Assim Assim de Sérgio Graciano é a longa que sucede a curta-metragem vencedora do primeiro Shortcutz Lisboa e que agora estreia já com uma extensa legião de fãs.
A história deste filme segue a mesma linha da curta-metragem já aqui comentada no CinEuphoria, onde assistimos a um conjunto de conversas entre amigos sobre a descoberta do amor e as relações. O filme começa, aliás, com a curta-metragem e parte depois para um outro conjunto de personagens que, em muitos casos, estão ligadas entre si.
Assim, depois de assistirmos à divertida e desafiante conversa entre Miguel (Ivo Canelas) e Duarte (Joaquim Horta), onde o primeiro revela a descoberta do verdadeiro amor, temos um novo conjunto de personagens com as suas alegrias, tristezas e muitas (des)ilusões sobre as suas vidas sentimentais.
Perto delas encontram-se Margarida (Isabel Abreu) e Fred (Albano Jerónimo) que têm exactamente o mesmo tipo de conversa sobre a recente relação de Margarida. A semelhança entre as histórias é tanta que pensamos que Miguel e Margarida estão de facto feitos um para o outro.
Muitos são os momentos de surpresa ou de angústia que estas diversas personagens têm. Algumas mais previsíveis que outras mas no fundo todas elas acabam por revelar aquilo que a vida é... uma surpresa. Relações que se iniciam... outras que terminam... comportamentos imprevistos por parte daqueles com quem se passa uma vida ou até mesmo relações de dependência doentia onde num casal um se anula constantemente. Medo, riso, desabafos e (in)denpendência... tudo se encontra nas diversas histórias que cruzam o nosso ecrã.
Tal como já havia referido na curta-metragem, além de um argumento brilhantemente elaborado por Pedro Lopes que nos faz simpatizar e identificar com alguns daqueles dilemas ao mesmo tempo que nos damos conta que tantos outros daqueles momentos nos são familiares através de um ou outro amigo, outro dos elementos dos quais este filme se pode "orgulhosamente orgulhar", é o seu extenso e intocável elenco
Ao já referido brilhante quarteto Ivo Canelas, Joaquim Horta, Isabel Abreu e Albano Jerónimo, juntamos outro grande conjunto de actores bem conhecido do grande público onde se destacam Cleia Almeida e Sabri Lucas, numa relação que aparenta poder romper a qualquer momento. Tomás Alves e Gonçalo Waddington, numa relação homossexual que pelo que percebemos se manteve de pé graças à constante humilhação do primeiro. Rita Blanco e Dinarte Branco, como um casal separado pela vontade deste último manter uma relação extra-matrimonial com Ana Brandão que, por sua vez, é casada com a personagem interpretada por Joaquim Horta. Nuno Lopes e Joana Santos, um casal já separado graças aos comportamentos pouco estáveis do primeiro e já em relações novas (não vou revelar quem, vejam no cinema)... Temos ainda Margarida Carpinteiro e um brilhante Pedro Lacerda que se revelam como os elementos mais soft e cómicos deste filme, cada um deles à sua própria maneira.
Este filme vai assim além da divertida história que a curta-metragem nos apresentou, explorando não só as histórias daquelas cinco pessoas que inicialmente vimos, mas também as histórias, angústias e aspirações de todos aqueles que privam com eles mais de perto.
Destaco ainda a banda-sonora de André Joaquim que consegue estabelecer uma harmoniosa relação entre as várias personagens e momentos deste filme e também a fotografia de Miguel Manso que dá uma certa "cor" às próprias angústias de todas aquelas personagens.
Este Assim Assim de Sérgio Graciano, terceira obra que vejo do realizador depois da curta-metragem com o mesmo nome e da curta Um Dia Longo que foi uma das mais fortes da última edição do Córtex, não só confirma o realizador como um dos seguros e fortes talentos da cinematografia portuguesa como ainda confirma a tendência de que grandes histórias e momentos de cinema também podem ser feitos na língua de Camões. Prova disso não só a qualidade do filme como também a sala praticamente cheia ao fim de duas semanas de exibição do filme.
E no final (não, não vou contar nada sobre o filme), sem ser abertamente revelado, temos a réstia de esperança que procuramos neste género de filmes sobre as relações sentimentais... Aqueles dois que parecem poder realmente manter uma relação... Sente-se o tal "click"... a tal "química" entre aquelas duas personagens e percebemos que independentemente do que está no passado, independenemente de se voltarem a encontrar num futuro próximo, sabemos que entre eles sim... irá resultar. O único problema é esse mesmo... será que estas duas pessoas que parecem ter uma química se voltarão a cruzar? Arrisco dizer que as estatísticas confirmam-no... eles cruzaram-se duas vezes... porque não uma terceira!
