quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Schadenfreude - De Morrer a Rir (2014)

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Schadenfreude - De Morrer a Rir de Leonardo Dias é uma curta-metragem portuguesa de ficção e uma das seleccionadas ao Prémio MOTELx de Melhor Curta-Metragem Portuguesa de Terror na última edição do festival que decorreu em Setembro último no Cinema São Jorge, em Lisboa.
Numa sala dois homens sentam-se para comer. Um mordomo (Leonardo Dias) serve-os enquanto uma sucessão de desastrosos acontecimentos os mutilam e fazem rir.
Conseguirá algum deles sair desta refeição num perfeito estado de integridade física?
Esta curta-metragem de breves cinco minutos apresenta um argumento da autoria de António Carlos Castro, Leonardo Dias e Rui Pereira que pressupõe que a desgraça do "outro" é sempre maior do que a "minha" e, como tal, deixa uma grande margem de manobra para nos rirmos dos trágicos acontecimentos que rodeiam as vidas alheias ignorando que estas podem também fazer parte da nossa própria realidade.
Ainda que com algum engenho para elaborar interessantes e trágicos acontecimentos que ganham vida graças aos mais inesperados e "inocentes" objectos, esta curta-metragem peca pela previsibilidade com que se adivinha o desfecho dos seus intervenientes incluindo aquele que, não participando directamente nas acções, se torna na maior e inesperada vítima - o mordomo.
Tanto um homem (Ricardo Salgado) como o outro (Nuno Crespo), são dois improváveis amigos na medida em que não existe nenhuma comunicação directa entre ambos para além das gargalhadas que a desgraça alheia lhes provoca - talvez esta o único elo de ligação entre ambos - e teria sido interessante, mesmo percebendo as limitações temporais de uma curta-metragem, encontrar pontos de ligação a esta relação e ao seu passado (visto que de futuro estamos bem resolvidos).
Simpática sem ser extraordinária e previsivel o suficiente para o espectador saber que não pode esperar muito destas personagens, Schadenfreude - De Morrer a Rir potencializa o "could have been" desta história mais preocupada com o ambiente em seu redor do que propriamente com a coerência dos seus intervenientes.
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5 / 10
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