O Ditador de Larry Charles é a mais recente colaboração do realizador com Sacha Baron Cohen que aqui interpreta o General Aladeen, o ditador de Wadiya, uma república no corno de África que defende orgulhosamente a ditadura e a violação constante dos Direitos Humanos no seu país.
Quando Aladeen é convocado pelas Nações Unidas para discutir as mais recentes notícias de que o seu país tem planos próprios para a emergência de um programa nuclear, a sua viagem a Nova York será tudo menos pacífica... menos ainda quando Aladeen conhece Zoey (Anna Faris), a para ele estranha activista feminina que irá roubar o seu coração e fazê-lo encarar o mundo com toda uma nova perspectiva... até um dia...
Sacha Baron Cohen enquanto o terrível ditador de Wadiya está, à escala, igual ao seu Borat, ao seu Brüno e ao seu Ali G. Se no primeiro ridiculariza ao máximo o seu país, e de arrasto os Estados Unidos que a sua personagem tanto idolatra, e se no segundo ridiculariza muitas das "boas acções humanitárias" que tantos outros têm, aqui o General Aladeen consegue, uma vez mais graças às suas eternas piadas sobre as mulheres, os judeus ou os Direitos Humanos e a terra das oportunidades, ser corrosivo e não encontrar qualquer tipo de limites ou bom senso onde parar. Tudo e todos são potenciais alvos do seu humor, muitas vezes não o mais próprio mas também somos incapazes de não rir com o que diz ou faz. Afinal, qual a melhor receita (seja para o que fôr) se não fôr o rir de nós próprios? Mesmo que para isso se tenha de tocar em assuntos que são, à partida, "sensíveis"...
Dito isto só me resta acrescentar que Baron Cohen está "em forma" como de costume, e que suspeito que estas suas criações estão para durar muitos e largos anos. De resto só compete a nós espectadores ou gostarmos ou detestarmos... é mesmo isto... não há meio termo possível. Ou gostamos do estilo e seguimos... ou então pomos de lado pois já sabemos com toda a certeza o que vai surgir dali. Já Anna Faris é, por sua vez, um elemento mais fraquinho contrariando a tendência das suas personagens noutros filmes do género onde brilha e irradia comédia... Talvez pela sua personagem, apesar de principal, ter pouco tempo de antena ao longo do filme, não consiga mostrar mais da sua graciosidade, mas o que é certo é que fica muito longe daquilo a que já nos habituou.
O único conselho a dar... quem gostou de Borat e Brüno, este é o filme que têm de ir ver... se não gostaram acreditem que não é com este que se vão tornar fãs nem do actor nem das suas corrosivas criações.
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"General Aladeen: Oh it's a girl. I'm so sorry. Where's the trashcan?"
.7 / 10
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vale a pena assistir, sensacional
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