California Dreamin' de Cristian Nemescu que não chegou a ver o seu filme concluído por ter falecido num acidente antes da conclusão do mesmo, tem apenas como actor mais conhecido Armand Assante que aqui interpreta um militar norte-americano que se dirige para uma missão nos Balcãs.
Ao efectuar essa viagem o Capitão Doug Jones (Assante) e o grupo de homens que comanda, tem de passar por uma pequena aldeia romena onde se deparam com Doiaru (Razvan Vasilescu), o encarregado da estação que não quer saber das ordens que Bucareste enviou mas sim de alguém que se responsabilize pela passagem do material bélico pela sua estação.
Esta sua medida irá fazer com que os militares norte-americanos fiquem impedidos de continuar viagem e retidos nesta pequena aldeia romena onde terão não só de lidar com o pequeno precalço como também com a população local que está sedenta de se relacionar com eles das mais diversas formas.
Este filme que tem como grande marco o facto do seu realizador nunca ter assistido à sua estreia, tornando-o assim na sua obra máxima que chegou inclusive a ser galardoada em Cannes, mostra-nos o interior profundo de uma Roménia recentemente aberta ao exterior e às grandes operações militares internacionais que assolaram o leste da Europa no final do século passado.
Encontramos um perfeito choque de civilizações numa altura crucial para a paz (e a guerra) que assolavam uma vez mais o continente. Por um lado uma população recentemente saída de um regime comunista opressor que ansiava por uma abertura ao ocidente e que tem ali o encontro com o seu expoente máximo... os militares norte-americanos. E estes que, longe do seu país e a caminho de mais um conflito, viam naqueles momentos de tranquilidade, de amor e de convívio com aquelas pessoas, uma forma de esquecerem os seus reais propósitos que os levavam a encontrar-se ali perdidos no meio de nenhures.
Temos também o exemplo perfeito de como a burocracia pode parar uma qualquer missão, neste caso a militar, e como é esta mesma que muita vez lança o caos e a desordem em situações que poderiam simplesmente ser... simples.
Finalmente temos a boa e velha história de como mal entendidos do passado que não sejam resolvidos podem assombrar o presente (e o futuro) e determinar assim as vidas de muitos dos seus intervenientes. São estes mesmos ódios alimentados que perturbam e proibem muitas vezes os avanços das sociedades globais e das comunidades locais que acabam assim por nunca recuperar de um passado mal resolvido.
Este filme apesar de interessante e dar um retrato mais ou menos fiel de países que apesar de partilharem o mesmo espaço geográfico que o meu, deles pouco se conhece, não me impressionou como sendo uma obra-prima do género. No entanto, não deixa de ser um bom filme que retrata o dia-a-dia de uma pequena comunidade que poderia ser localizada em qualquer parte do globo e das pequenas e loucas vivências daqueles que dela fazem parte, na ânsia por um dia e um futuro melhor do que aquele a que tem sido sujeitos anos e anos sem fim.
Interessante, mas não brilhante, prima por alguns momentos de descontraída comédia que alegram muitos dos demais monótonos momentos do filme. Mas... vale sempre a pena ver se conseguirmos aguentar a sua excessiva duração que ultrapassa as duas horas de filme.
Este filme que tem como grande marco o facto do seu realizador nunca ter assistido à sua estreia, tornando-o assim na sua obra máxima que chegou inclusive a ser galardoada em Cannes, mostra-nos o interior profundo de uma Roménia recentemente aberta ao exterior e às grandes operações militares internacionais que assolaram o leste da Europa no final do século passado.
Encontramos um perfeito choque de civilizações numa altura crucial para a paz (e a guerra) que assolavam uma vez mais o continente. Por um lado uma população recentemente saída de um regime comunista opressor que ansiava por uma abertura ao ocidente e que tem ali o encontro com o seu expoente máximo... os militares norte-americanos. E estes que, longe do seu país e a caminho de mais um conflito, viam naqueles momentos de tranquilidade, de amor e de convívio com aquelas pessoas, uma forma de esquecerem os seus reais propósitos que os levavam a encontrar-se ali perdidos no meio de nenhures.
Temos também o exemplo perfeito de como a burocracia pode parar uma qualquer missão, neste caso a militar, e como é esta mesma que muita vez lança o caos e a desordem em situações que poderiam simplesmente ser... simples.
Finalmente temos a boa e velha história de como mal entendidos do passado que não sejam resolvidos podem assombrar o presente (e o futuro) e determinar assim as vidas de muitos dos seus intervenientes. São estes mesmos ódios alimentados que perturbam e proibem muitas vezes os avanços das sociedades globais e das comunidades locais que acabam assim por nunca recuperar de um passado mal resolvido.
Este filme apesar de interessante e dar um retrato mais ou menos fiel de países que apesar de partilharem o mesmo espaço geográfico que o meu, deles pouco se conhece, não me impressionou como sendo uma obra-prima do género. No entanto, não deixa de ser um bom filme que retrata o dia-a-dia de uma pequena comunidade que poderia ser localizada em qualquer parte do globo e das pequenas e loucas vivências daqueles que dela fazem parte, na ânsia por um dia e um futuro melhor do que aquele a que tem sido sujeitos anos e anos sem fim.
Interessante, mas não brilhante, prima por alguns momentos de descontraída comédia que alegram muitos dos demais monótonos momentos do filme. Mas... vale sempre a pena ver se conseguirmos aguentar a sua excessiva duração que ultrapassa as duas horas de filme.
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