Vermelho Vivo de David Barros é uma curta-metragem portuguesa de ficção finalista ao Prémio Mov de Melhor Curta-Metragem Portuguesa.
A mulher de Filipe (Telmo Bento) foi assassinada. Quando a investigação aparenta não produzir resultados, ele própria começa a fazer as suas próprias perguntas para descobrir quem é o misterioso assassino.
No entanto, quanto mais Filipe tenta saber, mais retorcidos são os métodos da sua investigação ultrapassando os limites do aceitável.
David Barros, também o autor deste argumento, coloca uma interessante questão ao fazer o espectador questionar-se sobre onde se encontram os reais limites entre a justiça - ou a sua ineficácia - e a acção popular que se desencadeia quando tudo o resto parece não produzir resultados. Será o Homem comum capaz de cometer as maiores barbaridades, as mesmas que condena em situações ditas normais? Conseguirá ele ser tão ou mais cruel que aqueles que cometem o impensável?
Tendo como principal ponto fraco a captação de som que distorce alguns dos segmentos interiores, Vermelho Vivo assume-se como uma interessante curta-metragem dita "amadora" que consegue colocar questões interessantes ao mesmo tempo que entrega alguma originalidade ao género e uma interpretação de Telmo Bento competente e que demonstra ter o potencial e conteúdo suficientes para poder ser um pouco mais.
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7 / 10
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