Brújula de Roberto Pérez Toledo é uma curta-metragem espanhola de ficção que leva o espectador até um parque onde dois escuteiros (Sergio San Millán e Jaime Riba) se preparam para falar sobre algo que os incomoda desde a noite anterior.
Poderá um sentimento verdadeiro ser ocultado e viver no silêncio?
Também com argumento do próprio realizador e dirigida no âmbito do World Pride deste ano, Brújula é uma história sobre sentimentos reprimidos e um amor até então não confessado que, no entanto, quando sentido com grande convicção será impossível de silenciar. Quando uma bússola que irá indicar um caminho pretendido parece não funcionar, o amor entre estes dois jovens é, também ele, ainda algo incerto, instável e também com vontade de se confirmar. Ainda que seja desejado e sentido com algum embaraço, o "norte" parece cada vez mais difícil de alcançar e apenas a calma, a paciência e a preponderância parecem resolver aquilo que não está desconcertado.
Recorrendo a algum humor e incerteza, Pérez Toledo cria mais uma das suas curtas-metragens cujo mote principal são as relações humanas - ou a falta delas -, deixando em aberto que o principal a dois é a sua capacidade de amar - em conjunto - e não aquilo que está tradicionalmente estabelecido como uma "norma" que deverá ser seguido. Porque o amor não escolha idades, género ou até mesmo uma altura dita "certa", Brújula é assim uma confirmação de que tal como uma bússola, o amor indicará o caminho certo... ainda que para o resto do mundo possa não o aparentar ser.
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