Perdoa-me de André Dias e Joana Silva é uma simpática e terna curta-metragem que nos faz conhecer um homem que percebemos ser alguém que vive pelas ruas da cidade e que se perde nas fotografias que transporta... possivelmente o único bem que possui de uma vida passada que nunca conseguiu esquecer.
Quando um dia este homem se cruza com uma jovem e lhe rouba um dos presentes que esta tinha comprado, longe estaria de pensar que este acto menos lícito iria garantir-lhe uma qualquer aprovação que há muito não tinha.
Além da história desta curta que é sentida e quem sabe retrata a vida de muitos que andam perdidos pelas ruas de tantas cidades anónimas e anónimos de personalidade, há que destacar a igualmente franca e sincera interpretação de Agostinho Magalhães que retrata aquele homem com uma sentida vulnerabilidade.
Interpretação esta que é realçada com o excelente trabalho de fotografia e câmara que nos fazem desde o primeiro instante centrar naquela única pessoas entre tantas que passam, e que transforma a própria cidade num qualquer lugar secundário pois, as suas ruas, poderiam ser de qualquer uma espalha pelos vários cantos do mundo.
Sentida, honesta e detentora de uma franca sensibilidade, esta curta-metragem é mais uma de muitos bons trabalhos a que o cinema português tem assistido nos últimos tempos. Um retrato fiel sobre e da solidão que merece ele sim o nosso olhar.
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7 / 10
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Os actores, a realização e a produção, constituímos um todo fantástico para a realização desta curta-metragem onde imprimimos, todos, o nosso maior empenho, emoção e determinação. Sinto-me honrado pelos elogios da cineuphoria09.blogspot.
ResponderEliminarAgostinho Magalhães