sábado, 28 de julho de 2018

The Last of Us: Firefly Chronicles (2013)

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The Last of Us: Firefly Chronicles de Eric Dubois (Canadá) é uma breve curta-metragem inspirada em várias das grandes produções do momento... da The Hunger Games a qualquer obra de zombies, vírus e sobrevivência, aqui o espectador encontra um pouco de tudo.
Num universo futurista e onde a existência já não é como a conhecemos, Charlie (Stephen Baxter) sobrevive como pode até se cruzar com Ezra (Eem Nyamadi), outro jovem em busca de uma companheira de viagem, com quem estabelece uma imediata relação em prol da sua sobrevivência. Num mundo devastado... até onde se justifica a solidão?
Sem um final planeado para lá daquele esperado numa curta-metragem que prevê a sua auto-sobrevivência através do imediatismo das suas sequelas, The Last of Us: Firefly Chronicles assume-se sobretudo como uma homenagem do seu realizador fiel fã do género de história onde o "e depois?" é a pergunta presente na mente do espectador. E depois do fim? E depois da solidão? E depois da morte do próprio mundo? E depois da civilização?
As perguntas que se amontoam - para a história e para o espectador -, ganham aqui uma dimensão exponencial na medida em que tudo é possível para a continuação de uma história que apenas prevê o mútuo respeito entre duas personagens que devem ao acaso o seu encontro, e que no potencial término da vida de um deles se equaciona o quanto ainda existia por ver e viver num mundo onde a palavra vida tem a sua própria e limitada conotação. Quem serão eles (personagens) quando a esperança surge onde tudo o demais parece ter encontrado o seu fim?!
Num registo que se compreende de inspiração e homenagem ao género, The Last of Us: Firefly Chronicles potencializa toda as eventuais sequelas que se lhe esperam mas, ao mesmo tempo, deixa o espectador com a compreensão de que esta história poderia ter encontrado um "final" (ainda que limitado) ou a garantia de que estas personagens tentariam encontrar um potencial destino juntos... e não conferindo a uma delas um fim esperado e marcado pela tragédia.
Simpático nas suas intenções e algo deficitário na sua execução, The Last of Us: Firefly Chronicles não deixa, no entanto, de ser um bom trabalho de preparação para uma futura obra mais abrangente e cuidada onde não sejam deixadas pontas soltas, personagens por equilibrar ou destinos por consumar... no fundo, tal como muitos insectos, é uma obra em eventual metamorfose e transformação.
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4 / 10
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