Foi hoje divulgado pela Academia Portuguesa de Cinema a longa-metragem portuguesa seleccionada para concorrer aos Oscars na categoria de Melhor Filme Estrangeiro e aos Goya da Academia Espanhola de Cinema na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano.
Peregrinação, de João Botelho, longa-metragem filmada durante quatorze semanas na China, Japão, Índia, Malásia, Vietname e Portugal em Lisboa, Sintra, Vila do Conde, Tomar e Sesimbra, foi a escolhida para representar o país nos dois eventos internacionais que se irão realizar a 2 (Goya) e 24 (Oscars) de Fevereiro de 2019.
A longa-metragem de João Botelho que conta com as interpretações de Cláudio da Silva, Cassiano Carneiro, Pedro Inês, Catarina Wallenstein, José Neto, Maya Booth, Pedro Lacerda, Jani Zhao entre outros, foi nomeada a onze prémios Sophia entregues anualmente pela Academia Portuguesa de Cinema tendo sido vencedora de três nas categorias de Melhor Maquilhagem e Cabelos (Rita de Castro e Filipe Muiron), Melhor Caracterização/Efeitos Especiais (Nuno Esteves) e Melhor Guarda-Roupa (Sílvia Grabowski e Joana Veloso), centra-se a partir de Março de 1537 quando Fernão Mendes Pinto (Cláudio da Silva), fugido da miséria da vida parte para a Índia em busca de fama e fortuna. Peregrinação conta assim a viagem e as desventuras do escritor no decurso dos vinte e um anos que se encontrou no Oriente. De aventureiro a peregrino, penitente, embaixador e soldado, traficante mas também escravo, Mendes Pinto foi um pouco de tudo por onde passou. O livro das suas aventuras publicado trinta anos após a sua morte é o primeiro best-seller da língua portuguesa traduzido e publicado em vários línguas pela Europa.
Peregrinação foi ainda nomeado aos Sophia de Melhor Realização (João Botelho), Melhor Actor (Cláudio da Silva), Melhor Actriz Secundária (Catarina Wallenstein), Melhor Argumento Adaptado (João Botelho), Melhor Montagem (João Braz), Melhor Fotografia (Luís Branquinho), Melhor Música Original (Luís Bragança Gil e Daniel Bernardes) e Melhor Som (Francisco Veloso, Paulo Abelho e Tiago Inuit) nesta que é a terceira representação de João Botelho para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro depois de Tempos Difíceis (em 1988) e Três Palmeiras (em 1994) e a primeira para o Goya de Melhor Filme Ibero-Americano.
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