domingo, 26 de dezembro de 2010

Salt (2010)

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Salt de Phillip Noyce, o mestre dos filmes de acção e espionagem, tem desta vez como protagonista a actriz Angelina Jolie num registo de acção e intriga que não lhe ficam mesmo nada mal apesar deste papel não ter sido inicialmente escrito para ela mas sim para Tom Cruise. Detalhes...
E digo que são detalhes sem qualquer pudor pois esta excelente actriz não deve nada do seu talento a ninguém. Consegue suportar qualquer tipo de filme marcando vincadamente o seu próprio espaço sem servir de secundária ou de apoio a ninguém. Sim, foi o meu voto de apoio a Jolie (não que ela precise dele...).
Evelyn Salt, uma agente da CIA é, durante um interrogatório, acusada de ser uma agente russa infiltrada na agência norte-americana como forma de poder, sem suspeitas, assassinar o Presidente do país.
Até aqui nada de novo ou que separe este de tantos e tantos outros filmes do género que acabam por ter esta premissa como a principal... o assassinato do todo poderoso Presidente dos Estados Unidos. Dito isto, aquilo que poderá distanciar este de outros filmes, mesmo correndo novamente o risco de não ser novo, é o facto de ser inserido aqui uma tema interessante como o de agentes russos criados desde novos em território norte-americano (ou por Americanos) ao estilo de "agentes adormecidos" e que, um dia, despertam para cumprir a sua missão.
Noyce especialista neste género de filmes e que já nos entregou verdadeiras pérolas do género como O Coleccionador de Ossos ou Perigo Imediato bem como Calma de Morte e Violação de Privacidade, mostra que o estilo não está gasto e que ninguém como ele consegue dar vida a uma história cheia de tramas e de enredos e também que nos reserva sempre uma surpresa bem lá no final.
Do elenco credível e coeso fazem parte, além de Angelina Jolie, os actores Liev Schreiber e Chiwetel Ejiofor. O trio revela-se muito coeso e funcionam na perfeição. Todos contribuem de forma decisiva para os momentos tanto mais de suspense como nos de acção. Simplesmente funcionam algo que, neste género de filmes é por vezes complicado de conseguir parecendo que cada um puxa para o seu lado.
Retirando isto pouco há mais a dizer deste filme (não que isso seja negativo atenção), simplesmente há a acrescentar que está repleto de intensos momentos de acção, perseguições sem fim e uma banda-sonora à altura que completam aquilo que esperamos de um verdadeiro filme de acção sem que ele caia no banal ou em segmentos repetitivos.
Sem sombra de dúvida este é um filme a reter e, dentro do género, um dos melhores com que este ano nos brindaram no cinema.
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7 / 10
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