Assim Assim, um filme que todos devem obrigatoriamente ir ver ao cinema pois desde as suas personagens à sua história, todos teremos algo com que nos identificar.
.Assim, depois de assistirmos à divertida e desafiante conversa entre Miguel (Ivo Canelas) e Duarte (Joaquim Horta), onde o primeiro revela a descoberta do verdadeiro amor, temos um novo conjunto de personagens com as suas alegrias, tristezas e muitas (des)ilusões sobre as suas vidas sentimentais.
Perto delas encontram-se Margarida (Isabel Abreu) e Fred (Albano Jerónimo) que têm exactamente o mesmo tipo de conversa sobre a recente relação de Margarida. A semelhança entre as histórias é tanta que pensamos que Miguel e Margarida estão de facto feitos um para o outro.
Muitos são os momentos de surpresa ou de angústia que estas diversas personagens têm. Algumas mais previsíveis que outras mas no fundo todas elas acabam por revelar aquilo que a vida é... uma surpresa. Relações que se iniciam... outras que terminam... comportamentos imprevistos por parte daqueles com quem se passa uma vida ou até mesmo relações de dependência doentia onde num casal um se anula constantemente. Medo, riso, desabafos e (in)denpendência... tudo se encontra nas diversas histórias que cruzam o nosso ecrã.
Tal como já havia referido na curta-metragem, além de um argumento brilhantemente elaborado por Pedro Lopes que nos faz simpatizar e identificar com alguns daqueles dilemas ao mesmo tempo que nos damos conta que tantos outros daqueles momentos nos são familiares através de um ou outro amigo, outro dos elementos dos quais este filme se pode "orgulhosamente orgulhar", é o seu extenso e intocável elenco
Ao já referido brilhante quarteto Ivo Canelas, Joaquim Horta, Isabel Abreu e Albano Jerónimo, juntamos outro grande conjunto de actores bem conhecido do grande público onde se destacam Cleia Almeida e Sabri Lucas, numa relação que aparenta poder romper a qualquer momento. Tomás Alves e Gonçalo Waddington, numa relação homossexual que pelo que percebemos se manteve de pé graças à constante humilhação do primeiro. Rita Blanco e Dinarte Branco, como um casal separado pela vontade deste último manter uma relação extra-matrimonial com Ana Brandão que, por sua vez, é casada com a personagem interpretada por Joaquim Horta. Nuno Lopes e Joana Santos, um casal já separado graças aos comportamentos pouco estáveis do primeiro e já em relações novas (não vou revelar quem, vejam no cinema)... Temos ainda Margarida Carpinteiro e um brilhante Pedro Lacerda que se revelam como os elementos mais soft e cómicos deste filme, cada um deles à sua própria maneira.
Este filme vai assim além da divertida história que a curta-metragem nos apresentou, explorando não só as histórias daquelas cinco pessoas que inicialmente vimos, mas também as histórias, angústias e aspirações de todos aqueles que privam com eles mais de perto.
Destaco ainda a banda-sonora de André Joaquim que consegue estabelecer uma harmoniosa relação entre as várias personagens e momentos deste filme e também a fotografia de Miguel Manso que dá uma certa "cor" às próprias angústias de todas aquelas personagens.
Este Assim Assim de Sérgio Graciano, terceira obra que vejo do realizador depois da curta-metragem com o mesmo nome e da curta Um Dia Longo que foi uma das mais fortes da última edição do Córtex, não só confirma o realizador como um dos seguros e fortes talentos da cinematografia portuguesa como ainda confirma a tendência de que grandes histórias e momentos de cinema também podem ser feitos na língua de Camões. Prova disso não só a qualidade do filme como também a sala praticamente cheia ao fim de duas semanas de exibição do filme.
E no final (não, não vou contar nada sobre o filme), sem ser abertamente revelado, temos a réstia de esperança que procuramos neste género de filmes sobre as relações sentimentais... Aqueles dois que parecem poder realmente manter uma relação... Sente-se o tal "click"... a tal "química" entre aquelas duas personagens e percebemos que independentemente do que está no passado, independenemente de se voltarem a encontrar num futuro próximo, sabemos que entre eles sim... irá resultar. O único problema é esse mesmo... será que estas duas pessoas que parecem ter uma química se voltarão a cruzar? Arrisco dizer que as estatísticas confirmam-no... eles cruzaram-se duas vezes... porque não uma terceira!
Assim Assim, um filme que todos devem obrigatoriamente ir ver ao cinema pois desde as suas personagens à sua história, todos teremos algo com que nos identificar.
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