Aula de Condução de André Santos e Marco Leão é uma curta-metragem portuguesa de ficção presente na secção competitiva Nacional do Córtex - Festival de Curtas-Metragens de Sintra a decorrer no Centro Cultural Olga de Cadaval.
Enquanto aprende a conduzir, um Rapaz (João Soares Reis), uma Mulher mais velha (Maria João Pinho) passeia a sua idosa cadela pela floresta. Os dois encontram-se e revelam-se.
A curta-metragem da dupla André Santos e Marco Leão que já nos havia entregue Infinito (2011) e Má Raça (2013) rapidamente se transforma num filme onde os silêncios escondem emoções, sensações ou desejos de experiências aparentemente proibidas que atravessam o coração deste rapaz que percebe e sente estar a crescer e a despertar para uma nova realidade.
Quase como uma aparente comparação, Aula de Condução deixa em aberto aquilo que está realmente a ser ensinado; o manejar de um automóvel em que um jovem pretende ter a sua própria mobilidade e independência ou, ao mesmo tempo, o próprio despertar de uma sexualidade até então apenas imaginada e sonhada que agora encontra naquela mulher mais velha a "professora" pela qual tanto esperava.
Num registo em que os silêncios imperam - elemento aliás comum às anteriores curtas-metragem da dupla Santos e Leão - Aula de Condução encontra nas estradas e nos recantos da Serra de Sintra o espaço ideal para este(s) encontro(s) tido(s) num silêncio necessário pelo ainda tabu que é uma relação - ou affair - onde a diferença de idades é notória. De um momento casual - mas não banal - a um elemento importante da transformação da vida de ambos, esta curta-metragem revela um fruto quase proibido mas que, no entanto, não deixa de ser desejado, firmado e comprovado pelos seus dois intervenientes.
Tão natural como o próprio despertar de sentimentos e da sexualidade, Aula de Condução deixa o espectador embrenhar-se nos já referidos silêncios, num ambiente enigmático que nunca confirma o antes ou o depois assumindo-se, apesar de tudo, que este é um de muitos encontros.
Distante de um francamente frágil Infinito e muito mais próximo de um ambiente tenso e francamente dinâmico tido com Má Raça, Aula de Condução comprova uma agora - esperada - continuidade de filmes que silenciosamente colocam a tensão a um nível mais elevado incomodando não só o espectador como principalmente as suas expectativas para o futuro próximo... das suas personagens e também daquilo que esperar como a próxima obra dos realizadores.
A curta-metragem da dupla André Santos e Marco Leão que já nos havia entregue Infinito (2011) e Má Raça (2013) rapidamente se transforma num filme onde os silêncios escondem emoções, sensações ou desejos de experiências aparentemente proibidas que atravessam o coração deste rapaz que percebe e sente estar a crescer e a despertar para uma nova realidade.
Quase como uma aparente comparação, Aula de Condução deixa em aberto aquilo que está realmente a ser ensinado; o manejar de um automóvel em que um jovem pretende ter a sua própria mobilidade e independência ou, ao mesmo tempo, o próprio despertar de uma sexualidade até então apenas imaginada e sonhada que agora encontra naquela mulher mais velha a "professora" pela qual tanto esperava.
Num registo em que os silêncios imperam - elemento aliás comum às anteriores curtas-metragem da dupla Santos e Leão - Aula de Condução encontra nas estradas e nos recantos da Serra de Sintra o espaço ideal para este(s) encontro(s) tido(s) num silêncio necessário pelo ainda tabu que é uma relação - ou affair - onde a diferença de idades é notória. De um momento casual - mas não banal - a um elemento importante da transformação da vida de ambos, esta curta-metragem revela um fruto quase proibido mas que, no entanto, não deixa de ser desejado, firmado e comprovado pelos seus dois intervenientes.
Tão natural como o próprio despertar de sentimentos e da sexualidade, Aula de Condução deixa o espectador embrenhar-se nos já referidos silêncios, num ambiente enigmático que nunca confirma o antes ou o depois assumindo-se, apesar de tudo, que este é um de muitos encontros.
Distante de um francamente frágil Infinito e muito mais próximo de um ambiente tenso e francamente dinâmico tido com Má Raça, Aula de Condução comprova uma agora - esperada - continuidade de filmes que silenciosamente colocam a tensão a um nível mais elevado incomodando não só o espectador como principalmente as suas expectativas para o futuro próximo... das suas personagens e também daquilo que esperar como a próxima obra dos realizadores.
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