terça-feira, 15 de março de 2011

Beerfest (2006)

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Beerfest de Jay Chandrasekhar é uma hilariante e grandiosa demais comédia a quem ninguém consegue ficar indiferente... seja de que perspectiva fôr... Quer pelas suas piadas, quer pelas situações originadas ao longo do filme ou até mesmo pelas interpretações tresloucadas e levadas ao limite, este filme é um claro vencedor do género.
Tudo se desenrola a partir do momento em que um grupo de americanos amantes de cerveja se deslocam a um concurso daqueles que a bebem por desporto num local muito ao estilo do Fight Club... mas sem pancadaria. Aqui encontram-se com um grupo de alemães, profissionais no que toca a beber a respectiva, que os humilha e acusa de roubo de uma antiga receita de uma cerveja milagrosa...
Bom, escusado será dizer que a partir daqui passamos literalmente todo o filme a ver o maior número de situações sem qualquer nexo e totalmente absurdas mas que por serem feitas com uma genialidade e comédia francamente boas conseguem não só ter a nossa atenção como de facto nos divertirem.
O grupo de actores onde se destacam nomes como Jürgen Prochnow, Cloris Leachman e Mo'Nique em prestações secundárias ou até o próprio Jay Chandrasekhar, funciona de uma forma tão coesa que todas as personagens são indispensáveis para o funcionamento das demais. Nada ou ninguém estão despropositados neste filme.
O argumento da autoria de Jay Chandrasekhar, Paul Soter, Kevin Heffernan, Steve Lemme e Erik Stolhanske é um puro delírio do maior número de absurdos possíveis de concentrar num único filme. E é exactamente isso que o faz funcionar. São delírios e situações muito "fora" que resultam em brilhantes momentos de comédia e de distracção. Que o confirmam a tortura da cerveja... As experiências feitas com a mesma para o melhor funcionamento... do cérebro... e tantos, tantos outros momentos que são absurdos demais para alguém se lembrar sequer deles.
Ninguém, mas ninguém mesmo, pelo menos uma vez neste filme foi incapaz de soltar uma gargalhada genuína. Isto é simplesmente impossível.
Eu, que normalmente suspeito sempre destas comédias feitas quase que para tapar buracos numa qualquer parede imaginária, não fui capaz de lhe resistir e assumo sem qualquer complexo que este filme é, dentro do estilo, uma pérola. Distrai, tem uma história divertida e sem dúvida imaginativa e com um conjunto de actores insuspeito e que provavelmente não imaginariamos a fazer parte desta história mas que, por algum milagre, fazem. Puro e divertido entretenimento que não deve passar ao lado de nenhum verdadeiro amante de boa, e sem qualquer limite, comédia.
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7 / 10
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