Os Lobos de Wall Street de David DeCoteau é aquilo a que facilmente se pode chamar de um desinteressante filme que não se conseguiu assumir em nenhum estilo concreto tendo, no entanto, tentado roçar o drama, o suspense, o terror, o erótico e terminado com sucesso no absurdo.
A história deste filme parte com a chegada de Jeff (William Gregory Lee) a Nova York, à procura do seu primeiro emprego como corretor. Se de início a crise pós-11 de Setembro parece cortar-lhe as pernas, quando conhece Annabella (Elisa Donovan) tudo se encaminha conseguindo então o tão ambicionado trabalho na corretora de maior sucesso de Wall Street.
Depois de duras provas e de uma entrada fulgurante nesta corretora, os pequenos grandes problemas começam a surgir e toda a vida de Jeff começa tão ou mais rapidamente a mudar face aos constantes desafios dos seus novos e sinistros patrões.
Pelo título do filme conseguimos facilmente perceber aquilo que nos espera nesta suposta incursão pelo terror (que nunca surge) roça claramente o temática dos lobisomens que aqui deixam a pacata cidade do interior para atacarem literalmente na Big Apple. Pois... isto até seria muito bonito, e algo interessante, se não deixassem o terror para segundo plano concentrando-se muito mais a atenção num conjunto de tipos que passa o tempo a fingir que trabalha e depois ao final do dia lá resolvem ter umas tipas lá pelo escritório que, no final de uma farra... comem... e por comer podemos imaginar tudo aquilo que quisermos pois, na prática, tudo o que imaginamos deve (nunca chegamos a ver) acontecer.
Assim, algo que poderia ter algum (mínimo) interesse não o chega a ter. A relação amorosa entre o par protagonista é assombrada pela vida profissional de um deles que tão depressa está no auge como na fossa bem como pelos constantes clichés de "não deixes o teu trabalho afectar a nossa relação que inicialmente nem deveria acontecer mas que todos sabemos TER de acontecer", e finalmente pelo suposto terror que não existe e que dá lugar a alguns momentos eróticos que qualquer produção de segunda categoria manhosa conseguiria fazer com muito mais qualidade... Ah, esperem... isto é uma produção manhosa se segunda categoria e ainda assim... não resultou!
Este filme em nada adianta além de que quando termina percebemos ter passado cerca de uma hora e meia da nossa vida com uma produção que todos percebemos ter sido um desperdício de tempo e de dinheiro ter sido feita.
E se isto tudo não chegar para se perceber que não vale a pena, basta referir que os actores parecem ter todos saído de uma produção manhosa de um qualquer filme porno-erótico e que o Eric Roberts é a figura principal que funciona como chamariz para os espectadores (pobres de nós) vermos este filme.
Resumindo o que já vai longo sem qualquer justificação possível... este filme funciona bem quando queremos apenas e só ver um daqueles filmes manhosos, mas tão manhosos, que sabemos perfeitamente que nada de bom, de útil ou de interessante vai sair daqui. De resto, pouco importa se são vampiros, lobisomens, ET's, duendes ou ogres... este filme poderia ser feito com qualquer um deles, ou todos ao mesmo tempo, que em nada tornaria o filme "menos mau"... porque isso sim é aquilo que ele é... MAU!!!
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