Auschwitz - La Fábrica de Muerte de Álvaro Dorado é um documentário espanhol centrado no período da Segunda Guerra Mundial e, mais concretamente, no campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau conhecido como sendo o maior e mais mortífero campo de morte daquele período específico.
O realizador que aqui também assumiu as funções de argumentista expondo de forma clara e minuciosa enquanto boletim informativo sobre o período em questão e o campo, dividiu este documentário em seis momentos concretos que introduzem o espectador nos negros tempos da década de '30 e '40 do século passado. Ainda fora desses subtemas em específico, Auschwitz - La Fábrica de Muerte introduz o espectador ao momento em que o campo de Buchenwald é aberto ao público alemão no final da guerra, demonstrando-lhes uma ínfima parte dos horrores nazis para que a memória não permitisse tais crimes saírem impunes ou, pelo menos, esquecidos. Da forma como o silêncio deu à barbárie um aval improvável, este documentário passa ao seu primeiro segmento com a temática do Ódio. É com um breve vislumbre à temática das leis de Nuremberga e a propagação da temática da xenofobia e leis raciais que o regime nazi se propaga rapidamente pelo país e sua regiões adjacentes como a Áustria e a Boémia, incitando à problemática do ódio através de uma imparável máquina de propaganda de Goebbels que utilizava todos os meios disponíveis para criar um inimigo comum da Alemanha... os judeus. Da propaganda à publicidade, de simples jogos infantis ao cinema sem esquecer a própria imprensa, todos os meios serviam para que este bárbaro regime conseguisse passar a sua mensagem e criar uma mentalidade única de um inimigo que se preparava para destruir a dita "nação ariana" tendo criado, inclusive, o primeiro campo de concentração em Dachau para aqueles que inicialmente se opunham aos ideais do regime.
O segundo tomo deste documentário intitulado de Guerra, introduz o espectador nos instantes iniciais deste conflito em 1939. Das declarações de animosidade aos avisos envoltos num espírito ultra-nacionalista, o espectador é levado à Polónia invadida e ocupada pelas tropas alemãs através de imagens da época mas também com o recurso a algumas filmagens recentes onde se tenta chegar à ideia da Varsóvia de então e aquilo que ainda resiste na capital desse período tão negro.
É com a ideia de que pouco resiste no país - e mais concretamente na cidade - onde tudo teve de ser reconstruído e recuperado que se dá lugar ao terceiro momento do documentário com a temática da Ocupação, reflectindo sobre a cidade de Varsóvia primeiro ocupada, depois dividida e finalmente espoliada de todo o seu património humano e arquitectónico chegando finalmente ao quarto momento referente ao Transporte. Aqui o espectador é inserido nos transportes em massa para os campos de concentração feitos essencialmente através das linhas de caminho-de-ferro e nas carruagens de transporte de animais onde milhares de pessoas foram levadas - e nas quais muitas encontraram o seu fim - para os campos de morte.
É então no quinto momento, Concentração que é dado a conhecer o campo de concentração de Auschwitz, o seu início e a sua ampliação para o complexo de Birkenau, através de uma viagem pelo campo de concentração agora museu dedicado ao Holocausto, onde milhares de pessoas encontraram o seu final através de trabalhos forçados, tortura física e psicológica e onde a brutalidade era a única forma de lei e ordem imposta pelo regime que desumanizava a cada momento aqueles que detivera de forma bárbara. Finalmente, e directamente relacionado com este último ponto, o espectador chega ao sexto segmento intitulado Extermínio, no qual é analisado todo o processo de eliminação sistemática dos detidos no campo de concentração tanto nos árduos trabalhos forçados a que eram sujeitos, pelas experiências médicas perpetradas por Josef Mengele e ainda através do fim último nas câmaras de gás e finalmente na incineração sem esquecer as marchas da morte a que foram votados os sobreviventes antes da libertação do campo em Janeiro de '45.
Ainda que Auschwitz - La Fábrica de Muerte não seja o mais exemplar dos documentários sobre o campo ou mesmo sobre o Holocausto, o realizador Álvaro Dorado consegue, ainda assim, dirigir um interessante e didáctico filme que consegue não só abordar os momentos fundamentais da formação do ódio bem como contextualizar historicamente toda a loucura que povoou o imaginário humanos daqueles anos, sem esquecer a formação e horrores que o campo de concentração testemunhou como o símbolo último de toda a barbárie humana. De forma trágica e emotiva, este documentário confere ainda ao espectador breves momentos do interior dos edifícios do campo de concentração onde viveram de forma desumana milhares de pessoas e observar alguns dos objectos que foram deixados para trás no final de toda a desumanização que ali foi experimentada e vivida.
Como todos os documentários desta temática, Auschwitz - La Fábrica de Muerte é acima de tudo um importante testemunho de uma situação limite da condição humana, um importante documento histórico passível de ser revelado a inúmeros jovens como instrumento de trabalho escolar e sobretudo mais um importante documento para que a História não se repita e principalmente não se permita a cair no esquecimento.
