sexta-feira, 6 de abril de 2012

Mole (2001)

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Mole - Presos no Escuro de Richard Mauro e Anthony Savini é algo que facilmente se pode chamar de mau filme. Mau, tão mau que me custa perceber como é que se gasta dinheiro (seja lá a quantidade que fôr), a fazer uma coisa destas. Sim, chamemos-lhe "coisa".
Tudo começa com o estranho desaparecimento e consequente morte de algumas pessoas junto a túneis que vão dar aos subterrâneos de Nova York. A natural curiosidade de uma repórter faz com que queira ter um exclusivo ao descobrir quem terá morto aquelas pessoas.
A sua investigação leva-a a encontrar quem conheça os túneis e pôr em marcha uma igualmente estranha excursão aos subterrâneos, descobrir as estranhas criaturas que por lá habitam, as "toupeiras", que reza a lenda nunca viram a luz do dia, com o doentio fim de alcançar a sua fama e ter o seu sucesso custe o que custar. Conseguirá esta repórter alcançar o que tanto quer?
A premissa até poderia ser interessante se o objectivo deste filme fosse criar algum medo e suspense e tornar os infindáveis túneis em algo de assustador. No entanto, e há excepção de alguns grunhidos que podiam ter sido feitos por alguém com um pesadelo, o que é certo é que já vi condução mais assustadora na estrada do que aquela que aqui é feita com uma câmara.
As filmagens são muito más... reformulo... os actores são muito maus... as filmagens limitam-se a ser más. O efeito de câmara na mão que parece ter ganho de há uns anos para esta parte, um estatuto quase de culto para quando se faz um filme de "terror" (que aqui... não existe), ganham uma dimensão assustadora sim, mas pelo mau que é. Os actores, como referi, são francamente maus pois percebemos claramente que andam por ali a vaguear como se procurassem algo que eles próprios nem sabem o que será. Estão por ali, gritam um bocado, fingem que se assustam, chegam ao ponto de se tornarem um pouco animalescos e tal... e depois tudo acaba sem nem eles nem nós percebermos o que se passou pelo meio. Sim, momentos existem em que parecia que estava a "ver" o Branca de Neve do João César Monteiro.
Banda-sonora... não tem... argumento? Ficou algures que não no filme. Actores? Eh pá... eles devem dizer que são mas eu tenho as minhas SÉRIAS dúvidas... Coerência... bom, deve ter ficado no mesmo local do argumento... Local esse que não sabemos lá muito bem onde se encontra.
Sentido? Sim, esse tem... por incrível que pareça consegue "metê-lo" lá pelo meio e mostrar que as ideias pré-concebidas que temos daqueles que levam uma vida marginal e bem diferente dos modelos socialmente aceites como correctos podem, por vezes, esconder uma certa Humanidade que aqueles que levam vidas certas e aceites conseguem facilmente esquecer em nome dos seus benefícios imediatos.
Não que isto ajude a salvar seja o que fôr deste filme, pois ele não passa de francamente mau, mas lá consegue transmitir essa muito pequena ideia para o espectador que, no final, ainda consiga estar atento e não com uma qualquer paragem cerebral.
Uma opinião final sobre "isto"? Fujam... fujam muito rapidamente se o virem por perto.
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acho que tenho de começar a atribuir 0's <--- 1 / 10
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