Perdidos na Tempestade de Jamie Blanks é um filme com algum suspense e uns momentos gore muito tímidos que tinha muito mais a ganhar se se assumisse como aquilo que pretende ser e para o qual não revela a coragem suficiente.
Quando um casal decide fazer uma pequena viagem para o interior australiano, estavam longe de imaginar que se iam perder e viver alguns dos momentos mais assustadores da sua vida às mãos dos "locais". Aquilo que havia começado como uma viagem de lazer e de romance rapidamente se transforma não só numa provação como também num teste de resistência das suas próprias vidas.
A produção deste filme que esteve por detrás desse grande Wolf Creek, deixava adivinhar um filme que seria suficientemente interessante para honrar o antecessor. No entanto, nada poderia ser mais errado do que este pensamento.
O filme desilude logo em primeiro lugar quando as poucas tentativas de terror gore, que tão bem caracterizam este género, são abordadas com "luvas". Quero com isto dizer que quando se pretende esta abordagem, ou realmente se mostra ou então mais vale estar quieto e fazer outra coisa qualquer. Segmentos como o do jovem canguru ou o da castração de um dos "malandros" lá do burgo querem-se para impressionar mas acabamos apenas por ter uma maior sugestão do que acontece do que propriamente perceber o que sucedeu. Melhor conseguido o momento do canguru mas, mesmo assim, longe do voyeurismo que é permitido em filmes como Hostel (motivo que o faz ser um dos melhores do género).
Em segundo lugar as interpretações... melhores as do trio malfeitor, se bem que ainda assim longe da perfeição que poderiam ter, e pobres, francamente pobres adiante-se, as do par de vítimas de serviço que faz mais questão em ter na pronúncia francesa da mulher o seu ponto forte do que mais concretamente na sua condição de vítima "indefesa" que luta por sobreviver num ambiente hostil. E isto já para não falar no protagonista masculina que passa metade do filme "inconsciente" (mesmo nos momentos em que está de pestana aberta).
Finalmente há que deixar um aspecto positivo neste filme. O ambiente em que tudo sucede, tanto a casa como o barracão onde são encurraladas as "vítimas" consegue recriar a atmosfera perfeita para este tipo de filme. Negro, assustador e a recriar um clima de tensão bastante apetecível consegue, ao mesmo tempo, dar um certo brilho ao trio que o habita contribuindo em muito para acharmos que nada de bom poderá alguma vez sair daquele antro.
O filme, na sua globalidade, não sendo mau nunca consegue atingir o seu principal objectivo. Não assusta, não cria grandes momentos de tensão e o muito pouco que impressiona deve-se unica e exclusivamente ao efeito "nojo" que algumas das suas personagens conseguem (timidamente) criar no espectador. Poderia ter sido mais, muito mais, e possivelmente não com muito esforço...
.Quando um casal decide fazer uma pequena viagem para o interior australiano, estavam longe de imaginar que se iam perder e viver alguns dos momentos mais assustadores da sua vida às mãos dos "locais". Aquilo que havia começado como uma viagem de lazer e de romance rapidamente se transforma não só numa provação como também num teste de resistência das suas próprias vidas.
A produção deste filme que esteve por detrás desse grande Wolf Creek, deixava adivinhar um filme que seria suficientemente interessante para honrar o antecessor. No entanto, nada poderia ser mais errado do que este pensamento.
O filme desilude logo em primeiro lugar quando as poucas tentativas de terror gore, que tão bem caracterizam este género, são abordadas com "luvas". Quero com isto dizer que quando se pretende esta abordagem, ou realmente se mostra ou então mais vale estar quieto e fazer outra coisa qualquer. Segmentos como o do jovem canguru ou o da castração de um dos "malandros" lá do burgo querem-se para impressionar mas acabamos apenas por ter uma maior sugestão do que acontece do que propriamente perceber o que sucedeu. Melhor conseguido o momento do canguru mas, mesmo assim, longe do voyeurismo que é permitido em filmes como Hostel (motivo que o faz ser um dos melhores do género).
Em segundo lugar as interpretações... melhores as do trio malfeitor, se bem que ainda assim longe da perfeição que poderiam ter, e pobres, francamente pobres adiante-se, as do par de vítimas de serviço que faz mais questão em ter na pronúncia francesa da mulher o seu ponto forte do que mais concretamente na sua condição de vítima "indefesa" que luta por sobreviver num ambiente hostil. E isto já para não falar no protagonista masculina que passa metade do filme "inconsciente" (mesmo nos momentos em que está de pestana aberta).
Finalmente há que deixar um aspecto positivo neste filme. O ambiente em que tudo sucede, tanto a casa como o barracão onde são encurraladas as "vítimas" consegue recriar a atmosfera perfeita para este tipo de filme. Negro, assustador e a recriar um clima de tensão bastante apetecível consegue, ao mesmo tempo, dar um certo brilho ao trio que o habita contribuindo em muito para acharmos que nada de bom poderá alguma vez sair daquele antro.
O filme, na sua globalidade, não sendo mau nunca consegue atingir o seu principal objectivo. Não assusta, não cria grandes momentos de tensão e o muito pouco que impressiona deve-se unica e exclusivamente ao efeito "nojo" que algumas das suas personagens conseguem (timidamente) criar no espectador. Poderia ter sido mais, muito mais, e possivelmente não com muito esforço...
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3 / 10
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