Spy de Paul Feig é uma longa-metragem de ficção e o mais recente filme do realizador de Bridesmaids (2011), The Heat (2013) e do ainda por estrear Ghostbusters (2016).
Susan Cooper (Melissa McCarthy) é uma assistente administrativa na CIA e a directa auxiliar no terreno de Bradley Fine (Jude Law). Mas, quando Fine é morto por Rayna Boyanov (Rose Byrne), líder de um grupo mafioso búlgaro, Susan é directamente enviada enquanto infiltrada para uma missão de reconhecimento.
Quando todas as apostas jogam contra Susan, ela mostra-se uma inesperada mais valia para a agência revelando-se como uma experiente e astuta agente... com alguns enganos pelo caminho.
Depois de ter dado um dos desempenhos mais memoráveis de Bridesmaids a Melissa McCarthy, o realizador e argumentista Paul Feig decide retomar esta evidente química frente e por detrás das câmaras voltando a chamar a actriz para aqui se assumir como a protagonistas de Spy. Numa evidente homenagem aos filmes de espionagem - nomeadamente ao eterno espião James Bond bastando lembrarmo-nos dos créditos iniciais - mas tendo como "modelo" o mais improvável de todos os agentes Austin Powers, Feig dá a McCarthy a magnífica personagem de "Susan Cooper", uma mulher que se contentou com o lado menos brilhante e aventureiro da vida deixando-se levar pelos encantos do melhor agente infiltrado de todos os tempos.
McCarthy que se destacou como a simpática secundária "Sookie" na já ida série Gilmore Girls e que aos poucos tem vindo a afirmar-se no cinema tendo já conquistado uma nomeação ao Oscar no referido Bridesmaids, consegue com Spy transformar-se na mais recente esperada e merecida protagonista de comédia com uma interpretação espontânea, directa, cândida mas, ao mesmo tempo, forte e destemida nunca esquecendo uma origem simples que a diferencia de todo um mundo prestes a devorar aqueles que se sentem diferentes.
Fresco pela capacidade inventiva de fazer rir e internacional quanto baste para fazer dele o filme de espiões do momento - afinal, temos viagens que nos levam de Varna a Paris sem esquecer a eterna Roma - Spy prima ainda pelos magníficos secundários como o "Bradley Fine" de Jude Law, o espião demasiadamente concentrado na sua própria imagem, a "Rayna Boyanov" de Rose Byrne - outra actriz retirada de Bridesmaids - como a implacável dama do crime que afinal parece apenas necessitar de alguém que seja verdadeiramente seu amigo, o "Rick Ford" interpretado por um surpreendente Jason Statham que sem se afastar do seu registo de filme de acção consegue primar na comédia com uma inventiva e bem humorada personagem e finalmente a "Nancy Artingstall" de Miranda Hart, eventualmente a mais desconhecida dos actores principais, mas que consegue afirmar-se nos seus momentos.
Livre, bem disposto e com um conjunto de personagens que têm uma vida própria incapaz de ser travada, Spy é o filme que coloca Melissa McCarthy como a protagonista do momento. O espectador é incapaz de não criar uma imediata empatia com a sua "Susan Cooper" e esperar por todos os momentos hilariantes que sabemos nos ir entregar - sem esquecer aqueles onde, ao mesmo tempo, se assume como uma improvável actriz de acção ao estilo Matrix (sem exageros) - deixando uma assumida expectativa quanto à sua participação em Ghostbusters já no próximo ano.
Sendo um género tradicionalmente difícil não só pela falta de originalidade como principalmente pela falta de actores que consigam elevar o filme ao seu estatuto, Spy cai em boas mãos com o já referido (improvável) conjunto de actores e realizador/argumentista. Dos primeiros retira as características pelas quais são normalmente conhecidos - a faceta de galã de Law, a divertida e inocente McCarthy, o "acelera" Statham ou a pérfida Byrne - mas parodiando com as mesmas de forma a que todos eles se tornem um pouco mais humanos e próximos dos espectadores que os acompanham nos mais variados registos.
