Para Onde o Vento Sopra de Tom Barman era um daqueles filmes de que já ouvira falar bem (ao mesmo tempo que ouvia relatos de ser um filme "estranho"), e considerando ser mais um exemplar Europeu, a minha curiosidade estava ao rubro.
Já sabia ser um filme que se centrava em várias histórias e que a uma dada altura estas se cruzam. Sabia que muita da crítica elevava este filme como um dos melhores do ano no cinema Europeu e, como tal, estava com alguma expectativa para com o que iria ver.
No entanto, e como sempre suspeito, quando as expectativas são altas e a crítica fala muito bem de um dado filme das duas uma... ou é de facto um daqueles filmes que ficará para sempre na nossa memória, ou então um daqueles que rapidamente queremos esquecer.
Este é daqueles que não me importo de esquecer. É certo que em termos de banda-sonora, da autoria do próprio Tom Barman, o filme está praticamente irrepreensível e consegue cativar-nos na maioria dos temas (há sempre uns quantos de que não gostamos mas não se torna relevante), e também que no que diz ao trabalho de fotografia da autoria de Renaat Lambeets, este filme consegue ter um dos seus pontos mais elevados captando muito bem a atmosfera da cidade de Antuérpia onde a acção se desenrola.
Mas de resto o filme apenas se centra em contar, ao de leve, as vidas bastante inadaptadas de um conjunto de pessoas e de um em particular que parece acumular os males e desencantos de todos os outros enquanto tentam, ao mesmo tempo, reflectir e teorizar sobre esses mesmos males do mundo.
Pessoalmente não me impressionou assim em nada de concreto. Vê-se.. poderia ter uma muito menor duração que faria melhor efeito e contava exactamente o mesmo e, não aborrecia tanto quando chegasse a hora e meia de filme.
Resumidamente mais não é do que umas tentativas para filmar uns quantos planos interessantes e floreá-los com uma banda-sonora com alguma qualidade pelas ruas de uma das mais importantes cidades belgas... Dito isto... Bom... Está tudo dito...
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3 / 10
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