Anaconda 3 de Don E. FauntLeRoy é mais um daqueles filmes curiosos, e manhosos, que de conteúdo nada tem mas que consegue divertir seriamente aqueles que de nós lhe conseguem resistir.
Hammett (David Hasselhoff) é um mercenário contratado por Murdoch (John Rhys-Davies) um milionário, para capturar uma anaconda gigante, evadida do laboratório onde se encontra cativa que, através de diversas experiências, pode ajudar à descoberta da cura para várias doenças terminais.
O simples facto deste filme ter um III no seu título e considerando que os seus antecessores já foram mais por si só, já é facto suficiente para perceber que seja lá o que fôr que provém daqui não será sinal positivo em qualquer que seja a parte do mundo onde nos encontremos.
Se juntarmos a este aspecto o facto do actor principal ser David Hasselhoof pós-Marés Vivas e com o aspecto mais manhoso e chunga com que algumas vez brindou os ecrãs, então temos "apenas" mais uma evidência de que precisamos de ter muitas doses de paciência para conseguir sobreviver a este teste.
Os efeitos especiais... bom... como toda a generalidade do filme são algo mau de mais para ser verdade. A anaconda em si é um pobre exemplo de animação gerada por computador que não engana ninguém em circunstância nenhuma e os banhos de sangue consequentes da sua passagem são apenas mais um pobre exemplo daquilo a que estamos a assistir. Ver a anaconda a rebentar com as cabeças das vítimas como se de balões de água se tratassem chega ao ridículo de não se perceber se isto é suposto ser suspense ou comédia.
Há que ser honesto e falar também das interpretações. À excepção dos dois actores já referidos, todos os outros são uns perfeitos desconhecidos e que deve ter sido uma sorte se receberam qualquer tipo de salário por estes desempenhos. Quanto aos principais... Hasselhoff mostra estar igual a si próprio, sendo o perfeito retrato decadente de alguém que em tempos idos era líder de audiências e Rhys-Davies espanta-me como sendo parte deste "projecto".
Finalmente há aquele toque que dá o ar de sua graça a este tipo de filmes que é o facto de, mais uma vez, estes filmes literalmente manhosos serem praticamente todos feitos num qualquer país da Europa de Leste e em que os nativos quase não falam mas grunhem. Quererão os realizadores destes filmes dizer algo que me ultrapassa?
Depois disto tudo será ainda necessário dizer que considero este filme uma experiência completamente rasca?
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