quarta-feira, 9 de maio de 2012

Moneyball (2011)

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Moneyball - Jogada de Risco de Bennett Miller antecipava-se como o filme perfeito para os Oscars. Realizado pelo mesmo homem que já tinha dirigido o conhecido Capote, com a interpretação principal de Brad Pitt e com Philip Seymour Hoffman num desempenho secundário, com argumento de Aaron Sorkin e Steven Zaillian sobre uma história real que tem como pano de fundo o baseball, nada menos do que várias nomeações a Oscars se poderia esperar.
E confirmou-se, este filme sobre a história verdadeira de Billy Beane (Brad Pitt), o director geral de uma equipa de baseball que tenta reunir a equipa perfeita através de análises geradas por computador, foi o receptor de seis nomeações para as tão cobiçadas estatuetas douradas, entre as quais se encontrava a nomeação para melhor filme, actor para Brad Pitt e actor secundário para Jonah Hill.
No entanto, esta história que tem pouco de baseball e muito sobre a perseverança de um homem em alcançar os seus objectivos e um lugar próprio no meio em que "co-habita" não conseguiu recolher nenhuma das estatuetas para que está nomeado.
O argumento dos já Oscarizados Steven Zaillian e Aaron Sorkin é feliz na medida em que foge ao tradicional filme de baseball, em que uma velha glória do desporto afastado das luzes da ribalta, faz o seu glorioso regresso. Aqui, por sua vez, temos sim um homem que poderia ter sido, no seu tempo, o maior no desporto em questão mas que, por alguma falta de vocação, não atingiu a plenitude desapontando todas as expectativas que nele haviam sido depositadas.
Assim, em vez da grandeza de um desporto que move multidões e que enquanto dura une milhares, temos sim a história de um homem que se manteve sempre à margem do estrelato, do protagonismo e das grandes confusões que o desporto envolve, lançando-se nos seus bastidores e na aspiração de aí sim poder ser grande... sem, no entanto, o conseguir ser alguma vez (pelo menos até à realização deste filme que projectou o seu nome para todas as salas de cinema possíveis e imaginárias, muito também graças ao actor que o interpreta).
E eis que chegamos a Brad Pitt, no filme que lhe valeu duas nomeações ao Oscar. Uma enquanto produtor do filme e outra, a sua terceira, como intérprete. Muito longe de uma das suas melhores interpretações (lembro-me de repente de O Estranho Caso de Benjamin Button, Sete Pecados Mortais ou Conhece Joe Black?), Pitt consegue aqui ter uma sentida interpretação de um homem que perdeu ou nunca atingiu os seus sonhos. Desde o início, já antes de ver este filme e de esperar outra coisa dele, defendi que não seria aquele pelo qual iria finalmente vencer a estatueta dourada. Como fã que sou, prefiro que vença num filme realmente bom e não num daqueles filmes que apela sentimentalmente ao coração dos americanos. E estou certo que esse grande filme (mais um) irá chegar brevemente.
Nem Jonah Hill, também ele nomeado mas na categoria de secundário, nem tão pouco Philip Seymour Hoffman são detentores de grandes interpretações... o primeiro longe de uma graça que já teve e o segundo longe de um protagonismo que nunca conseguiu realmente alcançar, limitam-se neste filme a desfilar durante breves instantes pelo ecrã apenas e só para suportar alguns dos momentos tidos por Brad Pitt.
Extraordinária sim é a banda-sonora da autoria de Mychael Danna que tarda mas aparece em todo o seu esplendor. A sua composição aclara-nos as ideias que temos de Billy Beane... um homem a meio caminho de todo o seu potencial... um homem que com as intenções certas nunca chegou a cumprir os seus verdadeiros objectivos mantendo-se sempre num segundo plano e na penumbra.
Longe de ser um filme memorável ou um daqueles que ficará para sempre nas galerias da fama da sétima arte, este Moneyball consegue ser um filme interessante se considerarmos que nos dá uma perspectiva sobre os sonhos que não se cumprem mas que, ainda assim, fazem mover as vontades de um Homem.
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"Billy Beane: I hate losing more than I even wanna win."
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6 / 10
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