De entretenimento e divertimento fácil sem cair no absurdo, Spy é o tipo de filme do qual todos nós esperamos a sequela. E que ela seja tão boa como esta não caindo nos estereótipos ou lugares comuns que estão, tantas vezes, reservas às sagas que insistem em não terminar. McCarthy não irá ao Oscar pois este não é o tradicional filme que a Academia norte-americana tem por hábito premiar mas suspeito que pelo menos a (merecida) nomeação a Globo de Ouro em Comédia não lhe irá escapar.
Depois de ter dado um dos desempenhos mais memoráveis de Bridesmaids a Melissa McCarthy, o realizador e argumentista Paul Feig decide retomar esta evidente química frente e por detrás das câmaras voltando a chamar a actriz para aqui se assumir como a protagonistas de Spy. Numa evidente homenagem aos filmes de espionagem - nomeadamente ao eterno espião James Bond bastando lembrarmo-nos dos créditos iniciais - mas tendo como "modelo" o mais improvável de todos os agentes Austin Powers, Feig dá a McCarthy a magnífica personagem de "Susan Cooper", uma mulher que se contentou com o lado menos brilhante e aventureiro da vida deixando-se levar pelos encantos do melhor agente infiltrado de todos os tempos.
McCarthy que se destacou como a simpática secundária "Sookie" na já ida série Gilmore Girls e que aos poucos tem vindo a afirmar-se no cinema tendo já conquistado uma nomeação ao Oscar no referido Bridesmaids, consegue com Spy transformar-se na mais recente esperada e merecida protagonista de comédia com uma interpretação espontânea, directa, cândida mas, ao mesmo tempo, forte e destemida nunca esquecendo uma origem simples que a diferencia de todo um mundo prestes a devorar aqueles que se sentem diferentes.
Fresco pela capacidade inventiva de fazer rir e internacional quanto baste para fazer dele o filme de espiões do momento - afinal, temos viagens que nos levam de Varna a Paris sem esquecer a eterna Roma - Spy prima ainda pelos magníficos secundários como o "Bradley Fine" de Jude Law, o espião demasiadamente concentrado na sua própria imagem, a "Rayna Boyanov" de Rose Byrne - outra actriz retirada de Bridesmaids - como a implacável dama do crime que afinal parece apenas necessitar de alguém que seja verdadeiramente seu amigo, o "Rick Ford" interpretado por um surpreendente Jason Statham que sem se afastar do seu registo de filme de acção consegue primar na comédia com uma inventiva e bem humorada personagem e finalmente a "Nancy Artingstall" de Miranda Hart, eventualmente a mais desconhecida dos actores principais, mas que consegue afirmar-se nos seus momentos.
Livre, bem disposto e com um conjunto de personagens que têm uma vida própria incapaz de ser travada, Spy é o filme que coloca Melissa McCarthy como a protagonista do momento. O espectador é incapaz de não criar uma imediata empatia com a sua "Susan Cooper" e esperar por todos os momentos hilariantes que sabemos nos ir entregar - sem esquecer aqueles onde, ao mesmo tempo, se assume como uma improvável actriz de acção ao estilo Matrix (sem exageros) - deixando uma assumida expectativa quanto à sua participação em Ghostbusters já no próximo ano.
Sendo um género tradicionalmente difícil não só pela falta de originalidade como principalmente pela falta de actores que consigam elevar o filme ao seu estatuto, Spy cai em boas mãos com o já referido (improvável) conjunto de actores e realizador/argumentista. Dos primeiros retira as características pelas quais são normalmente conhecidos - a faceta de galã de Law, a divertida e inocente McCarthy, o "acelera" Statham ou a pérfida Byrne - mas parodiando com as mesmas de forma a que todos eles se tornem um pouco mais humanos e próximos dos espectadores que os acompanham nos mais variados registos.
De entretenimento e divertimento fácil sem cair no absurdo, Spy é o tipo de filme do qual todos nós esperamos a sequela. E que ela seja tão boa como esta não caindo nos estereótipos ou lugares comuns que estão, tantas vezes, reservas às sagas que insistem em não terminar. McCarthy não irá ao Oscar pois este não é o tradicional filme que a Academia norte-americana tem por hábito premiar mas suspeito que pelo menos a (merecida) nomeação a Globo de Ouro em Comédia não lhe irá escapar.
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