Lo Smalto Nero de Simone Caridi é uma curta-metragem italiana de género fantástico que nos remete para um universo muito próximo ao do Capuchinho Vermelho e as suas aventuras no bosque onde é perseguida pelo lobo mau.
Num local um homem escreve sobre a complicada e perigosa viagem através de um bosque que uma jovem terá de efectuar. Estes dois seres estão ligados de uma forma incontornável e um depende do outro para o seu próprio sucesso, sendo que a jovem denota um comportamente predador e determinado a livrar-se das amarras que o destino - ou talvez não - parecem querer impôr-lhe.
É neste mesmo caminho que se atravessa um lobo que não tão ameaçador como a jovem mas que, também ele, parece querer reescrever a sua própria história. No final quem será que vive realmente na sombra de quem?
O argumento da autoria de Simone Caridi remete-nos para a fundamental questão sobre quem controla realmente as nossas próprias vidas; aqueles que nos indicam os nossos primeiros passos ou o "eu" interior que, em primeira e última análise, será quem irá acarretar com todas as consequências das escolhas individuais que se tomam num percurso (a vida) que se escolhe.
Caridi leva-nos igualmente a pensar sobre até que ponto cada um se liberta das amarras que toldam a livre escolha, sejam elas familiares, sociais ou profissionais e que limitam o bom rumo de uma vida que se quer independente. Afinal, o que aconteceria se o "criador" desaparecesse obrigando assim cada um de "nós" a pensar e escolher livremente? No final quem é "maior"... o indivíduo ou o seu criador... a personagem ou o seu mestre?
Inteligente a forma como recorre a um conto infantil para tecer considerações sobre a individualidade e o livre pensamento, a curta-metragem de Caridi é ainda um trunfo no que diz respeito à sua execução técnica nomeadamente na direcção de fotografia também a cargo do próprio realizador que capta de forma inteligente os cantos mais obscuros de uma floresta impenetrável bem como as suas sombras, assim como o guarda-roupa de Giulia Danese e Daniela Lanteri que nos coloca perante aquilo que esperamos de um filme de "época".
Lo Smalto Nero capta uma inteligente e apurada dimensão de filme negro ao recorrer a uma inspitação do tradiconal conto dos irmãos Grimm e aproxima-o do seu público por lhe conferir um aspecto social que o obriga a pensar sobre a sua própria individualidade.
Num local um homem escreve sobre a complicada e perigosa viagem através de um bosque que uma jovem terá de efectuar. Estes dois seres estão ligados de uma forma incontornável e um depende do outro para o seu próprio sucesso, sendo que a jovem denota um comportamente predador e determinado a livrar-se das amarras que o destino - ou talvez não - parecem querer impôr-lhe.
É neste mesmo caminho que se atravessa um lobo que não tão ameaçador como a jovem mas que, também ele, parece querer reescrever a sua própria história. No final quem será que vive realmente na sombra de quem?
O argumento da autoria de Simone Caridi remete-nos para a fundamental questão sobre quem controla realmente as nossas próprias vidas; aqueles que nos indicam os nossos primeiros passos ou o "eu" interior que, em primeira e última análise, será quem irá acarretar com todas as consequências das escolhas individuais que se tomam num percurso (a vida) que se escolhe.
Caridi leva-nos igualmente a pensar sobre até que ponto cada um se liberta das amarras que toldam a livre escolha, sejam elas familiares, sociais ou profissionais e que limitam o bom rumo de uma vida que se quer independente. Afinal, o que aconteceria se o "criador" desaparecesse obrigando assim cada um de "nós" a pensar e escolher livremente? No final quem é "maior"... o indivíduo ou o seu criador... a personagem ou o seu mestre?
Inteligente a forma como recorre a um conto infantil para tecer considerações sobre a individualidade e o livre pensamento, a curta-metragem de Caridi é ainda um trunfo no que diz respeito à sua execução técnica nomeadamente na direcção de fotografia também a cargo do próprio realizador que capta de forma inteligente os cantos mais obscuros de uma floresta impenetrável bem como as suas sombras, assim como o guarda-roupa de Giulia Danese e Daniela Lanteri que nos coloca perante aquilo que esperamos de um filme de "época".
Lo Smalto Nero capta uma inteligente e apurada dimensão de filme negro ao recorrer a uma inspitação do tradiconal conto dos irmãos Grimm e aproxima-o do seu público por lhe conferir um aspecto social que o obriga a pensar sobre a sua própria individualidade.
.
.
7 / 10
.
Sem comentários:
Enviar um comentário