Kuso de Flying Lotus é uma longa-metragem norte-americana presente na secção Serviço de Quarto da décima-primeira edição do MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa que decorre até ao próximo Domingo no Cinema São Jorge, em Lisboa.
Depois de um devastador terramoto atingir a cidade de Los Angeles, o espectador acompanha um conjunto de sobreviventes bem como à sua estranha e grotesca existência.
Apresentado como um filme sensação pelos diversos festivais de cinema por onde já passou, esta história cujo argumento é assinado pelo realizador em colaboração com David Firth é literalmente aquilo que qualquer um de nós pode chamar de um filme de merda. Que me desculpem os mais puritanos pela linguagem - que existe no dicionário de língua portuguesa por isso... não entremos em nenhum fanatismo puritano -, mas Kuso é sob todas as possíveis e imaginadas vertentes... um filme de merda. Senão, vejamos...
Depois do tão badalado terramoto do qual o espectador não é testemunha, encontramos todo um conjunto de bizarras e alternativas personagens marcadas por intensos furúnculos faciais e demais deformações físicas que passam por chagas e aparentes mutilações, cujo único propósito é o elogio à deformação, ao anormal e à aberração voluntária alternando entre personagens reais e fictícias como que todas elas saídas do mais profundo espaço do intestino do planeta. Não, não nos encontramos perante demónios... encontramo-nos sim perante os excrementos que ousaram sair das profundezas da Terra aqui apresentados como "humanos"... bem alternativos.
Tudo - das personagens ao espaço que habitam sem esquecer a sua própria apresentação - é do mais profundo asqueroso que qualquer espectador pode imaginar. Entre a excitação pela violência à existência de fezes humanas em forma de cus anormais, aqui podemos encontrar de tudo. Sado-masoquismo, mutilação, auto flagelação, infecções que se sucedem entre segmentos de ficção e de animação que parecem querer dar vida a um estranho e bizarro pesadelo onde o susto reina pela deformação e pelo aspecto asqueroso que cada uma destas personagens parece querer personificar.
Pelo meio reina a coprofagia - necessidade de ingestão de fezes - e por "necessidade" quero realmente dizer que existe uma constante em Kuso que leva as suas personagens a conviver com fezes que falam, que existem mais altas do que seres humanos já criados, que emergem de todos os locais, que servem de alimentação, como pretexto de excitação sexualmente e que levam alguns dos intervenientes a gostarem de nelas se banhar ou mesmo sair de sanitas onde outros acabaram de se aliviar - eis o filme de "merda" a ganhar vida - e tudo como se fosse uma prática normal... com ou sem terramoto.
Acredito em movimentos vanguardistas que pretendem possibilitar ao espectador novas abordagens quer sob a forma de filmar ou até mesmo na capacidade de contar histórias de outras formas que vão para lá do tradicional. No entanto, Kuso é um projecto que apenas se concentra em dar vida a devaneios pseudo-artísticos do seu realizador (con)centrado no choque pelo grotesco, no espectador apenas como forma de um lucro fácil tentando criar um filme porno que não o chega a ser - poupem-me ao segmento inicial onde o esperma é rei - e um filme apocalíptico onde o fim do mundo apenas chega sob a forma dos seus intérpretes que devem estar no seu fim para ceder a participar em algo como "isto".
Degradante - para quem o fez - humilhante - para o espectador interessado em cinema - e grotesco ou nojento sob todas as possíveis perspectivas pelas quais possa ser observado, Kuso não é o filme mais nojento de sempre... pelo contrário... Kuso é simplesmente a maior aberração cinematográfica dos últimos cem anos e isto não é dito sob a forma de qualquer elogio escondido.
Receptivo que estou e sou a todas as formas de cinema e todas as potenciais histórias que podem, devem e querem ser contadas... Kuso é simplesmente algo tão ou mais deformado do que aquilo que (alguma vez) foi contado onde sexo e merda se juntam como se dois gémeos siameses fossem.
