oferecido ao espectador. De uma câmara sempre em movimento que obriga o espectador a perder diversos pequenos grandes detalhes que poderiam contribuir para a sua dinâmica a uma captação de som ainda mais frágil que dificulta a compreensão não só do ambiente em que se encontram como principalmente de muitos dos diálogos tidos pelas duas jovens protagonistas, The Purge: Blood Ties permanece como aquele trabalho cinematográfico que um grupo de amigos resolveu criar num fim-de-semana eventualmente mais monótono.
Com uma escolha musical relativamente interessante e adequada para o género - iniciamos esta dinâmica ao som de My Way de Frank Sinatra -, The Purge: Blood Ties permanece o exemplo confirmado de um argumento relativamente juvenil que denuncia o realizador como um fã da saga mas ainda com pouco à vontade para construir uma história que se afirmasse mais elaborada ou consistente... afinal, se o espectador considerar que a dinâmica máxima desta história se prende com um caso sentimental não tão bem resolvido... compreende de imediato como tudo se explica por e através da já mencionada fragilidade ainda que de louvar a paixão como qualquer criador entrega a sua obra para um mundo sempre sedento da mais recente história de terror.
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