O realizador que aqui também assumiu as funções de argumentista expondo de forma clara e minuciosa enquanto boletim informativo sobre o período em questão e o campo, dividiu este documentário em seis momentos concretos que introduzem o espectador nos negros tempos da década de '30 e '40 do século passado. Ainda fora desses subtemas em específico, Auschwitz - La Fábrica de Muerte introduz o espectador ao momento em que o campo de Buchenwald é aberto ao público alemão no final da guerra, demonstrando-lhes uma ínfima parte dos horrores nazis para que a memória não permitisse tais crimes saírem impunes ou, pelo menos, esquecidos. Da forma como o silêncio deu à barbárie um aval improvável, este documentário passa ao seu primeiro segmento com a temática do Ódio. É com um breve vislumbre à temática das leis de Nuremberga e a propagação da temática da xenofobia e leis raciais que o regime nazi se propaga rapidamente pelo país e sua regiões adjacentes como a Áustria e a Boémia, incitando à problemática do ódio através de uma imparável máquina de propaganda de Goebbels que utilizava todos os meios disponíveis para criar um inimigo comum da Alemanha... os judeus. Da propaganda à publicidade, de simples jogos infantis ao cinema sem esquecer a própria imprensa, todos os meios serviam para que este bárbaro regime conseguisse passar a sua mensagem e criar uma mentalidade única de um inimigo que se preparava para destruir a dita "nação ariana" tendo criado, inclusive, o primeiro campo de concentração em Dachau para aqueles que inicialmente se opunham aos ideais do regime.
O segundo tomo deste documentário intitulado de Guerra, introduz o espectador nos instantes iniciais deste conflito em 1939. Das declarações de animosidade aos avisos envoltos num espírito ultra-nacionalista, o espectador é levado à Polónia invadida e ocupada pelas tropas alemãs através de imagens da época mas também com o recurso a algumas filmagens recentes onde se tenta chegar à ideia da Varsóvia de então e aquilo que ainda resiste na capital desse período tão negro.
É com a ideia de que pouco resiste no país - e mais concretamente na cidade - onde tudo teve de ser reconstruído e recuperado que se dá lugar ao terceiro momento do documentário com a temática da Ocupação, reflectindo sobre a cidade de Varsóvia primeiro ocupada, depois dividida e finalmente espoliada de todo o seu património humano e arquitectónico chegando finalmente ao quarto momento referente ao Transporte. Aqui o espectador é inserido nos transportes em massa para os campos de concentração feitos essencialmente através das linhas de caminho-de-ferro e nas carruagens de transporte de animais onde milhares de pessoas foram levadas - e nas quais muitas encontraram o seu fim - para os campos de morte.
É então no quinto momento, Concentração que é dado a conhecer o campo de concentração de Auschwitz, o seu início e a sua ampliação para o complexo de Birkenau, através de uma viagem pelo campo de concentração agora museu dedicado ao Holocausto, onde milhares de pessoas encontraram o seu final através de trabalhos forçados, tortura física e psicológica e onde a brutalidade era a única forma de lei e ordem imposta pelo regime que desumanizava a cada momento aqueles que detivera de forma bárbara. Finalmente, e directamente relacionado com este último ponto, o espectador chega ao sexto segmento intitulado Extermínio, no qual é analisado todo o processo de eliminação sistemática dos detidos no campo de concentração tanto nos árduos trabalhos forçados a que eram sujeitos, pelas experiências médicas perpetradas por Josef Mengele e ainda através do fim último nas câmaras de gás e finalmente na incineração sem esquecer as marchas da morte a que foram votados os sobreviventes antes da libertação do campo em Janeiro de '45.
Ainda que Auschwitz - La Fábrica de Muerte não seja o mais exemplar dos documentários sobre o campo ou mesmo sobre o Holocausto, o realizador Álvaro Dorado consegue, ainda assim, dirigir um interessante e didáctico filme que consegue não só abordar os momentos fundamentais da formação do ódio bem como contextualizar historicamente toda a loucura que povoou o imaginário humanos daqueles anos, sem esquecer a formação e horrores que o campo de concentração testemunhou como o símbolo último de toda a barbárie humana. De forma trágica e emotiva, este documentário confere ainda ao espectador breves momentos do interior dos edifícios do campo de concentração onde viveram de forma desumana milhares de pessoas e observar alguns dos objectos que foram deixados para trás no final de toda a desumanização que ali foi experimentada e vivida.
Como todos os documentários desta temática, Auschwitz - La Fábrica de Muerte é acima de tudo um importante testemunho de uma situação limite da condição humana, um importante documento histórico passível de ser revelado a inúmeros jovens como instrumento de trabalho escolar e sobretudo mais um importante documento para que a História não se repita e principalmente não se permita a cair no esquecimento.
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