segunda-feira, 23 de maio de 2011

A Mulher do Soldado (2008)

A Mulher do Soldado de Artur Ribeiro é um dos telefilmes que a TVI produziu no segmento de Casos da Vida e este conta com as participações de Sandra Santos e Gustavo Vargas nos desempenhos principais e secundados por actores como Nicolau Breyner, Pedro Lamares, Teresa Madruga e Cândido Ferreira.
Esta história começa com a ida de João (Vargas) numa missão para o Iraque e que deixa para trás Marlene (Santos) a sua mulher grávida.
Notamos que existe alguma tensão entre João e António (Ferreira), que considera que o genro apenas parte para outro país para matar mulheres e crianças. Factor este que gera também discordia entre António e José (Breyner), pai de João, e que os leva a acesas discussões no café da aldeia.
Quando João regressa, já nascido o seu filho, nota-se que vem distante e indiferente para a família. Sabemos então que tem stress pós-traumático e que se recusa a ser acompanhado. Queremos então saber que efeitos terá isto na sua família...
Este telefilme, para o qual admito ter estado com alguma expectativa, tem aqui uns quantos assuntos que poderiam ter feito dele algo mais do que aquilo que acabou por ser o resultado final.
A vida na pequena aldeia do interior, uma jovem família que em breve irá crescer, as tensões entre aqueles que defendem as missões de paz e aqueles que as condenam vincadamente, o stress pós-traumático, a incapacidade de quem o tem voltar a inserir-se normalmente em sociedade e também a possibilidade de uma família desfeita ter ou não uma chance de ser reconstruída ou se acaba desfeita tal como a haviamos conhecido.
Muitos argumentos que acabam quase desfeitos com interpretações pouco trabalhadas, duvido que por culpa dos brilhantes actores que tem, mas sim do formato que os impede de desenvolverem as suas prestações.
Estes telefilmes apresentados pela TVI estão a milhas de distância da qualidade exigida e não fazem honra aos argumentos que focam tantos e tantos temas que poderiam ser do interesse de qualquer um de nós. Assim só nos limitamos a ter algumas histórias que dão voltas e mais voltas às temáticas realmente importantes e, quando está para acontecer algum desfecho, ele é tão rápido que não percebemos bem o porquê de ter acontecido naquele exacto momento.
Resumidamente... tem muito boas intenções, actores capazes de fazer bom mas que, por força de algumas circunstâncias, não ultrapassam o mediano acabando por, tendo tudo visto, de se ficar pelo muito pobre e praticamente esquecido.
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4 / 10
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