domingo, 12 de junho de 2011

S.C.U.M. (2010)

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S.C.U.M. de Pedro Rodrigues é capaz de ser o filme português mais violento que vi até à presente data. Num registo que ronda uma mescla de Irreversible, Brincadeira Perigosas e Saw, este S.C.U.M., é de longe um filme difícil de ver para os mais sensíveis.
Três figuras com cabeça de porco e corpo de homem divertem-se a mutilar corpos humanos para comer e pelo caminho violarem também (e sim, temos uma cena de violação pelo meio que não se vendo na íntegra tem momentos explícitos demais).
Tudo lhes corre bem nos seus planos até ao dia em que um misterioso homem lhes entra no covil transformando-se de imediato num lobisomem que... bom, o resto têm de ver até porque o significado do título filme só o captamos no exacto final apesar de pensarmos (e até se adequa) que SCUM é algo ao estilo de escumalha... E é neste exacto momento que depois de tão longa e tortuosa experiência conseguimos dar um sorriso esquecendo o terror que "vivemos".
Que nos revolta as entranhas é óbvio que sim, mas não deixa de ser dos mais extraordinários e bem elaborados retratos do cinema de terror nacional que aqui atinge o seu expoente máximo daquilo que vi até à data.
Os pontos positivos são demais... Desde o argumento de Filipa Paes, passando pela própria realização, interpretações violentas, a direcção artística de Rui Pina e o excelente trabalho de fotografia de David Valadão esta curta é, de longe, dos trabalhos mais bem elaborados do cinema fantástico nacional e pergunto-me até que ponto não iria se fosse uma produção de outro país com muito maior visibilidade. Até a assustadora valsa suína consegue ser um ponto forte... e assustador.
Assumidamente... muito, muito boa se bem que para os mais impressionáveis não será de todo recomendado que a vejam...
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10 / 10
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