Runners da Giggly Dickens Productions (EUA) é uma das mais recentes incursões no domínio pós-apocalipse que chegam sob o formato de curta-metragem. Uma história tradicional - para o género - e que respeita todos aqueles parâmetros necessários para tentar manter a dinâmica necessário sobre um mundo, e um conjunto de sobreviventes, que já não é como o havíamos conhecido.
Ao 23º dia após o "fim", o Sargento Rogen comunica para os esperados sobreviventes que vão proceder a uma evacuação para a costa. Nick, o único sobrevivente de uma pequena localidade interior, responde-lhe. Poderá ele conseguir chegar a um porto de abrigo num mundo infestado e desolado?
Não é segredo para ninguém que estas histórias estão tendencialmente ligadas às mais diversas longas-metragens que já homenagearam o género. Também não será segredo para ninguém que as referências utilizadas para a sua elaboração são claras quanto à admiração ou reverência que estes realizadores e produtoras têm para com as mesmas. Dito isto, Runners é o claro exemplo de que o seu realizador "bebeu" toda a sua inspiração a 28 Days Later... (2002), de Danny Boyle começando pela música utilizada para a criação do ambiente e terminando com a perseguição em ritmo bem acelerado que os infectados fazem a "Nick". Daqui à enchente de infectados que surgem nas ruas atrás dos poucos sobreviventes que ainda resistem... é um breve passo.
Com algum humor, ocasionalmente despropositado e duvidoso para aquilo que se espera construir com esta curta-metragem, Runners acaba por ser mais uma daquelas obras elaboradas com o propósito de homenagear o género, aparecer num esperado universo online que possa - a seu tempo - proporcionar algumas outras oportunidades e, sobretudo, afirmar as competências dos seus criadores como potenciais contadores de histórias.
Assim, e tendo o seu fim um desfecho inconclusivo - se assim o quisermos caracterizar -, Runners oferece, ao seu público, a possibilidade de se reencontrar uma vez mais com este universo sempre fascinante do pós fim do mundo mas, no entanto, priva-se de qualquer elemento inovador ou dinamizador de uma esperada dramatização deixando, "no ar", o eventual fim (ou não) da civilização tal como ela havia sido. Simpático mas com capacidade de ser algo mais caso se eliminassem os evidentes lugares comuns, Runners é apenas "mais uma" de tantas histórias sobre o aparentemente fascinante fim da Humanidade.
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