A pior aposta - de sempre - do MOTELx... Cinema? Isto? Não obrigado!
Depois de um devastador terramoto atingir a cidade de Los Angeles, o espectador acompanha um conjunto de sobreviventes bem como à sua estranha e grotesca existência.
Apresentado como um filme sensação pelos diversos festivais de cinema por onde já passou, esta história cujo argumento é assinado pelo realizador em colaboração com David Firth é literalmente aquilo que qualquer um de nós pode chamar de um filme de merda. Que me desculpem os mais puritanos pela linguagem - que existe no dicionário de língua portuguesa por isso... não entremos em nenhum fanatismo puritano -, mas Kuso é sob todas as possíveis e imaginadas vertentes... um filme de merda. Senão, vejamos...
Depois do tão badalado terramoto do qual o espectador não é testemunha, encontramos todo um conjunto de bizarras e alternativas personagens marcadas por intensos furúnculos faciais e demais deformações físicas que passam por chagas e aparentes mutilações, cujo único propósito é o elogio à deformação, ao anormal e à aberração voluntária alternando entre personagens reais e fictícias como que todas elas saídas do mais profundo espaço do intestino do planeta. Não, não nos encontramos perante demónios... encontramo-nos sim perante os excrementos que ousaram sair das profundezas da Terra aqui apresentados como "humanos"... bem alternativos.
Tudo - das personagens ao espaço que habitam sem esquecer a sua própria apresentação - é do mais profundo asqueroso que qualquer espectador pode imaginar. Entre a excitação pela violência à existência de fezes humanas em forma de cus anormais, aqui podemos encontrar de tudo. Sado-masoquismo, mutilação, auto flagelação, infecções que se sucedem entre segmentos de ficção e de animação que parecem querer dar vida a um estranho e bizarro pesadelo onde o susto reina pela deformação e pelo aspecto asqueroso que cada uma destas personagens parece querer personificar.
Pelo meio reina a coprofagia - necessidade de ingestão de fezes - e por "necessidade" quero realmente dizer que existe uma constante em Kuso que leva as suas personagens a conviver com fezes que falam, que existem mais altas do que seres humanos já criados, que emergem de todos os locais, que servem de alimentação, como pretexto de excitação sexualmente e que levam alguns dos intervenientes a gostarem de nelas se banhar ou mesmo sair de sanitas onde outros acabaram de se aliviar - eis o filme de "merda" a ganhar vida - e tudo como se fosse uma prática normal... com ou sem terramoto.
Acredito em movimentos vanguardistas que pretendem possibilitar ao espectador novas abordagens quer sob a forma de filmar ou até mesmo na capacidade de contar histórias de outras formas que vão para lá do tradicional. No entanto, Kuso é um projecto que apenas se concentra em dar vida a devaneios pseudo-artísticos do seu realizador (con)centrado no choque pelo grotesco, no espectador apenas como forma de um lucro fácil tentando criar um filme porno que não o chega a ser - poupem-me ao segmento inicial onde o esperma é rei - e um filme apocalíptico onde o fim do mundo apenas chega sob a forma dos seus intérpretes que devem estar no seu fim para ceder a participar em algo como "isto".
Degradante - para quem o fez - humilhante - para o espectador interessado em cinema - e grotesco ou nojento sob todas as possíveis perspectivas pelas quais possa ser observado, Kuso não é o filme mais nojento de sempre... pelo contrário... Kuso é simplesmente a maior aberração cinematográfica dos últimos cem anos e isto não é dito sob a forma de qualquer elogio escondido.
Receptivo que estou e sou a todas as formas de cinema e todas as potenciais histórias que podem, devem e querem ser contadas... Kuso é simplesmente algo tão ou mais deformado do que aquilo que (alguma vez) foi contado onde sexo e merda se juntam como se dois gémeos siameses fossem.
A pior aposta - de sempre - do MOTELx... Cinema? Isto? Não obrigado!
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