Perdidos e Achados de Terry Kinney tem um conjunto de actores francamente interessante para que possamos simpatizar e despertar interesse por parte do espectador para com ele... Nomes como Matthew Broderick, Virginia Madsen, Alan Alda, Dylan Baker e Bobby Cannavale fazem parte deste elenco.
Cooper (Broderick) é um tipo com lapsos de memória desde que sofreu um acidente. Quando recebe um pedido de ajuda para levar o tio Rollie (Alda) para um lar, este pensa que a sua única salvação é um cartão de baseball que poderá valer uma pequena fortuna e assim obter a sua independência financeira. No processo reencontra Charlotte (Madsen) uma antiga paixão com quem irá embarcar juntamente com o seu tio numa viagem até Chicago com a finalidade de vender o tão afamado cartão e, pelo caminho aquilo que vamos ter é um conjunto de situações de muitos secundários que tentam aproveitar-se de um Rollie também ele mentalmente afectado e que, tal como ele, querem enriquecer muito rapidamente.
O filme que mistura um pouco de drama com comédia e uma tentativa de um road-movie relativamente moderno e não com as personagens jovens tipo do género, acaba por não vencer em nenhuma das frentes alternando muito rapidamente entre cada uma delas, não lhes conferindo qualquer tipo de cruzamento e logo, nenhum seguimento minimamente lógico para com a sua acção. Esta continuidade até pode existir mas, para o espectador, ele parece não existir de forma tão óbvia.
No que às interpretações diz respeito, mentiria se dissesse que não esperava algo com maior qualidade e profundidade dramática - afinal falamos de uma história que se centra num conjunto de transformações ou processos de mudança importantes para cada uma dessas personagens. Nem mesmo Virginia Madsen, tradicionalmente aquela que, dentro deste elenco, costuma apresentar um conjunto de personagens que vivem essas mudanças e que se assumem em plena descoberta das mesmas. Dito isto, e à excepção de um Bobby Cannavale aprimorado apesar de aparecer muito apagado no seu todo consegue, ainda assim, ser o único dos intérpretes a mostrar que tem algum conteúdo e muit sangue quente por revelar.
De resto este Diminished Capacity não consegue ser nada de exemplar nem de possuir um argumento cnsistente dotado de sentido ou lógica, onde os actores aparentam estar perdidos dentro de uma qualquer confusão indecifrável e pouco concentrados numa história que revela as suas inúmeras pontas soltas impossíveis de serem emendadas. Todos, de uma forma geral, limitam-se simplesmente a "estar lá".
E fazendo uma certa justiça ao seu título em Portugal... tudo parece mais perdido do que propriamente achado revelando ser algo diminuído e não propriamente dignificante caindo, também ele, naquela grande listagem de filmes que são facilmente esquecidos para todo o sempre.
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